My Favorite Sister escrita por Frank Beauregard


Capítulo 4
Versus


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo... o título ficou estranho, bem como a história dele. Sei lá, foi mais ação que romance... e.. esse é o penúltimo capítulo, então... o final tá bem ali. :(



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Corremos atrás de Mabel por um tempo que não sei dizer, em determinado tempo, entramos numa floresta de vegetação densa, uma fina mais implacável chuva caia sobre nós, apenas tornando aquilo tudo mais dramático.

– Onde estamos ? – Wendy perguntou. – Estou com frio.

Não respondi. Me concentrei, até que ouvi um pequeno gemido, que reconheci de longe. Disparei, sem nada dizer a Wendy, que apenas me seguiu. Demos de cara numa casa de dois andares velha e abandonada, com as janelas e portas trancadas com madeiras pregadas que qualquer jeito. Soltei um longo suspiro, avancei devagar.

– Não tenho certeza se devemos fazer isso. – Wendy disse, pondo a mão em meu ombro.

– Vá embora, falei sem a olhar. Não quero que se machuque.

– Mas...

– Wendy, por favor. – Suspirei.

Ela me virou, fazendo a fitar. Em seguida, me deu um curto beijo e partiu pela floresta. Por um momento, pensei se ela seria ou não atacada por ali, mas então lembrei que ela sabia de fato lutar. Me virei novamente, agarrei uma das maneiras que prendiam porta dupla da mansão e arranquei-a, desferindo em seguida um chute na passagem, que se abriu num estrondo.

– Mabel ! – gritei.

Sem resposta, andei até a escada velha e empoeirada que levava ao segundo andar. O chão de madeira rangendo sobre meus pés. Lá em cima, era pior.

Um lugar cheio de caixas de madeiras, bonecas de plástico estragadas, bichos empalhados e outras bizarrices. Meu coração bateu forte, dei um passo sem rumo, olhando ao redor. Ouvi ruídos atrás de mim, vindo do monte de caixas de madeiras empilhadas ali. Quando me virei, era tarde demais.

As caixas explodiram, voando poeira e madeira por todo o canto. Fui surpreendido por um soco, um chute e um empurrão. Cai no chão, totalmente confuso e dolorido. Me levantei, mas levei uma cotovelada no peito.

– Argh ! – grunhi.

Tentei correr, mas agarrar a manga de meu blusão laranja e branco. Chutei debilmente quem me segurava, e percebi que obtive sucesso quando a mão me soltou. Eu corri para o outro lado do cômodo, e, quando a poeira baixou, notei quem era.

O garoto que tinha raptado Mabel. Com seu cabelo loiro em forma de moicano, sua camiseta verde com as mangas dobradas e seu jeans azul, ele piscou de forma debochada.

– Onde está Mabel?! – rugi. – Seu desgraça...

– De que te interessa ?! – o garoto disparou, irado. – Ela disse que era MINHA namorada, não se meta !

Franzi a testa, cerrei os punhos.

– CALA A BOCA! – gritei. – ELA É MINHA IRMÃ, E EU VOU DEFENDÊ-LA!

O loiro riu, irônico.

– Se quiser ser morto por aquela garota... – ele puxou um canivete do bolso e sorriu de lado. – Tenta a sorte.

Avancei, sem consciência das conseqüências. Desviei de uma investida do objeto pontiagudo, que furou um pedaço do meu blusão.

– Eu amava essa roupa! – o soquei no rosto, em seguida recuei. – Diz onde ela tá !

O loiro avançou de novo, tentei desviar, mas ele desferiu um corte em meu rosto. Gritei, pondo as mãos instintivamente no rosto. Fui recebido por um chute no peito, caí derrotado em cima dos caixotes, que racharam sob meu peso. Me levantei, atordoado, mas outro corte no ombro me fez recuar. Respirando com dificuldade, tirei um objeto do bolso; um soco inglês.

O garoto loiro fraquejou por um minuto, então observou meu estado e firmou-se novamente.

– N-não vá me subestimando. – Falei, ofegante.

Avancei com a força que não tinha, tentei acertar-lhe um golpe com o objeto, mas o garoto desviou, tentou me acertar, mas rolei para o lado e também não sofri dano. Agachado no chão depois de rolar pelo piso de madeira, pulei de cima para baixo no garoto, que caiu pesando no chão de madeira. Ainda em cima dele, desferi um soco em sua face, o soco inglês cortou sua face, sangue escorreu seguido de um grito agudo do garoto. Ele me empurrou com força, dei uma cambalhota antes de cair e levantei num salto.

– Você tá morto ! – ele apontou para mim.

Assim que ele disse isso, mais cinco garotos apareceram, subindo as escadas. Todos pareciam feios e mal tratados pelo tempo. Estralaram os dedos e me olharam feio.

– Matem-no. – O loiro falou, sumindo por entre os corredores da imensa casa.

Todos avançaram ao mesmo tempo, desviei de um e chutei o segundo, acertei um soco inglês no terceiro e empurrei o quarto. O quinto levou um chute e recuou. Todos eles me olharam com profundo ódio, as bocas quase espumando. Eles vieram numa velocidade monstruosa, tentei desviar, mas não pude.

O primeiro acertou-me um gancho de cima para baixo, saí cambaleante, até que o segundo me cortou nas costas, a dor explodiu em meu corpo. O terceiro me deu uma seqüência de chutes, caí no chão semi – inconsciente. Quando o último garoto se aproximou lentamente, tentei levantar, mas lançaram-me ao chão de novo. Cuspi sangue, derrotado. Quando vi com a visão turva um dos garotos acima de mim, soube que estava morto.

Foi então que a parede ao nosso lado simplesmente explodiu, lançando pregos e madeiras pra todo lado. Um carro simplesmente estava ali, enfiando num buraco na parede de uma casa no segundo andar. Todos os valentões se viraram para observar quando uma barriga de camisa verde passou voando, acertou um deles no rosto e outro com a pança.

– S-soos ! – gritei, feliz.

Ele não respondeu, começou a bater num dos garotos, até que outra pessoa simplesmente acertou uma voadora num deles, minha ruiva preferida. Quando pensei que um dos garotos ia acertá-la pelas costas, um cara de preto o pegou pelo colarinho... era Robbie. O adolescente ajudou-me a se levantar. Eu o olhei, ofegante, o olho esquerdo fechado por culpa do sangue que escorria de minha testa.

– Olha... – comecei. – Obrigado cara, devo minha vida a você.

Olhei ao redor; Soos já havia posto dois garotos para dormir, enquanto Wendy e Robbie lutavam com os últimos três, que já estavam a ponto de desmaiar também. A ruiva me lançou um olhar.

– Vá procurar ela logo, Dipper.

Fui cambaleante pela casa, que rangia a cada passo meu. Enquanto passava ao lado de uma janela, ouvi um grito alto, vindo do lado de fora. Olhei pela janela embaçada, consegui identificar o blusão familiar de Mabel. Disparei de supetão, descendo as escadas a mil.

Cheguei lá embaixo rápido. Mabel estava amarrada num tronco de árvore na floresta, enquanto Gideão estava de frente a mim, a mão enfiada no bolso do terno azul. Sem falar nada, ele começou a correr até mim.

Desviei do primeiro soco, indo para o lado. Acertei-lhe um chute no lado do corpo, virei-me rapidamente e desferi um soco desajeitado no garoto. Ele cambaleou, pondo as mãos no rosto. Venho para cima de novo, tentei o acertar, mas ele apenas segurou minha mão. Tentei acertar-lhe então com a mão do soco inglês, mas ele desviou e me lançou ao chão.

– Argh ! – gritei.

Gideão voou para cima de mim, e, sentado na minha barriga, começou a me acertar socos. A dor explodiu em mim quando ele finalmente acertou minha face; sangue voou de minha boca, minha cabeça vibrou. Com as forças que não tinha, empurrei Gideão para o lado, dessa vez eu sentado em sua barriga. Pus as mãos em seu pescoço e ali apertei com toda a força, o garoto de terno se debatendo. Soltei seu pescoço e desferi um soco em seu rosto, em seguida outro, e mais um. A chuva fina que caia fazia meus machucados latejarem, mas me mantive firme enquanto via de pé, Gideão inconsciente no chão molhado. Olhei para Mabel amarrada a árvore, me fitando.

Corri até ela, livrando-a das cordas que prendiam seus pés e mãos e da mordaça em sua boca.

– Dipper ! – ela gritou, me abraçando em meio toda a chuva, sangue e dor que era meu corpo.

Eu nada disse, apenas a beijei como nunca antes. Nossas línguas se entrelaçavam enquanto a chuva caia, lavando nossos corpos.

Separados por falta de ar, nos abraçamos sem dizer uma palavra por minutos que não contei. Wendy, Soos e Robbie desceram da casa, correndo até nós.

– Graças a deus... – Soos disse, ofegante. – Salvamos vocês !.

– Obrigada, pessoal... – Mabel começou. – Devo minha vida a vocês e...

Desabei no chão, exausto. Não enxergava ou ouvia coisas claramente, apenas sentia dor, dor por todo meu corpo.

– Dipper ! – ouvi alguém gritando.

Foi a última coisa ouvida por mim, então, mergulhei numa escuridão profunda.


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