Félix e Niko - Counting Stars escrita por Look at the stars


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

"Quando você sentir o meu calor
Olhe nos meu olhos
É onde meus demônios se escondem
Não se aproxime muito
É escuro aqui dentro..."
— Imagine Dragons



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/573495/chapter/4

– Você devia experimentar Khoury... Isso é muito bom - Ele falava enquanto sentia o vento frio em seu rosto. Niko estava sentado na janela do carro com metade do corpo pra fora dele. Sentia o vento frio da noite estrelada batendo em seu rosto enquanto o carro se movimentava cada vez mais rápido.

– Muito bom vai ser a multa que eu vou levar se algum guarda de transito ter ver ai... - Felix falava sem tirar os olhos da estrada. - Pelas contas do Rosário sai daí Nicolas... Você vai acabar se machucando.

– Deixa de ser chato Khoury...

– Eu? Chato? Era só o que me faltava. E eu gosto que me chamem de Félix.

Niko saiu da janela e entrou no carro.

– E eu que me chamem de Niko, você precisa se soltar um pouquinho mais de vezes em quando, quantos anos você tem? 40?... Ta parecendo o meu pai.

– haaá to morrendo de rir... Pro seu governo eu tenho só 25 anos tá?

– Com humor de 40... - o loiro olhou pela janela do carro. - Você pode parar aqui?

– Aqui ? na praia? Pra quê? O combinado era que eu escolhesse o lugar lembra?

– Ahhh, por favor, hein? - Niko juntou as mãos uma na outra como se estivesse implorando.

– Se eu pareço um velho, você parece uma criança de cinco anos. – Félix tentou parecer indiferente ao pedido de Niko, mas o loiro continuava com aqueles olhinhos de cachorro abandonado.

– Quer parar de me olhar assim... – Quando Félix o olhou novamente, Niko fez bico.

– Ok... Ok você ganhou...

Niko abriu um largo sorriso ao ver que ele tinha cedido ao seu pedido.

Enquanto Félix estacionava o carro Niko tratava de tirar os sapatos, ele pegou a garrafa com o pouco Whisky que tinha sobrado e logo que o carro parou ele desceu e correu pela areia da praia feito um menino que via o mar pela primeira vez. Com aquele sorriso contagiante e o vento batendo em seus cabelos o fazia ficar tão lindo, Félix o seguia logo atrás.

– VEM KHOURY – Niko gritou quando viu que Félix ainda estava longe de alcançá-lo. – Você pode até ter 25 anos mas a energia é de 40. Vem logo.

– Calma criatura, a praia não vai fugir da gente.

– É, mas eu quero que você veja uma coisa.

– Que coisa? Aqui só tem água e areia, não to vendo sequer um ser humano por aqui. Não tem nada de interessante para se ver aqui. - Félix reclamava.

– Olha para o céu... - Niko dizia encantado enquanto olhava atentamente para o céu, Félix olhava na mesma direção procurando entender o que o loiro tanto admirava. – Apenas olhe... – Ele apenas falava calmamente e continuava atento olhando para o céu estrelado.

– Se você me explicar o que é tão interessante, eu até posso te acompanhar. – O moreno ria enquanto falava.

– As estrelas, apenas olhe as estrelas.

– Estou olhando...- Ele permaneceu alguns segundos em silêncio, mas não se conteve em teve que brincar com Niko. – Ta bom... e o que tem elas?

Niko sorriu.

– O que foi? – Félix perguntou.

– Elas têm brilho Khoury, é isso. – ele respondeu sarcasticamente.

– Ah sério, não me diga. Se você não me contasse eu nunca ia perceber isso.

– Você ta tirando uma com a minha cara não é? – o loiro finalmente olhou para o belo par de olhos negros que o mirava.

– To... Desculpa foi mais forte do que eu... E que eu não sou muito emotivo sabe. Eu não faço essas coisas que casais fazem ficar olhando as estrelas, andar de mãos dadas, dizer eu te amo não é comigo.

– Então quer dizer que você nunca amou ninguém? Por que pode ter certeza que se você amar de verdade vai querer fazer isso.

– Pelo visto você entende dessas coisas do coração Nicolas.

– Eu desisti de tentar entender esse sentimento chamado Amor.

– Por quê?

– Eu costumava vim bastante aqui na praia toda a noite. – Niko mudou de assunto e Félix decidiu não insistir nele.

– Costumava? Não vem mais?

– Você faz muitas perguntas Khoury. – disse se sentando na areia, Niko lhe ofereceu a garrafa o convidando para sentar ao seu lado.

– Não obrigado, já bebi mais do que eu devia. E eu vou te ensinar uma regra básica da vida, nunca ofereça bebida alcoólica pro cara que ta te dando carona. Isso é quase que um suicídio. – Ele se sentou do lado de Niko, um pouco hesitante por sentar na areia.

Era tão fácil fazer Niko sorrir, e Félix adorava isso, adorava vê-lo sorrindo.

– Que ótimo, minha roupa de grife vai ficar toda suja de areia. É o apocalipse, o combinado seria que eu escolhesse o lugar.

– Eu tenho meus truques pra convencer as pessoas fazer o que eu quero. – Niko deu um sorriso maroto para o moreno.

– Com esses lindos olhos verdes é quase que impossível dizer não pra você Nicolas.

– Obrigado pelo elogio ou isso foi uma cantada? – Niko virou a garrafa tomando uma dose generosa, enquanto Félix o olhava incrédulo.

– Isso não foi uma cantada.– Afirmou categoricamente e Niko o olhou sorrindo.

– Então obrigado pelo elogio.

Por alguns minutos tudo o que se ouvia era o barulhos das ondas indo e vindo, Niko quebrou o silencio olhando para a garrafa em sua mão dizendo que não sabia por que existia tantos tipos de Whisky, para ele a única diferença era que alguns fazia ele perder os sentido das coisas mais rápido.

– Sabe o que eu acho... – Félix se levantou. - Que você já bebeu demais é melhor eu levar você de volta pra sua casa.

– Quê? – O loiro se levantou com a ajuda de Félix. – Só sei que não to bem quando aparecer dois de você.

– Então você só para de beber quando não conseguir se aguentar em pé? - Félix perguntava divertidamente, Niko já estava bêbado demais e nem sequer notava.

– Exato... - Niko levou a garrafa como se fosse fazer um brinde, o loiro foi em direção ao mar.

– Criatura se você entrar na água eu juro que te abandono aqui, to falando sério. Por que de jeito nenhum eu vou deixar você entrar no meu carro todo molhado.

– Você não seria tão mal assim comigo Khoury. Seria?

– Experimenta.

Com um sorriso travesso Niko foi dando passos para trás e cada vez mais a água subia molhando sua calça.

– Criatura sai daí... - Félix suspirou. - Vem aqui. – ele pegou em sua mão o tirando da água, quando ele ia novamente beber o Whisky Félix segurou sua mão impedindo que ele levasse a garrafa á boca. – Acho que já chega né?

– Me solta Khoury. – Niko tentava se soltar das mãos de Félix, mas cada vez que o loiro tentava Félix o segurava com mais firmeza juntando seus corpos. Eles já estavam tão próximos, e em uma tentativa de se livrar do agarre do moreno, Niko se desequilibrou fazendo Félix cair em cima dele.

Em um primeiro momento os dois sorriram da situação que se encontravam, totalmente molhado de Whisky que caiu sobre eles durante a queda, mais o sorriso deu lugar á uma intensa troca de olhares.

Apesar da noite fria, o moreno podia sentir o calor que tomava conta de seu corpo, aqueles olhos verdes encaravam os seus e a boca rosada dele era convidativa demais para um beijo. Félix acariciou gentilmente os cabelos dele, passando por sua face descendo os dedos por seus olhos que com o leve contato se fechou por um breve momento e parando seus dedos em sua boca, contornou aqueles lábios rosados entreabertos. A respiração de Niko já estava tão agitada quanto a sua.

Felix iniciou um beijo calmo que aos poucos foi se tornando mais intenso e voraz, com a outra mão ele acariciava o abdômen de Niko por dentro da camisa o arranhando levemente.

Niko largou a garrafa que até então estava em sua mão e o puxou para mais perto, queria sentir seu corpo quente queria esquecer todos seus problemas e angustias nos braços dele. O beijo foi interrompido porque ambos precisavam de fôlego.

Niko brincou com um sorriso arrebatador.

– Que feio Sr Khoury, se aproveitando de um pobre coitado bêbado. - disse ofegante após o beijo, sentindo a respiração dele acelerada.

– Coitado você não é... Pobre muito menos... Bêbado você não está completamente. - Felix aproximou seus lábios no ouvido dele e sussurrou sensualmente. – se aproveitando? Talvez.

– Vai me agarrar aqui mesmo na praia? - Niko perguntou o desafiando com o olhar.

– Não me da idéia Nicolas. – Sorrio e distribuiu beijos no pescoço dele.

– Eu posso até ser um pouquinho louco, mas eu não sou louco o suficiente pra fazer isso... Eu acho... Que a areia iria incomodar. - Felix deu uma gargalhada do comentário.

– Até porque a areia seria o maior problema não é?

Beijaram-se novamente, um beijo mais intenso e voraz que o anterior, quando finalmente conseguiu um tempo entre o beijo o loiro sussurrou.

– Eu tenho um apartamento. – Félix olhou fixamente em seus olhos.

– Você tem um apartamento?

– É, ele era da minha irmã mais velha, mas quando ela se casou... Ela e o marido compraram uma casa. Quando eu fiz 23 anos ela me deu o apartamento de presente.

– Que irmã maravilhosa a sua, queria ter a mesma sorte.

– Mas ela não fez isso porque ela é uma boa irmã e sim porque ela queria que eu saísse da casa dos meus pais.

– Então ela não gosta de você?

– Gosta!

– Nada em você faz sentido meu deus. – Ele disse sorrindo por não conseguir entender o que Niko falava.

– Ela disse que eu já tinha passado da idade de fazer meus pais ficarem preocupados com os meus atrasos noturnos. Por isso ela me deu o apartamento dela.

– Você mora nele?

– Ainda não tenho uma estrutura boa pra me sustentar sozinho, meu pai não me ajuda muito. Mas se tudo der certo eu consigo uma vaga de chefe de cozinha em algum restaurante importante até eu ter o meu próprio.

– Então você quer ser chefe?

– Quero, é meu sonho.

Felix notou que os olhos de Niko brilhavam enquanto falava sobre o possível restaurante que ele abriria, e a voz dele era doce e calma diferente da irônica e sarcástica que ele costumava usar desde que o conheceu.

– Morar numa casa só minha, deixar de depender dos meus pais, viver sozinho, fazer o que eu quiser na hora que eu quiser... - Niko virou o rosto em direção á estrada e viu uma mulher passeando com seu cachorro pela praia e se lembrou de um sonho antigo. – Passear com o Vicente pela praia.

– Que Vicente? – A voz de Félix saiu mais elevada do que ele pretendia, surpreendendo até a si mesmo.

– O cachorro que eu quero ter.

– Vicente? – Félix perguntou incrédulo.

– Porque não? eu sempre quis ter um cachorro.

– Tudo bem ter um cachorro, mas... Vicente? Sério?

– O que tem esse nome? Eu sempre achei que combina com cachorros...

– Esse nome combina com qualquer coisa Niko, menos com um cachorro. – Félix achava graça dele.

– Quer parar de rir? Não se pode zombar de um sonho de infância.

– Já parei. – Félix controlou o sorriso e tentou manter uma aparência seria. – Não vou zombar mais do futuro coitado cachorro que irá receber esse nome.

– Chega de falar disso ta. A gente pode ir quando você decidir sair de cima de mim.

– Ah sim... Claro.

Félix disse após ser acordado do transe em que estava enquanto olhava aquelas esmeraldas verdes que eram os olhos de Niko.

.

.

.

Felix observava o local, não era um apartamento muito grande, mas também não era tão pequeno assim. Alguns móveis estavam cobertos com lençóis brancos para evitar que ficassem empoeirados.

Niko não visitava muito aquele apartamento, ele apenas passava algumas noites nele quando não queria incomodar os seus pais chegando tarde da balada, quando precisa de um tempo para ficar sozinho e às vezes usava o local quando tinha uma companhia para passar á noite. Em toda situação ele ia para o apartamento e somente ficava em seu quarto.

– Belo apartamento! – O moreno elogiou.

– Isso foi uma irônia? – Niko perguntou descrendo que aquilo que ele disse fosse verdade.

– Poderia ser, mas não é! É um belo apartamento tirando essa poeira, esses móveis velhos e desarrumados, é um lugar bem legal. Você nunca vem aqui?

– Das poucas vezes que durmo aqui é quando eu to bêbado demais e não quero incomodar meus pais ou quando eu to com alguém. Além do que, esse lugar é meu refugio.

– Mesmo vindo tão pouco, não seria nada mal deixar ele mais limpinho não acha?

– O meu quarto tá limpo, afinal de contas é só ele que importa não é mesmo? – O loiro olhou para ele com um sorriso malicioso.

Félix ficou sem saber o que dizer diante daquela insinuação, então apenas sorriu e começou á andar pelo lugar.

– Posso te fazer uma pergunta Nicolas?

– Claro... Quantas você quiser... - Niko tirou o lençol de umas das poltronas e se sentou, todo aquele Whisky que ele tinha bebido o fez ficar com um pouco de dor de cabeça. -... Você já fez tantas sem perguntar se podia.

Niko sorriu pra ele, que ainda continuava andando pelo lugar, o moreno se deteve em ficar mexendo em algumas caixas que havia encontrado.

– Quando a gente tava lá no jardim da sua casa, você disse que o amor é uma ilusão, que só serve pra nos fazer sofrer.

– Exato.

– Então por que... – Félix não o olhava enquanto falava, estava mais entretido nos livros que havia encontrado em uma das caixas velhas. -... Por que você ajudou a sua irmã a fugir com aquele rapaz pra viverem um amor, sendo que você acha que o amor só serve para nos fazer sofrer?

– O amor é como se fosse um tiro no escuro... Você nunca sabe se vai acertar o alvo.

Felix o olhou atentamente, se aproximou de uma das poltronas a sua frente e se sentou no braço dela, ele estava com um pequeno caderno na mão que mais se parecia com um diário, ele dividiu sua atenção entre as paginas e as palavras que Niko falava. Felix viu que nesse pequeno caderno havia poemas de grandes escritores. Niko continuava falando.

– Eu não sei se a Anna vai acertar ou não, mas ela ta tentando e é basicamente disso que a vida é feita, de tentativas. Se aquele cara for o amor da vida dela, o verdadeiro amor dela, eles vão ser felizes. Mesmo se um dia ele machucá-la, o amor deles vai continuar forte porque é verdadeiro... Mas se ele não for à pessoa certa, ela vai sofrer porque aquele amor que foi construído não foi forte o bastante. A vida é assim... Você tenta até achar a pessoa certa pra você e enquanto não á encontra você vai colecionando decepções com as pessoas erradas que aparecem em seu caminho. Eu não sei se o Lucas é ou não a pessoa certa pra Anna, o que eu sei é que talvez ela pudesse ter sofrido mais se não tentasse, também sei que eu vou ta aqui pra consolar ela em todas as suas tentativas erradas.

– Sabe, eu até fiquei com uma pontinha de inveja da sua relação com a sua irmã, porque a minha com a Paloma é a pior possível.

– Ter uma irmã mais nova pode até parecer chato, mas quando a gente se aproxima mais delas percebemos que elas nos admiram, e ter a admiração de alguém é muito bom.

Félix deu um sorriso desiludido para ele, nunca pensou na possibilidade da Paloma o admirar ou talvez achasse que não era digno de ser admirado. O moreno mudou de assunto, os assuntos relacionados à sua família sempre eram difíceis de lidar.

– Foi você que escreveu esses poemas aqui? – disse levantando o pequeno caderno que tinha nas mãos.

Niko permaneceu em silêncio enquanto observava Félix com seu caderno, apenas afirmou com a cabeça que foi ele que tinha escrito aqueles poemas. Em outros tempos Niko surtaria se alguém pegasse naquele caderno, mas agora ele não se importava mais. Niko deixou de acreditar naquelas belas frases que um dia ele tinha escrito.

– Posso ler um desses poemas? Eu achei um aqui que eu gosto muito.

– Claro, vá em frente Khoury.

– Luis Fernando Veríssimo, poema “A Pessoa Errada”. – Félix deu um leve suspirou e então começou a ler calmamente.

– Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa, que se você for parar pra pensar, é na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho: chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas. Mas nem sempre precisamos das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errada te faz perder a cabeça, fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor. A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar, que é para na hora que vocês se encontrarem a entrega seja muito mais verdadeira...

Niko escutava atentamente enquanto ele lia, de longe aquele era um de seus poemas preferidos.

–... A pessoa errada é na verdade, é aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai está enxugando suas lagrimas, essa pessoa vai tirar seu sono, mas vai te dar em troca uma inesquecível noite de amor. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar toda a vida esperando você. A pessoa errada tem que aparecer para todo mundo, porque a vida não é certa, nada aqui é certo. O certo mesmo é que temos que viver cada momento, cada segundo amando, sorrindo, chorando, pensando, agindo, querendo e conseguindo. Só assim, é possível chegar aquele momento do dia em que a gente diz: "Graças a Deus, deu tudo certo”. Quando na verdade, tudo o que Ele quer, é que a gente encontre a pessoa errada, Para que as coisas comecem a realmente funcionar direito prá gente.

Félix fechou o caderno e o colocou na mesinha que estava á sua frente.

– Eu acho que nunca me apaixonei de verdade... – Félix dizia pensativo. - Todos os namoros e romances que eu tive duraram tão pouco tempo que nem tinha como eu me apegar à pessoa. Excerto a Edith, a gente ta junto há dois anos, eu tenho um carinho por ela, mas eu não a amo.

– Eu notei isso na festa. - Niko sorriu novamente com aquele sorriso de tirar o fôlego de qualquer um, principalmente o dele. Ele é tão lindo, o moreno não cansava de admirá-lo.

– Talvez esse poema faça todo o sentido na minha vida, todos dizem que a Edith é a pessoa certa pra mim... Mas eu não quero viver da maneira que os outros querem que eu viva, não quero viver da maneira como a sociedade acha certo... Certo pra mim é viver com alguém que eu realmente amo... – Nesse momento Félix olhou docemente para Niko. - Eu quero encontrar a minha pessoa errada Nicolas.

Tudo que Niko podia fazer era sorrir carinhosamente para ele e ouvir o que ele falava. O assunto Amor não era um de seus preferidos, mas por algum motivo fora de sua compreensão ele não queria interrompe-lo. Então Niko apenas sorria, mas esse sorriso não era forçado igual aos que ele estava acostumado a expressar para as outras pessoas quando dizia que estava bem, mesmo estando destruído por dentro. Era mais fácil mentir do que explicar toda a dor que carregava consigo.

– Você tem um sorriso encantador Nicolas Corona.

– Eu tenho? – Disse sorrindo ainda mais.

– Tem.

– Sabe Khoury, eu espero que você encontre a sua pessoa errada.

– Talvez eu já tenha encontrado, só falta ela me encontrar.

Depois de algum tempo conversando, o moreno perguntou.

– Vem cá você não vai me apresentar os outros cômodos dessa casa?

Niko se levantou e pegou na mão de Felix para que ele também ficasse de pé.

– E por onde começo hein? – o loiro passou os braços pela cintura dele, aproximando mais os seus corpos.

– Que tal pelo seu quarto, já que você disse que ele é um único lugar limpo e arrumado aqui.

– ótima idéia senhora da faxina.

Niko pegou em sua mão e o foi guiando até o quarto, enquanto pelo caminho Félix tirava a roupa do loiro e a sua própria. Os dois já estavam apenas de calças quando chegaram ao quarto.

– Espero que saiba que a flecha do amor não me atinge mais Khoury.

– Esse foi um jeito bem legal de dizer que o que vai rolar entre a gente é só sexo.

– O que não deixa de ser bom.

– Bom... Muito bom.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Félix e Niko - Counting Stars" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.