Ela te ama, idiota! - Perina escrita por Bel


Capítulo 14
É impossível resistir a você


Notas iniciais do capítulo

Gente recebi mais uma recomendação haaaa OBRIGADA JESSY esse capitulo dedico a voce, bom gente um novo cap espero q vcs gostem continuem comentando, perguntando, favoritando e RECOMENDANDO bjoooooos



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– Acho que podemos ir, certo? – Ele falou com certa tristeza. Eu detestava ver Pedro assim. Eu o amava, ele era meu melhor amigo.

– Preciso ir ao banheiro antes. Um minuto, ok?

– Certo. Pago a conta enquanto isso.

– Não vai pagar sozinho, vamos dividir.

– Sem essa, vou pagar tudo, é o mínimo que posso fazer depois de fazer você perder sua noite comigo.

– Pedro... Não fala assim. Eu volto logo, me espere e não pague a conta sozinho.

Caminhei em direção ao banheiro e percebi alguns olhares sob mim, na maioria das vezes, olhares masculinos. Me senti bem com isso. Era bom ser valorizada, quem não gosta?

Quando saí do banheiro, esbarrei em uma garota e, como eu estava tentando fechar minha bolsa, ela caiu e tudo foi parar no chão. Que legal. Ironic mode on.

Rapidamente catei tudo do chão, com muita raiva. Odiava quando essas coisas aconteciam. Quando voltei pra mesa, onde Pedro estava (muito bonitinho, só pra constar), ele já havia pago a conta. Eu sabia que ele não ia me esperar, típico dele.

– Você não fez o que eu pedi, né? Não me esperou.

– Era só uma conta, não foi nada. – ele me olhou – Está de carro?

– Não, vim de táxi.

– Então vou te levar pra casa agora.

– Não precisa, vou sozinha.

– Não, eu vou te levar e pronto.

– Não vou embora com você, Pedro.

– Está entregue. – Ele disse quando estávamos na porta do meu apartamento. Vou te contar hein, as coisas estão conspirando de um jeito! Bi e os Mcguys devem ter feito algum tipo de mandinga, sei lá. Bem que o Cobra me avisou que João era um pai de santo, ele deve estar por trás do trabalho de macumba.

– Não acho... – eu mexia em minha bolsa – Não acho minha chave, que droga.

– Procura direito, K.

Tirei todas as coisas de dentro da bolsa e nada da maldita chave.

– Puta que pariu. – Xinguei baixinho.

– Olha a boca, princesa.

– Que saco, não sei como eu perdi a chave! – lembrei de quando minhas coisas caíram no chão lá no restaurante – Ou talvez eu saiba.

– Você não tem uma chave reserva ou algo assim?

– Tenho.

– E cadê?

– Tá com a Bi. Liga pra ela, liga pra ela, Pedro!

– Calma K, tô ligando já. – Ele pegou o celular e discou o número de Bi - Ninguém atende.

– Tenta o número da casa, número do Duca, liga pra todo mundo! Ou melhor, liga pro chaveiro.

– K, já é tarde. Que tipo de chaveiro trabalha a essa hora?

– Um chaveiro 24 horas!

– Não existe isso! Celular do Duca só cai na caixa postal e ninguém atende na casa da Bi também.

– Maldita hora que minhas coisas foram cair no chão.

– O quê? Como assim? – Ele não entendeu.

– Quando eu estava voltando do banheiro, esbarrei em uma garota e minhas coisas foram parar no chão. Minha chave deve ter ficado por lá e eu não vi.

– Vamos embora então. – Pedro colocou todas as minhas coisas de volta na bolsa, o que não era muita coisa.

– Pra onde? Ficou doido? Pode ir embora, vou dormir aqui na frente da porta até amanhã.

– Você não acha que eu vou te deixar fazer isso, né? Vamos pra minha casa.

– Você não acha que eu vou fazer isso, né? – Fiz uma careta pra ele.

– Sinta-se em casa, K! – Ele disse, assim que entramos em sua enorme casa.

– Eu não aguento mais. – Falei irritada.

– O que eu fiz? – Ele perguntou sem entender.

– Todas as coisas que eu disse que não faria hoje, ou que não aconteceriam, eu fiz e/ou aconteceram.

– Quê? – Ele parecia confuso.

– Primeiro eu pensei comigo mesma que não teria que ficar sozinha, muito menos falar com você no restaurante e, quando eu chego lá, você estava lá me esperando, sozinho, então tive que falar com você. Depois eu disse que não jantaria com você e nós jantamos juntos, e por ultimo eu disse que não ia embora com você, e você me levou até em casa. Ah, sem contar esse momento, né, também disse que não viria pra cá, e onde eu estou? Bem aqui na sua casa. Que raiva! – Tagarelei sem parar – Esqueci de algo?

– Esqueceu de dizer que não vai dormir comigo e no final a gente vai estar na minha enorme cama bem juntinho.

– Vai lavar uma louça, Pedro! Nem vem de graça pra cima de mim, só vou dormir aqui porque é caso de urgência!

– Tudo bem, eu não vou mais te irritar. Vamos subir, eu te levo até o quarto de hóspedes e vou pedir pra Judith arrumar algumas roupas pra você, certo?

– Pode ser. – Saí andando em sua frente.

Pedro me levou até o quarto de hóspedes, onde eu dormiria, e minutos depois Judith apareceu com algumas roupas para mim. Eu a agradeci sinceramente. Tomei banho e troquei de roupa. Já era bem tarde, Pedro não veio mais falar comigo, já devia ter ido dormir. Decidir ir até a cozinha tomar água e esperava sinceramente não me perder. Já disse que a casa dele é enorme? Já, né. Procurei não fazer nenhum barulho. Percebi que estava chovendo forte. Quando cheguei na cozinha, tudo estava apagado e em silêncio. Acendi a luz e Pedro estava lá, tomando leite e comendo biscoitos. Eu gritei de susto.

– Calma document.write(Jess), sou eu. – Ele riu.

– Não tem graça, Pedro! Você é morcego pra ficar na escuridão?

– Eu não gosto de sair ligando todas as luzes.

– Ah, desculpe por acabar com seu momento dark, só vim pegar água.

– Tudo bem, já disse pra se sentir à vontade. Minha casa é sua casa também.

– Obrigada. – Eu fui até a geladeira e peguei uma garrafa de água. Pedro tinha uma caneca escrito ‘I love London’, então resolvi beber água nessa caneca - Eu amo essa caneca, é bonitinha.

– Também gosto. – Ele sorriu.

Em um ato de total falta de cérebro e inteligência, derramei água em mim. Não sei como aconteceu, só sei que eu sou muito idiota. Que tipo de pessoa derruba água nela mesma?

Eu estava vestindo uma camiseta branca que consequentemente ficou meio transparente. Eu estava de sutiã, não pensem merda!

– Como eu sou idiota. – Coloquei a caneca na pia e, quando me virei, encontrei Pedro me olhando.

– Hm, acho melhor você tirar a camiseta, ou vai ficar resfriada. Estou falando sem segundas intenções.

Tá legal, e eu amo dançar macarena nas horas vagas. Olha a minha ironia ai de novo

– Para de ficar olhando, Pedro!

– É que ficou sexy. – Ele mordeu o lábio inferior, isso sim era sexy. Ele começou a se aproximar de mim e eu dei alguns passos pra trás.

– Não me negue isso. – Ele me puxou contra seu corpo e eu não sabia o que fazer. Ele tinha um certo efeito sobre mim, não sei até que ponto isso era bom.

– Pedro… – Gaguejei, valeu hein K – Para com isso. Eu já estou confusa demais.

– Eu pedi pra você deixar eu te conquistar, deixar eu te provar que temos que ficar juntos. Você me ama. Você vai perceber, assim como eu percebi. – Pedro tinha uma mão em minha cintura e a outra em minha nuca, o que me causava arrepios.

– Pedro, não complica minha situação. Eu gosto de você, mas...

– Mas nada, para de complicar, K.

– Eu não resisto a você. – Confessei.

– Nem precisa, e é bom saber disso.

Pedro puxou meu lábio inferior devagar, me deu vários selinhos até que um desses selinhos foi se transformando em um beijo de verdade - beijo de gente adulta, se é que me entendem. Pedro brincava com a minha língua, e nós estávamos em perfeita sintonia. Ele acariciava minha cintura de um jeito delicado, e eu bagunçava todos os seus fios de cabelo. Queria que aquele beijo não acabasse nunca, estava sentindo uma coisa tão boa. Ele passou a mão em minha barriga por baixo da blusa e aos poucos ele tentava subir a mesma. Eu sorri entre o beijo e nós nos separamos um pouco, então ele tirou minha blusa e jogou em algum canto. Voltamos a nos beijar, só que agora com mais intensidade, desejo, e de repente eu achei que aquela cozinha estava ficando quente demais. Alguns minutos depois e Pedro também já estava sem sua blusa. Ele me sentou na bancada da cozinha e ficou entre minhas pernas, beijava e dava mordidas em meu pescoço, e provavelmente amanhã teriam marcas ali. Fiz o mesmo com ele, dei alguns leves chupões em seu pescoço. Queria saber como ele iria explicar as marcas depois.

– Vamos sair daqui, vamos pro meu quarto. – Ele disse entre alguns beijos.

– Aqui está quente. – Eu ri e ele me acompanhou.

– Muito quente.

Pedro me desceu da bancada e foi me guiando até seu quarto. Conseguimos subir a escada nos beijando e sem cair – é, somos demais. Parei.

– Olha o que você faz comigo, Pedro Ramos. – Eu disse enquanto me livrava de sua calça de moletom cinza, relevando sua boxer de cor vermelha, que me fez ter pensamentos nada puros.

– Acho que você nunca parou pra pensar no que você faz comigo. – Ele me olhou e eu percebi certo brilho em seus lindos olhos . Isso me encantava mais que tudo.

Abri os olhos e vi Pedro ainda dormindo. Eu estava com a cabeça apoiada em seu peito, que subia e descia conforme sua respiração tranquila. Ele era um anjo, eu estava quase convencida disso. Parecia que ainda era bem cedo. Observei Pedro por mais alguns minutos, passei a mão por seus cabelos e ele pareceu despertar.

– Desculpa, não queria te acordar.

– Bom dia, meu amor. – Ele sorriu sonolento, que coisa mais linda. Pode chamar a NASA?

– Bom dia pra você também. – Eu sorri e fiz carinho em seu rosto.

– É muito clichê se eu disser que queria acordar assim todos os dias?

– É. – eu ri.

– Mas eu queria acordar assim todos os dias.

– Que horas são? Estou com fome. – Eu fiquei de joelhos na cama, muito macia, diga-se de passagem, gostaria de ficar pulando nela. Percebi que eu usava apenas uma camiseta grande de Pedro.

– Você está sempre com fome. – Ele riu e me fez deitar de novo ao seu lado – O que você quer de café da manhã? – Ele me deu vários beijinhos.

– Ah, não sei... Talvez panquecas. – Fiz uma cara de pensativa – E suco de laranja, ou talvez de morango, não sei, sou indecisa.

– Estou vendo, né. – Ele riu e ficou por cima de mim, prendendo meus pulsos na cama, sem machucar, claro. Ficou me encarando sem falar nada, conseguiu me deixar sem graça.

– Que foi? – Eu ri.

– Depois de... Hm, tudo que aconteceu, significa que estamos bem?

– Estamos ótimos. – Ele pareceu surpreso com a minha resposta. Até eu fiquei surpresa comigo mesma.

– Mas de que jeito? Vamos voltar a ser amigos e fingir que nada aconteceu ou...

– Você pode me dar um tempo?

– Posso, claro. – Ele falou, desapontando.

– Sempre vamos ser amigos. Mesmo que algum tinha a gente possa ter algo como namoro... – veja bem, eu já estava até considerando isso - ...Digamos assim, mesmo que um dia namoremos, vamos continuar sendo amigos.

– Há uma possibilidade disso acontecer? – Um sorriso brotou em seus lábios.

– Sim, por que não? – Eu sorri também – Mas por enquanto nós somos amigos com bônus, tudo bem? Preciso de um tempinho, só isso que eu peço.

– Posso te falar uma coisa?

– Pode.

– Amo você. – Ele sussurrou no meu ouvido, me fazendo sorrir.

– Posso te falar uma coisa também?

– Pode. – Ele sorriu.

– Acho que te amo, assim como você me ama.

– Isso é bom.

– Não quero te decepcionar, te fazer sofrer.

– Nem vai, e eu também não vou te decepcionar.

– Mas agora vamos tomar café? Ou eu vou desmaiar de fome, gastei muitas energias ontem, sabe. – Gargalhei.

– Awn, deve estar cansadinha, né. – Pedro ainda estava por cima de mim, me deu vários selinhos. Quem programou ele pra ser fofo assim?

Depois desse momento de mel matinal, vamos chamar assim, nós nos arrumamos, fizemos nossa devida higiene matinal e descemos pra tomar café.

Escutamos falação e muitas risadas vindo da cozinha. Quando chegamos lá, encontramos a trupe toda reunida: Bi, Duca, João e Cobra. Eles tomavam café animadamente e conversavam, quando eu e Pedro chegamos abraçados na porta da cozinha. Eles nos olharam e pararam de comer.

– Bom dia, gente. – Falei animada, e todo mundo respondeu um ‘bom dia’ em coro.

– O que é isso? Vocês não tem mais casa não?

– Na nossa casa não tem panquecas gostosas da Judith. – Cobra falou de boca cheia.

– É verdade. – João concordou.

– Vocês sabiam que eu estaria aqui? – Perguntei.

– Claro, eu passei na sua casa antes e você não estava lá, só podia estar aqui, né. – Bi falou, depois de comer sua torrada.

– É, eu perdi minha chave ontem, tive que dormir aqui. Liguei pra você e pro Duca, mas ninguém atendeu.

– Estávamos ocupados. – Duca lançou um olhar para Bi, que a fez ficar sem graça.

– Sei, sei.

– E você ficou aqui fazendo o quê?

– Coisas. – Pedro me abraçou pela cintura, mordendo minha orelha em seguida.

– Sabia que vocês iam se acertar. – Bi disse com ar de sabe-tudo.

– Eu que sabia, eu que montei o plano todo

– Sabia que tinha sido você, Duca. – Pedro olhou para o amigo – Obrigado.

– Foi tão bom assim, é? – João riu.

– Não podemos contar, é proibido para menores. – Pedro deu uma piscadinha.

– Fico feliz que estejam bem. Mas digam, é namoro ou amizade? – Bi riu.

Eu e Pedro nos entreolhamos e respondemos juntos:

– É bônus.

Rimos sozinhos, e os outros não entenderam nada.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? espero que siiim