Félix e Niko - Counting Stars escrita por Look at the stars


Capítulo 13
Capítulo 13




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Aquela declaração tinha pegado Niko de surpresa, porém não por completo, no fundo ele sabia que Félix sentia muito mais que uma atração física por ele. Podia ver isso em seus olhos, ele deixava bem claro que sentia algo á mais por ele, Niko podia perceber isso no jeito que Félix o olhava e na maneira tão entregue que ele fazia amor.

Depois de muito pensar, Niko chegou a conclusão de que aquele era um dos motivos de não tê-lo mandado embora de seu apartamento depois da primeira noite que passaram juntos.

Ao contrário do que Félix pensava, Niko não achava que ele era apenas mais um cara em sua vida. Ele era diferente, Félix não falava o que sentia e sim demonstrava. E isso querendo ou não mexia com os sentimentos de Niko.

Félix parecia um menino indefeso que acabará de confessar um grande segredo. Com as testas ainda coladas uma na outra Niko pode sentir a respiração dele suavemente em seu rosto. Pode constatar o quanto era verdadeiras aquelas palavras ao olhar nos olhos dele, podia ver também o quanto ele estava aliviado de ter colocado para fora o que carregava em seu coração.

Niko se aproximou dele passando o braço por sua cintura e puxando-o para mais perto, em reposta ele apenas se deixou ser abraçado se encolhendo em seu colo. Ficaram assim por um longo tempo, Félix não disse mais nada. Já tinha dito o suficiente, já tinha falado o que mais queria dizer naquele momento e principalmente já havia dito algo para ele que nunca havia dito para outra pessoa.

Félix sabia que ele não tinha muito o que dizer sobre o que acabará de ouvir, por isso permaneceu no silêncio, não exigiu nenhuma palavra do loiro. O silêncio se instalou naquele quarto por longos minutos, mas não era desesperador muito menos constrangedor, era um silêncio que Félix não podia identificar se era bom ou ruim até o loiro se pronunciar.

– Esse é um daqueles momentos que costumam acontecer bastante quando eu estou com você, eu não sei o que dizer Félix... eu realmente não sei.

– Não precisa dizer nada, eu tenho a plena consciência de que o que eu disse não vai mudar muito coisa entre nós dois. No máximo o que pode acontecer é você me mandar embora daqui agora. – Félix conseguiu arrancar um pequeno sorriso daqueles lábios que tanto adorava.

– Se fosse para ter mandado você embora, eu já teria mandado há muito tempo atrás não acha?

Félix olhou para ele e este sorriu mostrando que não estava nem um pouco interessado em mandá-lo embora, o que trouxe um enorme alivio para Félix. Porque tudo o que ele mais queria naquele momento era está aconchegado em seus braços, fechar os olhos e sentir aquele abraço que era unicamente dele e ninguém na existência do mundo tem ou teria igual.

– A única coisa que eu posso dizer é que... você ter se apaixonado por mim é um erro muito grande.

Félix se encolheu novamente nos braços dele como um menino desprotegido e disse em um fio de voz.

– Então esse com certeza, é o erro mais maravilhoso que eu cometi na minha vida.

Niko se ajeitou na cama e o puxou para que ele deitasse sua cabeça em seu peito. Ao contrário da sua, Félix pode sentir a respiração dele acelerada, com certeza tinha ultrapassado a linha que Niko havia colocado entre eles. A linha que ele traçou desde o primeiro segundo que eles se conheceram.

Félix não sabia como explicar com clareza seus sentimentos, obviamente aquilo que estava sentindo por ele era muito mais que uma paixão momentânea, só que naquele momento não conseguia distinguir que era amor porque nunca havia amado antes.

– Eu poderia te falar todos os motivos de porque não daria certo nós dois, mas acho que o principal deles é que eu... tenho medo.

– Medo? - Ele levantou a cabeça para poder olhar em seus olhos.

– Não fique se achando não, mas... ter passado esses dias junto com você é a melhor coisa que me aconteceu em um longo tempo. Eu vou ser sincero, eu sei que eu deixo transparecer que não faz diferença você está ou não comigo, mas a verdade é que eu... adoro ficar com você Félix.

O moreno lhe lançou um sorriso arrebatador mostrando que estava feliz ao ouvir o que ele dizia.

– Só que eu tenho medo de tentar fazer isso durar mais tempo... eu tenho medo de estragar as coisas. Eu acho que eu prefiro ter você por apenas três dias e manter essas lembranças maravilhosas do que tentar uma coisa mais séria e acabar dando errado em algum ponto... Eu não quero que você seja apenas mais uma coisa que não deu certo na minha vida.

– Porque você acha que não daria certo?

– Comigo nunca dá.

Após daquela resposta Félix aproximou seu rosto do dele e o beijou, era um beijo calmo e cheio de amor. Um beijo que demonstrava o quanto suas palavras de que estava apaixonado por ele eram verdadeiras e demonstrava que apesar de todas as tentativas de Niko de se afasta emocionalmente dele seriam em vão.

Félix estava decidido a desvendar o que aqueles olhos carregavam, estava decidido a conhecer o que Niko estava escondendo desde a primeira vez que o viu, queria desvendar o que tinha por trás daquele verde intenso de seus olhos que tanto adorava. Ele queria conhecer o verdadeiro Niko, aquele Niko que o loiro escondia tão bem dentro de si, mas que Félix sempre soube que estava lá, esperando para ser libertado novamente.

Durante aquele beijo de tirar o fôlego, Niko sentiu a mão dele percorrendo seu corpo por debaixo da camisa, o loiro se levantou de repente e Félix logo reclamou.

– Hey... para onde você pensa que vai mocinho? Pelo o que consta você ainda é meu pelo final do dia de hoje e o dia de amanhã todinho, então volta aqui.

Niko levantou uma sobrancelha e ficou parado na beira da cama perto dos pés dele o observando com as mãos na cintura.

– Hum... e quem lhe deu a permissão de ser assim tão mandão comigo, hein?

– Você mesmo, não me mandou embora daqui antes então... agora pelos meus cálculos você é só meu pelas próximas horas.

– É... eu acho justo.

Niko lhe lançou um sorriso, ficou de joelho na cama e começou a tirar a meia dele fazendo uma leve massagem em seus pés, Félix logo se rendeu aquele carinho.

– Hum... – Félix estava adorando aquilo, e claro não podia deixar de brincar com ele. – Você já trabalhou como massagista na sua vida por acaso?

– Não... Mas eu poderia né? já que meu primeiríssimo cliente está tão satisfeito com a minha dedicação.

Félix não queria parar por alí, então provocou ele novamente.

– Eu tava aqui pensando... até que aquela vendedora da última loja que a gente foi não é de se jogar fora.

Félix viu que o loiro não ficou nada contente dele ter tocado no assunto da tal vendedora que tinha dado em cima dele na loja. Depois de analisar bem o que aconteceu na loja, Niko provocando ela daquele maneira, em sua mente veio um pequeno devaneio de que o loiro poderia ter sentindo ciúmes dele.

Félix viu que Niko estava fingindo que não tinha escutado o que ele acabará de dizer, sendo assim o moreno perguntou em alto e bom som.

– O que você achou dela Niko? Achou ela bonita?

– Pra falar a verdade eu nem prestei atenção nela, nem me lembro mais.

– Como assim não se lembra criatura? Você tem amnésia por acaso? Não faz nem muito tempo que a gente voltou de lá.

– Não me lembro mesmo... talvez ela nem seja tão bonita assim já que nem me chamou a atenção. Se fosse bonita com certeza eu me lembraria.

– Pois eu me lembro, qualquer dia desses eu volto naquela loja só para ver ela de novo.

Após ouvir o que ele disse, Niko começou a massagear com um pouco mais de força, fazendo o pé dele doer.

– Ai... – Félix olhou para ele sorrindo. - não seja tão bruto comigo, desse jeito vai perder seu único cliente.

– É só achar outro. – Niko largou o pé dele sem nenhum carinho.

– O que foi? Porque ficou assim tão irritadinho de repente?

– Não to irritado. - Niko cruzou os braços.

– Então faz no outro. – Félix levantou o outro pé para ele massagear também.

– Você é muito folgado sabia?

– Sabia.

Niko começou a fazer a mesma coisa que tinha feito com o anterior, no começo ele ainda apertava com força o pé dele, pois ainda estava com raiva, mas logo em seguida a massagem foi ficando mais suave.

Tão de repente como ficará com raiva o loiro agora sorria, só que dessa vez Félix não sabia o motivo.

– O que foi hein? Ta aí todo sorridente por quê?

– Eu tava aqui me lembrando da minha quase primeira vez... – Félix levantou o corpo se apoiando com os braços na cama.

– Como assim “quase” primeira vez? – Niko sorriu mais ainda ao tentar começar a contar a historia para ele.

– Foi uma quase primeira vez... porque eu e ela não chegamos aos finalmente.

– Ahh... – Félix pensou um pouco e logo em seguida olhou para ele sem entender, Niko não pode deixar de sorrir da fisionomia confusa dele. – Pera aí... como assim ela?

– Sim... era ela. Eu já tinha quase 17 anos e eu nunca tinha levado uma garota para conhecer minha família. Minhas irmãs mais velhas já tinham começado a namorar e meu pai já conhecia os namorados delas. Então um dia ele chegou em mim e me perguntou... – Niko engrossou a voz para imitar a de seu pai. – “Nicolas quando é que você vai me apresentar sua namorada? Já ta hora de você ter uma não acha?”

– E o que você respondeu?

– Nada... eu não tinha namorada, não tinha o que dizer! E naquela época eu tava começando a descobrir que eu me sentia mais atraído por garotos do que por garotas. Não tive coragem de dizer para ele que talvez ele só tivesse genros.

– E como você conseguiu essa namorada?

– Meu pai trouxe ela pra mim, praticamente embrulhada pra presente. Depois de ele ter exigido que eu tivesse uma namorada e mesmo assim eu continuava não tendo, ele resolveu trazer uma pra mim. Ela era um pouquinho mais velha que eu... a gente saia, se divertia mas nenhum beijo acontecia, a gente parecia até melhores amigo. Até que teve um dia que ela me levou para o apartamento dela e...

Nessa hora Niko começou a rir e não conseguiu completar o que estava contando.

– E?

– Eu tava tão nervoso, parecia um cachorrinho assustado.

– Não me diga que você fugiu de lá?

– Vontade para fazer isso não faltava, mas eu fiquei por um bom tempo conversando com ela, na verdade enrolando... Até que ela me beijou e me levou pro quarto. Só que não dava... eu não sentia nenhuma vontade de beijá-la, ficar com ela sabe. A coitada fez até uma massagem em mim para ver se eu relaxava, mas nem assim. No fim das contas não rolou nada, é claro que antes de ir embora eu a elogiei de todas as formas possíveis... afinal nenhuma mulher gostar de ser rejeitada. Dias depois eu descobrir que o meu pai tinha pagado para ela sair comigo.

– Então você nunca ficou com uma mulher?

– Nunca... depois daquilo eu tive certeza das minhas preferências. - Niko largou o pé de Félix e debruçou seu corpo em cima do dele beijando-o. – Eu sei muito bem o que eu sou... e o que eu quero.

.

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.

Já passava das nove da noite quando Félix despertou e viu que Niko estava acordado. Ele estava tão concentrado olhando para uma correntinha de prata com pingente de cruz que segurava em suas mãos que nem percebeu que outro tinha acordado. Félix se mexeu na cama se espreguiçando fazendo com que ele o nota-se. Niko o olhou com um leve sorriso nos lábios e depois voltou sua atenção para o pequeno objeto que tinha em mãos.

– Eu sei que eu faço muitas perguntas... e bom você não responde a maioria delas, mas eu vou perguntar mesmo assim... – Niko sorriu e fez um carinho nos cabelos negros dele. – No que você tanto pensa enquanto olha para essa corrente?

– Em um amigo, um grande amigo meu que me ajudou muito quando eu precisei. Foi ele que me deu...

– Mas ele é amigo... amigo, ou é um amigo com benefícios... tipo eu e você?

Niko sorriu novamente do comentário dele.

– Só amigo mesmo. – Disse enquanto continuava segurando o pequeno presente que tinha ganhado do tal amigo.

– Vou arriscar outra pergunta...

– Arrisque.

– É amizade de infância?

– Não... eu conheci ele há cinco anos atrás... passei um certo tempo com ele quando estava morando na casa de outro amigo.

Félix concluiu que cinco anos atrás era o período em que Niko foi expulso de casa pelo pai. Ele então arriscou outra pergunta para tentar ter a certeza de que o que estava passando por sua cabeça fosse verdade.

– Por quanto tempo você ficou morando com esse amigo?

– Por volta de um ano...

Bingo, Niko estava morando com um amigo no tempo que ficou longe de casa. Agora só restava saber por que ele mudou tanto como a mãe dele havia dito e também saber como ele foi parar em um hospital.

Félix deixava transparecer que estava radiante pelo fato do loiro está contando coisas sobre sua vida sem nem percebe. Mas não demorou muito para Niko voltar a cair em si, ele guardou a corrente e voltou sua atenção para Félix.

– Já chega de perguntas ta... eu respondo uma e você já tem umas dez em mente.

– Se você não fosse cheio de pontos de interrogação eu não perguntaria tanto.

– Félix eu to com fome, você não?

Assim que Niko terminou de falar Félix o agarrou e o girou na cama, fazendo-o ficar por baixo. Começou a beijar o pescoço dele e este sorriu da atitude do moreno.

– Olha pode parar com esse fogo, eu não tava falando desse tipo de fome não. – Félix parou o que estava fazendo e olhou para ele com um sorriso malicioso.

– Ah não?

– Não... depois a gente sacia essa fome ta?

Niko beijou o queixo dele e se desvencilhou de seus braços para ir à cozinha preparar algo para os dois.

Já na cozinha ele ficou um bom tempo preparando as coisas sem nem perceber que tinha um par de olhos negros o observando, Félix tinha um leve sorriso no rosto enquanto o olhava. Ao se virar para pegar os outros ingredientes para o molho que estava preparando, Niko quase deixou cair os que já tinha em mãos ao ver Félix ali parado perto da porta.

– Ai Félix... não faz isso, ficar assim parado e quieto parece até cena de filme de terror. – disse após se recuperar do pequeno susto que ele tinha lhe dado.

– Para você ver como é bom chegar assim sem ser notado e assustar os outros. – ele disse rindo do loiro, pois Niko já tinha feito isso com ele algumas vezes. – O que você ta fazendo aí hein?

Félix foi até ele e o abraçou depositando um beijo em seu ombro.

– Assim com você agarrado em mim não vai dar para fazer muita coisa, se você deixar, eu vou terminar de preparar uma coisa bem gostosa para a gente comer... – Niko levou uma das mão para acariciar os cabelos dele e deixar mais desarrumado do que já estava. – Fica sentadinho ali enquanto eu termino as coisas aqui.

– Ok.

Ele se sentou em uma das cadeiras que ficava em volta do balcão que tinha ali naquele pequeno espaço, que a seu ver era um dos que Niko mais gostava de está. Ver ele assim tão leve, totalmente solto e com um sorriso no rosto lhe enchia o peito de felicidade. Enquanto ele cozinhava Félix se lembrou do sonho que ele tinha lhe contado.

– Então você quer ser chefe...

– Sim. Eu gosto de cozinhar, e eu acho que desde sempre gostei.

– E essa paixão pelas panelas veio de onde?

– Acho que primeiramente foi da minha mãe... – Niko desviou a atenção do que cozinhava e se debruçou no balcão. – Ela adora cozinhar também, eu me lembro que o que ela mais gostava de fazer para a gente era bolo. Principalmente os do meu aniversário e os das minhas irmãs... Não deixava de jeito nenhum meu pai comprar um bolo já pronto, ela mesma queria fazer... passo a passo.

– Nossa, pelo o que eu me lembro Mammy poderosa entrou na cozinha de casa uma ou duas vezes, e era só para pegar um copo d'água.

– Toda vez que a minha mãe ia fazer um bolo, ela perguntava se a gente queria aprender a fazer com ela... eu era bem novinho, mas eu me lembro que as minhas irmãs viviam ajudando ela na cozinha.

Nesse momento Félix viu o sorriso dele se desfazendo pouco a pouco.

– Mas eu não podia aprender com elas.

– Por que não?

– Meu pai... ele nunca deixava.

– Por quê?

– Ele dizia que cozinhar não era coisa para meninos, ele não me deixava chegar perto da cozinha quando minha mãe e minhas irmãs estavam lá... mas eu sempre dava meu jeito de aprender. No dia do meu aniversário de oito anos, quando a mãe foi para a cozinha com as minhas irmãs preparar o meu bolo de aniversário, eu disse pro meu pai que queria ir pro meu quarto.

– E você foi escondido lá com elas?

– Não, se eu fosse meu pai com certeza ia descobrir... ele sempre ia lá para ver se eu estava desobedecendo ele.

– E o que você fazia para aprender as coisas então?

– Meu quarto ficava ao lado da cozinha, então eu ficava com o rosto colado na parede tentando ouvir tudo o que a minha mãe ensinava para as minhas irmãs. Desde sempre as coisas eram assim, em todos os aniversários que aconteciam naquela casa, era eu no meu quarto e as minhas irmãs na cozinha. Até os meus oito anos eu nunca tinha conseguido preparar um bolo de aniversário com a minha mãe.

Niko voltou a mexer nas panelas que estavam no fogo dando as costas para Félix, não porque elas precisavam ser olhadas, mas sim porque ele estava ficando novamente com vontade de fazer uma coisa que há muito tempo ele não fazia... queria chorar.

– Isso não é justo. – O moreno comentou.

– Eu acho que as coisas nunca foram justas pra mim naquela casa, meu pai não me deixava só nenhum minuto. Ele sempre me dizia o que fazer, como fazer e sempre me reprovava em quase tudo...

– Eu sei bem como é.

– Mas no meu aniversário de nove anos eu finalmente consegui.

– O seu pai deixou?

– Não... no dia desse meu aniversário ele tinha viajado há negócios, minhas irmãs já não ligavam mais para esse “ritual” do bolo. – Niko sorriu e voltou a se apoiar no balcão, mesmo tentando disfarçar Félix pode perceber que ele estava emocionado. - Era só eu e minha mãe naquele dia... pode até parecer uma coisa boba, mas... aquele foi o melhor aniversário que eu já tive.

– As vezes tudo que faz realmente falta na nossa vida são as pequenas coisas. – ele disse com um sorriso meigo para Niko.

– Quando a gente terminou, minha mãe me disse que aquela podia até ter sido a minha primeira vez, mas eu tinha me saído muito melhor que as minhas irmãs. Ela me falou que parecia até que eu já sabia tudo o que ela ia dizer, e na verdade eu sabia... sabia tudo o que ela me ensinaria naquele dia.

– Sua mãe é uma mulher maravilhosa Niko.

– Eu sei.

Após Niko terminar de preparar a comida que estava fazendo, Félix o ajudou a arrumar a mesa.

– Olha se você abrir mesmo um restaurante, eu quero ser convidado para a inauguração, você cozinha muito bem Niko.

– Essa é só mais uma das minhas inúmeras qualidades... Mas o meu restaurante vai ser da culinária japonesa.

– Sério? Eu adoro comida japonesa.

– Félix... eu queria te fazer uma pergunta.

– Faça, respondo tudo o que você quiser perguntar.

Félix observou que ele ficou um pouco mais sério e com o olhar entristecido.

– Quando a minha mãe veio aqui deixar as minhas coisas... e-ela te disse alguma coisa?

– Como assim? – Félix ficou surpreso com a pergunta, tanto que por um momento pensou que ele soubesse da longa conversar que teve com sua mãe.

– Se ela disse alguma coisa sobre mim... se ele estava com raiva de mim, se ela ainda estava decepcionada comigo. Algo do tipo.

– Não, ela não parecia está com raiva, na verdade eu acho que a única tristeza dela era que o filhinho dela ia morar longe dela.

– Sério? É porque eu achei estranho, ela veio aqui e nem quis falar comigo.

– Eu já te disse... ela não queria te acordar, ela te ama muito Niko.

– Eu acho que únicas pessoas que eu posso ter a certeza que amam de verdade são as minhas irmãs e a minha mãe.

Félix ficou em silêncio com aquela afirmação, mas em seu coração despertou uma vontade enorme de falar para ele o que veio em sua mente naquele momento.

– E eu também Niko, eu te amo. Se isso que eu sinto não for amor, com certeza é o mais perto que eu vou conseguir chegar dele.


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