Wyrda escrita por lucas_antuness


Capítulo 6
Capítulo 5- Aprendiz


Notas iniciais do capítulo

GEEENTE desculpa por ter parado assim derrepente, é que eu tava completamente sem tempo! mas agora sempre que eu posso eu vou postar!



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        Quando Diogo acordou, Otho e Klaus já haviam comido, e estavam se preparando para sair.

       -Bom dia pessoal. 

       -Bom dia, Diogo.

       -Bom dia, garoto.

       -Já estamos saindo?

       -Sim, mas antes vamos repassar os planos. –Klaus puxou um pergaminho de sua roupa, e desenrolou-o, revelando um mapa da Alagäesia. –Nós estamos aqui- disse ele botando dedo em um ponto no mapa- e precisamos viajar até Carvahall, depois ir para Ceunon para nos abastecermos, então nós iremos para o leste e contornar Du Weldenvarden até o deserto de Hadarac, onde rumaremos para o sudeste até Farthen Dûr.

       -O QUÊ? Vai demorar quase um mês!- Protestou Diogo

       -O que você queria? E por que a pressa?

       Klaus tem razão, Diogo.

       -Por enquanto o nosso único objetivo é manter você e Otho em segurança, o que só pode acontecer se estivermos em Farthen Dûr.

       Diogo então se calou. Não havia motivo para argumentar.

       Vamos, subam. Os três andaram o dia inteiro, parando apenas para que Otho descansasse. Poucas palavras foram ditas durante todo o dia. Em sua maioria, era quando Otho pedia para descansar.

       -Já está anoitecendo, vamos parar. – Ao comando de Klaus, Diogo desmontou de Otho, assim como o velho, e o dragão deixou-se cair para o lado.        Estou morto.

       Amanhã eu vou a pé. Não vale apena te cansar.

       Nesse momento, Klaus havia acabado de preparar uma fogueira. Então, ele jogou um pedaço de madeira na direção de Diogo e gritou:

       -Segure!

       Com um movimento rápido Diogo aparou o galho no ar.

       -Bom. Muito bom.

       -Pra quê isso?

       -Não se pode sair viajando por aí dizendo que é cavaleiro, sem saber manejar uma espada. Vamos, me ataque.

       -Isso é um desafio?

       Com um sorrisinho malévolo, Klaus Concordou.

       -Aqui vai!- Diogo avançou, mirando sua “espada” no ombro direito de Klaus, mas este se esquivou para o lado e golpeou o braço de Diogo, fazendo sua arma cair, e então girou e deu-lhe um golpe no lado esquerdo, e depois no outro, para então acertar-lhe a perna e o jogar no chão.

       -Não me subestime. Sou velho, mas sou forte. Vamos, levante-se. –Disse Klaus num tom simpático enquanto estendia sua mão para o garoto.

       Diogo ignorou-o, levantando-se sozinho, e saiu mancando até Otho, e montou no dragão.

       -Vamos. –Disse ele num tom áspero.

       Achei que você fosse andando.

       Diogo não respondeu. Otho abaixou a cabeça, e começou a andar. Como no havia ocorrido no dia anterior, ninguém falava nada, até que Klaus mandou Otho parar, e puxou o ombro de Diogo.

       -Até quando vai continuar essa imaturidade?

       -Do que você está falando?

       -Você aí todo emburrado.

       -Me desculpe. Eu só... Foi humilhante perder para...

       -Um velho?- Diogo sentiu seu rosto corar, enquanto Klaus ria- Não se preocupe garoto. Eu vou te ensinar tudo o que eu sei até você encontrar o seu tio, que te treinará. Começando por esgrima.

       -O quê?! Mas eu...

       -Magia só depois. Por enquanto, só esgrima e língua antiga.

       -Está bem.

       -Bem mudando de assunto, acho que já dá pra nós descansarmos. Vamos armar nosso acampamento aqui. –Disse Klaus jogando sua saca no chão. –Sua perna está melhor?

       -Sim. –Respondeu Diogo descendo de Otho. – Por quê?

       -Porque a partir de hoje, em todas as nossas paradas durante a viajem, eu vou te ensinar esgrima, e durante o dia, eu te ensino a língua antiga.

       Diogo deu um pulo de alegria e começou a comemorar. Ótimo! Um passo a menos pra aprender magia!

       Você só pensa nisso, não é?- Perguntou Otho dando-lhe um tapinha com a cauda.

       Ei! Você está cortando o meu barato!

       Essa é a minha função. Fazer você ser mais sensato.

       Diogo deu uma gargalhada e retribuiu o tapinha do dragão.

       -Bem, não vamos perder tempo. Venha aqui, Diogo. Tome- Disse Klaus entregando-lhe um galho de árvore igual ao que segurava- Você deve segurar assim.

       Durante o resto do dia, Klaus ensinou para Diogo como manejar uma espada, táticas de ataque, táticas de defesa, golpes, truques, e muitas outras técnicas de esgrima, e assim foi até o cair da noite, quando Eles pararam.        Diogo estava extremamente cansado, e estava cheio de hematomas, devido às partes práticas de sua aula, e as suas espadas improvisadas se reduziram à troncos retorcidos e descascados.

       -Você foi muito bem! –Bufou Klaus deixando-se cair na grama pisada da clareira onde estavam. –Estou orgulhoso.

       Você tem potencial para se tornar um cavaleiro bem forte. Só precisa treinar.        -Parem de me bajular - Disse Diogo rindo- não fui tão bem assim- disse ele levantando sua camisa para exibir uma enorme mancha rocha na sua lateral esquerda.

       -Puxa vida! Sua primeira cicatriz de guerra!

       Puxa, o meu pequenino se tornou um homem!

       E então, rindo, os três foram dormir. Naquela noite, Diogo teve um sonho.

Um dragão voando no meio de uma imensidão azul, em alta velocidade, num bater de asas frenético. Atrás dele estava o sol nascente, que o transformava em uma silhueta preta. Em cima dele estava montado um homem, que Diogo não conseguiu ver quem era. Mas estranhamente,ele sentia outras duas presenças, e uma delas, era algo que ele nunca viu antes, a outra, era particularmente diferente. Antes de acordar, Diogo ouviu um som agudo, tão penetrante que o fez gritar.        Pequenino! O que houve?

       -Diogo? Você está bem?

       -Eu tive... –Diogo parou por um segundo- um pesadelo. Só isso. Nada de mais.

       O que houve?

       Depois eu falo.

       -Diogo, me ajude aqui.

       Klaus e Diogo começaram a desarmar o acampamento. Foi uma tarefa fácil, que Diogo fez apressadamente, uma vez que não via a hora de começar a sua aula de língua antiga, que sabia que teria hoje. Otho, você acha que Klaus vai me ensinar língua antiga hoje?

       Tenho quase certeza.

       Então vou te contar algo. –Então, Diogo contou-lhe de seu sonho- Mas não conte pra ninguém.

       É intrigante. Vou pensar no que isso pode significar.

       Quando saíram da clareira, Diogo esperou- para não parecer afobado, o que ele realmente estava- alguns minutos para perguntar:

       -Você vai me ensinar língua antiga hoje?

       -Já estava demorando!- respondeu Klaus com uma risadinha- Sim, eu vou. E sim, agora.

       Então, Klaus começou a ensinar-lhe. Primeiro, ele ensinou o básico. Alguns pronomes, verbos, e o que seriam utilizados como artigos. Depois, começou a ensinar o a garoto a conjugar os verbos, e adaptá-los aos pronomes, e assim ficou, até que Klaus interrompeu Diogo, enquanto ele tentava pronunciar uma frase.

       -Está bem. Vamos parar por aqui, minhas pernas não agüentam mais, eu estou ficando velho.

       -E eu estou com fome.

       -Pois eu tenho uma má notícia: Nossos suprimentos estão acabando. E ainda faltam... –Klaus fez uma pausa. Ele pegou o mapa, abriu-o, e ficou em silêncio até que completou a sua frase:-...faltam mais ou menos uns quantro dias até Carvahall.

       -Isso é ruim.

       Então, Klaus serviu-lhe um pedaço de pão frio, e deu-lhe um pouco de leite. Depois, Klaus pegou as espadas improvisadas que ele havia guardado, e os dois começaram a praticar, enquanto esperavam Otho voltar de sua caçada, mas dessa vez pegando leve. Gastar muita energia seria imprudente com o estoque de comida que eles possuíam.

       Assim que Otho voltou, retomaram viajem. O dia passou rápido, uma vez que Diogo estava entretido com a novidade da língua antiga. E como sempre, à noite pararam, lutaram, e fizeram um pequeno lanche pra economizar comida.        No dia seguinte, seguiram a mesma rotina matinal do dia anterior. Porém antes de Klaus começar a lecionar Diogo, o garoto perguntou-lhe:        -Klaus, quando eu vou poder voar em Otho?

       -Quando ele suportar seu peso, e quando vocês tiverem sela, ou experiência.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Já estou completando o capítulo 6!



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