My Favorite Sister escrita por Frank Beauregard


Capítulo 1
Confição


Notas iniciais do capítulo

O primeiro capítulo tá aí meu povo, espero que gostem, e, se gostarem, nada de leitores fantasmas, einh ! comentem... e vejo vocês lá em baixo.



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Caí no chão, atordoado. Cuspi o sangue acumulado em minha boca; levantei-me num pulo e empurrei Robbie no chão, fazendo cair o adolescente num baque surdo. Passei a mão no canto da boca, tirando o sangue dali.

– Já chega disso, seu lixo ! – gritei.

– Você já era, Pines ! – o adolescente berrou.

Era noite, estávamos num lugar isolado em Gravity Falls. Eu estava fazendo meu passeio matinal pela floresta, até que fui surpreendido por um golpe de Robbie, que surpreendentemente havia chamado todos seus amigos para verem ele me batendo. Eu, burro como sou, acabei ficando para lutar, já que quase todo mundo da minha escola ta aqui e eu não ia deixar um merda como o Robbie Valentino me fazer de idiota.

Os gritos da multidão doíam meus ouvidos, todos estavam eufóricos, gritos como : “Acerta ele, Dipper !’’ ou então “Bota esse moleque pra dormir, Robbie !’’ me deixavam tenso, mas ao mesmo tempo irritado. Robbie me acertou uma rasteira, mas ao invés de desabar no chão, rolei no solo e caí agachado. O adolescente a minha frente riu, só percebi suas intenções quando era tarde de mais; ele me acertou um chute no rosto, a multidão explodiu em gritos e eu caí pesadamente no chão.

O desgraçado começou a me chutar, enquanto eu me protegia com os braços a cabeça. Queria levantar rápido, mas como ? se o fizesse, teria de deixar a cabeça amostra, e era isso que Robbie queria. Foi aí que ele vacilou.

Eu agarrei seu pé entre um chute e outro, puxei-o com toda a força e levantei agilmente; antes do adolescente atingir o chão, acertei um mega soco no peito dele. A multidão gritou, totalmente alucinada. Sorri.

A briga já estava no papo.

Só que errei de novo. Robbie me acertou uma rasteira, mas, dessa vez, eu não previa o ataque. Caí com tudo no chão, com a visão turva e o coração batendo forte. Vi Valentino se levantar e pisar com força na minha mão, tirando gritos alucinados de dor de mim.

– Isso aí, Pines. Tu se acha um cara forte, mas não passa de um merda, seu moleque !

Eu me debatia debilmente, mas era inútil. Se continuasse naquele ritmo, Robbie iria quebrar minha mão e todos os dedos dela.

Então, um foguete castanho passou por mim e acertou um super soco em Valentino. O moleque caiu com tudo, a mão na bochecha, bem onde o haviam acertado. Minha visão se ajustou, e, consegui ver quem havia me salvado;

– Mabel ! – gritei. – Sai daí, ele vai te bater !

Robbie levantou com o punho fechado, correndo em direção a minha salvadora. Ele não ia poder bater nela... não mesmo.

Ele esticou o braço numa tentativa de soco, mas Mabel simplesmente deu um passo para o lado, fazendo Robbie tropeçar e bater de cara numa pedra. Ele ficou imóvel no chão.

– Você ta bem, maninho. ? – ela se agachou a minha frente, ficando a poucos centímetros de distância de meu rosto.

Aquilo era errado, eu sabia que éramos irmãos, mas naquele momento meu coração bateu forte. Mabel nunca esteve tão linda. Eu corei, enquanto ela olhava meus ferimentos, preocupada.

– Tio vô Stan está vindo pra cá. – Ela falou, sem me olhar.

– V-vô Stan ? – me preocupei. Ele certamente nos daria uma bronca. – Temos de fugir e...

Tarde demais, vi uma caminhonete velha estacionar entre o amontoado de árvores e folhas, os faróis apontando para nós. Stan desceu, mais rabugento que nunca.

– Seus moleques, já falei para não arrumar encrenca no meio da noite !. – Ele grunhiu. - Vão ficar de castigo por uma semana, e se reclamarem eu aumento mais !.

Eu estava prestes a contrariar, mas quando ele falou sobre “aumentar mais.” Fiquei calado.

– Entrem logo no carro !. – Ele gritou.

Mabel me ajudou a levantar, eu andei pesadamente até a parte de trás do veículo sentei ali, Mabel logo atrás de mim.

– E quando voltarmos pra casa, vou dizer a punição de vocês. – Tio Avô Stan falou por fim.

Ele acelerou. Eu enterrei a cabeça nos joelhos, envergonhado demais para olhar para Mabel.

– Dip... – ela falou, tímida.

Só percebi que ela estava sentada do meu lado quando ergui a cabeça. Fiquei estranhamente corado com isso. Por quê ?! Mabel usava o mesmo moletom largo de sempre, uma calça qualquer e um tênis no mesmo estilo... não havia porque se sentir daquela maneira. Seria os hormônios da tão temida adolescência ?.

– O quê foi, Mabel ? – perguntei, tentando esconder o vermelho de meu rosto.

Um silêncio desconfortável se seguiu, apenas com o ronco do motor.

– Desculpa... – falei. Meu coração batia forte a cada segundo, meu rosto parecia que estava queimando

– Dipper... – Mabel falou, me cutucando com o dedo indicador no rosto. – Você ta estranho.

– Eu... não é nada. – Falei, envergonhado. – Deve ser da briga de agora pouco.

XX

Assim que descemos da caminhonete, o Tio Stan nos deu uma punição de uma semana limpando um galpão qualquer da cidade, que provavelmente ele escolhera só porque era velho, sujo e empoeirado.

Entrei em meu quarto divido com Mabel, me joguei debaixo das cobertas e fechei os olhos com força; minha mente estava a mil idéias, meu coração batia tão rápido que pensei que pularia de meu peito. Soltei um longo suspiro.

– Ei, veio. – Ouvi Soos me chamando.

Tirei a cabeça de baixo do cobertor e olhei pra ele.

– Ta a fim de sair pra dar uma volta ? tô sem sono.

Não vi porque não, já que sofríamos do mesmo problema, e Soos sempre era um ótimo ouvinte, bom para desabafar.

– Claro, vamos lá.

Calcei os tênis de qualquer jeito e saímos de fininho para a rua. Sentamos na ponta da colina perto da casa, vendo a graciosidade da lua cheia.

– Soos... – gaguejei, fitando os próprios pés balançando.

– O que foi, maninho ? – ele me olhou solidário, estudando minha expressão. Suspirei profundamente.

– É errado gostar de alguém... – comecei. – Gostar de alguém de sua própria família ?

Soos desviou o olhar de mim, ele ficou tanto tempo calado que pensei que iria dormir ali mesmo.

– Olha, Dippper... – ele falou, agora me fitando com o olhar sério, o vento balançando seu boné e sua camisa que tapava a barriga rechonchuda. – Não suo melhor para fala sobre isso, mas de uma coisa eu tenho certeza: nós não escolhemos quem queremos amar. O sentimento pode vir de qualquer um, de qualquer sexo. Não vale a pena negar esse sentimento, e, se seu coração diz que é o que deve fazer... Não pense duas vezes.

Pensei sobre oque ele havia dito; não havia porque negar de quem eu gostava. Olhei para Soos, que sorria para mim.

– Eu...

– Vai lá, maninho.

Levantei e corri, sem certeza do que iria acontecer. Mas, naquele momento, senti que era o certo a fazer. Depois de tanto tempo escondendo aquilo, estava na hora de liberar. Mabel me aceitando ou não, eu iria fazer aquilo.

Cheguei na casa, abri a porta cautelosamente e subi as escadas. Mesmo ela rangendo sobre meus pés, eu não ligava. Toquei a maçaneta da porta de meu quarto, incerto do que aconteceria. Antes de abrir a porta, ela se abriu sozinha; Mabel estava ali.

Ela usava uma jaqueta xadrez azul e preta, daquelas de lenhador e uma bermuda curta. Sua jaqueta estava desabotoada, deixando aparecer seu sutiã. Ela piscou, então olhou para mim e nós coramos em sincronia.

Cocei a parte de trás da cabeça, fitando os pés descalços dela.

– O que foi, Dip ? – ela perguntou , a voz inocente

Eu não sabia oque dizer. Apesar dos conselhos de Soos e de meu coração me dizendo oque fazer, ainda sentia remorso em ficar perto de Mabel. De tantas garotas por aí... por quê logo aquela ?.

– Eu... – balbucinei, palavras e maneiras de falar passavam por minha mente na velocidade da luz. – Mabel eu....

Agarrei-a pela cintura, puxando a menina espantada para perto de mim. Eu aproximei nossas bocas, pressionando passagem com a língua. Mabel rejeitou de começo, mas depois concedeu passagem; explorei toda sua boca, seus lábios tinham gosto de mel. Nossas línguas se entrelaçavam e se encontravam diversas vezes, era um beijo quente e apaixonado.

A falta de ar me obrigou a soltá-la, estava completamente vermelho.

– Eu, Dipper Pines, te amo, Mabel. Eu amo minha própria irmã !


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Notas finais do capítulo

Uou, o quê sera que a Mabel vai dizer ? será que o amor de Dip vai ser correspondido ? no próximo capítulo vai ter mais treta ainda. Se preparem.