Histórias de outros universos - Terras Geladas escrita por Alessandro Costa


Capítulo 6
Memória QUATRO




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Estou numa taberna similar às vistas nos livros de fantasia. A iluminação é feita com velas sobre as mesas.

O lugar tem cheiro de ervas e bebidas.

Está vazio. Exceto por mim, Gorudo e o dono da taberna.

Assim como Gorudo, ele tem cabelos longos e barba grande. Porém, é bastante magro.

Veste um tipo de túnica de pele branca.

Sobre a mesa a qual estou, estão dois grandes copos de madeira com uma bebida quente amarelada.

Gorudo toma um grande gole, fazendo bastante barulho.

Bate o copo sobre a mesa.

— Mais! — grita.

— Você disse que iria me ajudar. — digo baixinho. — Nem ao menos me conhece. Como sabe que pode confiar em mim? Como vai me ajudar?

— Não se preocupe. Apenas tome sua bebida. — diz.

O dono da taberna trás outro copo cheio, coloca sobre a mesa e pega o vazio.

— Obrigado Dirink. — agradece.

Pego o copo e bebo um pouco.

É doce. Também é azedo. Tem gosto de laranja e um pequeno toque de limão.

— Gostou? — pergunta.

— Sim. — respondo.

— Chamo de Amarelado. É feito com uma erva que cresce na floresta negra. — diz.

Dirink volta para o balcão.

Gorudo olha para mim.

— De onde você disse que era mesmo?

— Alemanha. — respondo.

— Nunca ouvi falar.

— Então como vai me ajudar?

Tomo mais um gole da bebida sem tirar os olhos da cara de Gorudo. Olhando com atenção, ele parece um pouco engraçado. Suas bochechas são rosadas.

— Não sou eu exatamente quem vai te ajudar. — diz. — Irei leva-la ao Velho.

— Velho?

— Sim. Ele saberá o que fazer.

Esvazio o copo com um longo gole.

— Quer mais? — pergunta.

Faço que sim com a cabeça.

Conversamos por um bom tempo. Tomamos bastantes copos de Amarelado.

Saímos da taberna.

Olho para trás. Uma grande placa de madeira está pregada nela. Na placa está cravado o seguinte nome: “Rei do Amarelado”.

— Vamos.

Caminhamos um pouco. Atravessamos a pequena cidade. Chegamos a uma cabana menor que as outras. Exala um cheiro podre.

Gorudo bate na porta.

— Já disse que não tenho poções de emagrecimento. Coma menos!

Bato na porta.

A porta abre só um pouco. Um rosto aparece na fresta. Olha-me dos pés a cabeça.

A porta abre totalmente.

Era realmente um Velho. Usa um grande manto azul estampando com bolinhas brancas. Longas barbas e cabelos brancos encaracolados. Pele enrugada e uns grandes óculos redondos que fazem seus olhos ficarem muito pequenos.

— Finalmente você veio!


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