Wyrda escrita por lucas_antuness


Capítulo 3
Capítulo 2- Aparição


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, o terceiro dragão



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O dia seguinte estava totalmente diferente oposto do anterior. Estava quente, sem neve nem vento. Diogo pensou em ir à casa de Klaus, mas lembrou-se que no dia anterior este avisou que não estaria em casa. Então, resolveu ir nadar em um riacho que dava no lago Toark. Pegou seu arco, sua aljava, algumas varetas, e outros “ingredientes” para que pudesse fazer alguns arcos enquanto descansava. Pegou também uma pequena adaga caso precisasse.


Diogo apressou-se, então, para sair da clareira onde ficava a mini-vila. Era uma vila composta apenas de três cabanas: A de Diogo, a de Klaus e a de alguns guerreiros Varden, que eram os seguranças enviados por Nasuada para proteger o garoto. Todos os eram tiradas da própria floresta (motivo pelo qual Klaus não estava em casa). A caminhada durou pouco mais de uma hora e meia até que, enfim, Diogo chegou no pequeno córrego. Era pequeno apenas de largura. Era fundo, e parecia correr infinitamente. A água era límpida e gelada, com alguns peixes que lutavam contra a correnteza para voltar a seus ninhos localizados próximo à nascente.


Rapidamente, Diogo despiu-se e pulo no córrego. O calor insuportável do lado de fora da água tornava o banho mais refrescante. Durante um bom tempo ficou deitado na parte rasa, se aproveitando a água gelada que passava por ele enquanto observava alguns falcões que sobrevoavam a área.


-Meu deus!- exclamou Diogo ao perceber que estava com fome- Já passou da hora, não vai dar tempo de voltar, melhor eu ir caçar alguma coisa.


Diogo vestiu-se, sentou-se na beira de uma árvore, e começou a preparar algumas flechas. Depois de trinta minutos, já tinha preparado sete flechas. Guardou-as na aljava, pegou o resto de suas coisas, e saiu da clareira clara, adentrando a floresta escura. Ainda havia algumas poças de neve derretida no chão, e da copa das árvores ainda caíam pequenas gotas geladas. O tempo está mudando. Observou Diogo ao avistar algumas nuvens se formando acima da floresta.


A situação era complicada. Estou com fome, o acampamento é longe, está tarde, e eu esto no meio da floresta da espinha! Eu devia ter trago um cavalo!


Poucos minutos depois, a situação era pior ainda. Diogo estava cansado e faminto, o céu estava quase totalmente nublado, e o acampamento parecia não chegar nunca. Depois de meia hora de caminhada exaustiva, não faltavam motivos para entrar em pânico: o céu estava escuro e completamente nublado, os ventos uivavam com força, e Diogo finalmente se deu conta de que estava perdido.


-Como? É impossível! Eu sempre nadei naquele riacho, e nunca me perdi na volta! SOCORRO!!!- agora, um tom de desespero misturava-se com raiva em sua voz.


Houve então uma explosão de pequeno porte. Uma luz de um tom verde-azulado a cinco metros de distância do corpo trêmulo do garoto apareceu, fazendo-o travar. A parada súbita quase o fez cair para frente. Uma voz em sua mente o chamava.


Aqui


-Hã?


Aqui


A luz começou a se mover para o norte. Parando dez metros à frente, a luz moveu-se, come se voltasse o “olhar” para o garoto.


Aqui.


Num movimento quase que involuntário Diogo começou a seguir a luz. A luz parecia sentir todo aquele medo, mas não simplesmente sentia: a luz parecia sentir o garoto sentindo todo aquele desespero. Como ele sabia que iria acontecer, caiu a chuva. As gotas começaram a molhar toda sua roupa, mas pararam quando a voz pronunciou algumas palavras que Diogo percebeu pertencer à outra língua.


-Não sei se foi você, seja lá o que você for, mas obrigado!


A corrida continuou por um longo tempo até que a luz chegou a uma caverna. Parando no meio da caverna, a luz chamou-o novamente com mais um “Aqui.”, e, conseqüentemente, o garoto seguiu-a até o local indicado.


Aqui.


-Eu sei, já estou aqui!


Aqui.


-Eu já...! Ah. Entendi. Você me trouxe aqui pra me manter seguro?


Isso.


-Quem é você?


Ali. Pegar. Pegar mim.


-O quê? Você quer que eu te pegue? Então, você deve ser pequeno?


Pegar. Pegar.


-Onde? Cadê?


Com um flash, a luz apagou-se, e a caverna voltou à sua escuridão original, fazendo com que Diogo voltasse ao seu medo anterior. Então, uma presença em sua mente inundou-o com aconchego. Com um segundo flash, algo começou a brilhar em um canto da caverna. Era um brilho da mesma cor de antes, mas desta vez, não era uma luz solitária. Era uma luz que vinha de alguma coisa, alguma coisa que brilhava.


Diogo aproximou-se da luz e viu. Era uma espécie de pedra verde-azulada, da mesma cor da luz. Era comprida, e arredondada nas extremidades, e em geral, tinha um formato cilindrar. Era perfeitamente polida, e rígida como um diamante. Diogo deu umas batidinhas, e notou que era oca. Com a luz, pode reparar que o chão parecia ter pegado fogo em volta da pedra.


-Você é essa pedra?


Não-e-sim

-Você quis dizer “mais ou menos”?- perguntou Diogo dando um sorriso.


Sim.


-Mas... O que é você?


Você sono.


-Eu?


Não. Meu você.

-Ah! Seu você diz-se eu.


Obrigado.Falar depois.


-Claro- disse Diogo encantado ao perceber que a coisa era um bebê de sua espécie, seja lá qual for- Também vou te ensinar a falar. Boa noite.


Tec!


Quando o sol ainda estava nascendo, Diogo acordou com um estalo. Ele levantou correndo e procurou a origem do estalo. Tec! Ele seguiu o barulho e viu que vinha da pedra. Nela tinha duas rachaduras. Tec! Neste outro estalo, na rachadura na parte superior apareceu um buraco quando um pedaço da pedra voou longe, revelando pequenos olhinhos verdes. Não é uma pedra! É um... Ovo?! Com outro pequeno estalo, uma pequena cauda saiu da segunda rachadura, localizada na parte inferior o ovo.

De repente a pequena cauda voltou para seu buraco, e, juntamente com o pequeno olhinho que observa Diogo, sumiu no interior do ovo. Com um estalo maior que os outros, rachaduras apareceram por toda extensão do ovo com uma série de estalidos. Então, de uma só vez o ovo quebrou-se em dezenas de pequenos pedaços, revelando a pequena criaturinha.


Diogo ficou paralisado diante do dragãozinho. Era uma mistura de beleza com ferocidade. Seu focinho minúsculo encantava qualquer um, e seus dentes e garras amedrontavam até o mais feroz leões, apesar de seu tamanho. Suas escamas duras faziam pequenos roídos à medida que se contorcia para sair da confusão de pedaços de casca de ovo.


-Olá! De onde você veio?- O dragão virou-se bruscamente para Diogo, parecendo assustado com o garoto. Parecia ter esquecido por um momento que o garoto estava ali. –Calma! –disse com um sorriso no rosto.


Não podendo se conter com a “fofura” do animalzinho, Diogo estendeu a mão esquerda para acariciá-lo. O dragão aproximou o focinho da mão do garoto, que tocou a mesma.


Uma corrente de energia veio do dragão para Diogo, entrando pela sua mão, espalhando pelo seu corpo uma corrente gelada, e ao mesmo tempo fervendo seu sangue. Sua mente ficou confusa todo seu corpo doía e queimava, e então, desmaiou.


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Notas finais do capítulo

desculpa a demora, pessoal!



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