O circo do amor 2 escrita por Suzanah


Capítulo 12
Beijo com pimenta


Notas iniciais do capítulo

quero agradecer pelos leitores que estão lendo esta fic e que tbm estão lendo a primeira temporada! não, este não é o último cap, mas já estou agradecendo desde já!



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O caminho pra casa do Nícolas era bem triste. Sim, era pelo meu humor mesmo. Estava nublado e tinha umas folhas secas voando por aí.

Era até uma paisagem bonita mas, pelo meu humor, estava sem graça.

E toquei a campainha.

E pior, ele quem atendeu! Quando ele abriu a porta, estava com uma blusa branca e uma calça jeans e com o cabelo um pouco bagunçado.

E, sem querer, dei um suspiro e logo desviei o olhar.

– Entre.

– O-o-obrigada.

Entrei e fui direto pro quarto dele.

Já vi o jogo lá com o pote CHEIO de pimenta.

– A gente vai jogar agora?

– Não. Primeiro o trabalho!

– Ok...

Eu fiquei escrevendo o trabalho e ele pesquisando e imprimindo as imagens, montamos e está pronta!

– Terminamos!- dei um sorriso. Nossa, o trabalho ficou lindão!

– Hora de jogar!

Arrumamos as peças do jogo.

E START!

Fazia muita coisa com os peões e ficava feliz por eu comer umas peças dele. Foram duas, até agora.

O jogo estava demorando, mais que na última vez. Quando eu percebi, o Nícolas estava com a cabeça apoiada nas mãos e olhando pra mim. Isso foi até.. ahn... atraente?

– Que-que que foi?- perguntei já me incomodando com o contato visual.

– Você não sabe jogar, né?

– C-Claro que eu sei! Só não sei fazer estratégias!- Olha quem fala! Você nem ta pegando minhas peças!

– Porque estou deixando.

– Como é que é?

Sempre que era a vez dele, comia mais de cinco das minhas peças!

– Ganhei!

Eu peguei a pimenta e ele me manda parar...?

– Que foi?

– Vou deixar você se preparar psicológicamente.

– Como assim?

– Você pega a pimenta e coloca numa distância média até a sua boca. Aí você fecha os olhos e conta até dez movendo a sua mão lentamente.

– Pera, vê se eu entendi. Enquanto eu conto de olhos fechados, eu direciono a pimenta até a minha boca?

– É. Meu pai sempre faz isso!

E eu fiz, direcionei e comecei a contar.

– 1, 2, 3...

Estava contando bem, já estava preparada pra sentir minha boca queimar. Quando eu cheguei 7, senti ele abaixando a minha mão

E me dando um beijo!

Como eu tinha dito antes, era quente e antigo. E acabei dando meu primeiro beijo de língua.

Nos separamos. Estávamos ofegantes, e minha face corava a cada instante.

– O-O-O-O-O - não conseguia dizer nada- que foi isso?

Ele sorriu e disse:

– Eu te amo!

– Eu também te amo!- tapei minha boca rapidamente- PERA, PERA! Quer dizer...!

Ele me puxou e me deu um selinho, em seguida de um abraço, que retribui.

– Não minta.- disse ele com uma voz fofa e carente.- Foi difícil guardar esse segredo.

– Eu também.

Eu fazia um carinho no cabelo dele.

– Que cafuné bom!

Eu parei na hora.

– Não pára.

Quando nos desfizemos o abraço, eu fiquei vermelha tudo de novo! É difícil olhar pra ele!

– AAAwwnnn que fofa!- ele sorria e acariciava uma de minhas bochechas.

– O-o-obrigada...- quase sussurrei.

– Senti sua fala? Você não mudou mesmo.

– Ahn?

– Vem cá!

Pegou minha mão e ficou me puxando até sua cama.

Eu fiquei sentada enquanto ele pegava um papel-eu acho- do armário e sentou do meu lado.

– Ta lembrada?

Eu olhei e vi que era uma foto. Fui ver e era eu pequenininha com o meu primeiro amor.

– E-Então era você?- eu fazia carinho na bochecha dele, até eu começar a chorar.

– Sim, sou eu.- ele me abraçou.

Depois de algumas lágrimas, ainda abraçados, nos beijamos.

– E-Eu senti muita a sua falta!

– Eu também!

Depois de um tempo que, até o ar condicionado limpou minhas lágrimas, decidimos conversar.

– Parece que o amor de criança cresceu até aqui.- dei um leve sorriso.

– Pois é! Acho que nunca nos desgostamos eu acho.

– Mas por que não voltou mais?

– Tive que me mudar por um tempo por causa do trabalho do meu pai. E não deu tempo de avisar, desculpa atrasado.

– Ta desculpado!- dei uma leve risada tímida.

– Doux.

– Sim?

– Eu te amo!

– Eu também te amo!

E nos beijamos, de novo. Agora eu entendi a parte do quente e ANTIGO.

– Você fica vermelha facilmente!- ele riu.

E eu também ri.

– Por que não me contou que era você?

– Eu também demorei pra descobrir. Que foi quando eu fui na sua casa.

Coloquei a minha mão em meu rosto.

– Que foi?- ele perguntou.

– Sua mãe.

– O que tem minha mãe?

– Eu lembro da sua mãe! Era era tão gentil!

– É...

Vi que ele estava ficando deprimido e dei um beijo em sua bochecha e o abracei.

– Ah, então você contou pra ela?- disse o pai do Nícolas, que entrou de repente.

– Contei!- ele deu um grande sorriso.

– Então você é...

– Vem cá da um abraço, Doux!

Não pensai duas vezes, abracei ele.

– Você cresceu tanto!

– Obrigada!- é muita emoção!

– Ok, não vou atrapalhar vocês, tchauzinho!

Ele fechou a porta e me sentei na cama de novo.

Se a gente ainda fosse inimigos, eu o xingaria. Mas agora somos outra coisa e não sei o que fazer.

Tinha coisas que os namorados fazem, inocentemente, que queria fazer (kiss kiss kiss kiss). E coisas que namorados fazem, não inocentemente, que não vou fazer (mas não disse que não queria).

Mas eu só ficava olhando pra baixo e brincando com as minhas mãos.

– Ai! Como eu pude esquecer?!- disse ele.

– Como assim?

– Esqueci de te pedir em namoro!

– Mas a gente não já está?

– Com classe. Eu sou um cavalheiro!

– Metido isso sim!

– Ok, já que você não quer...

– Quero sim, amor!- falei sem querer. Como muitas coisas eu falei hoje.

Ele foi no seu armário, novamente, e pegou uma caixinha preta.

– Douxzinha, quer namorar comigo?

– Quero sim!

O abracei e peguei a tal caixa.

– U-U-Um colar! Obrigada, Nícolas!

– De nada!- ele ta sorrindo que nem bobo- Deixa que eu coloco.

Tirei o meu cabelo e ele o pôs em meu pescoço, e por surpresa, ele assopra.

– Que isso, seu-seu pervertido!

Ele ri, de novo.

– Que isso! Só gosto de te provocar!

Dei um selinho nele, que foi difícil, e dei um soco, de brincadeira, na cabeça dele.

– Bobo!

Meu celular toca.

– Aham, aham. Ok, tchau mãe!

– Que foi?

– Eu tenho que ir. A-Até amanhã.

Ele me levou até porta e ele se despedi roubando um beijo meu.

– Tchau Doux, te amo

– Te amo também, Nícolas!

Eu voltei pra casa com um sorriso enorme no rosto. No caminho, a paisagem não tinha mudado, mas estava tão linda!

[...]

– Mãe, pai, cheguei!

– Oi, Doux!- mãe.

– Oi, Doux e... que colar é esse?

– Foi o Nícolas quem me deu!- dei uma leve corada.


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Notas finais do capítulo

comentem ^^



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