My Sweet Vampire escrita por tata-chan


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Betado pela Lecka-chan.



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Yuui enrola uma mecha de meus cabelos em seus dedos enquanto tenta chamar a minha atenção. Apenas ignoro, olhando para a janela.

"Você não pode estar tão irritada assim por causa disso, depois de tudo. Não é nada demais" - Yuui joga sua cabeça para trás e revira os olhos. Como nunca antes havíamos chegado nem perto de uma discussão, apesar de minha irritação, ainda era uma situação interessante. Eu estreito meus olhos para ele.

"Não acredito que você realmente acha que não é nada demais me avisar que vamos visitar sua mãe quando estamos a caminho. " - Yuui balança a cabeça.

"Não seja tão dramática. Eu disse assim que levantamos. Ela já vinha me cobrando para apresentá-la há tempos, mas eu não queria dividir você com ninguém. " - ele toca minha bochecha e desliza até meu pescoço. Não posso deixar de estremecer.

"Não pense que me bajular vai servir de alguma coisa." - Minhas ações não condizem com minhas palavras quando Yuui começa a massagearem meus ombros. Fecho meus olhos.

"Não precisa ficar tão tensa. Ninguém vai morder você. Esse é um privilégio apenas meu." - Encosto minha cabeça em seu ombro e ele desliza sua mão de meu pescoço ao meu queixo, levantando minha cabeça para capturar meus lábios com os seus. Para provar seu ponto ele morde meu lábio antes de se afastar sorrindo. Fecho meus olhos com o rosto corado. Yuui era simplesmente bom demais em me manipular. Suspiro, minha irritação quase toda acabada. Ele volta a brincar com meu cabelo. - "Vai me dizer o que mais está te incomodando?" - Fecho meus olhos. Eu não podia esconder nada dele mesmo. Suspiro antes de abrir o que me aflige.

"Às vezes parece que você tem vergonha de mim, ou algo do tipo. Fora os servos você nunca me apresentou a ninguém. Você nunca nem mesmo me disse o nome de seus pais! Pelo amor de Deus, levou um mês para eu saber seu nome!" - Ele olha para mim com surpresa no olhar. Coloco meus dedos em seus lábios o impedindo de me interromper. - "Não pense que eu duvido de seus sentimentos nem nada do tipo. É que apenas isso me deixa um pouco desconfortável. Eu queria que você confiasse em mim, como confio em você."

Antes de eu afastar meus dedos de seus lábios, ele o segura e beija as pontas antes de entrelaçar seus dedos com os meus. Sua expressão era contrariada, culpada e ao mesmo tempo constrangida. Daria tudo para saber o que ele estava pensando.

"Sabe, alguém um dia me disse que todas as pessoas têm um defeito mortal. Algo que faz parte do que nós somos e não existe nada que pode mudar isso. Quando eu ouvi isso, achei ridículo. Nós sempre podemos melhorar. Até que eu conheci você é descobri meu defeito mortal. Eu sou egoísta Rin." - Tento impedi-lo e Yuui imita meu gesto, selando meus lábios com a ponta de seus dedos. - "Existem vários tipos de egoísmo Rin. O meu talvez seja diferente do que você está pensando. Quando eu quero algo, eu faço tudo que está ao meu alcance para conseguir e quando consigo, jamais vou abrir mão. Eu jamais desejei nada nem ninguém tanto quanto desejo você. Eu quero te manter só para mim. Dividir você com alguém é algo inaceitável. Exigiu tudo de mim permitir que você se afastasse durante tantas horas no dia. Vergonha de você? Não seja boba. Eu poderia te exibir aos sete ventos e mostrar para que todos morressem de inveja de mim ao me ver tão feliz. Você é tão perfeita em tantos sentidos que tenho medo que alguém te roubasse de mim. Sou mesmo um idiota egoísta. "

Eu seguro sua mão e deito minha cabeça em seu ombro.

"Como se eu quisesse alguém além de você." - Olho para nossos dedos entrelaçados e acaricio seu dedo. Ficamos em silêncio por um instante e coro profundamente ao me lembrar da presença de Aoi no banco do motorista. Escondo meu rosto no ombro de Yuui e o sinto rir levemente. Eu mordo seu ombro. - "Você pode começar dizendo o nome de seus pais. Você vai se arrepender se eu passar o constrangimento de ir me apresentar sem saber o nome de meus sogros." - Yuui brinca com a ponta de meus cabelos com a mão esquerda enquanto a mão direita continua entrelaçada à minha.

"Meu pai se chama Koichi e minha mãe se chama Suzume."

"Como eles são?"

"Meu pai é sério e um pouco rígido. Mas ele é uma boa pessoa. Há quem diga que eu pareço com ele." - Yuui sorri para mim. - "Minha mãe é alegre e animada. Ela também é carinhosa, mas ao mesmo tempo determinada. Ela sempre consegue o que quer. Acho que herdei um pouco disso também."

"Será que eles vão gostar de mim?" - Hesito.

"Quem não gostaria de você?" - Ele sorri para mim. - "Apenas relaxe e seja você mesma."

Aoi abre a porta do carro quando chegamos às portas da mansão principal do Clã Mugetsu. Era enorme, quase duas vezes maior e mais imponente do que a que vivíamos. Yuui saiu primeiro e segurou a minha mão para me ajudar. Subimos os degraus de mármore que levavam até as grandes portas duplas de carvalho onde uma beldade nos esperava.

Apesar da pouca semelhança, eu a reconheci no mesmo momento como mãe do Yuui. Ela era alta e esbelta e tinha a pele pálida comum em nossa espécie. Seus cabelos loiros avermelhados eram curtos, chegando apenas até seus ombros e eram levemente ondulados. Quem a olhava de longe nunca daria mais de trinta e cinco anos, mas eu sabia que ela já havia vivido séculos sem fim. Estava finamente vestida com um vestido preto e sapatos de salto alto. Sua maquiagem impecável. Fico feliz por ter deixado a que Ichigo me vestisse com o delicado vestido rosa claro até o joelho e os scarpin rosa choque em contra tom. Me sentia levemente menos insignificante.

Reconhecia Yuui nela nos pequenos detalhes. O formato do rosto e sobrancelha, assim como o nariz eram o mesmo. A expressão analítica que me encarava também era algo que já havia visto em Yuui. Ela estava procurando descobrir que opinião ter de mim. Ela sorri largamente e abraça Yuui.

"Você não deveria abandonar sua mãe por tanto tempo! Faz eras que você não aparece aqui! " - ela beija Yuui na face e segura seu rosto para vê-lo melhor. Yuui sorri e retribui o cumprimento, depois segura minha mão e me traz para mais perto.

"Mãe, te apresento Rin, o amor de minha vida. Rin, está é minha mãe, Suzume." - Retribuo seu sorriso e por uma fração de segundos me arrependo de não perguntar a Yuui a forma correta de me dirigir a sua mãe.

"É um prazer finalmente conhecê-la Suzume-san" - resolvo ficar no meio termo, nem tão formal, nem tão informal. Aparentemente funciona, já que ela segura a minha mão e me puxa para um abraço.

"Ora querida, não precisa ser tão formal. Afinal, somos família, apenas Suzume é o suficiente. Olha como você é adorável! Faz meses que estou tentando fazer com que Yuui te traga aqui mas aparentemente ele quer você apenas para ele. Vamos entrar! Em breve o jantar será servido e enquanto isso, podemos conversar um pouco. "

Ela segura a minha mão.

Adentramos a casa com Suzume ainda segurando a minha mão, Yuui ficando levemente para trás.

"Vamos até a sala de estar. O jantar está quase pronto e Koichi já irá se juntar a nós. Estávamos extremamente ansiosos em finalmente te conhecer Rin. Confesso que já ouvi bastante sobre você, mas obviamente não conhecemos pessoas apenas por rumores. " - minha sogra tagarelava alegremente. Chegando à sala de estar ela me indicou um sofá onde nos sentimos juntas. Yuui se sentou em uma poltrona ao lado. – “Eu estava falando a Honoka mesmo há um tempo atrás. Quando Yuui finalmente consegue uma boa moça ele se esconde dos pais. "

"Então você andou falando com Honoka, mamãe?" - Percebo leve irritação no tom de Yuui e por um momento não entendo. Honoka deveria ser a matriarca Houou, com quem Yuui tinha boa relação.

"Não use esse tom comigo, Yuui. Contei à Honoka pois ela é da família. Acredite, não foi por minha boca que aquele verme do Ayamiya soube de Rin. Acredito que nem mesmo da boca de Honoka, apesar dos... Acontecimentos recentes. " - seu tom é quase de nojo ao se referir a Ayamiya. Ela segura minha mão levemente mais forte. - Deve ter sido aterrorizante para você querida, se deparar com uma sangue puro na escola. Mesmo uma medíocre como Ayumi. Não me leve à mal, não há nenhum problema em tentar conseguir poder quando se é fraco, o problema é a forma em que ele tenta fazer isso. Sempre o caminho mais fácil. É claro que ele é orgulhoso. Não aceitaria nenhuma noiva a Yuui que não fosse sua princesinha. Além da sua ilusão sobre pureza sanguínea... De qualquer forma, não precisa se preocupar tanto. Estamos cuidando disso, junto a você filho. Uma coisa que ninguém pode me acusar é de não cuidar de minha família. " - seu olhar é extremamente sério e quase sinto fogo saindo deles. Por um momento sinto medo. De repente seus olhos se suavizam ao mesmo tempo em que sinto uma presença poderosa se aproximando da porta. Fico tensa por um segundo antes de Suzume me acalmar com um apelo de mão. - "Veja, Koichi finalmente resolveu se juntar a nós"

Levanto meu olhar para o pai de Yuui. Koichi era alguns centímetros mais alto que o filho, seu cabelo era cortado de forma mais curta e séria, o tom de loiro de seus cabelos era alguns tons mais claros que Yuui e ele tinha uma barba bem tratada no rosto. Esses detalhes e o fato dele parecer ter alguns poucos anos a mais que o filho eram o que os diferenciavam. Não me lembro de nunca ter visto pai e filho que se parecessem tanto. Ele veio em nossa direção e eu fiz menção de me levantar. Ele me impediu com um sorriso e um leve aceno com a cabeça. Ele tomou minha mão e beijou levemente. Me sinto meio boba ao ter esquecido minhas aulas de etiqueta que Ichigo havia dado. Uma dama deve permanecer sentada e ser cumprimentada, não o contrário.

Koichi sorri ternamente para mim e não posso deixar de sorrir de volta.

"É um prazer finalmente conhecê-la, minha filha. É bom ser apresentado à mulher que fez meu filho ficar tão agradavelmente tranquilo." - Seu rosto passava uma calma tão grande que toda a tensão que havia se acumulado em mim pela situação foi se acalmando. Suzume se levanta e sorri.

"Bem, agora é um excelente momento para jantarmos."

Nosso jantar se passa calmamente enquanto conversamos trivialidades. Fico extremamente feliz pelas intermináveis aulas de etiqueta à mesa que tive quando vejo todos aqueles talheres.

"Você irá terminar o ensino médio esse ano, não é querida? Já tem uma ideia do que fazer depois?" - Suzume me pergunta é por um momento me esqueço de toda a situação, de onde estava, de quem eu estava falando. Sorrio e me animo, lembrando de meus planos.

"Bem, eu sempre quis fazer direito. A argumentação e defesa da lei sempre me fascinaram. Eu costumava ir até o tribunal e passar tardes vendo audiências. Eu já tinha conseguido crédito suficiente para poder me candidatar à faculdade de direito dessa cidade, que por sorte é a melhor do país e não vou precisar me mudar. Apesar das faltas que tive no início do ano letivo, acredito que posso melhorar essa pontuação, além do que de alguma forma, minha mente parece mais clara agora e estudar é ainda mais fácil. " - Paro de falar quando me dou conta da situação. Estava na frente de meu namorado e meus sogros. Provavelmente o que eles esperavam de mim era que eu seria uma boa esposa e faria lindas crianças herdeiras para o clã. Vejo que Yuui sorri orgulhoso para mim e o sorriso de Koichi é divertido quando olha para sua esposa. Ela sorri levemente.

"Bem querida, parece que Rin passou no seu pequeno teste." - eu travo. Havia um teste? Suzume sorri abertamente.

"Bem, não poderia esperar menos da mulher que meu filho escolheu. O criamos bem. Se aparecesse aqui com uma garota que dissesse que seus planos eram ser uma boa esposa submissa eu teria que lhe dar uma surra. Ao contrário do que muitos pensam, uma esposa deve sim pensar por si própria, já que os maridos nunca conseguem fazer nada sozinhos. Aliás, seria um desperdício com suas notas não continuar seus estudos. Você está certa, acordar para a noite deixa tudo mais claro, e como você já era acima da média mesmo antes... Meus netos terão excelentes genes. "- eu coro e ela da uma pequena gargalhada.

O restante do jantar se passe sem grandes revelações. Após o café Koichi se levanta.

"Preciso pegar Yuui emprestado por um momento. Prometo que não vou demorar."

Yuui segura minha mão com delicadeza.

"Está tudo bem?" - Eu confirmo e ele sai da sala com seu pai, novamente prometendo não demorar. Me vejo sozinha na sala de estar com minha sogra.

"Enfim sós." - Por um segundo tenho uma vontade extrema de sair correndo. Tenho certeza que meu sorriso é amarelo. - "Não precisa ficar tão nervosa assim querida, não vou te morder. Eu apenas precisava falar em particular com você por um instante. "

"Tudo bem." - Meu nervosismo é óbvio em minha voz. Ela olha em meus olhos.

"Eu apenas quero deixar claro algumas coisas com você. Já disse antes, eu cuido de minha família. Ouso dizer que se tratando dos meus sou uma leoa. Então espero que você tenha em mente que se você machucar meu filho de qualquer forma, ou o motivo de que esteja com ele seja algo diferente de amor ou afeição, eu vou te machucar. Agora fale. " - engulo em seco e sei que estou suando.

"Yuui me salvou. Eu fui assassinada, estaria morta se ele não houvesse me ajudado. Ele me propôs um acordo. Eu poderia morrer ou poderia me tornar sua amante e então ele me salvaria. No começo estava com ele por causa da promessa."

"Tão típico dele. Não era mais fácil falar que te amava logo? Mas continue. Você disse que no começo era por conta da promessa e agora?"

"Agora eu sou ridiculamente apaixonada por ele. Talvez você não queira acreditar que alguém possa se apaixonar em tão pouco tempo, mas eu o amo. Acho que poderia morrer se ele me deixasse, por mais dramático e adolescente que isso pareça. Poderia até mesmo matar. Não vou deixar que ninguém me separe dele. " - eu a encaro com toda a coragem que junto não sei de onde. Ela fica séria e eu travo. Então ela sorri ternamente.

"Uma vez que você se torne a esposa de Yuui, você será minha filha também, e mesmo agora eu vou te proteger da mesma forma. Apenas tenha em mente que você faz parte do clã Mugetsu. Haja como tal e mantenha seu coração no lugar. Assim você estará perfeitamente segura. - "Ela toca meu rosto -" Yuui não é um homem fácil, ele puxou muito de mim e do pai dele para ser. Tenha paciência. "

Antes que eu tenha que oportunidade de responder, Yuui retorna à sala. Ele vem até mim e abraça meus ombros, beijando o topo de minha cabeça. Ele sorri para sua mãe.

"Nós já vamos indo. Falta pouco para amanhecer."

“Sim, sim. Nós estávamos tendo um tempo tão agradável que acabamos nos estendendo. ” – Suzume me abraça novamente. - “Não fiquem mais tanto tempo sem aparecer por aqui. Foi um prazer conhece-la querida. ”

“Muito obrigada pelo convite Suzume. Nós iremos voltar mais vezes. ” – Sorrio enquanto me despeço de minha sogra e esse sorriso é muito mais tranquilo e espontâneo do que o que dei ao me apresentar.

“Até a próxima, querida! ” – Koichi se despede de mim com um beijo no rosto. – “Da próxima vez conversamos mais. ”

Depois de nos despedirmos, Yuui abre a porta do carro para que eu entre e logo se senta ao meu lado. Só percebo o quanto estou cansada quando o carro entra em movimento. Eu deito minha cabeça no ombro de Yuui e entrelaço nossos dedos.

“Muito obrigada por me trazer aqui hoje. “ – ele beija o topo de minha cabeça e acaricia meus dedos.

“Desculpe por não ter te trazido antes. Foi ótimo fazer algo diferente, mas amanhã quero passar o dia e a noite na cama com você. ” – Ele sorri maliciosamente e eu coro até a raiz dos cabelos.

“Descansar é sempre uma ótima ideia. ” – Yuui dá uma leve gargalhada ao me ouvir e morde o lóbulo de minha orelha antes de sussurrar.

“É, talvez eu te deixe descansar um pouco...”


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem desse! Obrigada como sempre a quem leu e principalmente a quem perdeu um momentinho do seu tempo para comentar.

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