My Sweet Vampire escrita por tata-chan


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 18 em tempo recorde. Nos aproximando do final!

Betado pela Lecka-chan... Dessa vez te dei trabalho!



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Era algo que me incomodava de tempos em tempos... Para ser sincero, era algo que sempre estava em algum lugar no fundo de minha mente.

Olho para a responsável por grande parte de meus pensamentos e preocupações. Ela está sentada ao meu lado no banco de trás do carro ajeitando a gravata do uniforme escolar. Eu afasto seus longos cabelos de seu pescoço alvo e deixo a mostra a pequena marca feita por mim. Dou um beijo no que fora a marca de minhas presas e agora não passava de um leve roxeado, como a marca de um chupão. Em algumas horas terá sumido completamente. Sorrio quando ela cora.

“Estou pensando seriamente em te sequestrar e voltar para casa ao invés de te deixar na escola. Sete horas longe de você parece demais...” – beijo seu rosto e ela sorri.

“Você tem uma reunião. E preciso fazer as minhas provas intermediárias. Quando chegarmos, poderemos ficar juntos. ” – Ela beija meus lábios suavemente. – “Seja um bom menino. ”

“Você sempre precisa ser responsável, não é? ” – Ela deita a cabeça em meu ombro e sorri. Toco seu rosto, um pouco mais sério. – “Aoi estará a postos no lado de fora, como sempre, junto a mais cinco pessoas de confiança. Se Ayamiya se tornar hostil ou se você se sentir ameaçada de qualquer maneira, peça ajuda. ”

“Não se preocupe tanto. Ichigo também tem me ensinado um pouco como me defender e eu sempre fui boa em correr. Não vou ficar por baixo. “

Antes que eu pudesse responder, o celular de Rin começa a tocar. Ela sorri como quem pede desculpas antes de atender.

“Kyou-chan! Sim, sim, estou a caminho. Ahn? Sim, eu aviso a professora. A Yuki provavelmente esqueceu de carregar o celular. De novo. Claro sem problemas! ” – Ela sorri e dá uma pequena gargalhada. Isso. Com certeza isso faz parte do que me incomodava. No fundo eu sabia o quanto era egoísta da minha parte me incomodar com o fato de Rin ter amigos, mas aquele amigo em particular e a intimidade que os dois tinham, me incomodava. Ela tinha que ser amiga de um garoto? – “Okay, pra você também! Tchau” – Ela se vira novamente para mim.

“Seu amigo? ” – Tento esconder a frustração em minha voz e aparentemente consigo.

“Kyou-chan vai se atrasar e pediu que eu avisasse. Voltando ao nosso assunto anterior, eu vou ficar bem, tente não se preocupar tanto. ” – Ela me beija novamente e a puxo para perto e aprofundo o beijo. Rápido demais percebo que chegamos à escola.

“Te encontro em casa. Você deve chegar cedo por conta das provas e eu só tenho reuniões de manhã. Tenha uma boa aula. ” – Beijo seus lábios e ela me abraça antes de se afastar. Eu saio do carro e estendo a minha mão para que Rin saia do carro. Ela aceita a minha ajuda sorrindo e aperta a minha mão antes de soltar.

“Nos vemos mais tarde. ” – Toco seu rosto e sorrio antes de ver alguém se aproximando. O garoto era jovem e sorridente. Sua camisa está amassada e seu rosto está vermelho, como se tivesse corrido. O cabelo loiro tingido quase branco estava caindo nos olhos e ele ajeita seus óculos no nariz.

“Rin-Rin! ” – Ele se aproxima balançando os braços.

“Kyou-chan, pensei que iria se atrasar. O que aconteceu com suas lentes? ”

“Eu consegui uma carona. Infelizmente eu pisei na minha lente antes disso. ” – Ele faz uma careta antes de finalmente me notar. – “Olá, você é o namorado, né? Eu sou Arima Kyouya. Prazer em conhecê-lo! ” – Ele sorri e estende a mão. É pelo menos uns vinte centímetros mais baixo que eu. Apesar do meu desconforto, retribuo seu comprimento com um sorriso.

“É um prazer finalmente conhece-lo. Rin fala muito de você, Arima-kun. ” – Ele sorri novamente.

“Eu vou entrando, preciso a achar a Yuki. Te encontro na sala Rin-Rin. ” – Ele se afasta ainda sorrindo e Rin acena para ele.

“Vocês se dão bem, não é? ” – Tento disfarçar o desconforto, mas dessa vez é em vão.

“Você não deveria ser tão ciumento. ” – Ela me olha com reprovação.

“Não posso evitar, você é muito linda. É melhor você entrar antes que eu te sequestre. ” – antes de se afastar, Rin me dá um beijo rápido no rosto.

“Conversamos melhor quando eu voltar. Te amo. ” – Ela se afasta sorrindo e eu a acompanho com o olhar até que ela entra na escola.

Logo que ela entra, um carro para no portão da escola e Ayamiya Ayumi sai do carro como se fosse uma rainha entre os plebeus. Ela me lança um sorriso e entra na escola logo atrás de Rin.

Percebo que Aoi estacionou o carro na lateral da escola, então entro no carro e peço que Akira de partida. Fecho meus olhos e deito a cabeça no banco. Tantas coisas para se preocupar ao mesmo tempo pode realmente mexer com a cabeça de um homem. Entre os negócios da família, a movimentação de Ayamiya, os últimos acontecimentos e aparente desfecho do problema de Honoka e agora aparentemente o amigo sorridente de Rin...

Não pela primeira vez me passa pela cabeça que eu deveria solta-la. Ela merecia a opção, deveria saber que podia escolher entre ir embora ou ficar comigo por opção. Aperto a ponte do meu nariz. Estava chegando a hora de ter uma conversa...

Quando chego à sala de reunião no topo do prédio da grande empresa farmacêutica, me deparo com uma de minhas preocupações menores sentada na grande mesa.

“Ora, aparentemente não fui a única a chegar cedo. ” – Honoka está sentada finamente vestida e maquiada, como usual, seus cabelos presos num coque elegante e um sorriso nos lábios pintados de carmesim. Hesito por um momento antes de sorrir de volta e me aproximar. Aparentemente quem estava a minha frente era a Honoka que eu conhecia desde que era uma garotinha. Aproveito que os demais participantes da reunião ainda não haviam chegado e a comprimento com um beijo no rosto.

“Honoka, você parece ótima! ” – Sorrio verdadeiramente ao fitar o rosto sorridente de minha prima. Ela me encara por um momento depois faz uma careta.

“Você parece terrível. O que houve? ” – Me sento ao seu lado e reprimo uma risada.

“Você me conhece bem demais. ” – Eu balanço a cabeça ainda sorrindo.

“Ora, Tia Suzume me disse que você tem passado por muito stress ultimamente. Você não deveria me culpar por me preocupar. Você tem o péssimo habito de guardar seus problemas para você e nunca demonstrar fraqueza para ninguém. ” – Honoka me encara com severidade enquanto fala.

“Eu não acredito que estou ouvindo isso de você. ”

“Bem, você não pode me acusar de não me apoiar em ninguém, você sabe que eu tenho com quem dividir meus problemas. Aliás, agora você também tem. Sua mãe estava se gabando de como você finalmente conseguiu uma boa garota, inteligente, bonita e gentil, essa semana mesmo quando tomamos chá. Não me diga que você está com aquele pensamento machista idiota de que o homem forte e dominante deve cuidar de todos os problemas enquanto a mulher delicada e indefesa deve ficar em casa apenas parecendo bonita? Por que se estiver eu vou te reduzir às cinzas e poder nenhum vai te salvar. ”

“Não é nada disso... ”

“Então o que é? ”

“Você e minha mãe realmente precisam parar de falar sobre mim pelas minhas costas. ”

“Yuui, você é simplesmente terrível em mudar de assunto. ” – Ela fecha os olhos e balança a cabeça.

“Estou apenas preocupado. Não há problema nenhum quando estão tentando me atacar, mas quando o alvo é ela... Se eu pudesse, a deixaria trancada em casa, onde estaria segura. ”

“Conhecendo o caráter do atacante, mesmo lá ela não poderia estar segura. Pelo amor de Deus, ele chegou a infiltrar aquela pobre boneca sem cérebro que ele chama de filha numa escola lotada de humanos. A partir desse momento não há muito o que fazer. Tia Suzume já me disse que Rin está sendo instruída a se defender da forma correta. Ela é seu sangue e sua carne, um verme como Ayamiya nunca teria força suficiente para feri-la, se ela souber se defender, pelo menos não sozinho. ”

“O grande problema é que ele não vai estar sozinho, vai? ” – Suspiro. Até o momento estávamos sozinhos no andar, mas logo ouvimos o som do elevador subindo dois andares abaixo. Um humano não nos ouviria até entrar na sala, mas se houvesse mais um vampiro nessa reunião, poderia nos ouvir assim que saísse do elevador no final do corredor. Trocamos um olhar e Honoka muda nosso assunto bruscamente para banalidades.

Nosso parentesco não era nenhum segredo, mesmo para os humanos era comum que conversássemos animadamente quando juntos. Tento relaxar.

“Sabe do que você precisa? Férias. Pegue Rin e vamos passar um final de semana no barco longe de tudo. Será uma ótima oportunidade de conhece-la e ainda poderemos colocar os assuntos em dia. ”

“Não parece uma má ideia. Há pouco tempo ela estava... ” – Me calo quando a porta do elevador se abre e eu sinto a presença conhecida e repugnante se aproximar. Eu fico tenso por um momento. Realmente alguma força do universo estava testando a minha paciência. Honoka da um pequeno tapa nas costas da minha mão, como quem diz ‘Calma’. Busco no fundo de minha mente uma forma de me acalmar e ela aparece na imagem de Rin. Relaxo por um momento antes de lembrar dela chamando o nome de outro homem com certa intimidade. Deus, qual é o meu problema?

A porta da sala de Reunião se abre e os demais participantes entram. No final da fila vejo Ayamiya Souchirou e sua expressão usual de quem está sentindo algum cheiro desagradável. O seu desagrado parece aumentar bastante quando se dá conta de nossa presença.

“Mugetsu-sama, Houou-sama, não fui avisado que já estavam aqui. Espero que não tenham esperado muito. ” – O CEO da empresa, um homem baixo, calvo e gordo, se dirige a nós com preocupação de nos ter irritado óbvia em seu rosto. O rosto de Ayamiya fica ainda mais vermelho com a perspectiva de que até os humanos sabiam que éramos superiores à ele.

“Acabamos de chegar e estávamos tão entretidos em nossa conversa que mal percebemos o tempo passar, não se preocupe Suzuki-san. ” – Honoka faz as vezes de pessoa educada, uma vez que minha irritação estava chegando a um nível absurdo. Apenas sorrio, mas tenho certeza que pareço um maníaco. Essa seria uma longa reunião.

Horas depois quando finalmente nos levantamos para sair, Ayamiya se aproxima para me cumprimentar com um sorriso prepotente no rosto.

“Olá, Mugetsu-kun! Que surpresa agradável. Essa manhã mesmo Ayumi me disse que havia te visto de relance... Não imaginei que participaria dessa reunião. ”

“Sim, fui apenas deixar Rin na escola. ” – Tenho certeza que mais uma vez meu sorriso parece maníaco. A sala vai se esvaziando aos poucos, restando apenas os três vampiros.

“Ah, claro. Ayumi me contou sobre sua pequena também. Extremamente inteligente e gentil... Realmente as pessoas gentis geralmente são as mais indefesas, infelizmente. Mas tenho certeza que você vai cuidar bem dela. ” – O tom de ameaça tão descarado em sua voz é um estopim para minha raiva e tenho certeza que vou fazê-lo sangrar até a morte aqui mesmo.

Antes que eu possa dar um passo, a mão de Honoka aperta meu pulso fortemente e sinto minha pele queimar enquanto ela tenta colocar algum juízo de volta a minha cabeça. Seu gesto foi tão sutil que alguém tão obtuso como Ayamiya nunca perceberia. Ela não solta o meu pulso que nesse momento já está em carne viva.

“Ayamiya-san, infelizmente vou ter que interromper essa conversa tão agradável. Yuui e eu temos um compromisso agora. ” – Ela segura meu braço como uma garotinha que está feliz em ter um passeio com seu Onii-chan, mas a verdade era que Honoka estava apenas me contendo – algo que poucas pessoas além dela poderiam fazer com força bruta.

“Bem, até a próxima Ayamiya-san. ” – Me despeço entredentes e deixo que Honoka me guie até o elevador.

Ela apenas me solta quando a porta se fecha e ela aperta o botão para que desçamos os 50 andares sem pausa. Um leve odor de carne queimada toma conta do ambiente antes que eu faça a ferida se fechar por completo.

“Francamente Yuui, ambos sabemos que aquele homem é intragável, mas você acha realmente que destruí-lo num prédio de humanos é a melhor coisa a se fazer? ”

“Você ouviu a ameaça. “

“Claro que ouvi. Quer por favor pensar com coerência e ligar para ela ou para o chefe da guarda?”

Quando pego o celular para fazer a ligação, percebo que Rin havia me mandado uma mensagem. Já saí da escola, fomos à uma sorveteria próxima. Aoi está esperando do lado de fora, então não se preocupe. Te vejo em breve. ♥

“Bem essa mensagem tem uma hora. Ligue para Aoi e veja se está tudo bem. ” – Honoka lê a mensagem por cima de meu ombro. Disco o número de Aoi.

“Yuui-sama. ” – Ele atende o telefone no primeiro toque e objetivo como sempre.

“Onde estão agora? ”

“Acabamos de entrar na propriedade. “

“Algo fora do comum? ”

“Tudo normal, não houve nenhum problema. ” – Suspiro aliviado com a resposta.

“Fique atento e aumente a segurança. Ayamiya pode tentar fazer um movimento. Estarei em casa em breve. ” – Ele assente antes de desligar o telefone.

“Bem agora é o momento de você não tirar os olhos dela. Pelo menos explique para ela o que está acontecendo antes de tranca-la na torre. “ – chegamos ao térreo onde nossos carros estavam estacionados lado a lado. Kannon me cumprimenta com um aceno respeitoso que eu retribuo. Honoka coloca a mão em meu ombro – “Se as coisas complicarem, não hesite em me chamar. ”

“Sim, muito obrigado. Eu mantenho você informada. Até a próxima. ” – Beijo seu rosto em despedida e entro no carro.

Encontro Rin sentada em minha cadeira no escritório cercada de livros didáticos. Seus cabelos longos estavam presos num coque desarrumado no alto da cabeça, estava sem sua gravata e os primeiros botões da camisa estavam abertos.

“Você demorou, aconteceu alguma coisa? ” – Ela sorri para mim com um pouco de preocupação nos olhos. Me aproximo, sento na mesa a sua frente e toco seu rosto. Ela cora.

“Você não deveria estar dormindo? ” – Beijo seus lábios e ela fecha os olhos.

“Como eu poderia dormir? Você não estava aqui. “

“A reunião demorou mais que o esperado. Você se divertiu? ”

“Ah, tínhamos acabado de chegar na sorveteria quando Yuki percebeu que havia esquecido o celular na escola, então Kyouya foi com ela procurar e eu voltei pra casa. Agora já está quase escurecendo, você deve estar exausto. ” – Ela toca minha bochecha. Por algum motivo escolho esse momento para falar com ela. Talvez por que era uma das poucas coisas que eu poderia resolver imediatamente, ou pelo menos parecia uma boa ideia. Seguro em seu rosto e a faço olhar em meus olhos. Ela ficaria se tivesse a escolha?

“Eu estive pensando... Já faz mais de seis meses desde que estamos juntos. Parece que tanta coisa aconteceu em tão pouco tempo. ” – Acaricio seu rosto e ela me encara, séria.

“Parece que já se passou bem mais tempo... ” – ela me olha ainda corada.

“Sim... ” – fecho meus olhos por um momento. – “Tudo começou, estamos juntos por conta daquela promessa. Uma vez você me disse que não se arrependia... ”

“E eu não me arrependo...! ” – selo seus lábios com os dedos por um momento.

“Sei que não. Mas acho que já está na hora de não dependermos mais dela. ”

“O que você quer dizer? ” – Vejo que ela está pálida. Está sendo um pouco mais difícil que imaginei.

“Rin, você não precisa mais ser minha amante. ” – Assim que as palavras saem da minha boca, ela fica branca e com o olhar vazio.

“Então é isso? ” – Ela se levantou e se afasta um pouco. Seu rosto é um misto de pânico, tristeza e medo, percebo que ela entendeu tudo errado.

“Não Rin, você precisa entender... ” – Algumas lágrimas começam a aparecer no canto de seus olhos.

“Eu entendo perfeitamente. Preciso de um momento, com licença. ” – Tento impedi-la, mas ela sai da sala da mesma forma. Penso por um momento se devo ir atrás dela, mas ao invés disso me sento onde ela estava com o rosto nas mãos. Será que eu não conseguia fazer nada direito?

Alguns minutos depois, a porta se abre e eu levanto o rosto de súbito. Ichigo estava na porta com as bochechas coradas e pânico no olhar.

“Ojou-sama não estava aqui? ” – Fecho os olhos por um momento.

“Ela saiu a pouco, deve estar no quarto... ”

“Ela não está no quarto. Yuui-sama, temos problemas. ” – Ela estende um pedaço de papel para mim. Quando desdobro e leio, parece que meu mundo vai acabar.

Como eu disse, pessoas gentis sempre se tornam vítimas.

A.S.

Ela tinha sido pega, por minha culpa.

Percebo que não era hora de entrar em pânico. Pego o telefone. Ayamiya se arrependeria do dia em que soube da existência de Rin.


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Notas finais do capítulo

Reviews são rápidos e indolores e com eles posso saber se estão gostando ou não.



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