BAD GIRL: Selvagem escrita por Jhuly Panter Kat


Capítulo 20
Adultoteca




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Marina desceu as escadas da enorme casa de sua avó trombando em casais que estavam na maior pegação. Uma garota de cabelos curtos acobreados estava em cima de um garoto moreno, rebolando em cima dele. Os dois estava em um clima bem quente, Mar quase deixou eles usarem seu quarto, mas não dormiria bem pensando que estranhos transaram ali, pensou em pagar um motel para eles, mas não usaria seu dinheiro com estranhos que nem conhecia, ainda mais quando haviam muito mais deles naquela casa. Não lhe parecia uma ideia muito confortável. Na base da escadaria tinha um casal lésbico, ambas loiras de cabelos compridos, pareciam bonitas, e o clima também estava quente entre elas. Em pouco tempo Mar iria pegar um extintor pra apagar o fogo desse povo. Eram apenas sete da noite e já estavam daquele jeito. Em todos os lugares da casa tinha pessoas bebendo, pessoas conversando, pessoas rindo, pessoas fumando, era quase um desfile de moda, ela deu graças a Deus por estar aceitável. Não queria se sentir menor que as outras garotas em sua própria casa.
Lembrou que deveria chamar a Wendy, já que ela mora ali perto, e ter alguém que você conheça em uma festa já é algo bem gratificante. Subiu de volta esbarrando nos casais, pegou o celular e ligou para Wendy.
– Alô? Wendy?
– Oi Mar.
– Tá rolando uma festa aqui em casa, queria que viesse.
– Tem certeza que quer que eu vá aí. Eu poderia matar os seus primos. Tem certeza disso?
– Se quiser ajuda para matar eles, estou a sua disposição. - Riram juntas, divertidas com a situação.
– Okay. Em quinze minutos estou aí.
– Ótimo. Te espero no portão então.
– Tá bom, tchau.
– Tchau.
Marina desceu as escadas, mais uma vez passando entre os casais, quase caindo em cima de um se não fosse pelo corrimão. Viu a loira de cabelos rebeldes. Marina admitiu que a garota até que tinha um bom gosto para roupas, não que ela ligasse muito para roupas.A loira usava uma calça preta brilhosa de cintura alta, um top croped preto com detalhes em branco, um casaco dos Yankees e um salto preto com a sola vermelha. Usava uma maquiagem de gata, realçando os olhos castanhos, e seus cachos continuavam rebeldes. Viu um rosto familiar ao seu lado. Um não, dois. Gabriel e Shin estavam ao seu lado e os dois estavam lindos. Gabriel usava uma camisa xadrez em diferentes tom de azul e preto e uma calça jeans clara. Shin estava combinando com a amiga, usava uma camisa branca com o símbolo e marca registrada do New York Yankees, e uma bermuda de cor pastel. Os três estavam deslumbrantes, no entanto Marina não tinha a mínima vontade de se socializar com eles. Esperou eles irem até a varanda, Héctor os recebeu com abraços e tapas nas costas, todo sorridente. Saiu da casa e foi até o portão esperar Wendy. Um garoto usando uma camiseta do LOL entrou na casa quando ela abriu o portão. Pelo visual dele, ele parecia meio deslocado das pessoas que estavam lá. Visualmente falando.
Marina ficou quinze minutos em frente o portão, fuçando alguns aplicativos idiotas que ela tinha baixado antes de ser expulsa. Quando perdeu em um jogo resolveu olhar em direção a casa da Wendy e lá estava ela, e com uma companhia. Uma garota, ainda menor do que ela de cabelos castanhos bem curtos abaixo da orelha, usando um vestido solto floral e sapatilhas. Wendy usava uma saia longa com fendas nas extremidades da costura e uma blusa croped branca com um colar de penas. As duas estavam bonitas. Marina percebeu que as moças carregavam sacolas enquanto se aproximaram. Mar foi de encontro a elas.
– Mar, se não se incomoda eu trouxe a minha prima, Angelise.
– Olá Angelise. - Disse Mar cumprimentando a pequena garota, as duas deram as mãos e sorriram. - Sou a Mar, prazer. - Olhou para Wendy e disse: Nem se incomode com isso aqueles idiotas trouxeram uma centena de pessoas. A minha casa tem tanta gente que é difícil caminhar sem se esbarrar em alguém. - As três riram com a situação.
– Eu trouxe vodka e wisky. - Disse Angelise. - Ah! E me chame de Ange.
– Okay. - Marina sorriu mais uma vez e levou as duas para dentro da casa.
As coisas estavam bem intensas. O povo estava tão freneticamente excitado que era necessário um balde de água. Uma garota hiponga esbarrou em Mar e disse:
– Ei você é a prima dos gêmeos né? - Ela dizia em uma lenta entonação. Quase como se tivesse preguiça de falar.
– Sim.
– Sabe, eu tenho uma bala aqui das boas, diamante, só quarenta pilas, você quer? - Marina levantou as sobrancelhas. Agora ela meio que entendia porque eles estavam tão frenéticos e excitados. Mar não era do tipo que usava drogas. Apenas maconha e era raramente, mentira quase toda semana. Mas maconha não atrapalharia em seu condicionamento e saúde mental.
– Não, obrigada. - A riponga estava brisando, demorou uns segundos para processar o que Mar havia dito.
– Okay, eu tenho massa aqui também. - Avosou a riponga lenta.
– Mais tarde eu pego. - Mentiu Marina.
Ela queria apenas se divertir com sua nova amiga. Fazia um bom tempo que não tinha uma amiga mulher. Desde que a sua mãe morreu. A dor da morte da sua mãe ainda estava ali presente. Doía, como se fosse ontem que ela morreu. Mar sempre tenta reprimir esses sentimentos. Ela quer ser uma mulher forte o suficiente, o bastante e o máximo que puder, esteticamente, no ringue e emocionalmente. Mas quando era sobre a sua mãe era mais difícil. As duas eram melhores amigas. Sempre juntas. Agora não mais.
Levou as garotas até a cozinha, tinha uma grande quantidade dos famosos copos americanos vermelhos. Marina pegou o liquidificador da mã deu um garoto de camisa xadrez preto com branco e cinza e usava um gorro do Diamond, colocou banana, laranja, cenoura, hortelã, Vodca e leite condensado. Picou as frutos e o legume e jogou tudo lá. Bateu por quase dois minutos. Adicionou gelo nos copos e estava pronta a bebida. As garotas provaram e aprovaram.
– Você deveria trabalhar de bar tender! - Comentou Wendy animada com a bebida na mão.
– Vou pensar nessa possibilidade. Então meninas o que querem fazer?
– Vamos beber isso e ir dançar. Que tal? - Perguntou Ange, mais animado do que quando chegou, bem mais animada, a bebida já estava começando a fazer efeito. Ange virou o resto que estava no copo e despejou o resto que estava no copo do liquidificador em seu copo vermelho.
– Okay. - Mar e Wendy disseram em uníssono olhando uma pra outra e rindo. Ambas também viraram o copo.
Ao terminarem suas bebidas as garotas foram até o local onde um monte de gente estava dançando, roçando e se pegando. Mas antes tiveram que passar pela varanda que estava lotada. Era até difícil respirar o ar quente que fumegava de lá. Enfim conseguiram sair dali e ir para debaixo das luzes neons e lazeres.
Mar não sabia como eles haviam conseguido ter feito aquilo mas tinha um DJ ali. Um de verdade. E as músicas que ele tocava eram ótimas. Nada de sertanejo, funk ou músicas dos anos oitenta, como os DJs baratos de eventos normalmente tocam.
O local havia sido "decorado" no tempo em que ela não estava lá. Havia um monte CDs pregados no azulejo da parede. Colocaram tablados de madeira na grama. O jogo de luzes e lazeres estava pendurado na árvore acima do tablado e das pessoas dançando. Mar ficou impressionada. E se perguntou de onde esse povo tira tanto dinheiro. Tinha até um homem mais velho, em torno dos quarenta cuidando do churrasco.
Havia uma piscina pequena de criança perto da casinha gigante de cachorro. Algumas pessoas estavam brincado de pescaria e o prêmio era um body shot em uma das loiras que estavam dando em cima do André mais cedo. Até garotas participavam da brincadeira.
Mar notou uma movimentação na antiga brinquedoteca, que agora era mais uma adultoteca. Havia duas mesas de bilhar, um freezer, uma TV enorme, um sofá de couro,um baú que servia de mesa de centro, duas mesas de poker e alvo com dardos. Havia fila pra usar os dardos no alvo. Os garotos apostavam dinheiro de verdade no poker. Marina notou o grande bolo acumulado na mesa e se perguntou o que diabos os pais desses garotos tem na cabeça de dar tanto dinheiro pra que eles percam no poker. Mar notou uma pessoa em particular jogando poker, o garoto que usava a camisa do LOL. Ele havia acumulado um bom dinheiro. Wendy puxou Marina de lá dançando. Foram para o tablado de madeira. Wenddy dançava bem, Mar também, no entanto Ange dançava de um jeito engraçado, talvez seja pelo fato de que a bebida já estava mostrando os seus efeitos, mas os movimentos dela eram hilários. Marina e Wendy pararam de dançar várias vezes só para observar ela. E no fim as duas não aguentavam e acabavam rindo, mais por efeito da bebida também.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem pessoal. Até o próximo!