Come back home escrita por MillyyUchiha


Capítulo 7
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Yoo, minna!
Como vocês estão?
espero que estejam gostando da fanfic.
Boa leitura,
Matta ne



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Já passava das nove da noite em Nova York e uma moça loira de roupas extravagantes sentava em uma cadeira de um caro restaurante enquanto mexia no celular impacientemente. Já fazia mais de uma hora que estava naquele lugar e nem sinal de seu acompanhante. Shion, esse era seu nome, uma executiva das empresas Uzumaki bastante provocante. Desde que conhecera o herdeiro da companhia em que trabalhava, ela dedicara cada segundo de sua vida a seduzi-lo e não seria dessa vez que desistiria, afinal, Naruto finalmente aceitara sair com ela.

– onde será que ele está?- pensava enquanto estendia a mão para verificar que o esmalte vermelho escuro ainda estava em perfeito estado. – Já faz uma hora que estou plantada aqui. O que aconteceu com ele?

Nem bem terminou de pensar o celular começou a vibrar e ela o atendeu rapidamente.

– Moshi moshi? – perguntou.

– Olá, doçura... – respondeu o loiro sensualmente.

– Por que está demorando tanto, Naru-kun? – perguntou manhosa, mas um tanto irritada.

– Não se preocupe, meu bem. – disse fazendo uma pausa. – Só estava fazendo os preparativos. – falou em tom malicioso.

– Sério? – perguntou a loira surpresa. – Quero dizer, isso é ótimo! Não demore.

– Confie em mim. – falou desligando o aparelho e deixando a garota esperando confiante.

Por mais cansado, estressado e, até mesmo, revoltado que estivesse ele não estava muito interessado em passar o tempo com mulheres agora. Queria apenas relaxar um pouco, todo o trabalho daquelas empresas estava acabando deixando seus nervos à flor da pele. Além disso, sentia saudades dos amigos, da família e do local onde morava. Sem falar, que desde que chegara aos Estados Unidos aquela loira maluca vivia correndo atrás dele todo tempo e isso realmente irritava, no inicio até pensou em se envolver, mas depois viu que não era a melhor escolha.

– Só de ver como aquela garota se veste dá pra imaginar com quantos homens já saiu... – pensou alto sentando na beira da cama. – Tem cara de prostituta. Se eu pego uma DST aí ferra tudo! – falou passando a mão pelo pescoço simulando uma degola. – Dessa vez se ela não me esquecer, não me chamo Naruto Namikaze Uzumaki. – acrescentou com um sorriso que ia de canto a canto enquanto deitava com a cabeça apoiada nos braços.

O aparelho celular ao seu lado começou emitir o som de mensagem fazendo-o virar-se com um olhar preocupado.

– Será aquela rameira de novo? – pensou enquanto pegava o celular e lia o nome da pessoa que havia enviado o torpedo. – Haruno Sakura? O que terá acontecido, Kami-sama? Será que...

(...)

Sakura chegara ao hospital no horário de costume e ainda lembrava-se da conversa que tivera com Hinata antes da mesma sair para o trabalho.

– Sakura-chan você esteve no meu quarto ontem a noite, não esteve? – perguntou Hinata gentilmente enquanto colocava as tigelas para o café da manhã.

– Sim. – respondeu Sakura preocupada. – Como sabe disso?

– Bem, não sei explicar... – disse a morena com um risinho contido. – Apenas tive a impressão de que você esteve lá, me protegendo como sempre fez.

Sakura reparou que a amiga exibia um sorriso meigo e confiante.

– Sabe, Sakura. – continuou Hinata. – Eu sei que nossas vidas não têm sido nem um pouco fáceis, mas quero que saiba que você é minha melhor amiga e não gosto de vê-la desse jeito. Você já tem se esforçado tanto... – falou a Hyuuga pegando a mão da amiga enquanto ficava de frente para ela. – sabes muito bem que és uma pessoa especial e que não ninguém no mundo como você. Apenas permita-se ser mais feliz, por mais difícil que seja.

Assim as duas envolveram-se em um abraço demorado.

Acabara de enviar um torpedo para Naruto para relatar-lhe dos acontecimentos recentes. Embora Hinata não soubesse os dois tinham feito uma espécie de "pacto" ambos trocavam informações, para o próprio bem da moça de olhos perolados. A médica relatara sobre iam os amigos, família e seus trabalhos.

Ela dirigiu-se para seu escritório e verificou a lista de tarefas a serem feitas. Primeiro realizou os testes gerais com os recém nascidos, depois brincou com as crianças leucêmicas. Aquele era um trabalho tido como belo por muitos e, até podia ser, mas a rosada sabia como ninguém o quão doloroso aquilo era. Gostava muito do que fazia e tentava alegrar aqueles seres de todas as maneiras possíveis, mas ver humanos pequeninos serem submetidos a todos os tipos de tratamentos possíveis, agulhadas e dor era um verdadeiro sofrimento.

Por isso, muitas vezes, sentia que tentar devolver um pouco do sabor da infância aquelas crianças era parte de seu dever. A infância que nunca tivera...

– Olá crianças! – dizia Sakura vestida com um jaleco, luvas coloridas, óculos gigantes cor de rosa uma tiara com orelhas de gato. – Me chamo Dra... Judy. – falou enquanto olhava um crachá em seu peito.

– Olá! – dizia as crianças animadas em uníssono.

– Hoje nós vamos brincar todos juntos e contar histórias engraçadas, certo?

– Certo, Doutora! – diziam as crianças correndo para formar um semicírculo em volta da rosada.

Embora fosse uma médica especialista, ela nunca deixara de visitar aqueles que precisavam dela. Mesmo que não estivessem nem um pouco relacionados à sua área. Assim, passou um bom tempo fazendo companhia as crianças, só saindo quando se sentira realmente preparada para enfrentar o grande desafio de seu dia. Talvez, até mesmo, de sua vida.

O quarto 401 era no quinto andar e não havia nem um sinal de movimentação dentro dele. Os médicos e enfermeiros tinham saído há meia hora e o paciente provavelmente descansava. Aquele, com certeza, seria o momento. No entanto, algo dentro dela ainda a fazia hesitar. Reunindo todas as forças que tinha, Sakura respirou fundo e em seguida pôs a mão na maçaneta girando-a.

Um jovem estava sentado em uma poltrona de costas para a Haruno enquanto a brisa balançava suavemente seus cabelos e espalhava um perfume penetrante no local. Ela estava paralisada, como deveria agir? Estava prestes a dar as costas quando uma voz a despertou de seus pensamentos.

– Sakura? – ecoou a voz rouca e tão conhecida pela garota. – É você, não é? – perguntou permanecendo de costas.

– Sim. – respondeu ela com os lábios trêmulos. – Sim, sou eu... Sasuke-kun. – Acrescentou.

– Sakura, responda-me... – falou enquanto a cabeça virou-se para o teto. – Há quanto tempo estou aqui?

– Um ano. – respondeu rouca. – Mas como sabia que era eu?

Sasuke apenas soltou um pequeno suspiro.

– Acha que não a reconheceria, Haruno? – disse com a voz amarga. – Acha mesmo que não tenho notado sua presença aqui, todos os dias? O que acha que eu sou, apenas um desgraçado sem outros tipos de sentidos?

– Perdão. – disse ela abaixando a cabeça. – Eu não quis dizer isso.

– Sim, claro. – disse ainda mais amargo. – Agora depois de um ano você vem até a mim e se perdoar? Poupe-me de seus caprichos, Haruno. – falou zangado.

– É seguro estar sentado nessa poltrona sem ninguém por perto? – perguntou tentando mudar de assunto, sabia que aquele reencontro seria daquela maneira. Aquilo tudo era sua culpa e não havia nada que pudesse ser feito para mudá-lo. – Não deveria estar na cama?

– Os médicos falaram que não havia problemas, eu já estava cansado de ficar nessa cama deitado sem nada para fazer. – disse ele ainda irritado. – Além disso, falaram que a responsável já estava a caminho.

Sakura sentiu seu coração pesar. Ele sabia desde o inicio que ela era a profissional responsável por seu caso e a forma como falara só piorava a situação. Depois de todos os seus esforços para manter sigilo o Uchiha descobrira tudo.

– O que está tentando tramar dessa vez, Haruno? – perguntou mais calmo. – Por acaso pretende me manter aqui para depois me envenenar dia após dia? É exatamente o que deseja, não?

– Como pode dizer uma coisa dessas, Sasuke-kun? – perguntou Sakura em um tom alterado. – Depois de todo esse tempo...

– “Cuidando” de mim? – cortou ele certificando-se de ironizar bem aquela palavra. – Não seja tão hilária, Haruno. Você deveria ter feito artes cênicas ou algo do tipo. E para de me chamar assim! Só deve estar tentando passar uma imagem de boa pessoa para os demais, ambos sabemos o quão desprezível você é.

Nunca em toda a sua vida as palavras de alguém a machucara tanto. E já passara por vários tipos de situações ruins.

– Por que faz isso? – perguntou ele por fim. – Se esse é seu objetivo por que não me abandona logo de uma vez só?

Sasuke ouviu apenas alguns passos se aproximando dele e, em seguida, o calor de duas mãos sobre seus ombros. Sakura abaixara-se e estava de frente para ele. Aquele aroma...

– Porque eu me preocupo com você, Sasuke-kun. – falou afastando a franja dos olhos cerrados do rapaz enquanto o mesmo franzia o cenho por ouvir o tratamento dirigido a ele novamente. – E não me importo se você irá me perdoar ou não, continuarei a te chamar como sempre chamei. – disse olhando para ele. – Mesmo que você me odeie agora, eu irei continuar com você... Como uma forma de me redimir.

Sasuke virou o rosto para o outro lado fazendo a rosada suspirar.

– Não acredita em mim?

– Por que deveria? – perguntou seco. – Já não acha que é suficiente?

– Sasuke...

– Vá embora! – disse ele retirando as mãos delicadas de seus ombros.

– Não pode se simplesmente continuar a isolar do mundo e achar que isso é normal! – disse ela tristonha. – Muitas pessoas estavam preocupadas com você...

– Por favor, Sakura – disse ele voltando o rosto para ela, ainda sem abrir os olhos. – Se você se importa tanto comigo como alega, me deixe sozinho.

– Não posso fazer isso. – disse a médica ainda do seu lado.

– Já não acha que é doloroso demais? – falou com a voz exaltada enquanto abriu os olhos sem cor assustando a jovem a sua frente. – Além de não poder enxergar mais, perdi tudo o que tinha de mais precioso, trabalho, convívio social e uma vida normal.

Sakura notou que ela chorava e limpou as lágrimas dele com as pontas dos dedos, ainda que com um pouco de receio. Ele pegou a mão que o tocava e retirou de seu rosto de maneira um pouco rude.

– Por favor...

– Não pode abandonar tudo por causa disso. – falou ela o encorajando.

– O que realmente sabe sobre isso? – falou amargo. – Isso vai afetar tudo! Não há mais esperanças para mim, Haruno. Desista!

Para a surpresa do Uchiha, a jovem ajoelhada diante dele não fez nenhum movimento por mais que ele a machucasse ou a mandasse embora? Qual seria seu objetivo? Por que não o deixava sozinho de uma vez? Sakura pegou a mão direita do rapaz e a apertou bem firme enquanto falava.

– Eu sei que fiz erros no passado. – começou ela. – Mas, vamos nos esquecer de tudo isso, certo? Por que não fazemos disso um novo começo? Por favor, apenas aceite isso como um pedido de desculpas. Bem aí no fundo, eu sei que ainda existe aquele que foi meu amigo um dia e não estou disposta a abandoná-la.

Por um instante, Sasuke sentiu algo o incomodando dentro de si e estava quase aceitando a proposta da garota. Ninguém nunca fizera algo assim por ele. Porém, a teimosia Uchiha ainda permanecia em seu coração.

– Apenas deixe-me. – falou baixo soltando a mão de Sakura.

– Tudo bem. – disse ela se levantando. – E isso que deseja, não? Assim o farei. Apenas digo uma coisa, se você não tomar coragem para retomar a vida e não levantar dessa cadeira eu nunca mais voltarei aqui... – falou decidida. – Nunca mais. – acrescentou virando-se para ele.

Aquilo tudo fora uma perda de tempo, afinal? Estava certa de que ele nunca a perdoaria e que tudo havia acabado para os dois no dia daquele acidente. Então, realizaria seu desejo e sairia de uma vez por todas da vida do Uchiha. Já estava abrindo a porta quando uma voz a deteve.

– Sakura? – perguntou ele tentando se levantar. – Me perdoe, você ainda está aí?

(...)

Enquanto um loiro dormia tranquilamente em seu apartamento, mal podia imaginar o que se passava na cabeça de uma garota com o coração partido.

– Isso ainda não acabou. Se ele não ficar comigo, então não ficará com ninguém mais! O jogo está só começando...


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam desse capítulo?
Como será que o Sasuke irá reagir? Sakura será perdoada? o que ela teria feito para isso? mais segredos serão revelados nos próximos capítulos.
Gostaria de saber a opinião de cada um de vocês, enfim...
Obrigada.



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