Gay BoyFriend escrita por Filha do Sol


Capítulo 6
Capítulo 6 - Festa.


Notas iniciais do capítulo

Hey-ey gente.
Fiz esse capítulo rápidinho, espero que gostem, e pelos deuses, não me matem.

Eu e a MrsEvans vamos fazer uma fanfic de mistério/suspense, aqui um teaser pra vocês ficarem com vontade de ler eehuehueheuheu.
https://www.youtube.com/watch?v=-T44nb3KDuM&feature=youtu.be
E o que acharam da nova capa?

xoxo



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P.O.V Annabeth – duas semanas depois – .

– Acredita que ele me chamou de preconceituosa ? - bufou Thalia pela quinta vez naquela tarde.

– Você já disse isso, Thals. - resmunguei, voltando minha atenção ao livro de arquitetura, tentando adquirir qualquer informação para tentar administrar a empresa.

– Você poderia largar esse livro e olhar para mim enquanto conversamos? Alias, enquanto eu falo? Estou desabafando meu término com o Nicolas e você fica ai... Lendo essas coisas sobre prédios velhos e grandes!

– Thalia, isso foi apenas uma de todas as briguinhas que vocês já tiveram. Garanto que amanha de manha vocês já terão voltado, e estarão se pegando pelos cantos... - resmunguei, ainda vidrada no imenso livro.

– Não, não vamos. Ele me chamou de preconceituosa! Sendo que ele ficou olhando para a bunda daquele garoto descaradamente e na minha frente! Eu entendo que ele seja bi e tal, mas não precisa ficar encarando o cara. - ela ficou quieta por alguns segundos. - Será que minha bunda e muito pequena? Por que eu acho ela razoável, ninguém nunca reclamou... Annabeth, minha bunda é bonita, não é?! Sim, ela é. - resmungou, enquanto examinava seu corpo no reflexo do espelho - Já sei o que faremos para levantar meu ânimo! - disse, pulando em meu lado na cama, tirando minha atenção do livro. - Vamos para uma festa! Se vista, coloque a roupa mais cara que tiver em seu armário, seu salto mais alto, e a maquiagem mais extravagante, iremos abalar a madrugada de Nova York!

– Thals, eu não estou com vontade nenhuma de voltar a ativa agora, quer dizer, não faz nem um mês que meu avô morreu, vocês tem conseguido me animar e tudo, mas eu ainda estou mal com isso. Não quero ir para uma festa. - disse, encarando suas órbitas azuis, que refletiam tristeza e esperança de tentar esquecer a briga com Nico. Olhando para os olhos de minha amiga tive certeza que teria de ajuda-la. Ela ama Nico, e brigar com o mesmo é como levar facadas no coração, ela estava com o sentimento de perda, e eu sabia o que era isso. Seus olhos continham as lágrimas, que teimavam em querer sair, seus lábios tremiam, e eu sabia que ela iria desabar.

Abracei-a, tentando acalmá-la.

– Eu não acredito que ele brigou comigo por algo tão bobo, eu tinha razão em ficar com ciúmes, ele não tinha o direito de me humilhar. - choramingou.

– Quando você aceitou namorar Nico, aceitou a orientação sexual dele.

– Mas não precisava de tudo isso, eu estava de TPM, briguei com ele por isso, mas ele me xingou e terminou o namoro .

– Thalia, você o chamou de viadinho. - repreendi.

– Em minha defesa eu estava nervosa e com raiva. - tentou conter os soluços.

– Deveria pedir desculpas para ele, mas antes...

– O que? - falou em expectativa.

– Poderíamos ver um filme e comer chocolate.

– Ah, não, isso não é pra mim, muito deprimente, vou ficar gorda. – resmungou. - Vamos sair, por favor... – ela me encarava, com os imensos olhos azuis eletrizantes, que brilhavam ainda mais com as suspeitas de choro.

Assenti lentamente com a cabeça, vi um mínimo de alegria.

– Então levanta seu traseiro gordo daí! - se recompôs, esfregando as mãos nos olhos, levantando da cama e me empurrando para fora da mesma. Thalia correu até meu closet, usávamos o mesmo número, então ela poderia se arrumar em minha casa.

– Posso pegar aquele seu vestido preto? – perguntou, já pegando e vestindo o vestido. – Fica bom né? Eu quero tentar esquece-lo, pelo menos essa noite.

Sorri, tentando parecer gentil, mesmo sabendo que amanha Thalia se arrependeria, mas se tentasse contraria-la iria da mesma maneira, junto comigo ou não.

Coloquei um vestido vermelho, passei uma maquiagem básica nos olhos e um batom vermelho sangue, Thalia destacou seus olhos, com bastante preto e um brilho nos lábios.

Saímos e fomos até o carro apressadamente, por causa do frio congelante.

Dirigi até a casa de festas mais badalada de Manhattan, parei o carro quatro quadras atrás, já que tudo mais perto estava cheio.

Caminhamos rapidamente até o prédio com luzes neon, o guarda nos deixou passar sem entrar na imensa fila – já que íamos lá toda a semana –, ouvimos xingamentos, assobios e elogios de quem ainda esperava.

Entramos em um imenso salão, mas que estava apertado por conta de tantas pessoas, o ar fedia a cigarro, havia pessoas se agarrando por todo o canto. Olhei para o lado, Thalia não estava mais ali, suspirei e revirei os olhos, segui até o bar e pedi um copo de um refrigerante qualquer. Teria que voltar dirigindo, não pretendo ficar bêbada.

Fiquei bebendo e recusando todas as cantadas ate Thalia vir até mim e me puxar para o meio da pista de dança.

– Olha discretamente para a direita. – ela gritou, por causa do barulho. Olhei para direção que ela me indicou e vi Percy e Nico conversando, rindo e dançando no meio de toda aquela agitação.

– Tente ignorar, eles não estão fazendo nada. – disse, Thalia continuava a encarar descaradamente, mas eles nem ligavam, deviam estar bêbados, até que seus olhos se arregalam e ela prende a respiração.

– Então veja por si mesma. – pragueja.

Olho novamente para a mesma direção, e vejo-os se beijando, na frente de todos. Volto meu olhar preocupado para minha amiga, que não estava mais ao meu lado. Procuro pelos cantos, até que vejo sua cabeleira negra e azul correndo até um grupo próximo de garotas.

A segui, tentando ouvir o que elas conversavam, conhecendo ela como conheço sabia que não deixaria de lado.

– Ei, você qual é o seu nome? – perguntou para um garota de cabelos pretos e pele pálida, ela era familiar.

– Anh, por que quer saber?

– Meu ex-namorado está do outro lado agarrando meu melhor amigo gay, você se importaria se eu te beijasse? – Thalia disse, a menina corou e as amigas dela riram. Thalia com certeza estava bêbada, talvez até demais.

– Vai lá, Bianca! – gritou uma das amigas, prendi a respiração, lembrando quem era a garota, Bianca, irmã de Nico, mas já era tarde demais, Thalia e ela já estavam se beijando.

Uma multidão formou em volta delas, caras tarados por toda a parte, o que tirou a atenção de Percy e Nico. Eles olharam em nossa direção, os olhos de Percy se arregalaram e os de Nico estavam com um ódio puro.

Percy correu em minha direção, e Nico ainda estava estático, encarando as duas.

– Você sabe que aquela é a irmã do Nico? – Percy parecia nervoso, certo que tínhamos visto a cena de minutos atrás.

– Sim, mas a Thals não, ela viu aquela pegação de vocês e ficou brava, muito brava. – senti uma pontada de raiva em minha voz, mais por Thalia do que por mim. – Ela foi atrás de alguma garota, pra chamar a atenção de vocês.

– E por que ela não beijou você?

– Porque ela sabe que eu não faria isso com um amigo. – respondi, e fui atrás de Thalia que já estava na saída, Bianca tinha voltado a conversar com as amigas, como se nada tivesse acontecido. Olhei para trás e vi Percy conversando com Nico e indo em direção do bar.

***

Thalia e eu estávamos esparramadas em minha cama.

– Não acredito que fiz aquilo... – Thals ainda repetia. – Poderia ter sido qualquer uma ... eu não a reconheci, tava tudo escuro. Droga, eu fiz merda. Agora ele nunca vai me perdoar.

– Ei, você que devia considerar perdoa-lo ou não, ele que beijou seu amigo primeiro.

– É, mas aquela era a irmã dele.

– Sim, mas você não sabia, e afinal das contas ele estava bêbado, não vai se lembrar de nada.

– Eu devia ter ficado aqui, assistindo um filme e comendo chocolate, doeria menos ter que emagrecer. – disse, e logo bocejou.

– É, eu sei. – mas ela já estava dormindo, e eu também engatei em um sono pesado.


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