POV Elena

_E então Elena, decidiu o que vai fazer?

Há dois dias eu descobri que estou grávida do homem que há um mês atrás eu fazia juras de amor e há duas semanas atrás passei a odiá-lo com cada fibra do meu ser. Eu nesse momento tenho duas opções e vou acabar ficando com a mais difícil.

_Sim Car, eu já me decidi. – respondi determinada.

_E você tá esperando o que pra me contar? – Sorri com a sua ansiedade.

_Calma senhorita apressadinha, eu decidi que eu vou ter meu filho, ele não tem culpa da mãe dele ser uma vadia irresponsável. – Pousei a minha mão em meu ventre. – Apesar de ainda não senti-lo aqui dentro, ele já é a coisa mais importante pra mim nessa vida. Eu ainda não vou contar aos meus pais, primeiro eu vou me organizar, eu tenho umas economias guardadas e amanhã eu vou pedir um aumento.

_Elena não fala assim, você não é uma vadia okay? – Eu apenas assenti. – Eu estou orgulhosa de você, tomou uma atitude muito madura. Agora deixa eu ir que amanhã é segunda e temos que trabalhar. Amanhã anoite eu passo aqui pra você me contar como foi com o seu chefe okay?

_Okay. Ate amanhã amiga. – Ela veio ate mim e me abraçou.

Depois disso, sentei em minha cama e acho que acabei pegando no sono. No dia seguinte eu acordei com o despertador e um baita de um torcicolo. Levantei e segui para o banheiro, fiz minha higiene matinal e me arrumei, e por ter acordado antes que todo mundo tomei café sozinha como todos os dias e segui para o trabalho.

Eu trabalho em uma agencia de advocacia como secretária pela manhã e a tarde faço faculdade de direito. Meu sonho é ser uma advogada formada, meu chefe me disse que assim que eu terminar a faculdade ele faz questão que eu trabalhe com ele. Meu chefe se chama Damon Salvatore, antes de chefe ele é meu melhor amigo, a agencia que trabalho é dele e da família dele. Eles são como a minha segunda família.

Cheguei no trabalho antes do Damon chegar e segui para minha sala, comecei a me organizar quando o telefone toca, eu estava tão atarefada que atendi sem nem ver quem era.

_Alô – atendi distraída.

_Docinho, há quanto tempo. – Aquela voz, só uma pessoa me chama assim.

_Kol. – respondi fria.

_Vejo que não me esqueceu, está com saudades? Porque eu estou morrendo. – Respondeu com aquele tom de voz debochado.

_Por mim você poderia ir para outro lado do mundo, eu não estaria nem aí. Eu quero que você desapareça da minha vida Kol.

_Ah docinho, é uma pena eu não estar em Mystic Falls agora. Mas não se preocupe daqui há alguns meses estarei de volta e você vai poder matar a saudade. Eu também estou morrendo de saudades. Eu só liguei pra você saber que eu não vou me esquecer de nós, ate outra hora docinho. – Ele terminou de falar e desligou.

Quando ele desligou, a única reação que tive foi jogar o celular na parede, eu tirei os saltos e quando dei por mim, estava sentada no chão chorando. Eu não acredito que depois de tudo que aquele infeliz fez, ele ainda vai infernizar minha vida, será que o pesadelo não vai acabar?

_Elena você viu... Meu Deus! Elena o que aconteceu? Porque você esta assim? – Damon perguntou preocupado.

Eu nem ouvi quando ele entrou, e eu não queria falar, não naquele momento. Ele parece que entendeu, fechou a porta, sentou no chão e me abraçou enquanto eu chorava. Nesse momento eu só tenho certeza de uma coisa: daquele abraço, eu não queria sair nunca mais, eu senti uma coisa que eu nunca senti, eu me senti segura. Eu sei que sempre que eu precisa de um amigo, ele sempre vai estar lá. E nesse momento, tudo o que preciso é de um amigo.