Ela te ama, idiota! - Perina escrita por Bel


Capítulo 13
Como vai ser agora?


Notas iniciais do capítulo

Genteee mais um novo capitulo pra vcs eu AMEI OS COMENTARIOS DE VCS sempre leio todos e respondo as perguntas sei que tem uns que eu não repondo desculpa ! mas ai esta o novo cap, comentem, favoritem, RECOMENDEM, perguntem é isso bjoooos espero que gostem



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– O QUÊ?! VOCÊ TRANSOU COM ELE? – Minha amiga gritou, fazendo meia Starbucks olhar para nós duas. Eu quis matá-la e depois morrer.

– Isso mesmo, Bi, grita mais porque lá na França ninguém escutou. – Eu falei bem baixinho, com muita vergonha agora – Descrição pra quê, né?

– Desculpe, foi o choque da notícia. – Ela falou em tom normal agora – Eu não acredito nisso, vocês dois... Tão lerdos... E agora tu me diz que dormiram juntos.

– Aconteceu. – Dei de ombros.

– E você nem gostou, né? – Ela riu.

– Não posso negar que foi ótimo, mas não sei o que vai acontecer agora... Como vamos ficar.

– Ficar ficando, ué.

– Ah claro, sempre muito simples você, né.

– Vocês é que complicam! K, dá uma chance pro garoto, vocês estão se gostando, tem tudo pra dar certo.

– Mas eu...

– Mas nada! O que te impede de dar uma chance?

– Nada. – Falei bem baixinho, mas Bi ouviu.

– Então... Se joga. – Ela riu.

– E se eu quebrar a cara? Talvez não esteja preparada. E se ele aprontar igual ou pior que o Victor?

– Eu arrebento a cara dele. – Ela falou séria, e eu tive que rir da cara que ela fez.

– Não ria, é sério. Só não bati no Victor pois não tive oportunidade. Ainda.

– Valeu, valentona. – Fiz joinha pra ela.

– Escuta, por que não liga pro Pedro?

– Agora?

– É. – Ela pegou meu iPhone que estava em cima da mesa e me entregou.

– Não sei... Ele deve estar ocupado.

– Não vai saber se não ligar.

– Não quero ser chata.

– Liga!

– Tá, tá, espera. – Disquei rapidamente o número de Pedro e esperei que ele não atendesse, mas sabe como é, sou uma sem sorte mesmo.

– Alô? Ah, oi K. – Uma voz atendeu do outro lado da linha. Não era Pedro.

– Cobra...?

– Sim, sou eu

– Pedro está por ai? – Eu olhava para Bi, que me olhava com curiosidade.

– Sim, está aqui do meu lado, vou passar pra ele. Beijos.

– Beijos, Cobra.

– Er, oi K.

– Fala com ela, cara. – Ouvi alguém dizer lá do outro lado da linha.

– Tá muito ocupado?

– É, na verdade eu estou...

– Ah! Então eu te ligo mais tarde.

– Tá bom, tchau. – Ele desligou rapidamente, quase na minha cara, e eu não entendi.

– O que ele falou?

– Ele praticamente desligou na minha cara, acho que não quer papo. Disse que está ocupado...

– Então é isso.

– Mas ele... Sei lá, estava estranho.

– Coisa da sua cabeça, aposto.

– Talvez a noite não tenha sido muito boa pra ele. Ai meu Deus!

– Para de palhaçada, Duarte! Ele só estava ocupado, nada de mais. Para de pensar besteira.

– Ele não gostou, foi isso. E agora não tem coragem de dizer isso pra mim.

– Você está parecendo uma adolescente virgem que ficou com o cara popular da escola. – Bi rolou os olhos.

– Tudo bem, vou parar de pensar nisso. – Respirei fundo – Vamos falar sobre a próxima edição da revista.

– A bruxa da Chloe me encheu de trabalhos!

– Aposto que está aumentando, nem deve ser tanta coisa assim.

– Pare de defender aquela bruxa em sua forma humana.

– Não estou defendendo. – Eu ri.

– Pois parece.

– Bi...

– Fala.

– E se o Pedro estiver me evitando?

– Ai minha nossa senhora do meio fio, me dá equilíbrio! Ele não está te evitando, criatura.

– Assim espero. – Suspirei.

A verdade é que eu estava com medo de Pedro não querer mais falar comigo, não sei por quê. Pelo menos pra mim, a noite de ontem foi, de certa forma, importante. Mas e se ele ficasse constrangido? Se ele achasse que as coisas agora precisam ser diferentes? Se ele achar que não podemos mais nem ser amigos?

Pedro’s POV

– Dude, você transou com ela e agora a fica evitando? Isso não se faz com uma garota.

– Como se você entendesse muito sobre elas, né João. – Eu rolei os olhos.

– Man, ela deve estar pensando que você não gostou ou algo assim, meninas sempre pensam essas coisas. Elas querem que você ligue no dia seguinte, diga que foi ótimo, mande flores, coisa de mulher. – Falou Cobra, o especialista.

– Eu não sei se devo falar com ela agora, não sei como vai ser...

– Como vai ser o quê? Vão se falar normalmente, cara! – Duca, que até agora mexia no notebook, se pronunciou.

– Ela é minha amiga. Mesmo que eu tenha um certo interesse nela, vai ser estranho! Nós transamos.

– Pedro, você era virgem ou algo assim? – Duca me olhou – Porra! Aja como homem e vá falar com ela, aposto que a uma hora dessas ela deve estar pensando mil besteiras.

– É, dude, você está pisando na bola a evitando dessa forma.

– Não sei, dudes, não sei. Vai ficar um clima muito estranho agora, eu não devia ter dormido com ela.

– Dormiu por que então?

– Como assim por quê, Cobra? Ela ali na minha frente, de roupão, totalmente hot, provocante mesmo sem saber, eu não aguentei.

– Uh, posso imaginar. – João fez uma cara de pervertido.

– Pode imaginar também um soco na sua cara? – Eu disse, sério.

– Uh, só estava brincando. Ficou com ciúmes da K! – Ele riu.

– Pedro tá gamado.

– Não tô não!

– Tá sim, está escrito em sua testa, dude.

– Ah, tudo bem... Não vou mentir, eu realmente estou gostando dela, mas ela é complicada.

– Todas as mulheres são, meu caro.

– Eu já disse, Pedro, conquiste-a.

– Eu não sei se isso vai funcionar, Duca. Nem se falando direito a gente tá, e vamos ficar assim por um bom tempo, até as coisas voltarem ao normal.

– Acho que vamos ter que dar um jeito nisso. – Duca olhou para os outros dudes e eles trocaram olhares cúmplices. Não entendi nada, mas sei que viria merda por aí, só pode.

– Nem pensem em aprontar nada.

– Ninguém nem falou nada, para de ser paranótico, Pedro.

– AH! VOCÊS ESTÃO AQUI. – Fletch entrou gritando na sala – ESTAMOS ATRASADOS!

– Para...?

– Tarde de autógrafos!

– Ah, é. – João pareceu se lembrar – Tá na hora.

– Eu tô com fome, quero lanchar.

– Por que não comeu antes, Cobra?

– Porque antes eu não tava com fome, não é óbvio? – Cobra fez uma cara engraçada.

– É só pedir pra alguma fã levar lanche pra você, aposto que elas não vão se importar. – João riu e começou a mexer em seu iPhone – Vamos twittar isso.

– Vocês podem parar de papo, por favor? Andem logo, o carro para nos levar até o local da tarde de autógrafos já nos espera lá em baixo. – Fletch disse em tom mandão, sempre.

– É bom que alguém leve o meu lanche mesmo, eu não quero morrer de fome. – Cobra resmungava e nós seguíamos para fora da sala. Em poucos minutos já estávamos dentro do carro, indo para a tarde de autógrafos.

Pedro’s POV off

Estava em casa, terminando de me arrumar para ir jantar com Bi e os guys em um restaurante italiano. É claro que eu não estava muito afim de ver Pedro, não sabia como seria, o que falaríamos. Com certeza ficaria um clima estranho depois do que houve, e tá mais do que na cara que ele não quer papo comigo, mas... Vocês já conhecem a minha querida amiga Bi né, ela ficou tagarelando sem parar no meu ouvido até me convencer de ir.

Escutei meu celular tocando na sala e corri pra atender, devia ser Bi me apressando.

– Oi, Bi! Eu já estou terminando de me arrumar, ok? Sem pressa, por favor.

– K... Er, eu não vou poder ir.

– O quê? Como assim? Você falou tanto, agora vai ter que ir ou eu não vou também.

– Não! Você tem que ir. Eu não posso mesmo ir, me desculpe, mas os meninos ainda vão, eles estão te esperando. Não os deixe esperando e vá bem linda.

– Mas me explica por que você não vai.

– Depois eu te conto tudo, se divirta, beijos.

– Mas... – Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, ela já tinha finalizado a ligação.

– Droga! – Falei sozinha.

Bi não vai, mas eu não posso furar com os meninos, certo? E também não vou deixar eles esperando - pelo que ela me disse, eles já devem estar chegando ou já estão no restaurante, melhor eu correr. É só eu ignorar o Pedro e tudo vai ficar bem, não é mesmo? E afinal, o que pode acontecer, eu ficar sozinha com o Pedro e ter que falar com ele? HAHA óbvio que isso não vai acontecer.

– Pedro, onde estão os outros? – Pedro estava parado em frente ao restaurante, sozinho. Desejei mentalmente que eles estivem ido a algum lugar e já estivessem voltando, sério.

– Boa noite pra você também, K. – Ele sorriu sem mostrar os dentes.

– Onde estão os outros, pode responder, por favor? E boa noite. – Falei sem emoção. Ele queria o quê? Que eu fosse simpática? Ninguém mandou ele me ignorar mais cedo no telefone. Fez pouco caso de mim, agora aguenta.

– João e Cobra não vão vir, eles me ligaram dizendo que estão com dor de barriga por que comeram algo que umas fãs deram pra eles, e Duca... Hm, Duca não chegou ainda, nem ligou.

– Oh, pobres João e Cobra, tomara que melhorem.

– E onde está Bi?

– Ela não vai vir.

– Por quê?

– Ela não disse.

– Aposto que está com Duca.

– Será?

– De certo.

– Hm, enfim, eu não deveria estar falando com você, então, com licença, vou embora. – Eu dei as costas para ele e, antes que eu pudesse dar um passo, ele me segurou pelo braço, me fazendo virar para olhá-lo.

– Por que não deveria estar falando comigo? – Ele me olhou de um jeito profundo. Tão profundo que eu quase me esqueci que estava irritada com ele.

– Me solta, Ramos!

– Não, não vou soltar e... – Ouvimos uma música do Yellow Card começar a tocar: era o celular de Pedro – Espera um minuto. – Ele tirou o aparelho do bolso e atendeu.

– Duca! Você não vem, dude? Eu e a K estamos esperando... É, eu e a K, só eu e ela, os outros não vem, nem a Bi... Como assim? Você tá com ela? Fala logo... Que mané explicar depois o quê, man... Vai se foder, Duca! Eu sabia que isso era armação de vocês. Então aquelas bichas não estão com dor de barriga porra nenhuma, né? Eu sabia... Cala a boca, Duca! Vocês não valem nada... A K vai querer ir embora... O quê? Não vou aproveitar nada... Quer saber, tchau dude.

Pedro desligou o telefone, me parecia irritado.

– O que houve? Ninguém vem? – Resolvi perguntar, e ele olhou para mim.

– É, aparentemente aconteceu algo com todos, os impedindo de vir até aqui.

– Duca está com Bi?

– Ele deu a entender que sim, acho que estão todos juntos.

– Todos? Isso me cheira a armação. O que está acontecendo, Pedro?

– Nossos amigos armaram pra gente, pra podermos...

– Ficar sozinhos.

– É.

Concluímos isso.

– Mas não deu muito certo. Estou indo embora, tchau.

– Ei, espera! – Ele me puxou pelo braço mais uma vez.

– Ai, me solta, Ramos! Parece até que tem necessidade de ficar me pegando, eu hein.

– Talvez eu tenha mesmo. – Ele me puxou pra mais perto. Eu não estava gostando nada daquilo.

– Vamos jantar juntos, precisamos conversar.

– Eu não tenho nada pra falar contigo.

– Nem sobre a nossa noite passada? – Ele falou em meu ouvido, e eu senti minhas bochechas arderem. Pareço uma menininha idiota perto dele, que saco.

– Nós tivemos uma noite? Ah é, eu já havia me esquecido.

– Eu sei que você lembra. Não foi boa pra você? – Ele falava de um jeito sedutor. Imaginei que qualquer fã daria um rim para estar ali. Mas eu não, eu queria ir embora e ver tv sozinha na minha casa, e talvez eu comprasse um gato. Tá, esquece isso do gato.

– Foi boa pra você? – Fiz a mesma pergunta.

– Perguntei primeiro. – ele deu um sorrisinho - Quer saber mesmo? Posso te contar depois do jantar.

– Não vou jantar com você, Pedro.

– Então K, o que vai pedir? – Ele sorriu para mim e analisou o cardápio, o garçom estava esperando nós nos decidirmos. Sim, eu ia jantar com ele. Ele ameaçou fazer um escândalo na frente do restaurante, ele chegou a ficar de joelhos, me fazendo passar a maior vergonha na frente de todos. Então me rendi, afinal, estava morrendo de fome. Mas ele não precisava saber disso.

– Qualquer coisa, pode ser o mesmo que você pedir.

– Então por favor, pra nós dois: espaguete com almôndegas. – Ele olhou para o garçom, que anotou o pedido e logo saiu – Gosta?

– Muito. – Dei um meio sorriso – Mas isso não significa que vamos conversar. – Eu tirei logo o sorriso do rosto.

– K... – Ele tentou pegar minha mão, mas eu não deixei – Duca tem razão, precisamos conversar.

– Se você quisesse conversar comigo não tinha feito pouco caso de mim quando eu te liguei. Você não estava ocupado coisa nenhuma! Estava me evitando, e agora vem com esse papo de conversar e tenta me seduzir, eu não sou uma garotinha que cai na sua lábia, Pedro Ramos, sou uma mulher diferente, do tipo que você não está acostumado a lidar.

– Me desculpe por isso, K. Eu estava nervoso, não sabia o que falar com você, foi isso. Fiquei com medo.

– Medo? De quê? Faça-me o favor, Pedro!

– Medo das coisas ficarem estranhas, não quero isso.

– Nem eu. – Falei baixinho, mas acho que ele ouviu.

– Olha, você quer saber mesmo se a noite foi boa, vou te dizer: foi incrível, e eu acho que nem precisava dizer isso, está escrito na minha cara.

– Não precisa mentir, Pedro.

– Não estou mentindo, gatinha. Eu amo você, quero ficar com você. Eu já me convenci disso, preciso convencer você agora.

– Pedro, eu não...

– Não o quê? Você não sente o mesmo?

– Eu gosto de você, mas é confuso... Eu não sei se é do mesmo jeito, se é o mesmo sentimento que você sente.

– Você vai ver que é. Você me ama, eu sei disso.

– Desculpe. – Eu abaixei a cabeça.

– Deixa eu conquistar você, vou te mostrar que temos que ficar juntos.

– Talvez eu não esteja preparada pra encarar um novo relacionamento. O meu último não teve um final feliz, e ainda é recente.

– Já faz meses, K. E eu não vou te fazer sofrer. Eu te amo, de verdade.

– Pedro, acho que é muito cedo pra...

– Não é nada cedo. Nós nos conhecemos, viramos amigos e eu me apaixonei por você. Acredita em mim, não duvida do meu amor. Todo mundo já se ligou que eu te amo, que eu quero você, só você que não. Me dá uma chance. K, eu estou aqui pedindo um pouco do teu amor, porque eu já não aguento mais não ter você, te ter como amiga, te ver e não poder te beijar, te ter nos meus braços. Estou cansado de esperar, não consigo mais aguentar. Tenho que te dizer: te amo.

Quando eu ia abrir a boca pra falar algo, tentar responder, pois eu estava sem palavras, o garçom trouxe a nossa comida, e então tudo que eu conseguir dizer foi:

– Vamos comer? Bom apetite.

Pedro suspirou pesadamente, parecendo ‘’desistir’’ de alguma coisa. Comemos em silêncio e não trocamos mais nenhuma palavra.


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Notas finais do capítulo

Gente vou postar mais dois cap hoje ou só mais um, e dps só amanhã mesmo bom como eu sempre digo comentem, favoritem, RECOMENDEM, perguntem e espero que tenham gostado beijoooooooooooooooos