Estou na cozinha. Sentada em uma cadeira de madeira. O homem me serve mais um pouco de sopa. Em seguida me da um grande pedaço de pão.

O como em grandes mordidas.

— Por que não experimenta mergulha-lo na sopa? — sugere.

Faço como ele diz.

Muito bom.

— Você ainda não me disse o que fazia na Floresta Negra. — pergunta.

Paro de tomar a sopa e olho em sua direção.

Mantenho-me calada.

— Qual seu nome?

— Eileen. — respondo.

— O que fazia na Floresta negra, Eileen?

— Não sei como fui parar lá. — digo.

Tomo mais um pouco de sopa e peço mais um pedaço de pão.

Ele me da.

Mergulho na sopa. Como-o.

— Onde estou?

— Minha casa. No Vilarejo de Nevasca.

— Nevasca?

— Sim.

— Onde exatamente isto fica.

— Reino de Gelo.

Coloco a colher de madeira no prato e paro de tomar a sopa.

Levanto-me e vou em direção à porta.

Abro-a.

A neve parou de cair.

Saio.

Olho para todos os lados.

As cabanas são exatamente iguais. O vilarejo é cercado pelas árvores escuras.

Estou confusa. Não sei exatamente o que pensar. Talvez esteja sonhando.

Me belisco.

Não acordo.

O lugar ficou vermelho.

Quero voltar para casa.

Meus olhos enchem de lágrimas.

O homem coloca as mãos sobre meus ombros.

— Não chore criança. Eu, Gorudo, irei ajuda-la com tudo que precisar.

*