Wyrda escrita por lucas_antuness


Capítulo 2
Capítulo 1- Histórias do passado.


Notas iniciais do capítulo

Apresentação dos personagens! E mais um pouco!:o



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/57327/chapter/2

Diogo é um garoto de quinze anos e meio, e aguarda ansioso para que os próximo seis meses passem, e então, poderá visitar seus pais pela primeira vez em onze anos. Era uma manhã fria e perigosa de inverno, portanto, não poderia se aventurar nos bosques da espinha. Droga! Está nevando! Vou ter que passar o dia em casa trancado! Resmungou o garoto quando olhou para a janela do pequeno quarto enquanto levantava da cama.

 

        Era um quarto simples, mas bonito, porém bagunçado, do comprimento de uma cama e da largura de um homem alto deitado na horizontal. Encostada na parede de uma janela, a única fonte de luz do cômodo, havia uma cama pequena onde o garoto dormia. Do outro lado do quarto havia uma espécie de armário onde ficavam as suas roupas e tralhas. E ao lado deste, havia um grande buraco retangular que seria um porta improvisada. Em um canto do quarto estavam algumas varetas de madeira, um arco e um monte de objetos parecidos com dentes de animal.

 

        Diogo saiu do quarto, e imediatamente estava em um cômodo de tamanho médio, algo parecido com uma cozinha. Lavou o rosto com a água de um pote que estava em cima de uma mesa de seis lugares (apesar de só três cadeiras estarem postas). Pegou um pedaço de pão, tomou uma xícara de leite, vestiu seu casaco e saiu.

 

        O frio estava doendo-lhe as juntas depois de poucos segundos caminhando. A caminhada que antes não duraria mais de meio minuto, graças ao vento que seguia caminho contrário e a neve que afundava o pé no chão, durou quase dois minutos. Ufa! Achei que o vento tivesse carregado minha casa para longe!, aliviou-se Diogo ao bater na porta da casa de Klaus. Segundos depois, aporta se abriu e atrás dela surgiu um homem de meia idade com uma expressão de preocupação, misturada com raiva e felicidade.

 

        -Moleque?! O que você...? Ah...! Venha, entre rápido!- Exclamou o homem. Diogo tentou, frustradamente, esconder uma risadinha- O que foi?

 

        -Nada... só que é engraçado o jeito que você sente mil emoções ao mesmo tempo e ainda tenta expressá-las de uma só vez- disse Diogo dando mais umas risadas

 

        -Você fala muito. Mas afinal, que diabos você estava fazendo do lado de fora?- perguntou Klaus enquanto colocava uma chaleira no fogo.

 

        -Não ia passar o dia inteiro sozinho no meu quarto...

 

        -Então, veio passar o dia comigo na minha casa- não foi uma pergunta.

 

        -Sim. Ninguém sabe tornar um dia chato legal melhor do que você!- Elogiou Diogo, já ocupando um lugar na pequena mesa redonda

 

        Klaus agradeceu o elogio com um sorriso e sentou-se de frente para o garoto e ali ficou, em silêncio, encarando-o. Diogo sentiu-se desconfortável com o silêncio, mas não ousou quebrá-lo, até que o “apito” da chaleira o fez, obrigando o homem a desviar o olhar do garoto e abandonar seu acento para cuidar da bebida.

 

        -Klaus?

 

        -Sim?

 

        -No que estava pensando?

 

        -Na sua viajem. Vai mesmo fazer isso?

 

        -Por favor, não quero discutir! E também ainda faltam seis meses!

 

        -Diogo, isso é uma loucura!

 

        -Por que está gritando comigo?

 

        -EU NÃO ESTOU GRITANDO! Mas que droga!- Excedeu-se Klaus, fazendo uma cara de espanto

 

        -Não entendo...

 

        -Perdoe-me. Por favor, perdoe-me!

 

        Diogo fez que sim. Klaus nunca agiu assim, não entendo porque essa viagem o perturba tanto!, Pensou Diogo, Tem alguma coisa o incomodando, mas eu sinto que ele prefere manter isso em segredo...

 

Depois de tomar o chá, os dois fora para um cômodo da cabana onde havia uma lareira acesa, onde haviam duas poltronas posicionadas perto do fogo aconchegante, e sentaram-se nelas. Diogo esperou Klaus falar, mas depois de notar que este estava fazendo o mesmo, então, começou a conversa:

 

        -Por que está tão... Implicante com a minha viajem?

 

        -Estou preocupado com você.

 

        -Eu compreendo a sua preocupação, só não compreendo o tamanho dela!

 

        -Mas é que...

 

        -Não! Você já vai fazer de novo!

 

        -O quê?

 

        -Está gritando!

 

        -Diogo, entenda que não estou tentando te impedir de ver seus pais!

 

        -E então...! Espere... porque eles não vêm aqui?

 

        Klaus de repente ficou em silêncio e fez uma cara de indecisão.

 

        -Diogo entenda que... - silêncio

 

        -Klaus, você tem alguma coisa pra me contar?

 

        -Eu pretendia lhe contar quando se tornasse um homem, mas com essa idéia de viajar para conhecer seus pais, vou contar-lhe.

 

        -Tudo começou quando um elfo matou um dragão e...

 

        -Blábláblá, dragão, guerra, pacto etc.! Eu já conheço essa história!

 

        -Pois bem. Depois de anos de reinado, um garoto chamado Eragon, que achou um ovo de dragão, de onde nasceu seu dragão, Saphira...

 

        Durante mais de duas horas, Klaus contou como Eragon conheceu Saphira, perdeu seu tio, deixou seu primo, desde a caçada aos Ra’zac, até o ataque frustrado ao antigo covil do rei em Urû’baen, pouco depois da morte de seus treinadores Oromis e Glaedr...

 

        -...então, os Vardem voltaram a Tronjheim decepcionados com a falha no ataque ao castelo do rei. De algum modo, um espião descobriu os planos e avisou o rei sobre este. Desde então, o rei habita a ilha de SharkTooth.

 

        -E o que eu tenho com essa história?

 

        -Você é filho de Roran e Catrina, você é sobrinho de Eragon Matador de espectros.

 

        -Eu já sabia dos meus pais, mas não sabia que meu pai era primo de um cavaleiro de dragão!

 

        -Exatamente. Você mora aqui na espinha com apenas um único propósito: sua segurança. Se Galbatorix descobrir que Eragon tem outros parentes além do seu pai, ele vai tentar capturá-los para fazê-los de refém e usar isso contra seu primo.

 

        -Ah... Mas... por que minha mãe não mora aqui comigo?

 

        -Por que separados, se Galbatorix achar um dos esconderijos, pegará apenas um dos dois, e se estiverem juntos...

 

        -Pegará nós dois.

 

        -Exatamente.

 

        -E onde minha mãe está?

 

        -Em Carvahall.

 

        -O quê? Isso é loucura! O rei irá pegá-la!

 

        -Não vai não- disse Klaus dando um sorrisinho- O rei nunca procuraria lá.

 

        -E o meu pai? Onde ele está?

 

        -Ele está com os Varden, lutando ao lado de seu tio.

 

        -Ele também é um cavaleiro?

 

        -Não. Ele é um guerreiro qualquer, só que ele sabe fazer magia.

 

        -Magia...

 

        -Magia.

 

        -Klaus, você sabe fazer magia, correto?

 

        -Sim,

 

        -Será que poderia me ensinar?

 

        -Por que essa vontade?

 

        -Sei lá... é que eu não sei esgrima, então pensei que...

 

        -Está bem. Mas antes vou te ensinar esgrima!

 

        -O quê?!

 

        -Foi o que eu disse! A magia só deve ser utilizada em último caso durante o combate. Portanto, contente-se!

 

        -Está bem, mas o que acha de me ensinar só o básico?

 

        -Claro. Mas em primeiro lugar, par fazer magia, deve-se saber falar na língua antiga, que é a língua falada pelos elfos.

 

        Durante várias horas, Klaus falou sobre magia para Diogo, parando apenas para as refeições. Explicou para ele como a magia consome energia, e os momentos em que deve-se ou não utilizá-la, e várias outras coisas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Preparem-se para o próximo capítulo: "Aparição"



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Wyrda" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.