Félix e Niko - Counting Stars escrita por Look at the stars


Capítulo 5
Capítulo 5




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Niko estava deitado ao lado de Félix, os batimentos de seu coração ainda estavam acelerados, assim como sua respiração. A onda de prazer que percorria seu corpo ainda se fazia presente. Ele fechou os olhos e aos poucos sua respiração foi voltando ao normal, sentiu a mão dele deslizando sobre seu rosto descendo até sua barriga. Ainda de olhos fechados Niko apreciava as mãos habilidosas de Felix que faziam caricias em todo seu corpo, ele começou a distribuir beijos em seu rosto e pescoço.

– Que horas são hein? – o loiro perguntou.

– Quem se importa? – Félix disse enquanto descia mais com seus beijos pelo corpo dele.

– Você deveria... – Niko sorria, então o provocou. -... É o único que tem namorada aqui.

Félix parou o que estava fazendo e olhou para ele, Niko fez um leve carinho no rosto do moreno.

– Quem a Edith?

– Não... A branca de neve, príncipe encantado. - Ironizou.

– Ahh palhaço... – Félix pegou seu relógio de pulso que estava em cima da mesinha de cabeceira para ver a hora. – são apenas 21h05, a Edith com certeza já deve ter voltado pra casa com o Papi. E com certeza deve ter varias ligações perdidas dela no meu celular.

– ihhh alguém ta encrencado. - Brincou Niko.

– Parece até que você ta se importando com isso mais do que eu. – Félix disse sorrindo.

– É que da última vez que eu fiquei com um homem casado, a mulher dele foi bater lá em casa. – O loiro dizia com um sorriso divertido no rosto.

– E o que ela fez?

– Ela me arranhou mais do que o meu gato que eu ganhei quando eu tinha 12 anos.

Félix não pode evitar a gargalhada.

– Será que dá pra você falar sério?

– É serio... Nunca discuta com uma mulher que tem unhas postiças.

– Você tem que fazer piada de tudo é? – O moreno dizia ainda rindo dele.

– Eu sou assim, esse é meu jeito. No meu normal eu já não falo sério, imagina depois de ter tomado quase uma garrafa toda de whisky.

Félix passeou seus dedos pelos cachinhos loiros de Niko e depositou um beijo doce em seus lábios e seguida sorriram um para o outro. Foram tirados daquele momento de afeto quando o celular de Félix tocou.

– É a Edith? - Felix olhou apreensivo para Niko. - O que você acha, eu atendo ou não?

– É melhor atender, vai que ela pensa que você está com alguma amante. - Niko disse com um sorriso cínico. - que injustiça seria.

Félix se sentou na cama e atendeu a ligação.

– Oi Edith.

– Félix aonde você está? Porque você me deixou sozinha na festa? Já ta tarde e você ainda não voltou por quê?

– Edith eu... - Félix começou, porém foi interrompido por ela.

– Eu liguei pra você várias vezes, onde você ta hein? Na casa dos seus pais eu sei que não, porque eu estou aqui.

– Calma criatura se você me deixar falar, eu explico. – Ele já estava impaciente com ela falando alto e histericamente.

– Então fala, que eu estou esperando pra ver qual a desculpa que você vai inventar dessa vez.

– Que desculpa Edith? Eu nunca inventei desculpa nenhuma pra você.

Niko deu um sorrisinho ao ouvir o que Félix disse.

– Por favor, Félix chega de cena ta?

– Eu tava na festa só que depois daquele escândalo todo que aquele rapaz louco fez... - Félix enfatizou a palavra louco e olhou para Niko, e quando fez isso o loiro subiu em cima dele e começou a beijar seu pescoço fazendo ele esquecer completamente o que estava falando. Niko se aproximou do ouvido do moreno e sussurrou.

– Há alguns minutinhos atrás o escandaloso não era eu.

– Félix? – Edith o chamava pelo celular.

– Eu... Eu... - Niko beijava o canto de sua boca, o impedindo de se concentrar no que dizia.

– Você o que?

Felix colocou a mão no celular e falou bem baixo para que só Niko ouvisse.

– Para com isso Nicolas, assim eu não vou conseguir parecer nada convincente. – O loiro o olhou com uma carinha de quem não tinha se dado por vencido. - Deixa eu só terminar aqui ta bom?

– Félix? Félix?? - Edith o chamava insistentemente.

– Edith eu recebi uma ligação de um fornecedor do San Magno, ele me ligou de última hora marcando um jantar. Ele tinha uma proposta irrecusável... - Niko recomeçou a beijá-lo novamente em seu pescoço -... Eu tinha que ir já que era o ultimo dia dele na cidade. - os beijos de Niko foram descendo até seu abdômen fazendo Félix fechar os olhos com o prazer que a boca quente dele fazia ele sentir.

– Essa historia não ta me convencendo nem um pouco. – Enquanto ela reclamava do outro lado da linha, uma idéia lhe veio como uma luz no fim do túnel.

– Se não ta acreditando em mim liga pra ele, quer o numero?

Niko se interessou na historia que Felix estava inventando, como assim ele ia dar o numero do tal fornecedor para ele confirmar que ele estava lá?

– Como assim ligar pra ele? - Ela perguntava incrédula.

– É criatura ligar, pegar o celular e digitar os números. Já que ta ai toda desconfiada, liga. O nome dele é... - Felix pensou por alguns segundos e disse o primeiro nome que veio a cabeça. - Vicente... O nome dele é Vicente... Franciosi.

Niko colocou a mão na boca para conter o riso e não estragar tudo.

– Quer saber eu vou ligar mesmo Félix, me fala o numero desse tal fornecedor.

– Só um minuto. - Felix afastou o celular para falar com Niko.

– Nicolas me dar o número do seu celular.

Apesar da pequena surpresa Niko deu o número para ele, o loiro falava os números bem baixo perto do ouvido de Felix enquanto dava beijos em seu rosto e o moreno repassava os números para a namorada. Depois de ter anotado o número ela o questionou.

– E por que você não voltou para casa dos seus pais?

– Aii... - Niko tinha o mordido.

– O que foi?

– Não nada... - ele olhou e viu que o dono do belo par de olhos verdes estava sorrindo.

– Eu não voltei porque depois do jantar a gente bebeu algumas doses de Whisky e por precaução eu não quis voltar dirigindo...

Niko começou a torturá-lo com caricias mais ousadas. Ele se movia sobre seu corpo atiçando seu desejo, Felix usava todo seu autocontrole para não soltar um gemido de prazer.

– O táxi sairia uma fortuna. Então era mais provável eu passar essa noite em um hotel por perto. Não acha?

Enquanto Edith falava que não tinha gostado nada dele ter saído sem avisar e de ter a deixado sozinha procurando por ele na festa, com a mão livre Felix acariciava os cabelos de Niko que novamente estava beijando seu abdômen.

– Então amanhã você vem pra cá?

– Hã? A-amanhã? Eu acho que vou passar esse fim de semana aqui pra descansar um pouco... Tenho trabalhado tanto esses dias lá no hospital. Mereço pelo menos três dias de descanso do trabalho.

– Me diz onde você ta meu amor, talvez eu possa ir aí com você amanhã e te fazer companhia.

– Edith quando eu voltar pra casa à gente conversar ok? Tchau.

Felix não esperou pela resposta dela e desligou o celular, tudo que ele queria naquele exato momento era dar a devida atenção ao belo loiro que estava ali com ele. Félix girou com ele na cama invertendo suas posições.

– Isso é golpe baixo sabia? - Ele falava com testa colada na de Niko e seus lábios tocando levemente nos dele. -... Você tem noção do quanto isso foi torturante?

– Eu sou um menino muito mal Khoury. - Disse sorrindo e puxou o corpo dele para mais perto do seu com suas pernas.

– Então parece que eu vou ter a chata missão de colocar esse menino na linha.

Ele o beijou até os dois ficarem sem fôlego, fizeram amor intensamente e desesperadamente, o desejo que ambos sentiam era tão forte e avassalador. Seus corpos suados se encaixavam em uma magnitude inigualável, Felix estava aonde sempre desejou estar, nos braços de quem o fazia sentir desejo de verdade.

.

.

.

Na casa dos Khoury Edith estava impaciente andando de um lado para o outro no quarto do namorado, ela estava indecisa se ligava ou não para o número que Félix deu a ela.

– Será que é muito tarde pra ligar? Ela olhou em seu celular e ainda era 21h45, então decidiu ligar e tirar suas duvidas de uma vez por todas.

Niko estava deitado com cabeça no peito de Felix, sentindo o peito descer e subir com sua respiração. Ele desejava, mesmo que negando para si mesmo, que aqueles instantes junto á ele durassem mais. Seus pensamentos foram interrompidos quando seu celular tocou com a chamada de um numero desconhecido. O loiro se sentou na cama e pegou o aparelho que estava no bolso de sua calça que estava jogada no chão.

– Deve ser sua noivinha. - Afirmou olhando para a tela do aparelho.

– Atende e diz tudo o que a gente combinou... – O loiro já ia atender quando Félix segurou em seu braço. – E, por favor, tenta parecer com uma pessoa séria ta bem?

Niko apenas balançou a cabeça afirmando que sim.

– Alô... Quem é? – Ele mudou o tom de voz a deixando mais grossa, Felix passou a mão no rosto desacreditando que aquela criaturinha não conseguia levar as coisas a sério pelo menos uma vez na vida, ele se segurou para não rir da expressão que Niko fazia enquanto falava.

– Oi boa noite, me desculpe lhe incomodar a essa hora, mas é o Sr Vicente Franciosi?

– Sim sou eu, quem é?

– O senhor não me conhece, mas eu sou a esposa do Félix Khoury, administrador do San Magno.

– Sim o senhor Khoury o administrador do San Magno, um educado rapaz, jantei com ele faz pouco tempo. – O moreno pegou um dos travesseiros e colocou em seu rosto para abafar a risada porque controlá-la era praticamente impossível.

– Mas o que tem ele? - Perguntou Niko.

– Não, não é nada. É que eu pensei que ele estava mentindo pra mim quando me disse que tinha jantado com um fornecedor do San Magno. Eu pensei que ele estava...

– Lhe traindo... Sei como é, as mulheres sempre desconfiadas não é mesmo?

– Apenas cuidamos do que é nosso.

– Claro...

– Me desculpe, mas o Senhor está bem?

– Sim por quê?

– Sua voz está estranha.

– É que eu to meio resfriado sabe... – dessa vez nem o loiro conseguia ficar sem rir. - Mas não se preocupe dona...?

– Edith.

– Não se preocupe dona Edith, o Dr. Felix é um bom rapaz eu notei isso enquanto conversávamos. Ele não esta lhe traindo com nenhuma mulher pode ficar tranquila.

– Obrigada! Assim eu fico mais aliviada em saber que ele estava falando a verdade. Obrigada.

– De nada querida, tchau.

– Tchau.

Assim que Niko desligou o celular os dois caíram na gargalhada. Enquanto o ataque de risos ia cessando Niko falava imitando a voz dela.

– Me desculpe, mas o senhor está bem? Sua voz está estranha. Poxa eu tentei fingir outra voz... foi o melhor que eu consegui.

– Nicolas você não presta. – Félix ainda não tinha conseguido parar de rir.

– Eu? Tem certeza que sou eu que não presto? Quem ta mentindo pra namorada aqui não sou eu.

– Engraçadinho... Ainda teve a cara de pau de dizer que eu não to traindo ela.

– Apenas observando, eu disse que você não estava traindo ela com outra mulher, mas se você quiser eu posso ligar e dizer que com outro homem sim.

Niko se esticou sobre ele pra pegar o celular novamente, o moreno segurou sua mão, pegou o celular dele e sem olhar para o aparelho o colocou onde estava antes. O rosto de Niko estava tão perto do seu e aqueles olhos que o hipnotizavam pareciam estar mais brilhantes. Não pode resistir e o beijou o deitando lentamente na cama.

– O que você acha de passamos esse fim de semana juntos Nicolas? – Félix propôs.

– Se você me chamar só de Niko eu agradeceria, só a minha mãe me chama de Nicolas. Você não quer que eu se lembre da minha mãe quando eu olho pra você quer?

– Não. - Felix sorriu. - é que seu nome e tão bonito.

– Pra fazer jus ao dono.

– Convencido.

– Nem sou. - Niko acariciou o queixo dele.

– O que me diz sobre minha proposta? Topa?

– Não sei... E se você se apaixonar como vai ser? Eu não quero ninguém no meu pé dizendo que me ama.

Niko falou em tom de brincadeira para que as palavras não o machucassem, de alguma forma tinha simpatizado com aquele moreno alto de olhos escuros. Eles não poderiam ficar juntos e Niko tinha que deixar isso claro.

– Você acha que três dias são suficientes para eu se apaixonar por você?

– Acho... Eu sou adorável. Teve gente que disse que me ama em bem menos tempo.

Niko que até então tinha uma expressão mais descontraída ficou um pouco mais sério.

– Felix a gente... - Felix o calou com um beijo.

– É só um final de semana e nada mais.

– Promete?

– Eu prometo. – ele então sorriu. – Você é a criatura mais surpreendente que já conheci Nicolas.

– Por quê?

– Você ta me fazendo prometer que não vou me apaixonar por você... Isso é estranho de se prometer á alguém.

– Você mesmo disse que eu sou estranho, então porque a surpresa Khoury?

– Nicolas... Nicolas.

– Quer parar de me chamar assim?

– Só se você parar de me chamar de Khoury, Nicolas.

Talvez naquele exato momento nenhum dos dois tenha se quer imaginado que três dias seriam sim mais do que suficiente para se apaixonarem um pelo outro, talvez até menos, e também nunca imaginariam que chegaria uma hora em que seria insuportável negar para si mesmo esse amor.

Amor, um sentimento desconhecido para Félix e decepcionante para Niko, será que o amor que Félix vai construir em seu coração será o suficiente para consertar o de Niko? Um homem que é analfabeto em matéria de sentimento seria capaz de amar e ensinar o outro a amar novamente?


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