Ethereal escrita por Ninsa Stringfield


Capítulo 20
Décimo Nono




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ANTES

Raios de sol adornavam sua pele enquanto a brisa movimentava fios rebeldes que se soltaram de sua trança no ar. Seu peito subia e descia devagar enquanto dormia mesmo com as batidas insistentes na porta.

Dorian suspirou com raiva no corredor e tentou a maçaneta mesmo sem ser convidado, se surpreendendo com a porta destrancada e se deparando com uma Diane adormecida com a cabeça apoiada no peitoril da janela. A garota despertou de um pulo com a entrada dele, mas assim que viu quem era relaxou novamente.

— Ah é você - constatou, antes de voltar a se encostar na janela e fechar os olhos.

— Não está acostumada a dormir numa cama?

— Infelizmente não, fui criada como um animal - retrucou ela com a voz abafada pelo próprio braço onde enterrara sua cabeça.

Ele recolheu todas suas forças para não sacudir seu corpo até que ela abrisse os olhos de uma vez.

— Levante, nós temos muito a fazer hoje.

Ela resmungou uma espécie de risada e virou o rosto para o outro lado.

— Quer dizer, você tem muitas coisas para resolver hoje, eu tenho que dormir.

— O acordo era que iríamos nesse maldito baile e então eu te levaria para um lugar seguro.

— Acordo? - repetiu ela finalmente levantando a cabeça - Que acordo, Dorian? Você decidiu do nada que teria que parar nesse vilarejo estúpido e me perguntou quão bem eu ficava num vestido de baile. Em momento algum eu concordei com qualquer parte disso.

— Ótimo! Então vamos fazer um acordo agora. Nós vamos no baile, você não reclama em momento algum e então eu te levo pro maldito lugar, feito?

Ela ficou em silêncio por um minuto, apenas encarando aquele rosto perfeitamente moldado pelos deuses. Então fez uma decisão e se levantou para encará-lo com os braços cruzados.

— Com uma condição.

Ele riu.

— Você não está em posição para negociar. Se me lembro bem, sou eu quem estou lhe fazendo um favor aqui.

— Se me lembro bem, você está fazendo isso por Bev; eu não tenho nada a ver com a história.

— Exato, você não tem nada a ver com a história. Posso simplesmente sumir com seu corpo e dizer para Bev que te levei a um lugar seguro.

Ele deu um sorriso sombrio mas ela permaneceu firme.

— Não vou dançar com você.

Ele piscou. Os segundos se arrastaram entre eles e ela acreditou que ele a ignoraria e sairia pela porta quando ele finalmente respondeu:

— Essa é sua condição? Não dançar comigo? Porque se for, ótimo, você praticamente tirou as palavras da minha boca.

— O que quero dizer é que você não pode nem ao menos se comunicar comigo - continuou ela - No momento em que sairmos desse quarto, eu e você não temos qualquer ligação um com o outro, entendeu?

Ele assentiu, olhando ao redor.

— Ótima ideia - concordou ele - Mas posso saber por quê?

Ela lembrou da fogueira, do modo como os olhos dele pareciam perdidos enquanto encarava o fogo e contava sobre a sua infância como se não percebesse que ela estava ao seu lado ouvindo tudo. Se lembrou da primeira vez que o viu, coberto de sangue e banhado pela luz do sol; se lembrou do modo como seu peito arfara quando ela segurou o ar. Ela maneou a cabeça para tirar as lembranças de trás de seus olhos.

— Porque você claramente não vai fazer nada que vai se orgulhar depois nesse baile, e eu não quero ficar no meio de seja lá qual for seus negócios aqui - ele apenas a encarou por um segundo, mas então assentiu de novo - E aliás, não vou limpar mais nenhuma roupa sua cheia de sangue, se acha que essa é minha função aqui.

Ele voltou a sorrir para isso.

— Digo o mesmo para você.

Ela revirou os olhos e ele se virou para ir embora, mas antes que pudesse atravessar o batente se voltou para ela novamente.

— Eu te trouxe um vestido aliás - ele apontou para a cama, onde o vestido florido que ela observara na manhã passada se estendia tão glorioso quanto na vitrine - Espero que sirva - e então fechou a porta atrás de si.

***

Seu cabelo pingava na lateral da banheira. Sua pele não estava acostumada com água tão quente quanto a que a empregada da estalagem agora derramava devagar em seu corpo. Na verdade, Diane não estava acostumada a ser a pessoa sentada na banheira, sempre foi a responsável por limpar os poucos hóspedes que tinham dinheiro suficiente para requisitar o benefício na estalagem de Bev.

Ela nunca entendera porque se incomodavam em gastar tanto dinheiro com essa pequena formalidade, mas agora que se encontrava na mesma situação, entendia perfeitamente. A água que escorria pela sua pele parecia lavar não só seu corpo mas sua alma, como se cada canto apodrecido se dissolvesse no vapor. 

Fechou os olhos e deixou a cabeça pender para trás. Era extremamente relaxante, e ponderando sobre a noite que teria pela frente, seria de extrema importância.

Dorian havia passado algumas horas depois que a deixara sozinha com o vestido no quarto para passar algumas informações já que ela nunca havia participado de um baile e estaria sozinha pela noite inteira.

Não converse com estranhos. Não se enturme. Não chame atenção.

Devia ser praticamente invisível, tomando quais fossem as exigências necessárias para não chamar a atenção.

 Ela tinha encarado o vestido por muito, muito tempo, incrédula até que adormecesse novamente - dessa vez reunindo forças o suficiente para caminhar até a cama - e sendo acordada minutos depois pela chegada da empregada que lhe banhava.

Ela observou os vários arranhões em sua pele provenientes da viagem e até mesmo da vida que levava, então o modo como suas mãos eram ásperas e calejadas evidenciando ainda mais todo o cansaço já presente em seus olhos. Ela segurou um suspiro e dispensou a empregada, alegando que poderia se vestir sozinha. A mulher pareceu confusa com a ordem, mas deu de ombros internamente e foi embora.

Diane se enrolou num lençol e novamente se sentou na janela, tentando agora jogar os cabelos para fora do quarto para que o vento o ajudasse a secar mais rápido. Ficou longos minutos observando a multidão já tão familiar que se dispersava lá embaixo e então o castelo ao fundo da paisagem que se iluminava aos poucos conforme a noite ia chegando, empregados correndo de um lado para o outro com os preparativos.

Um calafrio percorreu sua espinha quando se deu conta de que em algumas horas seria uma das convidadas que atravessariam o portão. Não como uma empregada como sempre fora, mas uma convidada. Tudo bem que seria uma penetra de qualquer jeito - ela não sabia de onde Dorian havia arranjado os convites -, mas mesmo assim se sentia desconfortável. Ela não nascera para esse tipo de coisa, para vestir um vestido como aquele que se estendia em sua cama e tomar banho na banheira e observar os trabalhadores correrem para cumprir suas tarefas enquanto apenas observava.

Ela era um deles, sempre fora um deles, como ousava fingir que era outra coisa?

Houve uma batida na porta que a fez voltar a atenção para o interior do quarto novamente. Ela ainda não tinha se vestido, será que havia se atrasado demais?

— Madame - veio uma voz tímida do outro lado da porta. Era a empregada novamente - Madame!

Diane balançou a cabeça para espantar os pensamentos que a corroíam por dentro.

— Sim? - perguntou meio sem jeito. Ninguém nunca a havia chamado de madame.

— O jovem cavalheiro que a acompanha deixou um recado para você.

Diane se levantou e abriu a porta para a criada.

— O que ele deseja?

— Disse apenas que tinha que sair e se atrasaria um pouco, mas que chegaria a tempo de levá-la no baile.

— Ah - exclamou ela sem saber como reagir - Tudo bem. Obrigada por me avisar.

A empregada assentiu satisfeita e se afastou. Diane fechou a porta e cruzou os braços para o quarto. Depois de alguns segundos, suspirou. Pelo menos não seria ela quem o atrasaria no final das contas.

Se apressou a se vestir para poder arrumar o cabelo, notando rapidamente quão bem o vestido lhe caía para então começar a desfazer os nós que o vento provocara em seu cabelo já despenteado, sofrendo demoradamente para desembaraçá-lo. Quando finalmente conseguiu terminar de escovar, já nervosa pelo tempo que tomara, se decidiu por apenas fazer uma trança mais elaborada no cabelo, deixando as pontas que ainda não estavam inteiramente secas propositalmente soltas. 

Quando finalmente sentiu que estava pronta, caminhou lentamente em direção ao espelho. A imagem que lhe encarava não parecia com nada que ela já havia visto na vida. Apesar de não ter usado maquiagem por não possuir nenhuma, o banho fez maravilhas ao retirar as manchas que ela já considerava como parte sua do rosto e dos braços, deixando amostra o quão jovem ela realmente era. E o vestido... Pelos deuses, Diane jamais teria sonhado em vestir algo como ele. O tecido era leve e o modelo parecia ter sido desenhado perfeitamente para seu corpo, com um decote na frente na medida certa para seu busto e indo atrás até a base de sua coluna, onde a ponta de seu cabelo trançado tocava.

Ela deu um sorriso e seu reflexo sorriu de volta. Ela nunca vira seu rosto tão radiante, e seu cabelo parecia saudável. Os hematomas em seu rosto ficavam quase invisíveis sob o brilho de seus olhos, e os arranhões não pareciam nada mais do que um detalhe que não deveria ser levado em conta.

— É simplesmente... - murmurou ela consigo mesma, não conseguindo encontrar a palavra certa.

— Maravilhoso.

Diane pulou novamente com o susto e trombou contra o espelho, um grito escapando de sua garganta enquanto colocava a mão sobre o coração que pulava numa velocidade impressionante. 

— Mas que merda, Dorian! - esbravejou ela - Qual o seu problema? Você não consegue bater na porcaria da porta antes de entrar?

— Qual o seu problema que não consegue trancar a porcaria da porta para variar?

Ela passou uma mão no rosto enquanto a outra pressionava sua cintura com força para tentar controlar as batidas de seu coração. Ela estava ofegante quando reuniu forças para respondê-lo ao invés de pular no seu pescoço.

— Me desculpe se eu não estou acostumada a viver com a porta trancada.

— Bev realmente precisa rever seus conceitos de segurança naquele lugar.

Ela revirou os olhos, só então notando que ele também já havia se arrumado. Ele vestia um conjunto social que também parecia perfeitamente moldado para seu corpo, e o preto de sua roupa era um contraste estonteante com seu cabelo, mas fazia um par perfeito com as linhas duras de seu semblante. Ela engoliu em seco, se sentindo estúpida por apreciar a própria imagem quando não tinha nem palavras para descrever a dele.

— Você está... - tentou ela.

— Perfeito. Eu sei. Podemos seguir em frente?

Ela fechou a cara.

— Eu ia dizer exagerado. Mas é claro, engane-se o quanto quiser.

Ele sorriu para isso, então tirou um relógio do bolso e checou o horário.

— Temos que ir, está quase na hora.

— Pensei que ricos gostassem de chegar atrasado. Fazer drama, essas coisas.

— Não saberia dizer, não sou um deles.

— Bom - resmungou ela - Você sabe fingir muito bem então.

— É um dos meus grandes talentos. Vamos?

Diane ponderou por um segundo se deveria protestar, se lembrando novamente de que não era realmente uma convidada naquele baile e sentindo a pequena euforia que a estonteara com sua imagem no espelho escorrendo pela ponta de seus dedos conforme seu rosto se moldava numa careta.

— Dorian... - chamou ela, antes que pudesse se dar por si. Ele se virou, uma leve ruga se formando entra suas sobrancelhas.

— O que é?

Ela inspirou lentamente para ganhar forças enquanto agarrava a saia de seu vestido, uma vergonha repentina chocando-se contra seu corpo.

— Eu não posso ir nesse baile - ela finalmente admite com a voz baixa - Você sabe que não posso.

Ele, no entanto, verdadeiramente ri disso.

— Olha, eu sei que você não vai com a minha cara mas não acha que isso é um pouco...

— Olhe você para mim, Dorian - ela o interrompeu, dando um passo a frente com veemência - Olhe para a minha pele, você sabe que não me deixariam cruzar aqueles portões nem que suas vidas dependessem disso.

E Dorian, para a surpresa dela, parou de rir e a estudou. Ele correu seus olhos por ela - demorando-se intrigantemente em seus lábios -, e então pareceu perceber o que estava errado.

Diane era negra. Apesar de sua mãe ser tão branca quanto a neve, seu pai era negro. Um escravo liberto cujo antigo dono deixava que ele trabalhasse em uma porção de suas terras em troca de um teto para sua família. Ela nunca soube porque sua mãe se dignara a casar com um homem como seu pai quando ela claramente odiava Diane por se parecer tanto com ele. Mas Diane não era cega, ela via como as pessoas olhavam para ela nas ruas e como até mesmo atravessavam para longe dela apenas porque não conseguiam suportar a cor de sua pele.

O bar de Bev foi o único lugar que ela já se sentiu em casa. Com a dona tendo um tom de pele ainda mais brilhoso e escuro do que o dela, Diane se via muito mais acolhida ali. No meio do grupo de bêbados que nunca lançavam um segundo olhar para ela e sob a proteção de Bev, ela havia permitido se sentir confortável; e as vezes até esquecia como o mundo era de verdade por trás daquelas portas.

— Não se preocupe com isso - aconselhou Dorian - Você vai estar comigo, eles não vão poder falar nada.

Diane cruzou os braços sobre o peito.

— Eu não vou ser um maldito de um brinquedo exótico que você exibe por aí, se essa é a sua ideia.

Dorian sorriu para ela enquanto passava as mãos pelos cabelos.

— Brinquedo exótico, sério? - zombou ele. Diane apenas levantou uma sobrancelha - Não, infelizmente não vou sair por aí te exibindo para a aristocracia inglesa - contestou ele - Vou te apresentar como minha irmã.

Diane piscou uma vez. Então mais duas outras vezes enquanto digeria suas palavras.

— Me desculpa - pediu ela - Pensei que você tivesse dito que me apresentaria como sua irmã.

— Foi exatamente isso que eu disse - rebateu ele, se virando e caminhando em direção a porta - Venha comigo, preciso te apresentar uma pessoa.

E antes que Diane pudesse dissertar sobre o quão absurda era aquela ideia, Dorian já estava fora do quarto e descendo as escadas, dando um aceno de cabeça para o velho homem atrás do balcão e abrindo a porta da entrada, onde uma grande carruagem se encontrava.

Diane brecou em surpresa e se perguntou o que Dorian andara fazendo enquanto ela passara horas no quarto olhando para sua própria imagem no espelho em choque. E como se pudesse ouvir seus pensamentos, ele se virou para ela e piscou um olho antes de abrir a porta da carruagem, e a cabeça de uma garota que não poderia ser muito mais velha do que ela se pôs para fora em uma nuvem de cabelos ruivos.

A garota piscou para ela com as sobrancelhas franzidas antes de se virar para Dorian.

— Que tipo de brincadeira sombria é essa, Sr. Magnusson?

Diane levantou uma sobrancelha para Dorian, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa a garota ruiva desceu da carruagem e Diane deu um passo involuntário para trás. Seu vestido de baile era uma junção de camadas e mais camadas de tecido que davam volume para sua saia e forma para seu busto, e Diane se sentiu estúpida novamente por ter apreciado a própria imagem.

— Esta é a irmã de que falei, Srta. Baldwin. Ela nos acompanhará essa noite, não é seguro ficar sozinha numa estalagem como essa.

Ela lançou um olhar desgostoso para o interior da estalagem e então para Diane, então pigarreou e estampou um sorriso calculado no rosto.

— Vejo que seu pai andou ocupado com a criadagem - ela deu um pequeno risinho, que não foi compartilhado por Dorian. Percebendo seu erro, voltou a encarar Diane - Perdão, não estou acostumada com... - ela parecia ter dificuldade em encontrar o termo menos desrespeitoso enquanto gesticulava com as mãos -Enfim..., sou a condessa Lilian Baldwin.

Diane tentou não mostrar o seu desgosto quando sorriu de volta e fez uma pequena reverência forçada.

— É um prazer conhecê-la, Vossa Graça.

— Ó, o que é isso, não vamos nos ater a formalidades, pode me chamar de Lily. E qual seria seu nome?

— Diane - respondeu ela - Diane Tulles.

— Diane! - repetiu Lily com falsa alegria - Que nome adorável, tenho certeza que seremos grandes amigas - ela checou a reação de Dorian pelo canto dos olhos antes de continuar: - Agora vamos depressa, tenho certeza que já estamos bem atrasados - ela agarrou o colarinho de Dorian para aproximar seus rostos antes de lançar um sorriso malicioso a Diane - Se eu e seu irmão não tivéssemos brincado tanto antes de virmos para cá tenho certeza que estaríamos na hora, se é que me entende.

Diane assentiu e compartilhou uma gargalhada forçada com ela antes de Lily dar um tapinha no peito de Dorian e entrar novamente na carruagem. Diane aproveitou o momento que ela virou as costas para puxar Dorian para longe da carruagem e sussurrar:

— O que diabos foi isso? - questionou em fúria - Sua brilhante ideia é dizer que sou sua irmã bastarda fruto das aventuras de seu pai com a criadagem?

Ele levantou as mãos em derrota.

— Se você tiver uma ideia melhor sou todo ouvidos - rebateu ele - A não ser que queira passar a noite aqui trancada e sozinha.

Ela sabia que deveria concordar com isso, que ir aquele baile era loucura e que com certeza se arrependeria no momento que cruzasse os portões da entrada e todos os olhares recaíssem sobre sua pele. Mas Diane odiaria ainda mais ficar trancada naquele quarto a noite inteira esperando acordada enquanto Dorian se divertia em uma grande festa. Sua última experiência com álcool havia sido desastrosa, mas ela poderia tomar alguns goles apenas para conseguir suportar o resto da noite enquanto observa tudo de algum canto do salão.

Suspirou derrotada.

— Tudo bem, você venceu - ele sorriu e já estava voltando para a carruagem quando ela o deteve - Dorian Magnusson, isso é sério?

— Algum problema com isso, Diane Tulles?

— Problema algum. Apenas me pergunto de onde um sobrenome como esse poderia ter vindo.

Ele enfiou as mãos no bolso da calça e sorriu para algum ponto acima da cabeça dela como se risse de uma piada interna. Então se aproximou lentamente até que seus lábios estivessem perigosamente próximo de seu ouvido, perto o suficiente para que sua respiração levantasse alguns fios rebeldes do cabelo dela no ar.

— Você adoraria saber, de fato.

Então se afastou novamente sem tirar os olhos dela ainda com aquele sorriso devastador no rosto e entrou na carruagem. Após alguns segundos de completo espanto em que Diane segurou a própria respiração, ela balançou a cabeça para espantar a sensação incômoda que queimava seu corpo desde a base de sua espinha e o seguiu.


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