My Favorite Sister escrita por Frank Beauregard


Capítulo 3
Rapto


Notas iniciais do capítulo

Demorou mais finalmente saiu, aí está o novo capítulo. Leiam as notas finais, tem um aviso lá.



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Mabel e eu voltamos para casa as pressas, sem chamar Soos. Fechamos o galpão de qualquer jeito e partimos, com a esperança de achar Gideão e impedi-lo a tempo... mas eu sabia que não iríamos conseguir.

Chegamos em casa e nos separamos para procurar o garoto de terno azul. Eu estava em meu quarto quando ouvi um estrondo no andar de baixo, o som da porta principal se batendo com violência.

– M-Mabel ? – chamei, olhando para os lados.

Desci as escadas, mas, ao vasculhar a sala, nada achei. Percorri toda a casa chamando Mabel, mas ninguém respondia. Estava percorrendo um corredor qualquer da grande mansão, até que, vindo de uma das portas pela qual passei, escutei um suspiro. Não clamei por Mabel, podia ser Gideão, e, seria de fato melhor pega-lo desprevenido. Um sorriso brotou em meu rosto enquanto girava lentamente a maçaneta. Mas, ao me deparar com a parte de dentro do quarto, meu bom humor se foi.

– Wendy ? – falei, adentrando o cômodo.

– SAI DAQUI, PINES ! – ela berrou.

Estava sentada no chão, no canto do quarto. Sua cabeça estava enterrada nas pernas, só percebi que a garota estivera chorando algum tempo depois. Me aproximei dela lentamente, ainda intrigado.

– Wendy, que diabos houve com você ? – perguntei a ela.

A garota se levantou rapidamente, me agarrando pelo colarinho da camisa, totalmente desprevenido. Seu rosto se aproximou do meu.

– O quê houve, Pines ? – ela me olhou com puro ódio. – É que você está com a Mabel.

Meu mundo caiu, Gideão havia contado a ela.

– E-eu... – balbucinei, Wendy agarrando meu colarinho com mais força ainda.

– Não se faça de inocente, Dipper ! – ela rugiu. – Deis de que você era pequeno...

Ela me empurrou com agressividade para a cama que ali havia no quarto, me derrubando e logo após ficando acima de mim.

– Eu não entendo... Wend...

Fui calado por um beijo. Tentei negar, me afastar, mas Wendy me agarrava com força de mais, e seu peso estava sobre mim. A ruiva insistiu passagem com a língua, a medida que eu rejeitava. Aos poucos, fui desistindo. Como um rato atraído por um queijo cheiroso, mesmo sabendo que ele estava preso na ratoeira. Fui me envolvendo, até o beijo ficar quente até demais. Wendy começou a tirar sua jaqueta xadrez, em seguida, a camisa que estava por baixo dela.

– Wendy, eu...

Ela me agarrou para outro beijo, muito mais quente e envolvente que o outro. Levado pelo momento, eu já tocava em seus seios timidamente.

– Dip, voc... – ouvi uma voz.

Meu coração gelou, empurrei Wendy para outro lado na cama e levantei. Mabel estava ali, parada como se seu coração tivesse parado.

– N-não é isso que você... – Parei. Não havia como enganar, era evidente minha ereção ao olhar para baixo. E, infelizmente, Mabel a percebeu. Ela olhou para mim, desolada.

– Por quê, Dipper ? ... – a voz da garota morreu em sua garganta.

– Eu posso explicar, Mabel !

Ela começou a chorar, disparou pela porta e sumiu por entre a casa. Caí sentado no chão, não pensando em mais nada. Meu mundo Desabava aos poucos, não sabia oque fazer ou dizer.

XX

Aquela havia sido a pior semana de minha vida. Mabel me ignorava sempre que passava com ela, e, sempre que nos falávamos, era uma discussão diferente. Estava mais triste que nunca, Wendy me ajudava, com isso, havia me aproximado dela. Mabel ficava a cada dia mais braba comigo e mais distante. Eu sempre pegava ela chorando pelos quartos, isso me quebrava o coração; havia feito uma tremenda besteira. Pra completar, havia descoberto que Gideão mandara as fotos para as garotas mais próximas de mim, e, estava sendo ridicularizado por todas elas. Em meio a todo esse turbilhão, apenas Soos e Wendy eram meus amigos próximos. Segunda-Feira, estava eu e a ruiva sentados num banco do parque de diversão, era noite, as luzes dos brinquedos e atrações do local faziam o cabelo de Wendy parecer um manto de fogo. Lindo.

– Então... já superou tudo aquilo ? – ela me olhou, ligeiramente virada para mim no banco, uma de suas pernas estavam dobradas em cima do objeto.

Suspirei, depois, a fitei.

– Não sei... foi realmente muito ruim. – Falei. – Ainda mais com Pacifica e as amiginhas dela me importunando. O pior é que...

Me calei. Ia falar que tinha descoberto que muitas garotas de repente decidiram que gostavam de mim, mas, lembrei que aquilo havia de fato acontecido com Wendy.

Ela deu uma piscadela atrás de mim. Além de seu olhar, senti algum outro cravar-se em minhas costas. Virei-me rapidamente e vi Pacifica tomando um Milk-shake e me encarando debochada. Lancei-lhe um dedo do meio e me virei de novo para Wendy.

– Que garota mais mimada. – Falei. – Ficou comigo uma vez e...

Wendy tentou abafar uma risada, mas foi sem sucesso.

– Você ficou com a Pacifica ?! – ela debochou. – Ai meu deus !

– Shh ! – pus a mão na boca de Wendy. – Fala baixo !

Wendy me fitou, afastou minha mão dela, e, ainda me segurando pelo pulso, desceu minha mão até um de seus seios.

– Aqui não. – Falei, olhando para os lados. Felizmente, todos estavam distraídos. – Quando chegarmos em casa.

Na última sexta-feira, eu e Wendy acabamos na maior pegação na Cabana de Mistérios, enquanto limpávamos um lugar deserto. A loja estava cheio de clientes, mesmo assim eu e a ruiva seguimos em frente. Sábado, a mesma coisa num lugar qualquer da floresta. E, agora, segunda, estava prometendo fazer denovo com ela, mesmo não a amando. Mas porra, Wendy era gostosa !.

– Acho bom manter sua promessa. – Ela falou, por fim.

– Com certe...

Vi, num canto do parque, Mabel se pegando com um garoto desconhecido. Eles se beijavam como se estivessem a ponto de se engolir. No meio desse beijo, Mabel lançou-me um olhar fulminante de desafio. Não deixei transparecer tristeza, mas por dentro estava desmoronando. Wendy se virou, e, quando me fitou denovo, seu seus olhos eram só compaixão.

– Você sabe que ela não gosta dele. – Falou. – Não se preocupe.

– Machuca de qualquer jeito. – Falei.

Estava cabisbaixo até que que senti alguém agarrando o capuz de meu moletom laranja com branco. Eu fui jogado do banco para o chão revestido de concreto, onde minhas costas foram maltratadas com a queda. Quando olhei para cima, entendi. Era Robbie Valentino, o olho roxo com nossa última briga.

– Eu sabia que você tinha apanhado... – debochei. – Mas não tanto assim !

Seus olhos se inundaram de raiva. Ele me agarrou pelo colarinho e me deixou cara a cara com ele, que se encontrava agora agachado.

– Que seja, Pines. – Ele falou, seu nariz quase tocando o meu. – Só fique longe da minha garota.

Wendy se levantou e, lá do chão, vi ela por o dedo no nariz de Robbie.

– Não fui, não sou e não vou ser sua nunca, Valentino ! – ela gritou. – Você é um maníaco.

– Calada, sua vadia ! – O maníaco empurrou Wendy, ela caiu no chão pesadamente.

– FILHO DA PUTA !

Levantei feito um raio, acertei um ganho em Valentino, em seqüência um mega soco e por fim um chute. Robbie caiu, respirando com dificuldade e sangrando em grande quantidade. Me agachei perto dele, o garoto com profundo medo. Ele tentou se arrastar para longe, mas eu agarrei seu colarinho.

– NUNCA bata numa garota perto de mim, seu esquizofrênico ! – Dei um soco no rosto dele, apagando-o na hora.

Corri até a ruiva e chequei se ela estava bem.

– Como está ? – perguntei, afobado.

Ela levantou, passando a mão na parte de trás da cabeça.

– Bem, só bati a cabeça... dói. – Ela fez uma careta.

– Menos ma... – meu alívio não durou três segundos.

– DIPPER ! – Ouvi alguém clamando por meu nome.

Segui o som, e observei a tempo quando vi uma figura masculina puxando Mabel para fora do parque, a garota esperneando e se contorcendo. Meu coração bateu forte, levantei num pulo e corria até o lugar por onde puxaram Mabel, com Wendy logo ao meu lado.


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Notas finais do capítulo

A história é movida por reviews/views, etc. Até agora, tive um favorito ( valeu Jhonny. ) E um comentário ( valeu mesmo !. ) Então, leitores fantasmas, se quiserem a continuação... já sabem :V