Just a Little Boy escrita por Panda girl


Capítulo 5
Erros e Opiniões


Notas iniciais do capítulo

Oioioioioioi!!!
Por favor, NÃO ME MATEM (até poque a escola já está fazendo isso)!
Enfim, SIM, eu voltei. NÃO, eu não vou demorar tanto tempo pra postar o próximo capítulo.
A ideia original era postar uma vez por semana, mas eu decidi que é melhor postar uma vez a cada duas semanas do que deixar vocês na mão. Então é, nos vemos daqui a duas semanas!
Capítulo dedicado à Yu e ás 17 novas pessoas acompanhando!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/573219/chapter/5

Brian finalmente se convenceu a retirar o seu traseiro lerdo da cama e ir encontrar Megan. Ainda faltava uma hora, mas precisava comprar os cafés e, além disso, o parque era longe.

Infelizmente, o único lugar onde poderia comprar a bebida e que ficava perto de sua casa era o Starbucks. “Ah, a moda”, pensou. Ele realmente odiava a moda. De qualquer forma, eles tinham um Frapuccino razoável e Megg gostava de lá. Dessa vez, porém, preferiu uma bebida quente mesmo.

Comprou os cafés e saiu o mais rápido possível. Não era um hipster. Tinha que manter sua dignidade, afinal. Dignidade... Não tinha muita, para falar a verdade. Mas, para um nerd magrelo tarado por menininhas de desenho, até que era uma quantidade boa.

x.x.x

Megan o esperava no parque. Ela estava com umas manchas estranhas no pescoço. Jayden, é claro. Usava um vestido branco, bem simples, no estilo Taylor, e um coturno militar perto. Belo contraste. Por um segundo, pensou em Tay com aqueles coturnos pesados, que, provavelmente, os pezinhos fracos dela não conseguiriam suportar. Pensou nela chegando em casa com as mesmas marquinhas. Não, ela nunca o deixaria fazer isso, feminista do jeito que era. Ah, como ele odiava o feminismo!

—Quer saber? — disse, entregando o café a Megg e sentando-se ao lado dela —Foda-se a Taylor.

—Oi pra você também, Brian. E muito obrigada por me assustar. Lançou um olhar de desaprovo.

—Você já começou a agir como uma velha rabugenta?

—Não. Você é que está agindo como uma criancinha de cinco anos. Um otaquinho de merda, pra falar a verdade. Valeu pelo café.

—De nada. O que é isso? Tipo, no seu pescoço?

Megan usou a câmera frontal do celular para ver. Ela passava os dedos pálidos sobre as marcas, como se isso fosse ajudá-las a sumir. Obviamente, isso só tornou a pele mais vermelha e irritada.

—Porra, Jay.

Brian começou a rir.

—Acho que alguém passou dos limites. — Levantou as sobrancelhas, fazendo uma careta boba e provocadora

—Pela forma como a Tay está, só acho que esse alguém é você.

Ele coçou a nuca com o indicador e o dedo do meio. As unhas sujas, cortadas no talo, tocaram o pequeno espaço de pele entre um fio de cabelo e outro.

Respirou fundo.

—Se lembra do que eu acabei de falar? Foda-se a Taylor. Não me importo com ela.

Megg levantou as sobrancelhas, criando uma expressão facial meio confusa meio provocadora.

—Mesmo? Não parece. — disse ela, entre risos

Fechou a cara.

—Eu errei, sabe? As pessoas erram, e não, eu não sou um extraterrestre. De qualquer forma, eu realmente não ligo mais pra Taylor. É a minha opinião, e você tem que respeitar.

—Os erros e opiniões contaminam a vida, se a própria razão está violada. — disse ela, sem nem se dar o trabalho de olhar nos olhos do amigo

E ele ficou ali, sem saber o que falar nem que cara fazer.

Após abrir a boca umas cinco vezes, na tentativa de falar alguma coisa inteligente, desistiu e falou a coisa mais estúpida em que pode pensar:

—Oi?

Megg riu.

—Santo Agostinho. Eu estudo História, apesar de não fazer parte do meu curso. Diferente de você, que é obrigado pela escola a estudar, mas não o faz.

—Ah... Certo... Mas o que diabos isso significa?

Megan sorriu, os olhos brilhando, mesmo ofuscados pela maquiagem escura que ela usava. Aquele sorriso, sempre com o mesmo significado: ela conseguira o que queria. Lembrou-se de quando eram criancinhas, forçados a brincarem juntos graças à amizade entre as mães dois.

Ela, baixinha, com os cabelos ainda de cor natural presos em um rabo-de-cavalo desajustado. Ele com o cabelinho “vaca lambeu” e um sorrisinho bobo. Os dois de bermudão na altura dos joelhos ralados, regata e tênis daqueles que acendem uma luzinha quando a sola é pressionada. Quem não os conhecia nunca iria pensar que eram filhos de gente rica.

Sempre se sentavam no sofá com os tênis sujando tudo. Jogavam Pokémon juntos enquanto comiam sanduíches de ricota. Brian odiava aqueles sanduíches desde a primeira vez que comeu, Megan também. Toda vez, ela o pedia para trocar os pokemons, mas ela só tinha os piores e a troca era completamente injusta. Ele sempre dizia que não, mas aí ela fazia uma carinha de cão abandonado e os dois acabavam efetuando a troca. E, no final, aquele sorriso. Um sorriso vitorioso, feliz e vingativo ao mesmo tempo.

Viu uns vultos passando rente a seu olhos.

—Briaaaaannn! Oi, oi, oi, oi! Para de viajar que eu quero fazer minha explicação!

—Ah, certo.

—Enfim, isso que eu disse não é uma simples frase aleatória de menininha botar na descrição das fotos do Instagram, tem um significado. Bem bonito, pra falar a verdade. Até onde eu consigo interpretar, você não tem opinião própria. A sociedade te faz pensar assim. E seus erros, talvez eles não sejam erros. Talvez você tenha aprendido que isso é errado. Ao menos é isso o que eu entendi.

—Ah... Podemos parar de filosofar agora? O café ‘tá’ esfriando.

Brian tentou mudar de assunto, mas a frase continuou em sua cabeça. Bem, se o que ele fez não era errado, talvez o que ele estivesse prestes a fazer também não fosse.

Enquanto Megg levantava o copo de café, ele deu um tapinha na parte de baixo, derramando tudo no vestido.

—Ai meu Deus! Brian!

Megan se levantou e saiu correndo para um banheiro público pra se limpar. Aproveitando a “brecha”, ele saiu em direção a uma garota que tirava selfies aleatórias.Chegou por trás, abraçando sua cintura.

—Posso ajudar? Acho que as fotos vão ficar mais bonitas se eu aparecer.

—Não, obrigada, está bem assim.

Enfiou a mão no bolso, tirando algumas cédulas lá de dentro e passando-as por cima do ombro da garota, um hábito que havia caído em desuso graças a Taylor.

—Não sou prostituta.

—Eu também não.

—Então tudo bem.

Ela se virou, pegando o dinheiro e revelando o rosto. Era totalmente o contrário de Tay. Alta, cheia de curvas. O rosto era fino e os cabelos eram ruivo-falso. Os olhos eram azuis e os lábios estavam pintados de uma cor tão forte que chegaram a assustá-lo.

—Okay.

—Certo. O que você tem pra me oferecer? Não gosto de menino pobre.

—Não sou um menino pobre.

—Oi? Você acreditou mesmo? — A menina riu, devolvendo o dinheiro —Prazer, Adele. E não, não quero nada com você.

—Ah, certo. Eu sou...

—Brian! —Megan saiu do banheiro, procurando por ele

—‘Tô’ aqui!

E saiu. Não sem antes virar-se para trás e observar a “ruiva-falsa” tirar uma última selfie. Nessa, no entanto, ele apareceu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pois é, o capítulo ficou pequeno, mas é melhor que nada. Eu já tava sentindo uma aflição, querendo postar a qualquer hora.
P.s.: O Bray-bray e a Megg criancinha não são uns amores?
P.s.2: Vocês gostariam de que o próximo capítulo fosse na visão da nossa doninha preferida?