Ethereal escrita por Ninsa Stringfield


Capítulo 19
Décimo Oitavo




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O sangue pinicava em suas veias enquanto era encaminhada pelos corredores.

Poucos minutos depois de ter encontrado Carl, Sebastian e Evans chegaram acompanhados por cinco guardas que não olharam uma vez sequer para o corpo no colo de Diane. Tudo o que fizeram foi pedir que ela os acompanhasse, sem dúvida para o escritório de Cora, onde seria torturada e questionada se tivesse sorte. Suas mãos permaneceram cerradas ao lado do corpo durante o percurso todo. Sua foice havia sido confiscada, assim como todo armamento que esteve carregando como forma de proteção. O único problema, é claro, era que ela era uma arma letal com ou sem um objeto afiado.

Eles viraram uma última esquina de metal e se viram de frente a uma porta solitária no fim de um corredor estreito. Diane poderia ter nocauteado todos os guardas, que se encontravam em posição defensiva com dois a frente dela e três atrás, mas isso não levaria a nada; e ela já estava encrencada o suficiente sem uma acusação de traição pairando sobre sua cabeça.

A porta se abriu deslizando para o lado quando um dos guardas digitou os comandos num pequeno aparelho na palma de sua mão. E Diane não esperou ser empurrada para dentro quando a sala se revelou juntamente com Cora, sentada relaxadamente atrás de uma grande mesa. O escritório da Chanceler não tinha nada de especial além dos muitos monitores que ocupavam uma parede inteira da sala, cada um mostrando um ângulo diferente de cada canto do Forte. Ela não deu muita atenção aos monitores, não era por isso que estava ali.

Cora se moveu em sua cadeira e apoiou os cotovelos na mesa, os olhos fixos em Diane enquanto expulsava os guardas com um gesto discreto das mãos. Então ela não seria torturada. Interessante.

— Corvo - saudou a mulher.

— Chanceler - respondeu Diane, fazendo uma reverência com a cabeça, um falso sinal de respeito.

— Não recebi seu relatório da noite passada.

— Conseguimos chegar ao objetivo. Não houve nenhuma baixa para reportar.

— Dakota aceitou seus termos sem uma briga? - questionou com uma sobrancelha incrédula erguida.

Aceitar pressupõe que ela teve uma escolha.

Um sorriso calculado escapou de seus lábios. Cora assentiu uma única vez como se checasse uma nota mental e voltou a se encostar na cadeira. Diane analisava cuidadosamente cada movimento seu, Cora era uma víbora argilosa, seja lá qual fosse seu plano, sabia que estava perto de realizar seu objetivo.

— E posso saber o que me ex-mensageiro tem de tão importante para você?

Agora era a vez dela de analisar Diane. A garota em questão piscou os olhos e fingiu não compreender a situação.

— Perdão?

O sorriso de Cora tremia agora, tamanha era a força que ela fazia para não mostrar os dentes para a garota a sua frente. Sebastian a avisou que a Chanceler agiria assim; com as eleições tão próximas, ela não podia arriscar maltratar qualquer um deles sem provas que os incriminasse primeiro.

— Há alguns minutos todas as câmeras do complexo das celas sofreram uma espécie de interferência - começou ela, num tom cuidadosamente calmo - Imagino se seu querido amigo Evans não tenha nada a ver com isso?

— Ah! - exclamou Diane como se só agora compreendesse a situação toda - Sim, sim, foi ele mesmo. Seguindo minhas ordens.

— E o que estariam fazendo lá embaixo que eu não poderia ver? - seu tom era impaciente agora. Ela nem ao menos se esforçava mais para esboçar o sorriso.

— Digamos que Sebastian não tenha aprovado muito minhas ações na última missão e estava tentando me dar uma lição.

— Uma lição?

— Sim - concordou Diane com um sorriso tão venenoso quanto o de uma víbora - Ele me mostrou o que acontece com Ilegítimos que não seguem as ordens.

— E por que precisavam esconder essa tão disciplinada lição de mim?

— Pode ou não ter ocorrido uma punição mais severa no processo. Aparentemente a lição tem que se manter sempre fresca na minha mente - respondeu ela - E Sebastian é um capacho seu no final das contas. Ele sabe que as eleições estão se aproximando e não quis correr o risco de que essas gravações pudessem ser usadas contra você.

Cora assentiu lentamente com a cabeça, os olhos imóveis na garota a sua frente como se ainda tentasse decidir se valia a pena ou não o esforço que exigiria para matá-la. Diane segurou seu olhar, aceitando o desafio. A Chanceler recuperou um pouco da calma que perdera antes de ligar o interfone e pedir para que os guardas voltassem de prontidão para a sala, então se inclinou sobre a mesa. Algo no fundo de sua mente se agitava, uma teia de intrigas muito maior do que Diane pudesse sequer imaginar.

— Seja lá o que você pense que esteja fazendo, soldado - começou ela, o ódio se empertigando em suas palavras como ácido - Não faça. Leve isso como mais uma lição para seu arsenal, e não tente se colocar em meu caminho outra vez. Ou talvez o próximo corpo que Quinn e Sebastian encontrarão naquelas celas será o seu.

Diane arquitetou mil maneiras para respondê-la, uma pior do que a outra e que provavelmente resultariam nela própria estrangulando Cora. Sebastian podia pensar que ela não tinha auto-controle, mas foi isso que a segurou quando tudo que fez foi assentir em resposta, como se aceitasse uma ordem. Cora sorriu para a reação dela, e os guardas finalmente chegaram para escoltá-la para fora.

Antes que pudessem agarrar o braço dela, no entanto, Diane se inclinou como Cora fizera há poucos segundos, apoiando as mãos na lateral da mesa enquanto fazia uma reverência exagerada.

— Obrigada pelo seu tempo, Chanceler. Vou tomar uma nota mental sobre o seu aviso.

— Estou sempre a disposição - replicou a outra com um sorriso vitorioso, e então fez uma pausa antes de completar com os olhos brilhando num tom perigoso demais: - Corvo.

***

Foi muito fácil explicar os guardas nocauteados por Diane. Sebastian espalhou o que estavam fazendo lá embaixo, e como todos já sabiam do temperamento da garota, não fizeram muitas perguntas a respeito quando uma porção de homens foram carregados para a enfermaria, a maioria com falta de memória, como se nunca tivessem visto Diane chegar e tacá-los no chão. Quinn explicou a qualquer curioso que Diane estava com raiva de Sebastian, por isso descontou nos guardas quando estes tentaram escoltá-los para fora. Apenas Cora parecia ainda incrédula, mas sem os vídeos para provar seu ponto, ela não ousaria acusar ninguém abertamente.

Diane segurou o sorriso enquanto entrava no refeitório poucas horas depois. Ela tinha passado em seu quarto e agora vestia uma saia comprida de calda esvoaçante, se sentindo mais livre do que nunca por tirar as roupas apertadas de combate do corpo. Todas as cabeças se voltaram imediatamente em sua direção assim que cruzou a entrada, e ela ignorou todos os olhares enquanto se encaminhava para a mesa que ocupava com a sua divisão.

Apenas Cléo e Irene se encontravam na mesa sentadas uma a frente da outra, o alarme do almoço tinha acabado de tocar. Ela finalmente soltou uma risada baixa quando deslizou no banco de metal e se sentou ao lado de Cléo. As duas a encararam e ela apenas as encarou de volta.

— O quê?

Irene revirou os olhos.

— Você é o assunto mais falado dessa manhã.

— Polvo e Escorpião estão hospitalizados - contou Cléo - Trombei com a entrada deles quando estava saindo do meu turno essa manhã na enfermaria.

Diane deu de ombros.

— Eles são Ilegítimos, deviam me agradecer por estarem vivos depois da desonra que foi participar daquela luta.

— Desonra? - repetiu Irene - Você está louca? Você deslocou o braço da garota!

— Em minha defesa ela fez um corte no meu braço - Diane mostrou o braço com o curativo para apoiar seu ponto.

— Com certeza - riu Cléo, claramente se divertindo com aquela situação - Aposto que você está muito traumatizada.

Diane levantou uma sobrancelha para ela, mas estava sorrindo.

— Enfim - continuou Irene - O problema real dessa situação toda é que você praticamente participou de um golpe de Estado e nenhum de nós estávamos envolvidos.

— Vocês queriam participar de um golpe de Estado?

— Você me entendeu - rebateu Irene - Nolan é novo aqui, Diane. O garoto já se sente excluído sem a ajuda de ninguém, você participar dessas missões suicidas sem nem ao menos nos avisar é o mesmo que declarar que ele não pertence aqui.

Diane suspirou. Irene era a vice-líder da divisão deles e sinceramente muito mais qualificada para ser a verdadeira líder. Enquanto Diane era imprudente e impulsiva, Irene era calculista e paciente. Era ela que treinava a maioria dos iniciantes do Forte, ao passo que Diane era uma treinadora fria e impaciente; principalmente porque nem ao menos suportava passar por perto da Sala de Iniciação. Cléo era o maior exemplo de sua incompetência no ramo.

Assim que foi designada como líder, Cléo foi liberada da Iniciação e Diane teve que treiná-la por ainda não ter encontrado nenhuma outra função. Mas Cléo, que tinha pavio curto naturalmente, não foi um ótimo começo para ela que tinha tantos problemas em se controlar quanto. Então o primeiro contato entre as duas serviu como um teste, teste este que ambas falharam.

— Você está certa - respondeu ela, lutando para não entrar na mesma discussão de sempre quando apontava que Irene era infinitamente melhor do que ela naquele ramo e a outra a desprezava - Mas se vale de algum consolo, meu plano não está nem perto da metade de ser finalizado.

A Coruja tatuada na clavícula de Irene pareceu erguer uma sobrancelha ao mesmo tempo que a dona, mas antes que Diane pudesse se explicar melhor, Evans entrou no refeitório e olhou de relance para ela, que assentiu ao mesmo tempo que Michael e Nolan surgiam no encalço do garoto.

— Ok... - começou Cléo assim que viu seus dois companheiros de equipe sentando na mesma mesa que Evans - Sinto que perdi algo aqui.

— Isso não é grande novidade - respondeu Irene e Diane inconscientemente ao mesmo tempo. Cléo chutou sua namorada por debaixo da mesa, que deu de ombros.

— Resumindo - continuou Diane - Me encontrem no cemitério daqui meia-hora, usem o caminho alternativo de sempre.

E então se levantou e partiu, pegando a maçã das mãos de Zane antes desta chegar em sua boca no processo, dando uma mordida antes de jogá-la no cesto de lixo. Ele ergueu as pontas dos lábios e a seguiu imediatamente. Assim que cruzaram o portal, viraram alguns corredores até estarem no único ponto cego entre câmeras de segurança, antes dele finalmente alcançá-la e encurralá-la contra a parede.

— Vai me visitar mais tarde? - perguntou num sussurro quando seus rostos estavam relativamente próximos.

— Depende... - começou ela, num sussurro tão baixo e sedutor quanto - Você não vai estar em outra reunião secreta com Cora?

Zane se afastou imediatamente, ele sorria para si mesmo balançando a cabeça negativamente como se não acreditasse no que tinha acabado de ouvir, enquanto se virava de costas para ela. Diane cruzou os braços, esperando sua resposta.

— Como você sabe disso?

— Quando me encontrou ontem a noite no buraco era de lá que estava voltando, certo? - continuou ela, o ignorando - Vocês estavam decidindo o que fazer com Carl.

Ele se virou finalmente para encará-la.

— Foi Evans, não foi? - perguntou retoricamente - Sabe, ser chefe das Câmeras de Segurança também exige discrição e sigilo. Você sabe que posso reprimi-lo por isso, não sabe?

Ela deu um passo em direção a ele.

— Mas não vai.

— E por que não o faria?

— Porque você sabe que eu estou certa - rebateu ela - E também porque apesar do que tenta passar com esse seu jeito desleixado e galanteador, você tem um coração por baixo desses músculos e ego todo.

Ele abriu a boca mas cerrou os lábios novamente em uma linha reta, desviando o olhar.

— Me diga que você foi contra a proposta de Cora que eu vou acreditar em você - ela deu mais um passo, colando seus corpos novamente - Por favor, Vance. Me diga que eu não estive me enganando esse tempo todo em que acreditei em você.

Ele voltou a encará-la, e tudo que ela podia ver era escuridão.

— Quem você acha que não a lembrou de desligar as câmeras?

Diane soltou o ar que não tinha percebido que segurava em alívio. Quando Evans havia relatado como descobrira do atentado contra Carl, algo dentro do peito dela se apertou em um laço forte, dificultado a passagem de ar entre seus pulmões.

Ela sabia que o que tinha com Zane não passava de atração física, sendo que muitas vezes não passava apenas de uma distração que ambos necessitavam muito após uma missão ou outra. Mas quando Evans contou com quem Cora havia arquitetado seu plano, sua parte irracional entrou em negação, e seu cérebro estava em um estado de alerta absurdo enquanto tentava compreender o real significado daquilo. Desde que conhecera Zane, soube que ele era inteiramente leal a Cora ou a qualquer outro Chanceler que viesse por ser sempre o vice eleito; mas quando começou a se relacionar a ele, nunca sentiu que ele seria um atraso em sua vida, ou alguma espécie de empecilho que atrapalharia sua vida ou seus planos que raramente seguiam a lei.

Zane sempre desaprovava as ações dela - por mais vezes do que parecia saudável entre eles -, mas sempre teve a esperteza de respeitá-la. Por não estarem juntos de verdade num modo efetivo como no caso de Irene e Cléo, Diane nunca esperou que ele contasse seus segredos do cargo que ocupava e ela também nunca se sentiu obrigada a fazê-lo; mas agora que se via numa situação em que os segredos entre eles podiam afetar mais vidas do que eram capazes de suportar, ela se sentia curiosamente traída.

— Por que não me contou o que ela planejava se queria que Evans descobrisse no final das contas?

Ele suspirou fundo.

— Eu esperava que ele teria o bom senso de não envolvê-la nisso, que apenas salvasse as gravações caso fossem necessárias no futuro.

Ela deu um passo para trás.

— Por quê? - ela questionou já na defensiva - Você também não acredita que eu possa fazer uma decisão certa sequer?

— O quê? - devolveu ele incrédulo - Não. Pelo amor de Deus, não. Não é isso, eu só... - ele perdeu a fala momentaneamente, e ela ergueu uma sobrancelha para incentivá-lo a continuar. Ele suspirou mais fundo ainda - Eu só não quero que você se envolva nisso.

Diane ficou alguns segundos em silêncio apenas o encarando, os olhos se semicerrando lentamente como se ela se forçasse a acreditar no que tinha acabado de ouvir.

— Você não quer?

— Diane presta atenção no que está acontecendo aqui - continuou ele desesperado, se aproximando dela enquanto abaixava a voz - Cora executou o mensageiro mais leal que já pisou nesse complexo imundo. Que tipo de informação você acha que aquele garoto carregava? Seja lá o que ela esteja planejando, ninguém que queira permanecer vivo deveria se intrometer no caminho dela, ela perdeu completamente a noção dos limites que não devemos cruzar.

Ela riu disso.

— E você acha certo deixarmos por isso mesmo? - insistiu ela - Acha certo que ela continue a cumprir a função mais importante dessa instituição que já é perigosa e poderosa o suficiente sem uma maníaca no comando? - ele apenas balançava a cabeça e desviava o olhar do dela - Zane, preste atenção você no que está acontecendo aqui. Cora executou o mensageiro dela. Um de nós. Seja lá o que ela esteja planejando, ela não pretende apenas afetar o resto do mundo, ela quer nos afetar junto.

Ele permaneceu calado, mas agora parecia mais convencido de que ela estava certa.

— Zane, você é a pessoa mais próxima dela no comando, você é a última barreira entre ela e seja lá o que ela pretenda fazer contra nós - continuou - Você precisa descobrir o que ela está planejando.

Ele coçou a nuca nervosamente.

— Você sabe que mesmo que eu descubra eu não posso contar para você, certo? Apesar de tudo existem regras.

— Regras? - riu ela - Cora pode estar prestes a ferrar todos nós e você quer que eu siga as regras?

Zane cruzou os braços e permaneceu firme em sua decisão. Ela virou os olhos e suspirou com raiva, já se apressando para ir embora.

— Muito obrigada por nada.

— Espere - tentou ele segurando seu braço para impedir sua partida - Por favor, Diane. Você disse que acreditava em mim, por favor acredite que eu estou fazendo a coisa certa mais uma vez.

Ela olhou do rosto desesperado dele para a mão que a segurava, e então de novo para seu rosto. Ele a soltou com os olhos exasperados, arrependido do que tinha feito.

— Eu não abusaria da minha fé se fosse você - recomendou ela - E aliás, da próxima vez que se achar no direito de tomar uma decisão por mim, não o faça.

Então passou reto por ele e partiu.


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Notas finais do capítulo

Eu demorei. Meu deusss, como eu demorei para terminar esse capítulo. Eu estava desde outubro tentando terminar essa coisa e hoje, depois de milhares de fracassos, eu consegui atingir meu objetivo!!!
*fogos de artifício soando nervosamente no fundo*
Eu não sei como me desculpar pela demora, e sinceramente, não há desculpa kkkkk. Eu estava num momento difícil e complicado (ainda estou na verdade), mas acho que depois de tanto tempo assim, finalmente estou começando a aceitar que nunca vou voltar a ser a pessoa que eu havia sido, então não adianta nada chorar por ela, só posso seguir em frente.
Não vou prometer que vou começar a escrever mais rápido porque aparentemente sou incapaz de gerenciar meu próprio tempo kkkk, mas eu juro que agora eu vou tentar. Admito que demorei muito pra escrever esse capítulo mais por descaso do que outra coisa, e eu tinha muita coisa pra resolver na minha cabeça primeiro; e eu espero que dessa vez eu as tenha resolvido da maneira correta.
2016 está sendo um ano curioso pra mim, muita coisa diferente está acontecendo e sei que no final desses 12 meses (agora 9 no caso rsrs) já vou estar completamente diferente, e não sei se vou sobreviver tanta mudança. Mas eu prometo que vou tentar.
Então tudo que eu peço de vcs leitores (se é que vcs existem - mds, essa frase parece ser a única que eu continua dizendo aq kkkk) é isso: não desistam de mim, que eu prometo que jamais desistirei de vcs.
Com amor, Ninsa



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