The Legitimate and The Bastard - INTERATIVA - HIATUS escrita por Isa, MARVEL


Capítulo 3
Capítulo II - "Não me chame de senhor. Faz-me sentir que sou um velho"


Notas iniciais do capítulo

Demoramos? Muito! E nós desculpem por isso! Mas aí está o cap, esperamos que gostem! Próximo cap tem as selecionadas! Quem será? Mdkzbzksjaakja



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O trio de crianças Reais caminhava em fila em direção a um quarto que eles haviam transformado em seu QG. Cada qual carregando algo que haviam “furtado” da cozinha, algum tempo atrás os supostos gêmeos haviam pegado alguns doces e levado para o quarto para que pudessem comer e conversar, aquilo logo se tornou um costume entre a dupla que agora tentava incluir a irmã mais nova em suas aventuras da madrugada. Os funcionários da cozinha descobriram logo após a segunda noite, mas ainda assim mantinham isso em segredo, que mal tinha deixar os jovens se divertirem um pouco?

– Isso é tão errado... – Suzanne cochichava para George, os dois caminhavam alguns passos atrás de Louis. A menina com seus 12 anos, era a mais responsável em todo o palácio. George acreditava que ela devia ser a Rainha e não ele e Louis.
– Se você se sente tão mal em descumprir as regras fique do quarto da próxima vez. – George respondeu e empurrou de leve a princesa com o ombro.

Olhando de longe não pareciam ser da realeza, pareciam crianças normais. Daquelas que vão a escola, saem para brincar no parque, que leem contos de fadas ao invés de viver dentro de um. Isso era tudo que Louis gostaria de ser. Não que ele fosse mal agradecido, muito pelo contrário, ele amava sua casa e sua família, mas às vezes achava que seria legal poder sair por ai, sentir a liberdade. Era nessa liberdade que ele pensava naquela noite enquanto liderava o grupo em direção ao quarto que ele e o irmão haviam descoberto durante uma de suas aventuras noturnas quando ele ouviu um barulho alto, como se alguma janela se quebrasse. O ruivo deu alguns passos para trás para ficar escondido atrás de um grande vaso ao lado dos irmãos e foi então que o trio se surpreendeu ainda mais. Do quarto que funcionava como seu esconderijo saiu um Maxon enfurecido, eles não puderam ver direito mas podiam apostar que enxergaram um nariz avermelhado e olhos marcados de lágrimas.

– O papai está chorando? – Suzanne perguntou em um cochicho alto.

– Fique quieta, Su. – Louis retrucou um pouco mais alto do que ela fazendo com que George esticasse os braços e tapasse a boca dos dois, mas acabou fazendo ainda mais barulho e despertando a atenção do Rei.

– Quem está ai? – Ele perguntou girando pelo corredor. – Eu ordeno que apareça agora!

– Somos nós, papai. – Suzanne entregou o grupo, envergonhada. Ela descumpriu a “regra 3- Jamais entregue os participantes da missão” do livro de regras que George e Louis haviam escrito alguns dias atrás.

– Suzanne? – Maxon forçou um sorriso. – O que você está fazendo fora da cama a essa hora?

– Eu estava pegando comida na cozinha com George e Louis, papai! Me desculpe! Foi tudo ideia deles! – Ela abraçou o pai com força e o fez rir.

– Suzanne! Você acabou de ser cortada do grupo! – Louis apoiou a torta de morango, que já pesava em suas mãos, no sofá que havia no corredor.

– Nós nunca mais vamos te contar nada! – George completou, fazendo o sorriso de Maxon aumentar.

– Vou deixar vocês escaparem dessa. – O rei disse bagunçando o cabelo dos filhos mais velhos. – Mas é só porque eu estou morrendo de fome. Para onde vamos agora?

George apontou a porta do quarto com a cabeça, voltando a pegar a garrafa de suco de laranja e os copos, Maxon olhou apreensivo em direção ao quarto mas seguiu os filhos até lá.

– Pai? – Louis chamou baixinho e Maxon passou um dos braços por cima dos ombros do filho, murmurando para que ele continuasse a falar. – O senhor estava chorando?

– Chorando? É claro que não! – Maxon respondeu. – E não me chame de senhor. Faz-me sentir que sou um velho.

– Desculpe, papai. Por que você estava chorando?

– Eu só tive uma crise de alergia quando fui ver o banheiro. Uma criada quebrou o espelho e tem poeira para todo o lado.
Louis fingiu acreditar naquilo e sentou-se ao lado de George encostando-se no pé da cama.

– Por que ninguém usa esse quarto, papai? – Suzanne foi a primeira a se manifestar enquanto olhava ao redor.

– É um quarto de hóspedes, querida. – Maxon respondeu enquanto cortava alguns pedaços da torta. – E você sabe como sua mãe odeia visitas.

– Alguém já dormiu aqui antes? – Foi a vez de George perguntar com a boca cheia de torta de morango.

– Várias pessoas. – Maxon disse, piscando longamente tentando afastar as memórias felizes que ele e America tiveram naquele lugar. Ele poderia esquecer daquilo por alguns minutos, mas bastava olhar para Louis outra vez e ele se lembraria de como ele foi tolo deixando-se levar pela emoção e fazendo uma escolha que mudou completamente sua vida. As coisas seriam diferentes agora se ele tivesse escolhido America, era ela quem seu coração queria. Somente ela.

– Lou? Você já dormiu? – George perguntou tentando enxergar o corpo do irmão no escuro. Maxon havia permitido que os três irmãos dormissem juntos em um dos quartos de hóspedes.

– Não. – Louis respondeu revirando-se na cama de casal tomando cuidado para não machucar a irmã que havia acabado de pegar no sono.

– Você acha que o papai vai contar para a mamãe?
– Não... Ela brigaria com ele também. – Os dois riram baixo.

– Você percebeu como ele estava esquisito?

– Você também percebeu? Tenho certeza que tem alguma coisa a ver com aquele quarto.

– Vamos investigar isso direito amanhã a noite. – George sugeriu e Louis concordou com um murmurinho.

– Parem de falar! – Suzanne abriu os braços para empurrar os dois irmãos ao mesmo tempo. – Amanhã nós temos que acordar cedo para aquele evento chato com a mamãe.

Nenhuma resposta foi ouvida e logo todos estavam dormindo, diferente do que acontecia no andar de cima.

Maxon saia devagar do quarto de Amélia, sua filha mais nova. Seu nome era uma homenagem a sua amada, ele ainda não podia se conformar que teve o amor de sua vida nas mãos e a deixou ir embora. Ele entrava em silêncio no quarto principal tentando não acordar sua esposa.

– Aonde você estava, Maxon? – Ela respondeu acendendo o abajur e cruzando os braços.

– Escritório.

– Você estava naquele quarto de novo? Eu sabia que deveria ter destruído tudo quando pude. – Ela resmungou enquanto Maxon virava-se de costas para ela na cama.

Logo ela retornou para seu sono e Maxon fingiu fazer o mesmo, mas passou grande parte da noite fantasiando uma vida diferente ao lado da mulher que ele amou de verdade.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Kissus