Boa Sorte, Katniss escrita por Hanna Martins


Capítulo 17
Havia uma pedra no meio do caminho


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado as lindas, Maah Santos e Tati Conche, que fizeram essa autora ficar feliz e cheia de ânimo para escrever o capítulo com suas recomendações maravilhosas. Muito obrigada, suas lindas!!!



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Finalmente, termino o último problema de matemática que Enaboria, cujo lema é “gosto de arrancar pedacinhos dos alunos com meus dentes”, passou na última aula. Ótima diversão para a sexta-feira à noite, resolver problemas de matemática. Solto um longo suspiro e começo a guardar rapidamente os materiais de matemática de cima da mesinha da sala para substitui-los por os de biologia. Tenho deveres de casa para fazer.

― Ótima diversão, tampinha! ― diz Peeta, sentando-se ao meu lado no chão.

― É claro, pelo menos faço meus próprios trabalhos, louro oxigenado, não sou como você que tem alguém para fazê-los ―digo me referindo a Gale e o trato que esses dois têm.

― Ei, não venha reclamar! Arranje sua própria pessoa para fazer os trabalhos para você.

― Seu... ― não termino a frase, já que Peeta coloca algo em minha boca.

― Ficou bom? ― indaga, enquanto lambe o polegar (de modo muito sexy).

Mastigo o doce que Peeta pôs em minha boca. É crocante por fora e possui um delicioso recheio de morango.

― Hum, o que é isso? Nunca havia experimentado isso antes.

― Um doce que eu criei ― diz, apontando para um prato de doces ao seu lado que eu não havia notado antes. Está vendo o que a matemática faz comigo, até tira minha incrível capacidade de detectar comida perto de mim.

Pego outro doce.

― Gostou?

― É... dá para o gasto ― apanho mais um doce.

Peeta ri. Não ligo e continuo a comer. Ele está agora com essa mania de inventar pratos, quase sempre são doces. E eu acabo no papel de cobaia de suas invenções. Como se essa tarefa fosse difícil... Comer comidas feitas por Peeta, com certeza, não é uma tarefa que exija muito esforço.

― Está sujo aqui ― diz, limpando meus lábios com o polegar. ― Ainda não está limpo.

Peeta resolver utilizar os próprios lábios como limpadores de lábios alheios.

A ponta da sua língua umedece meus lábios. Entreabro um pouco a boca. A língua de Peeta não perde tempo e se instala na minha boca. Minhas mãos também não perdem tempo e mergulham nos macios cabelos dourados dele.

Peeta faz com que eu me deite sobre o chão. Suas mãos começam a levantar minha blusa.

― Peeta! ― o impeço. ― Minha mãe e Haymitch estão para chegar!

Ele solta um suspiro, mas acaba saindo de cima de mim.

Nós não contamos para ninguém sobre nosso relacionamento. As únicas pessoas que sabem são Madge e Gale. A primeira porque é minha melhor amiga, e eu não consigo esconder absolutamente nada dela. O segundo porque nos flagrou no armário de limpeza do colégio e como a desculpa de que estávamos muito preocupados com a condição do armário de limpeza, não seria nada plausível, acabamos revelando nosso relacionamento para ele.

Mas o que diríamos para minha mãe e Haymitch? “Estamos nos pegando...”? “Estamos em um relacionamento estranho e sem nome?” Como poderíamos explicar isso a eles? Além disso, eu e Peeta dividimos o mesmo quarto. Duvido que tanto a minha mãe quanto Haymitch fossem ficar confortáveis com essa situação.

Se nem eu e Peeta podemos dar um nome exato para nosso relacionamento, como poderíamos explicar isso ao mundo?

Eu e Peeta ainda brigamos e nos provocamos com muita frequência. O que mudou é que agora podemos parar uma briga calando a boca um do outro com os lábios. Um modo muito melhor de encerrar uma briga, não?

Tento voltar minha atenção para o livro de biologia. Porém, essa tarefa se torna um tanto complicada com os lábios de Peeta em meu pescoço.

― Você está me testando? ― pergunto, após tentar me livrar de seus lábios sem nenhum sucesso.

― Talvez... ― responde, mordendo o lóbulo de minha orelha.

― Peeta! ― o repreendo.

― Tá bom, tá bom. Vou manter meus lábios e minhas mãos bem longe de você! ― diz, se afastando de mim.

Lanço um dos meus olhares para ele.

― Amanhã é seu aniversário ― diz ele, comendo um dos doces.

― É... ― falo, enquanto folheio o livro de biologia.

Eu não gosto de festa, nem nada. Nem mesmo quando era criança gostava das festinhas que minha mãe preparava. Por isso, fiquei muito feliz, quando fiz dez anos e declarei a minha mãe que já era muito velha para festas.

Normalmente, passo o dia com Madge. Vamos ao cinema, depois assistimos nossas séries prediletas. Minha mãe compra um bolo para mim, assopro as velhinhas, enquanto Haymitch faz comentários sobre como os anos passam rápido e me recorda de histórias vergonhosas que aconteceram comigo. Acredite, há muitas histórias assim. Haymitch teria material suficiente para escrever uns dez livros.

No entanto, esse ano, parte do ritual será quebrado. Madge não estará aqui. Ela e Gale conseguiram comprar os ingressos para o show da Mockingjay (aquela traíra!). Só espero que Haymitch não comece a contar histórias vergonhas sobre mim diante de Peeta. O louro oxigenado não me deixaria em paz até o próximo ano, quando teria novas histórias para me azucrinar, contadas por Haymitch em meu próximo aniversário.

― O que está pensando em fazer?

― Não sei... Ficar aqui, dormir, comer... ― digo, copiando um trecho do livro de biologia.

― Planos muito divertidos...

Ergo minha sobrancelha e o olho.

― Muito engraçado! ― falo sarcasticamente. ― O que me sugere então?

― Não sei...

― Pois saiba que ficar em casa é uma das coisas mais legais que existem, e eu não trocaria por nada! ― esse louro oxigenado! Realmente, tem o grande poder de tirar minha paciência.

― Por que não me falou isso antes? Assim eu não teria trabalhado feito um louco ajudando Greasy no restaurante... e comprado esses ingressos.

Peeta retira do bolso dois ingressos. Mockingjay. É a única coisa que consigo ler antes de dar um grito e saltar para os braços dele.

― Ei, isso não vale! ― reclama. ― Você disse que eu deveria manter minhas mãos longe de você, então trate de manter as suas longe de mim.

Rio. Peeta pode ser bem infantil, às vezes. Beijo-o e depois olho para os ingressos que tenho em minhas mãos. Tenho que olhar por um longo momento para me certificar de que são reais e não um daqueles sonhos enganadores.

― Como você... ― consigo falar, após um longo momento contemplando os ingressos.

― Tampinha, você falou disso o mês inteiro! E eu sei como você adora aquela banda, embora eu não saiba o motivo. É óbvio que eu sou bem mais bonito do que eles. E aquele vocalista... como é mesmo o nome dele? John?

― Josh! ― Peeta adora implicar com os membros da Mockingjay.

― Esse aí mesmo. O que você vê nele?

Resmungo algo, mas acabo beijando a bochecha de Peeta, estou feliz demais para dar atenção às implicâncias dele com os garotos da banda. Contudo, uma sombra negra surge repentinamente em cima de minha cabeça.

― O que foi? ― pergunta ele, após a minha súbita quietude.

― Peeta... eu não tenho dinheiro para pagar as outras despesas ― digo amuada. ― O preço do hotel, da passagem de ônibus...

Ele sorri.

― Não se preocupe com isso. Eu não daria a você um presente pela metade. Já cuidei de tudo, comprei as passagens de ônibus, fiz reserva no hotel...

― Mas... isso deve ter te custado uma fortuna!

Ele dá os ombros.

― Esqueceu que meu pai é rico? ― sorri. ― Mas, antes que você implique com qualquer coisa como o valor do dinheiro, já vou me defendendo, ganhei todo o dinheiro com o suor do meu rosto ― fala orgulhoso. ― Sabe essas receitas que andei criando? Greasy as está vendendo para um lugar que paga bastante bem por elas. Além disso, estou ajudando Greasy no restaurante.

Olho para Peeta, surpreendida.

― O que foi?

― Nada, é que...

Nesse instante, minha mãe entra no apartamento.

― Mãe! ― grito. ― Olha só o que Peeta me deu de presente de aniversário! ― falo, mostrando os ingressos do show.

― Querida, que presente maravilhoso! ― pega os ingressos. ― Peeta, como você é um garoto de ouro! ― elogia. O louro oxigenado finge que está todo encabulado. Eu sei direitinho quando ele está fingindo e quando está sendo verdadeiro.

Assim que Haymitch chega, mostro os ingressos a ele também. Passo grande parte da noite exibindo os ingressos para todo mundo. Até ligo para Madge. Ficamos bastante tempo no telefone falando sobre o show. Vamos nos encontrar lá, já que nossos horários de ônibus são diferentes.

Passo a maior parte da noite acordada. Deve ser por isso que quando entro no ônibus, sou praticamente um zumbi ambulante.

― Você deveria ter me ouvido, quando eu avisei que deveria dormir um pouco... ― Peeta me olha.

― É claro, louro oxigenado ― digo ironicamente.

Ele me lança um daqueles olhares: “você-sabe-que-eu-sei-que-você-que-sabe-que-eu-estou-certo”. Como resposta, encolho os ombros e olho pela janela. Minhas pálpebras começam a se fechar. Peeta delicadamente encosta minha cabeça em seu ombro.

― Durma bem ― diz, enquanto coloca uma mecha de cabelo atrás de minha orelha.

Quero protestar. Porém, em menos de um segundo, caio no sono. Só acordo, quando Peeta me chama.

― Acorda, dorminhoca! ― sussurra em meu ouvido.

Abro os olhos e demoro alguns segundos para tomar consciência de onde estou.

Peeta segura o caderno de desenho que minha mãe e Haymitch deram a ele como presente de aniversário.

― Já estamos chegando ― fala, rabiscando o desenho de um bolo.

O bolo é tão real que algum desavisado poderia confundir com um bolo de verdade. Sério. Peeta desenha muito bem. Muito bem? Isso é pouco. Os desenhos dele são perfeitos. Está aí, mais um item para a lista interminável de Peeta Mellark de coisas que ele sabe fazer com perfeição. Alguém deveria parar de dar tantas qualidades para ele, só acho. Afinal, a vida tem que ser um pouquinho justa. Por que uns com tanto e outros com tão pouco?

― Filosofando novamente sobre minhas qualidades, Katniss? ― odeio, quando ele começa a tentar ler o que eu estou pensando e... consegue.

Bufo. Ele sorri.

― Um novo bolo? ― pergunto, desviando a atenção dele para o desenho. Peeta pode ser um encrenqueiro, mas quando fala de suas receitas, adquire uma expressão séria.

― É... Estava pensando em um bolo para seu aniversário... ― confessa. ― O que acha? É coberto com uma calda de chocolate, recheado com morangos...

― Parece bom... ― analiso o desenho. Bom? Só de olhar, minhas papilas gustativas começam a sentir o gosto.

― Não sei... está faltando algo... ― fecha o caderno de desenho. ― Vamos, chegamos!

Ele pega a nossa pequena bagagem, uma mochila, com todas as nossas coisas, e coloca no ombro. O hotel não fica muito longe. Pegamos um táxi, e em menos de cinco minutos chegamos.

― Pensei que era melhor... ― fala, depositando nossa bagagem em cima da cama.

― Melhor? O quarto é enorme! ― olho ao meu redor. É um quarto bem grande, com uma imensa cama de casal. Nunca havia visto uma cama tão grande assim, muito menos dormido em uma. ― Olha! Tem até banheira! ― exclamo, impressionada, abrindo a porta do banheiro.

― Mas...

― Às vezes, me esqueço de que você não é desse planeta!

Sei que eu e ele pertencemos a galáxias distintas. Porém, às vezes, por uns breves momentos, acabo me esquecendo desse pequeno detalhe.

― Vamos para o show... Tenho certeza de que se você perder esse show, em breve serei um cara morto... ― Peeta me estende a mão.

Sorrio e minha mão desliza para a sua, se encaixando perfeitamente.

Quando chegamos ao local do show, demora séculos para eu avistar Madge e Gale em meio à multidão. Há muitas pessoas por todos os lugares. A grande maioria são meninas, com faixas e camisetas da Mockingjay, gritando o nome da banda a cada segundo. Elas só param de gritar um pouquinho, quando Peeta passa por perto.

― O que foi? ― indaga ele, me conduzindo em meio a multidão. Peeta segura a minha mão, enquanto abre caminho.

― Nada... ― apenas corro o risco de morrer graças a certos olhares que algumas meninas me lançam ao ver minha mão entrelaçada com a dele.

Andar com Peeta é muito perigoso. Estou pensando seriamente em comprar um colete a prova de olhares fulminantes. No entanto, ele está ocupado demais, abrindo caminho em meio à multidão, para notar os olhares que recebe.

― Katniss! ― finalmente, uma voz familiar.

― Madge! ― grito.

Nós corremos uma para a outra, igual duas pessoas após a queda do Muro de Berlim.

― Você está aqui! ― exclamamos juntas.

Gale acompanha Madge. Então, noto algo surpreendente. Ele e Madge estão de mãos dadas! O que eu perdi aqui?

― Madge...

― Precisamos encontrar algum lugar bom! ― interrompe Madge.

Peeta e Gale vão em nossa frente, abrindo caminho. Essa é a vantagem de ter alguém forte e alto perto de você nessas horas de sofrimento. Eles conseguem um lugar muito bom ― perto do palco.

Madge e eu não conseguimos mais trocar nenhuma palavra de modo normal, apenas podemos berrar algumas palavras uma para a outra. Ela e Gale ainda continuam de mãos dadas, devo ressaltar.

As luzes do palco se apagam. Por um breve instante, faz-se silêncio. Contudo, isso não dura muito tempo. Os nomes de Josh, Liam, Alex e Sam são os únicos sons que se ouve. Meu coração quase sai pela boca, quando uma luz solitária se acende, e lá está ele, Josh.

Os momentos seguintes são de pura euforia. Gritos, sorrisos, gargalhadas... e o tempo como um homem mau, que devora seus filhos com pressa, leva esse momento. No final, tudo o que resta é uma doce lembrança.

― Acabou! ― eu e Madge nos olhamos e nos abraçamos.

Depois de eu e ela, fazermos alguns comentários sobre o show, algo um tanto difícil devido à gritaria que ainda permanece, nosso pequeno grupo consegue sair do local.

― Eu e Gale estamos hospedados em um hotel perto daqui ― informa Madge. ― Amanhã, conversarmos... ― diz de uma maneira sugestiva.

Nós despedimos.

Como nosso hotel também fica perto, eu e Peeta começamos a andar.

― Acertei em seu presente? ― pergunta ele, enquanto andamos pela rua, estranhamente silenciosa.

― Preciso mesmo responder?

Ele balança a cabeça solenemente.

― Esse foi o melhor presente que eu já ganhei! Nunca tive um aniversário tão incrível assim!

Peeta sorri satisfeito.

A noite não tem como ficar melhor. Tudo parece tão perfeitamente perfeito. Sei que há uma redundância aí. Mas quem se importa nesses momentos em que encontrar as palavras para descrever o instante é uma missão impossível?

Estou tão feliz e flutuando em meu mundinho particular que não vejo um cara vindo em minha direção.

― Desculpa! ― pede o rapaz, que tropeça em mim.

Peeta que também estava distraído, e não viu o rapaz vindo em minha direção, olha para nós dois.

― Eu te conheço... ― diz, olhando para o rapaz.

O misterioso rapaz está usando uma blusa de capuz preta. Aliás, o capuz cobre boa parte de seu rosto. No entanto, ainda dá para ver parte de sua face, por mais que ele se esforce para não mostrá-la. Seu rosto...

― Josh?! ― mal consigo falar e respirar.

Ele me olha. Sim, é ele!

Josh parece um tanto encabulado.

― Desculpa por eu ter tropeçado em você... é que eu estou um pouco apresado... preciso encontrar uma pessoa... ― sorri. E eu tenho que aprender a respirar novamente.

― Eu sou uma grande fã sua! ― consigo falar. Graças a Deus, ainda consigo falar.

― Verdade? Obrigado! ― ele estende a mão, que eu aperto completamente embevecida. ― É sempre um prazer encontrar uma fã! ― diz de forma muito simpática. ― Como você se chama?

― Katniss ― respondo, após quase ter esquecido o meu nome.

― Katniss? ― ele levanta a sobrancelha e me analisa. ― Você me recorda alguém que eu conheço... impressionante...

Mas, eu não tenho tempo de perguntar do que ele está falando, pois um carro para do nosso lado. Uma moça loura abre o vidro.

― Tenho que ir... Foi um prazer te conhecer, Katniss!

Josh entra no carro.

― Meu Deus! Aquela era a Jenny! ― me dou conta após alguns segundos, quando meu cérebro começa a funcionar novamente. Jenny é a namorada de Josh. E claro, a atriz mais famosa do momento.

― Sério, Katniss, que você derramou um litro de baba por aquele baixinho? ― resmunga Peeta.

― Eu apertei a mão do Josh! ― digo, enquanto analiso a minha mão como se fosse um ser estranho. ― Eu falei com ele!

― Francamente, o que você vê nele? ― reclama, igual a um velho resmungão. Mas, eu nem ligo.

― O Josh estava aqui!

― Eu mereço! Aquele anão! ― continua a resmungar.

Começo a andar. Enquanto, Peeta me acompanha ainda resmungando sobre o Josh.

Será que minha sorte mudou? Será que deixei de ser uma garota sem sorte? O dia de hoje foi tão perfeito. Mas, como a sorte me ama, tropeço em uma pedra e caio. Sempre há uma pedra no meio do caminho.

― Você está bem? ― pergunta Peeta, me ajudando a levantar.

― Estou... acho...

― Argh! Sabia que aquele anão iria trazer problemas!

― Ei!

― Só estou observando um fato aqui!

Bufo.

Peeta se agacha em minha frente e indica as suas costas.

― Sobe!

― O quê?

― Vou te dar uma carona até o hotel! Chega de acidentes por hoje!

Acabo aceitando a carona de Peeta. Encosto minha cabeça em seu ombro e passo meus braços por seu pescoço.

Podem existir pedras no meio do meu caminho. Porém, de alguma maneira sinto que nesse momento, Peeta irá me ajudar a passar por elas, sem que eu tropece.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? Teve até uma pequena participação do Josh (uma pequena homenagem para aqueles que leram "Jardim de estrelas"). Peeta acertou no presente de aniversário da Katniss?