O Anjo sem Rosto escrita por CreepyLover


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Lucy faz um novo amigo.



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Havia amanhecido e Elisa e Lucy acordaram quando os primeiros raios de Sol entraram no quarto.

– Bom dia, Lucy!

Disse Elisa com um grande bocejo e esticando os braços.

– Bom...

Lucy mal se levantou e voltou a cair como uma pedra na cama.

– Anda levanta!

– Não quero...zzzzzz...

– Vamos nos atrasar pra aula.

– Eu...quero faltar hoje...me deixa dormir mais um pouquinho...zzzzzz...

– E o sorvete?

Na mesma hora Lucy levantou-se, como sono, mas levantou.

– Uáááaa! Tá bom!

– Meninas já acordaram?

Perguntou o senhor Cantbell batendo na porta.

– Sim pai! Estamos nos arrumando.

– Certo! Depois desçam para tomar café e eu vou dar carona para vocês ate a escola.

– Ok!

Elisa e Lucy vestiram seus uniformes e desceram para tomar café junto com os pais. Quando acabaram, as garotas se despediram da mãe e entraram no carro.

Como o lugar onde moravam era bastante afastado da cidade grande, tinha-se que passar por uma floresta com árvores altas e alguns pinheiros. Elisa e Lucy adoravam brincar na floresta quando eram mais novas, elas vinham com os pais fazer piquenique e se divertiam muito, porém com o grande número de desaparecimentos, eles proibiram as filhas de irem sozinhas na floresta, pois diziam que era o local ideal para um sequestro. Eles não sabiam o quanto estavam certos.

Elisa olhava para as árvores sem se mexer, elas eram todas iguais e iam se repetindo, dando a impressão de que estavam correndo, tentando alcançar o carro.

O que houve maninha? Esta tão quieta.

– É que eu só quero olhar a paisagem.

– Ah!

A viagem continuou quieta, parecia que ninguém queria conversar, ou não tinham assunto para isso, ou simplesmente cada um pensava em seus próprios assuntos. Vamos dar uma espiada no que cada um estava pensando. Lucy se deliciava pensando no seu sorvete de chocolate. O senhor Cantbell pensava em assuntos relacionados ao seu trabalho. Quanto a Elisa...

– Uma árvore...outra árvore...mais uma...e outra...outra árvore...duas árvores...mais uma árvore...ah! Um terno...árvore...espera! Terno?

Elisa abriu a janela e tentou olhar para fora do carro, mas não via mais nada além de árvores e o carro ia se afastando cada vez mais do que a havia assustado.

– Qual o problema filha?

– É que eu pensei ter visto um homem de terno.

– O que?

– Do que você tá falando maninha?

Hum...nada, eu devo ter me confundido.

– É deve ser.

Elisa estava ficando bastante preocupada, afinal o que estava acontecendo?

– Pronto garotas, chegamos!

Ele estacionou em frente ao colégio. As meninas desceram do carro e se despediram do pai com um beijo.

– Tchau! Tenham uma boa aula. Depois eu volto para busca-las. Amo vocês!

Tchau pai, também te amamos!

O senhor Cantbell foi para seu trabalho e cada uma seguiu para sua sala de aula. O sinal havia acabado de tocar e cada aluno corria apressado para sua sala. A aula havia começado e por mais que tentasse, Elisa não conseguia se concentrar nela, ela não parava de pensar no sequestrador, no pesadelo que tivera e naquele estranho que vira na floresta. Quanto a Lucy, estava cuidando de outras coisas.

– A minha maninha disse que vai comprar um sorvete pra mim!

– É serio Lucy? Que legal! A sua irmã é tão boazinha, já o meu irmão é um chato!

– Sim! Eu amo muito ela!

– Hum... você acha que ela compraria sorvete para mim também?

– Eu...acho que não Rachael, não sei.

– Oh...

– Muito bem crianças, é hora do recreio!

– Oba! Viva! Ebaaa!

As crianças saíram correndo com suas lancheiras e brinquedos para o pátio da escola. Lucy e Rachael sentaram juntas como sempre faziam. Rachael foi a primeira amiga que Lucy fez quando entrou na escola, também era sua melhor amiga.

– Ei meninas! Depois querem jogar com a gente?

– Huh? É claro Dennis!

– Beleza! Está faltando gente na minha equipa e vocês duas vão completar, terminem logo e vamos!

– Ok!

Dennis correu de volta para um grupo de crianças e eles ficaram conversando.

– Isso vai ser divertido! Neah, Rachael?

– Hum...não sei.

– Qual o problema?

– É que eu não gosto de jogar bola.

– Ah, vamos! Você vai se divertir!

–...

Na verdade Rachael tinha um pouquinho de medo de bolas, tudo isso por causa de uma senhora bolada que levou na cara quando seu irmão estava praticando. Ela não queria, mas Lucy insistiu tanto que ela acabou aceitando. As duas deixaram suas lancheiras para que pudessem pega-las depois e correram para os outros.

– Estamos prontas!

– Ótimo! Então vamos começar!

As duas equipes estavam divididas com 4 jogadores cada. O time de Lucy estava indo bem, apesar de Rachael mais fugir da bola do que fazer outra coisa. De repente Lucy dá um super chute e a bola saí voando acima das cabeças de todos, indo cair numa área onde haviam muitas árvores.

– Ai! Lá se foi a bola.

– Foi a Lucy que chutou, então ela pega!

– Hey!

– É vai lá Lucy! Se não, não tem mais jogo e o recreio termina daqui a pouco.

– Hum, tá bom! Você vem comigo, Rachael?

– Não, eu prefiro te esperar aqui com os outros.

– Tá certo.

Lucy foi ate o local onde a bola havia caído, ela procurava, mas não achava.

– Ah! Onde será que aquela bola caiu? Pra que eu fui dar aquele chute?

Ela continuava procurando, quando de repente, viu dois pares de sapatos bastante elegantes e um homem alto de terno segurava sua bola.

– Ah! Obrigada sen...aaaaah!

Lucy gritou ao ver que ele não tinha rosto, ela também pode ver que a cor da gravata combinava com o terno, preto. O estranho apenas se aproximou e entregou-lhe a bola, sem fazer mais nada.

– O-Obrigada.

Ele afastou-se dela.

– Desculpe por ter gritado é que eu me assustei, sabe eu nunca havia visto alguém sem rosto antes. Qual é o seu nome?

Ele não respondeu.

– Ah é! Você não tem boca, por isso não fala! Bom, meu nome é Lucy Cantbell, muito prazer!

Lucy estendeu a mão gentilmente para o estranho com um sorriso, ele apertou delicadamente a pequenina mão da garota. Lucy notou como os dedos dele eram magros e finos e extremamente pálidos como o rosto dele.

– Sabe que é uma pena você não poder falar, eu tenho tantas perguntas e também gostaria de saber se você consegue enxergar mesmo sem olhos, acho que consegue, porque você achou a bola e pegou na minha mão, como o senhor fez isso? Espera! Como o senhor come? Espera! Ah! Acabei falando demais, desculpe!

Lucy começou a rir, o homem sem rosto apenas virou a cabeça para o lado como se estivesse estudando aquela estranha criança que estava na sua frente.

– Lucy! Cadê a bola?

– Ops! Tenho de ir, meus amigos estão me esperando. Tchau senhor, foi um prazer!

Antes que pudesse ir embora, ele segurou o braço dela.

– O que foi?

Ele ficou olhando para ela, depois agachou-se e lhe entregou uma rosa branca muito bonita.

– Pra mim? Obrigada, é linda!

Lucy colocou a rosa em seus cabelos loiros, dando um enfeite bastante simples e belo.

– Ficou bonito? Muito obrigada senhor! Eu acho que deveríamos ser amigos, o que acha?

Ele acenou positivamente a cabeça.

– Que legal!

– Lucy!

– Ai! Dessa vez eu tenho que ir, tchau senhor, ate outro dia!

Ele permaneceu imóvel vendo a garotinha se afastar cada vez mais acenando alegremente para ele.

– Isso vai ser interessante.

Pensou e logo em seguida desapareceu completamente.


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Notas finais do capítulo

Ah não! Lucy acabou de conhecer o Slender e já quer fazer amizade com ele? E agora? Vai sobrar pra Elisa...tsc...

Agora que parei pra pensar, eu também sou igual a Rachael tenho medo de jogar bola e não, não foi por causa de boladas, alias eu já levei muitas e com isso meu reflexo acabou ficando bom para desviar das bolas, deve ser por isso que eu sou boa na queimada (mentira ¬¬) e ruim no vôlei ( verdade Ç_Ç).

Espero que estejam gostando. Bye!



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