Os Filhos de Umbra escrita por Rarity


Capítulo 19
Capítulo Dezenove: 1991 – 1163 dias antes


Notas iniciais do capítulo

Eu não deixei claro no capítulo porque eles são crianças e não iam entender, mas a Emily, nessa fic, sofre de hemocromatose secundária, que é o excesso de ferro, que acaba sendo depositado nos tecidos. Um dos tratamento da doença é a flebotomia, em outras palavras, sangria. Ela passa mal porque um dos sintomas da doença, além de fadiga, é a insuficiência e arritmia cardíaca.



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Capítulo Dezenove: 1991 – 1163 dias antes

O pior não é morrer. É não poder espantar as moscas.

Millôr Fernandes

17 de Setembro de 1991

Muitas vezes, durante a convivência, acabamos esquecendo que uma pessoa próxima pode ser diferente de você, pode precisar de outros cuidados. Nunca fez muito sentido para a minha cabeça de criança. Dete, por exemplo, parecia extremamente normal, e muitas vezes eu me esquecia que ela poderia ter um ataque de asma a qualquer momento. E é dessa forma que acabamos esquecendo das necessidades dos nossos amigos, e as consequências são horríveis.

Naquele dia, eu tinha acompanhado Leo e pai até a ferraria, por curiosidade, e também porque eu estava determinado a passar mais tempo com pai desde a Interclasse de Leo.

A fachada era bem simples, Ferraria Alois em letras cursivas brancas e desgastadas, uma porta dupla de vidro e do outro lado um portão azul de garagem.

—Olavo! –a gerente chamou. Eu a conhecia, por já tê-la visto quando vinha trazer o almoço do papai. Ela era alta, curvilínea e forte, com altos cachos negros presos num rabo de cavalo selvagem. –Que bom que está aqui! Eu preciso passar para pegar as ferramentas novas e volto para começar as entregas, Dona Lúcia ligou e ela quer um vaso de ferro que ela possa prender no teto, eu não sei bem pra quê um vaso preso no teto, mas... –Uma respirada, já que ela soltou tudo quase que num fôlego só. –Leozinho, meu escritório fica por sua conta, você consegue atender os telefones para mim?

Leo confirmou com a cabeça:

 –Foi você que me ensinou, Geralda! –ele brincou.

Geralda riu, balançando o cabelo dele.

—Todos os projetos estão na minha mesa. Não devo demorar. O movimento anda bem fraco ultimamente. –ela riu, antes de pegar uma blusa de frio, afinal ainda estava um pouco escuro lá fora, e as chaves da caminhonete. As botas faziam um barulho estranho no chão de madeira, e a porta rangeu na hora de abrir e fechar.

Pai riu, tirando o casaco e abrindo o seu armário, um conjunto de nichos que ficava na parede, cada um preso por um cadeado. Puxou um par de luvas de lá, luvas grossas, nem um pouco parecidas com as que mamãe usava na cozinha.

—Então, o que deu em vocês hoje? –pai indagou, nos encarando de “rabo de olho”.

Eu entendia a dúvida. Fazia muito tempo que Leo não acompanhava papai, desde que eu comecei a escola, praticamente, e eu nunca gostei muito do emprego de papai. Eu preferia mil vezes varrer a cidade com mamãe, só pelo prazer do contato com as pessoas, por ser em espaço aberto, por sentir e ver o mundo ao meu redor. O espaço fechado, quente e escuro do papai não me agradava muito, mas sempre foi um dos lugares preferidos de Leo –acho que, no fundo, Leo sentia que aquilo tudo era uma brincadeira, como quando brincávamos de lava -, e meu irmão adorava Geralda e os outros funcionários. No final, eu podia ajudar mamãe com as roupas e a fazenda, e papai conseguia cuidar de Leo para ela não ficar sobrecarregada. Sempre foi um bom acordo, até começarmos a escola, aí levar e buscar Leo daria mais trabalho do que ajudaria –isso sem falar que já estávamos grandinhos e não dávamos mais tantos problemas, eu já poderia cuidar de Leo.

Hoje, porém, estávamos com saudade.

Ficar com papai não era horrível –não é como se ele nos deixasse mexer com o ferro -, geralmente ficávamos com Geralda atendendo o telefone ou grampeando papéis –eu achava o máximo grampear papel, me sentia super importante -, talvez passando recados ou procurando certos papéis pra Geralda. A melhor parte era que ela sempre nos recompensava com algum doce ou chocolate.

Fomos para o escritório de Geralda, que ficava na porta do lado direito, com um janela grande que nos permitia ver a entrada, onde papai estava. Eu peguei os papéis que Geralda deixou em cima da mesa e passei para pai, que bagunçou meu cabelo num carinho e foi para dentro começar o dia e aquecer as máquinas.

Papai era sempre o primeiro a chegar.

Depois de ter ligado as máquinas, papai voltou para o escritório para um copo de café da garrafa de Geralda, e generosamente colocou para mim e Leo, que estávamos sentados na cadeira dela. O café quente esquentava o corpo e nos deixava mais acordados, o que era necessário para passar a manhã com papai.

A porta se abriu com outro rangido, e a barba de Cleiton nos cumprimentou antes dele. Ele tinha um sorriso amarelado e as sobrancelhas escuras, e estava sempre com o mesmo casaco azul.

—Olavo! E olha só quem voltou às origens! –Cleiton cumprimentou, trocando soquinhos comigo e Leo. –Vieram animar o dia?

—Ainda é noite. –reclamei com um muxoxo.

Leo riu, tomando um gole do café, completamente despreocupado.

—Deus ajuda quem cedo madruga, rapaz! –Cleiton brincou, colocando um copo de café para si. –Trabalhar para sustentar a família, Pedro! O maior bem do homem!

Eu sorri, balançando a cabeça. Cleiton era casado com Lúcia, uma negra baixinha, e eles tinham quatro filhos. Apesar das dificuldades financeiras, Cleiton era apaixonado pela sua família, pelos seus meninos: Cássio, César, Caio e Cleuber. Lúcia era a mãe mais engraçada possível, já a vi correr atrás desses quatro pra baixo e pra cima, sempre gritando.

—Com certeza, amigo. Com certeza. –pai concordou. –Vocês vão ficar bem por aqui?

—Vamos, sim. –confirmei. –Pode confiar.

—Eu vou estar logo ali. –ele apontou a porta. –Não saiam daqui antes da Geralda chegar, nada de brigas e sem bagunça. Me chamem se precisarem!

—Ok! –gritei enquanto eles saíam, conversando entre si. –Concurso de desenho?

Leo sorriu.

—Quem desenhar melhor a garrafa de café pode atender o telefone primeiro. –ele desafiou.

Eu gargalhei. Seria uma forma perfeita de passar o tempo.

—Fechado. –confirmei, já pegando os papéis em branco na terceira gaveta à direita, que Geralda sempre deixava ali para nós dois.

(***)

Algumas horas depois, cinco pessoas haviam ligado, uma procurando Geralda, uma avisando Cleiton que “o idiota esqueceu o almoço em casa e que a empregada da esposa dele teria que trazer aquela droga para ver se o marido dela almoçava alguma coisa para sustentar a pança”, um fornecedor querendo reagendar o horário, uma cliente para a qual eu chamei papai, e mamãe perguntando se estava tudo bem e se queríamos alguma coisa.

Era um dia normal.

 Pelo menos era, até Belle e Pablo entrarem na ferraria, desesperados, fazendo muito barulho enquanto se apressavam pra dentro. O clima de Sococó da Ema ficava instável nessa época do ano, então o céu ficava quase sempre tomado por nuvens. Belle e Pablo estavam vestidos para uma temporada na Rússia, Pablo de calças, botas, gorro e um casaco quase do tamanho dele, e Belle com um vestido cinza, botas, meias longas amarelas e um cachecol amarelo para combinar. Eles varreram a sala antes de nos avistarem.

—Achei vocês! –Belle exclamou, correndo para a janela. –Inventaram de vir pra cá justo hoje?

—Ei, ei, o que –comecei, antes de me dar conta de um fato importante:

Belle estava chorando.

—O que aconteceu? –perguntei mais preocupado, olhando de Pablo para Belle.

—Belle? –Leo chamou, indo para a janela junto comigo.

—Emily está no hospital. –Pablo respondeu por ela, que continuava a chorar sem parecer perceber. –Passou a noite lá. Mel e Cristina estão lá, mas não nos deixam entrar. Elas estão preocupadas.

—Ontem à noite nós ficamos até tarde apostando corrida. –Belle continuou, parecendo chorar ainda mais. –Não devíamos ter feito aquilo, nós sabíamos disso –

—Belle. –Pablo chamou a atenção dela. –Chega.

—É minha culpa. Ela é minha amiga. –Belle passou as mãos pelos cabelos, parecendo desesperada.

Culpada.

Passei pela porta para conseguir envolvê-la em um abraço forte, a deixando soltar lágrimas no meu casaco. Me concentrei em apertá-la, enquanto Leo fazia as perguntas.

—Vocês sabem pelo menos como ela está? –Leo indagou. –Viva, morta?

—LEO! –gritei.

—É claro que ela está viva, Leo. –Pablo bufou. –Ela passou mal à noite e Cristina levou ela para o médico. Eu e Belle passamos na casa dela hoje e não a encontramos. Os vizinhos falaram que ela tinha ido pro médico e nós fomos pra lá.

—Seus pais sabem que estão aqui?

—Isso não é importante no momento, Leo! –Pablo exclamou, frustrado.

A porta da ferraria se abriu, e Geralda e papai saíram com os semblantes sérios, as sobrancelhas cerradas por conta da gritaria. Geralda encarou a situação antes de abrir a boca, mas papai só olhou o grupo de crianças e se focou em mim e na Belle chorando.

—Pedro? –ele cruzou os braços.

—Emily está no hospital. –justifiquei, enquanto Belle se soltava de mim, enxugando os olhos.

—Sério? –pai piscou.

—Ela passou a noite lá. –Leo continuou.

—Cristina e Mel estão com ela. –Pablo prosseguiu. –Cristina estava doida por não a deixarem entrar.

—Jesus. –pai passou as mãos nos cabelos. –Logo agora, depois da Dona Regina...

Ele não precisou completar a frase.

Os fungados de Belle nos distraíram.

—Bem, e estão esperando o quê? Precisam ir visitar a amiga de vocês! –Geralda exclamou.

—Podemos ir? –perguntei, meio já pedindo.

—É claro!

—E a escola? –Leo indagou.

Pai suspirou, se dando por vencido.

—Não iam se concentrar mesmo. Vão ficar com Mel, a pobrezinha deve estar uma pilha de nervos. Eu aviso a sua mãe que vocês não vão para a escola hoje. –foi a resposta. –Agora vão. E sem dar mais problemas à dona Cristina.

—Valeu, pai! –abracei-o rapidamente, antes de agarrar a mão de Leo para sairmos.

O clima lá fora estava realmente triste, nublado, o que deixava todo o ar da cidade escuro, e ventava bastante, bagunçando nossos cabelos e quase levando o gorro de Pablo. Ele resmungou ao pegá-lo, e passou a segurá-lo com as duas mãos na hora de andar.

—Cara, você tá ridículo segurando esse gorro. –comentei, sincero.

—Não vou perder meu melhor gorro, Pedro. Odeio esse tempo. –ele resmungou.

Concordei mentalmente.

—A UBS fica um pouco pra lá. –Belle apontou para nosso lado esquerdo. –Três quarteirões pra lá, vire à direita e segue reto. O Pablo sabe onde é.

—Você não vem com a gente? –questionei, e ela negou.

—Vou buscar o Henrique, a Emily iria querer todos nós lá com ela. –ela pausou. –Eu traria a Dete, mas ela está gripada. Encontro vocês daqui a pouco.

—Beleza. –Pablo confirmou. –Vem, Pedro!

Ela se despediu com o aceno e partiu rua acima, direto para a casa de Henrique, e nós viramos pra esquerda, Leo trotando atrás de nós. O frio quase perfurava as roupas, e minha mente foi para Emily, por um tempo. Ela estava ótima ontem. Maria tinha feito bolo, e ela ficou conosco até tarde da noite. A ideia da corrida foi minha –bem, mais ou menos. Eu e Leo começamos a correr, uma competição boba, e Henrique sugeriu que transformássemos isso numa corrida. As meninas não quiseram ficar de fora. Pensando nisso agora, me lembro que Emily estava realmente muito ofegante ao final.

Vocês querem parar?—ela tinha perguntado.

Não!—foi minha a resposta animada. –Vamos ver quem consegue ir até a floresta e voltar mais rápido!

Todos rimos, exceto Emily.

Droga.

Belle estava certa, nós tínhamos que ter tido mais cuidado e prestado mais atenção.

—Pedro? –Leo chamou. –Emily vai ficar bem, certo?

Sorri falsamente, encarando Leo.

—É claro.

Eu rezei imediatamente para não que essa frase não se transformasse numa mentira. Eu nunca me perdoaria.

(***)

Cristina, eu devo admitir, era uma mulher única. Ela aguentou ser largada pelo namorado, assumir a responsabilidade da filha sozinha, cuidar da escola e dos negócios da família depois da perda de Dona Gina e ainda era a mãe da Mel quando necessário. Ela era forte. Só tinha uma coisa que desestabilizava Cristina: Emily.

O cabelo de Cristina estava solto, foi a primeira coisa que eu reparei. Ela ainda estava de pijamas, uma camisola preta e um robe com estampa de tigre, de chinelos. Nenhum vestido chique, salto ou maquiagem, ela nem parecia Cristina de tão cansada. Eu senti falta do tic dos saltos de Cristina assim que fiquei em sua presença na sala de espera. A ruiva passou metade do tempo reclamando da demora do atendimento, usando palavras que minha não me permitiria repetir.

Mel também estava de pijamas, o cabelo longo solto e descabelado, e ela usava lindas pantufas que pareciam confortáveis. O rosto dela estava pálido, contrastavam com os olhos vermelhos dela. Ela nos envolveu em um abraço assim que nos viu, e a segurei por bastante tempo. Mel parecia menor naquele momento.

Eu sentia muito pesar por ela. Mel sempre pareceu trilhar um caminho mais difícil que nós.

A Unidade Básica de Saúde de Sococó da Ema também era uma casa adaptada no centro de saúde. A sala de espera de lá era, pelo menos, do tamanho da minha sala de estar. Tinha, pelo menos, uma limpeza decente. Não era muito, mas era o que tínhamos. As paredes eram brancas desbotadas, alguns cantos pintados de azul. As cadeiras eram de plástico, nada confortáveis. Algumas pessoas usavam duas ou três para improvisar uma cama no lugar.

Eles levaram horas para permitir que Cristina e Mel entrassem no quarto de Emily. Àquela altura, Belle e Henrique já tinham voltado, eles também vestindo um arsenal de casacos. Ambos seguraram Mel por um longo período num abraço, e depois se sentaram conosco, num silêncio desconfortável. Não, não desconfortável. Horrível. Parecia que estávamos esperando o atestado de óbito dela. E o pior de tudo é que não havia nada que eu pudesse fazer para aliviar o clima sem parecer desrespeitoso.

—Ela vai ficar bem. –era a única coisa que eu me sentia seguro o suficiente pra falar, e eu repetia feito uma oração para Pablo e Leo.

Belle deitou no colo de Henrique e acabou adormecendo de tanto chorar, finalmente se acalmando. Henrique brincou com os cabelos dela para se distrair.

Eu odiava quando um de meus amigos se machucava ou sentia dor. Era como se tivessem me machucado. Era mais que pessoal. E, dessa vez, a culpa era minha.

Para variar, eu tinha jogado tudo no ventilador.

Eu ouvia a minha própria respiração na sala, alguns tossidos e espirros das outras pessoas, até que finalmente nos deixaram entrar.

Pessoas tomavam soro em macas no corredor. A maioria eram idosos. Minha mente foi pra Tia Gina, e eu imaginei se ela tinha passado por uma maca, se tinha sentido dor antes de partir. O quarto de Emily era o 6, e a porta estava aberta.

Belle estava meio acordada, tendo sido sacudida por Henrique para poder sair do sono profundo, mas encontrou forças para quase pular em Emily assim que a viu.

—Oi. –ela sussurrou, como que só para ela.

—Oi. –Emily sussurrou de volta, meio cansada, mas sorrindo. –Todos os pirralhos tiraram férias da escola?

Nos aproximamos devagar, com Emily numa cama e Mel e Cristina de cada lado.

—Nós decidimos que era uma ocasião especial. –Belle respondeu, quase voltando a chorar.

—Me sinto honrada, Bailarina. –Emily fez um sinal de descaso com a mão.

—Como se sente? –perguntei.

—Dói em algum lugar? –Pablo complementou.

—Precisa de alguma coisa? –Henrique continuou.

—Que bom que você está viva, Emily. –Leo finalizou, e ganhou risadas da ruiva e um olhar mortal de Cristina.

—Fico grata também, tampinha. Não vão se livrar de mim tão cedo. –a ruiva sorriu um pouco mais forte, parecendo mais com ela mesma, aquele sorriso de desdém com o qual fiquei tão acostumado. O sorriso de quem poderia ir contra Anderson Silva e vencer.

A nossa guerreira.

Jesus, agora eu queria chorar.

—Eu gostaria de um travesseiro decente e uma vitamina, por favor. Quem pode conseguir pra mim? –Ela começou, olhando para nós.

 -Emily. –Cristina chamou. –Nada de comer e beber antes do médico voltar.

Emily fez bico.

—Não se preocupe. Eu vou fazer uma vitamina de morango caprichada pra você assim que chegarmos em casa. –Mel prometeu.

—Já que estão aqui, é melhor me distraírem. –Emily cruzou os braços. –Estou cansada de ficar aqui sentada.

—Bem.... –Henrique começou, se sentando no pé da cama. –Eu trouxe algumas cartas pra gente jogar.

Henrique tirou um bolo de cartas do bolso do casaco, embaralhando as cartas. Nós aproximamos da cama, sentando ao redor de Henrique e Emily na cama, até Mel e Cristina nos acompanharam. Tivemos que sentar em borboletinha, e eu coloquei Leo no meu colo, com Mel no colo de Cristina.

—Quem chegar primeiro em 10 vitórias faz a vitamina da Emily. –Leo sugeriu.

—Se o Henrique se aproximar da cozinha acabou Sococó da Ema. –Pablo provocou.

Rimos, a gargalhada de Emily ecoando em meus ouvidos. Vi todos nós olhando para ela, gratos de poder ouvi-la rindo novamente. Belle estava quase a apertando, e Mel mantinha uma mão na perna dela, se assegurando de que ela estava bem.

Eu prometi à mim mesmo que não deixaria Emily se machucar novamente, que iria prestar atenção para que aquilo não se repetisse. Prometi que cuidaria dos meus amigos, de todos eles.

Já sabemos que falhei.


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