Come back home escrita por MillyyUchiha


Capítulo 6
Melhor amiga


Notas iniciais do capítulo

Yoo, Minna!
como vocês estão?
já fazia um tempinho que eu não postava e peço desculpas por isso, não me batam!
Gostaria de dedicar esse capítulo à minha grande amiga prima Verônica Oliveira por me dar um grande presente e nem se dar conta,sua amizade. Agradeço também a Sakkyyuchiha, minha prima Marcelly, Jaiany e Heloisa que não têm conta no site.
Obrigada a todos que têm acompanhando essa história e me impulsionado a continuá-la.
Boa leitura,
Matta ne!



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Quando saiu do trabalho e chegou em casa, Sakura percebeu que as amigas já não estavam no local. Haviam saído para reuniões importantes e só estariam de volta dentro de três dias. Cansada como estava, a rosada dirigiu-se para seu quarto, retirou os sapatos e começou a banhar-se, uma das poucas coisas que conseguiam aliviar um pouco os seus tormentos.

Passando as mãos delicadas pelos cabelos curtos e massageando-os com o shampoo de cereja, a moça conseguia apenas pensar em todo a pesado dia que tivera, as imagens passando em sua mente como um furacão. Dor era a palavra que sintetizava o que sentira durante esses anos. Não, durante toda a sua vida.

Sentia como se a vida guardasse apenas desventuras para ela, como a personagem Violet Baudelaire que tanto gostara quando criança. Perdera os pais tão jovem... Não tivera muitos amigos na infância e todos se afastavam dela, como se carregasse uma peste ou algo do tipo. Todos aqueles que lhe foram importantes estavam próximos, mas ao mesmo tempo distantes. Cada dia que passava era mais uma perda que fazia seu coração quebrar-se em milhões de pedaços continuamente.

Sakura fechou os olhos e virou a cabeça em direção à água que escorria. Sempre que ia dormir fechava os olhos daquela maneira e encolhia todo o corpo na esperança de alcançar aqueles dois seres importantes que há tanto tempo haviam ido. Era inútil, mas ao menos era algo que a fazia tê-los por um tempo. Suspirou profundamente, desligou o chuveiro, secou-se, vestiu-se e olhou-se no espelho.

As olheiras cresciam dia após dia, os cabelos não tinham o brilho e a maciez de antes e o talhe da jovem parecia mais esguio. No entanto, aquela exótica e meiga beleza ainda permanecia com ela. Não estava com fome, sabia que tinha que fazer o melhor de si em relação ao trabalho e alimentar-se mal só iria piorar sua situação, mas não tinha apetite há muito tempo. O sabor de tudo em seu mundo era amargo.

Quando se deu conta, ela já estava abrindo a porta do quarto da Hyuuga. Aquilo era algo comum e impulsivo, porém, dessa vez a Haruno se surpreendeu ao ver que a amiga ainda permanecia em casa. Estava deitada e segurava um ursinho de pelúcia, parecia uma boneca de porcelana dormindo tranquilamente. Mas Sakura conhecia Hinata muito bem a ponto de saber que a amiga estivera chorando e, provavelmente, acabara adormecendo durante o processo.

Sentou-se perto da morena e ficou observando-a. Há quanto tempo conhecera aquela pessoa tão especial? Parecia uma eternidade...

– Sakura-chan, onde você está? – Ecoava uma voz feminina por uma mansão em Tóquio. – Precisamos conversar com você, filha!

– Já estou aqui, Okaa-san! – disse uma menina de longos cabelos rosados aparecendo com um jeito tímido. – O que desejam falar comigo? – Perguntou enquanto seu pai a levantou delicadamente e a sentou em uma cadeira da mesa de chá.

– Amanhã nós iremos conhecer uma família muito importante do ramo arquitetônico... – começou a loira de cabelos curtos.

– Hã? – indagou a menina desapontada. – Okaa-san e Otou-san irão viajar de novo?

– Não, querida. – falou o homem passando as mãos pelas madeixas rosadas da filha. – Dessa vez nós iremos recebê-los aqui em casa e queríamos te avisar.

– Hum... –murmurou a rosada.

– Por isso lembre-se de se comportar direito e de não esquecer o horário, Sakura. – disse sua mãe de forma séria.

– Pode deixar, Okaa-san – disse Sakura balançando as pernas curtas e sorrindo. – Sakura sempre se comporta bem. – falou pegando um bolinho e correndo para brincar.

– Não se esqueça, Sakura! – gritou Kizashi para que a filha escutasse. – Você conhecerá uma amiguinha amanhã.

– Espero que ela não se esqueça disso. – disse Mebuki cruzando os braços.

– Não pegue tanto no pé dela, querida. – falou Kizashi rindo. – A Sakura-chan só tem cinco anos.

– Não por muito tempo... – disse Mebuki fitando do quintal da mansão Haruno.

No dia seguinte, Sakura acabara passando muito tempo brincando em um parquinho perto de sua casa e esquecera completamente do encontro de seus pais, odiava o trabalho deles, pois nunca estavam com ela quando precisava deles. Ganhavam pilhas e pilhas de brinquedos e mimos de garotas, mas nada a interessava. Queria apenas um pouco de amor e atenção. Começou a correr a fim de chegar a tempo, o que era completamente inútil, já que deveria estar em casa ás quatro da tarde e já passavam das cinco.

– Meus pais vão me matar!

Era a única coisa que conseguia pensar enquanto corria desesperadamente para casa. Quando, do nada, começou a enxergar uma claridade muito grande e um calor que aumentava a cada passo, sua casa estava em chamas e ela chorava tentando entrar inutilmente enquanto os bombeiros tentavam conter o fogo.

– Okaa-san! Otou-san! - gritava a pequena com lágrimas nos olhos.

Ás vezes, acabava acordando com lágrimas nos olhos após sonhar com o ocorrido. E foi assim, que ela ficou sozinha no mundo. As duas famílias haviam morrido e Sakura foi mandada para um orfanato em Londres, onde permanecera até quase os dezesseis.

Coisas terríveis aconteceram naquele lugar, só de lembrar a jovem sentia calafrios. Havia um grupo de garotos mais velhos que batiam nos mais jovens e gostavam de causar confusão no orfanato, a Akatsuki. Certa vez, a Haruno subia as escadas para ir para seu quarto quando viu uma garota de olhos perolados levando uma maçã consigo, porém, a mesma acabou esbarrando em um garoto o que fez a fruta cair no chão. A menina parecia mesmo faminta, pois a cabeça baixou e ela soltou um pequeno som de tristeza. O garoto loiro segurou a morena pelo braço com força enquanto a olhava com raiva.

– O que foi sua retardada? – gritava ele. – Não olha por onde anda?

A menina tremia e parecia mais branca que neve de tão assustada.

Sakura sempre fora tímida e evitava confusão, no entanto, dessa vez, uma força dentro dela Fez com que pegasse uma pedrinha do bolso e atirasse no loiro. O que o fez olhar para a rosada e sair correndo em disparada atrás dela, deixando a morena estática.

Não demorou muito e ela já estava na ala mais afastada do colégio e o loiro logo estaria ali para fazer sabe-se lá o que. Esgueirou-se por entre algumas cadeiras e tentou esconder-se. Suspirou aliviada por não ouvir nenhum barulho, mas logo o pavor tomou conta de seu corpo quando sentiu uma mão cobrir-lhe a boca e arrastar-lhe para uma sala.

O garoto loiro de rabo de cavalo parecia muito irritado e exibia um sorriso no rosto, a sessão de tortura começou com as ameaças de morte caso ela interferisse em seus "assuntos” novamente. Sakura levou alguns socos e pontapés entre as costelas e seu rosto ficou com alguns hematomas e cortes. Quando achou que estava tudo pronto, viu que o loiro segurava um objeto brilhante nas mãos.

– Sabe, pirralha. – disse ele. – Seu cabelo é uma obra de arte e parece alegrar muito você, não é? Então, o que acha de destruirmos esse seu orgulho de uma vez por todas? – falou enquanto mostrava a tesoura.

Com alguns movimentos rápidos, Sakura estava com cabelos curtíssimos e foi deixada naquele lugar chorando. Após um tempo que parecia uma eternidade ela limpou as lágrimas com o dorso das mãos e preparou-se para sair, quando ouviu um pequeno choro e viu a morena de antes surgir com lágrimas nos olhos para se desculpar.

– O que eu fiz? – dizia a garota de olhos perolados chorando. – Por que fez isso? Nós nem nos conhecemos...

– Não sei o que deu em mim – falou Sakura tentando se explicar. – Meu corpo se mexeu sozinho, só achei que você se parece comigo...

E assim as duas se tornaram muito amigas, uma protegendo a outra durante todos os momentos, companheiras de risadas, choros, desabafos... Companheiras para uma vida inteira. A partir daí, os garotos da Akatsuki não mexiam mais com elas porque Sakura acabou se aproximando de um de seus membros, Sasori. Um ruivo misterioso que sentia uma grande admiração pela rosada e tornara-se seu protetor.

– Desculpe pelo o que o Deidara fez com você, Sakura. – Disse Sasori enquanto Sakura saia da aula com Hinata.

– Tudo bem, Sasori-kun. – sorriu Sakura.

– Tem certeza? – perguntou sério. – Vai demorar um bom tempo para seu cabelo crescer.

– Não se preocupe, Sasori-kun. – sorriu novamente. – Quer saber de uma coisa? Até que gosto do meu cabelo curto.

Assim que passaram nos testes da faculdade, as duas amigas resolveram embarcar na oportunidade de voltar para Tóquio e sair daquele lugar infernal e, quem sabe, até descobrir algo sobre a morte de seus pais, pois não havia dúvidas de que Hinata era a menina que Sakura conheceria naquele dia. Ambas sobreviveram por alguma razão, era como se a vida realmente quisesse que as duas se encontrassem.

Tinha gostos semelhantes e outros totalmente diferentes. Sakura, por exemplo, aprendera a cozinhar mais por necessidade do que por qualquer coisa. Já Hinata cozinhava por amor, adorava surpreender a rosada com seus quitutes de dar água na boca e deixar os olhos brilhando. Conheceram novas pessoas e três amigas de verdade e juntas se completavam como uma família, mas nunca deixaram de se amar daquela maneira tão especial.

Hinata sempre fora muito meiga, pura e boa. Descobrira que os pais não haviam morrido e agora estava trabalhava junto à família biológica, fora separada dela por algum motivo e queria saber por qual razão. Aquilo ainda era um mistério. Sakura sabia que ela também sofria por sua paixão da faculdade, Naruto Namikaze Uzumaki, um grande amigo e companheiro para todas as horas, que agora trabalhava feito um louco pelas empresas da família. O que preocupava a morena. Não queria vê-la daquele jeito, mas teriam que esperar. Sabia que o amor que sentiam um pelo o outro era grande e verdadeiro, ás vezes, tinha muito ciúme, pois achava que ia perder seu lugar no coração de Hinata. Mas a mesma a consolava dizendo que aquele local era especial e só para ela.

Também desejava se apaixonar assim um dia...

Fazer loucuras por alguém, chorar, rir, poder contar seus segredos a uma pessoa do sexo oposto e ouvir aquelas três palavrinhas tão simples, mas, ao mesmo tempo, tão poderosas...

Levantou-se e cobriu a amiga com um lençol lilás, fitando-a durante algum tempo enquanto passava os dedos pelos cabelos macios e compridos da Hyuuga.

– Bem, - pensou Sakura. – Acho que não preciso dizer o quanto eu gosto de você Hina... Obrigada por sempre estar ao meu lado, durante os momentos alegres e tristes, para me fazer rir e levantar novamente para a batalha. Você sempre foi e será muito especial para mim. Amo você, Hina. Boa noite.

Como se pudesse ouvir os pensamentos da rosada, Hinata apenas sorriu e abraçou o ursinho com força, virando-se para o lado enquanto Sakura saia do quarto olhando-a pela última vez durante aquela noite.

– Eu te amo tanto, Hina. – pensou ao fechar o quarto. – Você é tudo para mim e tenho muito medo de perdê-la, espero ao menos, que você possa ter um verdadeiro amor nessa vida minha pequena amiga irmã...


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Notas finais do capítulo

E aí, Minna?
O que acharam do capítulo? sei que a maioria de vocês deve estar mais interessada no estado do Sasuke-kun, mas isso não demorará muito a ser revelado. Além disso, eu precisava muito escrever um capítulo como esse para expressar um pouco da saudade que sinto da minha prima, então, vejam isso como uma forma de desabafo... Demons é nossa música. Só a título de curiosidade. Vê, esse capítulo foi para você!
Por favor, perdoem o sentimentalismo.
O que acharam do passado da Saky-chan e o que esperam mais para frente?
Okaa-san = mamãe
Otou-san= papai
Agradeço os comentários,
até a próxima



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