Ela te ama, idiota! - Perina escrita por Bel


Capítulo 20
"A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena’’ parte ll


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! comentem, perguntem, favoritem, recomende, beijooos



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Dois dias depois e eu ainda não havia visto Pedro. Já tinha resolvido tudo com Cobra, não foi nada complicado, não havia o que complicar. Ele estava bêbado, eu também, nós dois estávamos sozinho e afim de curtir o momento, aconteceu e pronto. Mas foi só aquela noite, somo só amigos, sempre fomos e está tudo esclarecido.

– Anda logo, K! Eu estou morrendo de fome. –Bi me apressou.

– Espera, só falta pegar a bolsa. – Peguei minha bolsa e saí em direção à porta. Eu e Bi estávamos em horário de almoço e, como sempre, iríamos comer no Club Gascon – Pronto, apressada, vamos.

– Ah, achei que ia ter de esperar séculos pra ir comer, meu estômago clama por comida. – Ela exagerou.

– Acho que você deveria clamar por um dieta, isso sim. – Eu caminhava lentamente ao lado de Bi.

– Está me chamando de gorda, Duarte? – Ela parou por um minuto, me olhou e depois voltou a caminhar.

– Só estava brincando. – Eu ri.

– Ah, que bom, ou eu teria que te matar. – Ela fez uma cara de psicopata que me fez rir ainda mais.

Nosso restaurante favorito de todos os dias não era longe dali, então, depois de alguns minutos, chegamos lá e fizemos nossos pedidos. Almoçamos tranquilamente e depois ficamos conversando um pouco.

– Eu ainda não vi o Pedro depois da festa do Cobra. – Comentei enquanto comia minha sobremesa, um pedaço de torta de chocolate.

– Duca me disse que ele tem evitado todos, principalmente Cobra. Ele está com muita raiva, é o que parece. – Bi se deliciava com seu sorvete.

– Eu não quero que ele e Cobra briguem por minha causa, é ridículo.

– Logo eles se resolvem, tenho certeza. Eles não são do tipo que brigam por garotas, isso é passageiro, vai ver. – Ela tomou mais um pouco do sorvete – Mas eu acho... – ela tomou mais sorvete de novo – Que... – mais sorvete - Você deveria...

– Fala logo, caramba! Depois toma o sorvete.

– Tá bom, tá bom. Como eu ia dizendo, acho que você sim deveria falar com o Pedro, sei lá, esclarecer as coisas. Vocês precisam se acertar.

– Não precisamos não, eu estou muito bem assim e ele também, aposto.

– Ah, não vem com essa pra cima de mim, K! Por favor...

– E não tente você me convencer a ir falar com ele, acabou. Eu e ele não existe mais. It's over, e eu também não faço questão de vê-lo.

– Hm, então acho melhor não olhar pra trás.

– Hã? O que você... – Eu olhei para trás e meu olhar encontrou o de Pedro e logo depois... Taylor. Taylor? O que ele tá fazendo com essa vaca? A gente acabou de se separar, cadê o período de luto?

Ele acenou discretamente para mim e deu um sorriso, aquele sorriso que eu amava, mas agora isso não importava. Ele puxou uma cadeira pra pu... digo, Taylor, e estava todo meloso com ela, pegando em sua mão, sorrisinhos... O que era aquilo? Eles estavam ficando? E o que eles estavam fazendo aqui no MEU restaurante favorito? Aposto que ele sabia que eu estaria aqui, veio só se exibir com essa vaca dos dentes nem tão brancos.

– Pedro é tão infantil. –Bi balançou a cabeça negativamente e riu – Tão óbvio o que ele está fazendo. Querendo lhe causar ciúmes.

– E está conseguindo. – Eu amassava com raiva um guardanapo.

– Vocês se merecem. – Ela riu de novo.

– Tudo bem, se é guerra que ele quer, teremos guerra!

– Tá falando do quê? – Bi perguntou confusa.

– Ele está se vingando, né, por causa do aniversário do Cobra. Mas tudo bem, eu também vou dar um jeito de me vingar. Ele não vai ficar por cima, vou arrumar um namorado e esfregar na cara dele.

– Como assim vai arrumar um namorado? Ficou maluca?

– Vem comigo, te conto no caminho. – Eu me levantei, paguei minha conta e BI a dela, depois saímos do restaurante.

– O que é que vai fazer? – Bi perguntou quando chegamos no prédio da revista.

– Não faço ideia, só preciso dar um jeito de não parecer por baixo, humilhada.

– Então por que disse ‘’vem comigo, te conto no caminho’’ ? – Ela tentou imitar minha voz, sem sucesso.

– Sei lá, eu sempre quis dizer isso. – Dei de ombros, e ela rolou os olhos.

– Para de ser infantil, mostre pro Pedro que não se importa. Se entrar no joguinho dele, ele só vai ganhar com isso, conseguindo o que queria: sua atenção.

– Será? – Falei pensativa. Será que Bi tinha razão?

– Claro, sempre estou certa. – Ela piscou.

– Talvez, talvez você esteja certa... Vou mostrar pro Pedro que sou superior e não ligo pro que ele faz ou deixa de fazer, afinal, nem somos mais namorados.

– Quero ver até quando... – Bi falou baixinho, mas eu escutei.

– Eu ouvi isso, hein.

Pedro’s POV

– Eu achei que a donzela não viria mais trabalhar. – Duca riu assim que eu entrei na sala de reuniões da gravadora.

– Queria evitar olhar para alguns traidores. – Olhei diretamente para Cobra.

– Vocês não... Ah, eu não acredito, vocês estão brigados por causa da K?

– Eu não estou brigado com ninguém, o Pedro é que fica aí fazendo draminha.

– Eu não tô de draminha, você ficou com a MINHA garota!

– Eu tava bêbado! E ela também, e eu não sou o único culpado. Se ela não quisesse, eu não teria ficado com ela.

– Vocês querem calar a boca? – João aumentou o volume da tv – Desenvolveram um novo aplicativo para o iPhone.

– Cala a boca, João. – Eu e Cobra falamos juntos. Duca apenas olhava agora.

– Isso é que é o pior. Sei o que você faz com as garotas quando está bêbado e sabe-se lá o que fez com a K.

– Pare de falar como se ela fosse uma menininha inocente, ela não é! Ela é uma mulher. E que mulher, hein. – Ele deu um sorrisinho e eu quis socar a cara dele.

– Ela é a minha garota, como você pode fazer isso? Somos, ou éramos, amigos, sei lá.

– Ela não é a sua garota, Pedro! Vocês não estavam mais juntos, todo mundo sabe que eu sinto uma atração pela K e naquela noite rolou, a gente ficou. Mas foi só aquela noite, acabou.

– Você é ridículo, Cobra, você...

– Não, ridículo é o que eu vejo aqui! Chega! Vocês dois são amigos, não deviam brigar por causa de uma garota. Não importa que seja a K, nem que fosse a Megan Fox... - Duca parou de falar e colocou a mão no queixo, pensativo - Não, peraí, a Megan é gata... Enfim, escutem, é melhor pararem com essa palhaçada e se resolverem como adultos civilizados.

– Vamos começar a reunião. – Fletch entrou com pressa na sala – Sinto um clima tenso, o que houve? Tem mulher no meio?

– Tem. – João respondeu e desligou a tv.

– Então é melhor eu nem saber, já tenho problemas demais com as minhas. – Fletch riu - Vamos começar logo a reunião, ainda temos muitas coisas pra fazer hoje.

– Falta o Jason... – Eu disse.

– Daqui a pouco ele chega, tá preso no trânsito.

– Sei que trânsito... – Duca riu.

– Sem comentários sobre a vida pessoal do nosso amigo, mas soube que ele tá pegando a prima australiana. Eu não disse isso, hein.

– Eu já ouvi, Fletch. – Jason entrou na sala.

– Eu não falava de você, meu querido amigo. – Fletch riu – Os meninos estão de prova.

– Ele falava de você e da sua prima hot. – Eu disse.

– Põe hot nisso. – Duca falou como se imaginasse a guria em sua frente.

– Ok, chega de papo furado.

A reunião começou, e eu não consegui prestar atenção em nada. Eu olhava pro Cobra e lembrava dele beijando, quase comendo a K, minha K. Pensei na Taylor também - ela poderia ser bastante útil pra mim agora. Ela estava me dando mole, e eu poderia ficar com ela e fazer K ficar com ciúmes, assim como eu fiquei quando a vi com Cobra. Pagarei com a mesma moeda, e pensei na coisa mais difícil: o que eu faria para ter K de volta?

Posso mandar flores, ou fazer um jantar romântico... ou posso consultar um especialista: Duca. Ele é todo meloso com as mulheres, sabe dessas coisas. Mas eu não quero fazer papel de idiota, K dormiu com o meu melhor amigo, sabe-se lá o que eles fizeram, mas eu ainda amo essa mulher e a quero de volta. Mas antes eu vou fazer ela sentir o mesmo que eu: ciúmes.

– Duca, eu preciso falar com você depois. – Eu disse, em tom baixo.

– Sobre? – Ele perguntou, curioso.

– Depois eu falo.

– Hm, ok.

– Então Pedro, você tem alguma idéia? – Fletch perguntou.

– Eu? Ah, er, eu passo pro João, aposto que ele tem. – Cocei a nuca, meio perdido.

– Você está no mundo da lua, Ramos. – Jason riu.

– Eu diria que ele está no mundo da K. – Disse João.

É, talvez eu estivesse....

Pedro’s POV off


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Notas finais do capítulo

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