My Favorite Sister escrita por Frank Beauregard


Capítulo 2
Câmera


Notas iniciais do capítulo

Esse foi curto, mas eu queria deixar um suspense para o próximo capítulo e.e

Ele deve sair rápido, já que agora entrei de férias.

~~DEUS É PAI~~



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Mabel deixou escapar um sorriso, avançou sobre mim e abraçou-me.

– Eu também. – Ela falou ao pé do meu ouvido, a voz embargada de emoção. – Estou tão feliz !

Uma lágrima escapou de meu olho, sentia que estava finalmente em paz.

– Eu também... Mabel. – Beijei-lhe a cabeça. – Mas... ninguém pode saber disso. Somos irmãos.

Um silêncio estranho se seguiu, a respiração tranqüila de Mabel em meu pescoço me deixava confortável.

– Eu não ligo... – ela começou. – Deis de que possamos ficar juntos, eu não me importo das conseqüências.

Sorri. Nunca havia me sentido tão feliz em minha vida.

– Eu també...

Meu corpo cedeu sobre o peso de Mabel se escorando em meu peito, tropecei numa madeira do piso de nossa casa e acabei caindo pesadamente no chão, com Mabel acima de mim. Tamanho foi o barulho que Tio Vô Stan subiu correndo as escadas, quando nos viu, franziu imediatamente a testa.

– Brigando de novo ?! – ele grunhiu, puxando Mabel para cima pela gola da jaqueta. Ela fez uma careta.

– Desculpe, tio. – Falou para ele, enquanto me levantava. Sua voz soava realmente arrependida.

– Desculpa nada... vão ir para o galpão agora!

XX

Soos nos deixou no lugar com sua caminhonete. Não estava achando a idéia de Stan muito ruim, porque, pelo visto, seria apenas eu e Mabel. Imaginei nós na maior pegação sozinhos ali, com total privacidade. Quando descemos da caminhonete, de costas para Soos, eu lancei um olhar a Mabel, que respondeu igualmente.

– Boa sorte ! – Soos nos disse, eu virei para olhar ele. – Se precisarem de alguma coisa, é só chamar.

Ele saiu em disparada, virou a esquina e sumiu. Me entreolhei com Mabel, abrimos o galpão; uma onda de poeira nos cobriu dos pés a cabeça.

– Acho que foi daqui que o Tio Stan saiu. – Brinquei, Mabel riu.

– Vamos logo, não estou muito interessada em “limpar” de qualquer maneira... – ela me olhou, bem humorada.

– Somos dois.

XX

Era 17h e não havíamos limpado metade do galpão. Toda vez que começávamos, nossas bocas misteriosamente se encontravam, eu não me cansava de beijar Mabel. O sabor de seus lábios era quase viciante. Nós estávamos nos beijando perto de uma das janelas, até que ouvi um “click!’’.

Ouviu isso, Dip ? – Mabel pressionou mais ainda seu corpo contra meu peito.

– Sim, eu... – um vulto passou correndo pelo vidro, quase tive um infarto. Olhei para a entrada aberta do galpão, e, como esperado, alguém passou por lá. Vi de relance um terno azul esvoaçando. – Espera aqui.

Corri em direção a saída, bem a tempo de ver o “paparazzi.” Era...

– Gideão ! – gritei.

Estava mais velho. Com o mesmo cabelo e o mesmo topete, mas havia emagrecido e estava mais forte, bem como mais alto, sua expressão era de triunfo. Ele segurava uma câmera numa mão e uma foto na outra. Ele levantou a fotografia... era eu e Mabel se pegando.

– Haha ! – o desgraçado riu. – Consegui ! agora toda Gravity Falls vai saber que Dipper Pines e Mabel Pines praticam a arte do incesto !

A raiva me subiu a cabeça; corri em direção de Gideão, mas ele se esquivou pro lado numa velocidade incrível.

– Não sou mais aquele pequeno garoto, Pines. – Ele falou, guardando os dois acessórios e armando os punhos. – Se quiser lutar, prepare-se para apanhar !.

Avancei sobre ele, como um lutar de boxe, ele tentou acertar dois socos retos em mim, mas desviei de ambos agilmente. Infelizmente, quando preparava para contra-atacar o garoto acertou-me uma joelhada.

Caí no chão, levantando poeira. Felizmente, Gideão tinha um ego grande, e baixou a guarda. Acertei-lhe uma rasteira e levantei num sobressalto, tentei pegar a foto, mas Gideão recuperou o equilíbrio e me chutou no tórax. Fui cambaleando para trás, a dor latejando. O garoto pegou a fotografia e sumiu por entre o matagal.

Respirava com dificuldade, cuspi o sangue em minha boca. Mabel chegou, a tempo de ver o ex-gorducho correndo com nosso flagrante de beijo.

– G-gideão ? – ela gaguejou, pegando minha mão.

– Ele tirou uma foto nossa enquanto nos beijávamos, Mabel. – Eu a olhei, a gêmea preocupada agarrou minha mão mais forte. – Estou com medo.


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