– Meus pêsames, Beatrice. – Kimberly disse – Que ele descanse em paz.

– Obrigada, Kimberly. De coração. – Beatrice disse – E Amelia, onde está?

– Está vindo com uma colega dela. – Kimberly falou – Logo ela chega.

Amelia ajeitou seus cabelos e seu vestido preto também, longo, que ia até os pés. Passou seu batom vermelho e pisou na escada da igreja. Ela abraçou Beatrice, e se sentou perto de Kimberly, Valentina e Carl. Do outro lado da igreja, estava Ashley, Weasley e Donna, e mais pra frente, Esther Jorney com seu marido. Eles haviam feito as pazes.

– Tudo bem, Amelia? – Kimberly perguntou – Você devia se sentar com os pais de Ethan.

– Acho que não. – Amelia falou séria.

– Tudo bem.

– Não, Kimberly, não está tudo bem. – Amelia retrucou.

– Ok. – Kimberly disse – Você está...

– Sim, estou com raiva. Eu quero matar qualquer pessoa que me confrontar. – Amelia disse – Espero que Weasley lance aquela maldição e suma com Joanna.

– O que? Weasley te contou sobre... a maldição? – Kimberly perguntou.

– Ele me conta tudo. Não é possível que até hoje você não percebeu. – Amelia falou – É isso. Ethan morreu. Mas Joanna também irá.

– Ela já está morta. – Kimberly falou – Esqueceu?

– Ela irá sumir, então. Irá descansar. – Amelia falou – Que nem Ethan.

– Eu não descansei. – Ethan disse – Eu estou aqui, como fantasma, porque eu ainda te amo.

– Você... está aqui? – Amelia perguntou.

– Estou dentro daquele caixão. – Ethan falou – Isto que você está vendo é minha alma. Eu te amo.

– Com quem está falando, Ame? – Kimberly perguntou – Sente-se.

Quando Amelia olhou novamente para Ethan, ele havia sumido.

– Com ninguém. – Amelia disse – Vamos dizer... comigo mesma.

– Neste dia 15 de Janeiro, nós estamos aqui, no funeral de Ethan Miller, filho de Beatrice Huner Miller e Joshua Huner, também falecido em 1997. Que Deus sempre acompanhe a alma deste jovem. – o padre disse – Amém.

– Amém. – Kimberly falou – Vamos embora, ou vai para o enterro?

– Vou para Dixonwoody. – Amelia disse – Acabei de assinar o pacto, irmã.

– Como? Weasley está com Ashley, logo ali. Ele não deu nenhum papel para você assinar. – Kimberly gritou – Não fique doida, Ame.

Todos olharam para as duas, e novamente olharam para o padre, e continuaram rezando.

– Assinei gratuitamente pelo site. – Amelia disse – pactdixonville.com é uma boa.

– Você não podia fazer isso! Agora você também corre perigo. – Kimberly disse – Porque você fez isso?

– Eu corro perigo desde quando descobri sobre o pacto. Eu fiz isso porque eu quero banir Joanna. Eu quero fazer com minhas próprias mãos. – Amelia falou.

– Isso você nunca conseguirá fazer. – Kimberly falou – Quem faz isso é Weasley. Você acabou de entrar, ele foi quem fundou o pacto e toda essa ladainha.

– Vamos embora. Não quero mais ficar para o enterro. – Amelia disse – Preciso refletir sobre tudo isso, agora.

Amelia abriu sua bolsa e passou mais batom, e levantou-se. Entrou no carro de seu pai junto de Kimberly, e o motorista as levaram para casa.

– Alô? Ash? Está no funeral ainda? – Kimberly perguntou – Amelia assinou o pacto. Agora o plano mudou.

– Porque o plano mudou? – Ashley perguntou – Tudo acontecerá da mesma forma.

– Se vocês querem assim, tudo bem. Então nem vamos falar nisso. – Kimberly disse – Não se esqueçam. Amanhã é o encontro do pacto na floresta, e desta vez Amelia vai. Ela irá querer se vingar de Joanna, e isso tudo soa muito perigoso.

– Eu sei que você pensa assim, mas sua irmã não é assim. – Ashley disse – Kim, você precisa conhecê-la. Amelia é uma pessoa muito boa.

– Eu sei, Ashley. Eu sei. – Kimberly concluiu – Eu ando muito preocupada com tudo isso. Eu quero me livrar dos fantasmas mas acho tudo isso muito perigoso!

– E só termos fé que tudo dará certo. – Ashley falou – Eu espero que você esteja realmente preparada...

– Preparada para quê? – Kimberly perguntou – Não é a primeira vez que vamos nos acampar em Dixonwoody. A primeira vez aconteceu coisas horríveis mas quando fui pela segunda vez somente com Weasley, coisas maravilhosas aconteceram. Eu só estou com medo das criaturas que substituirão os fantasmas.

– Weasley irá lançar a maldição amanhã e precisamos estar preparadas para enfrentarmos essas criaturas! – Ashley falou – Quanto mais rápido, melhor.

– Weasley irá lançar a maldição amanhã? – Kimberly perguntou – Mais isso é... loucura. Ele me disse que esperaria! Como ele pode fazer isso, com Tracy na cadeia?

– Ele disse que quanto mais rápido, melhor. Talvez coisas melhores aconteçam depois dessa maldição, Kim. – Ashley disse – Por favor, não complique as coisas.

– Eu? Complicando? Quem está complicando tudo é você, que está com meu namorado a mais tempo que eu, que está fazendo a cabeça dele, para que ele realmente lance essa maldita maldição. – Kimberly gritou – Você está andando na contra mão do mundo!

– Todos querem assim. Assim será. – Ashley falou – Tchau, Kimberly. Simplesmente não sei o porquê de você estar agindo assim. Está ficando louca.

– Tudo bem, até amanhã.

Kimberly desligou o telefone e jogou-o na cama. Pegou o copo que estava em sua escrivaninha, e bebeu toda a água junto de um remédio para dormir.

– Estava falando com Ashley, certo? – Amelia perguntou – Por que está sendo tão injusta conosco?

– Eu não sei. Eu não devo saber mesmo, Ashley acabou de dizer que estou ficando louca e eu acho que é isso mesmo. Estou enlouquecendo, cada vez mais. – Kimberly falou – Se me der licença, agradeço. Após tudo isso me internarei em uma clínica em Southamptons.

Dia seguinte...

– Pegou a câmera fotográfica? – Kim perguntou – É sempre bom tirar fotos, para que nós vejamos realmente o que aconteceu depois que a maldição for lançada.

– Você quer tirar foto? – Amelia perguntou – Se você tiver tempo, certo?

– Não, Amelia. Eu IREI tirar fotos, seja o que acontecer. – Kim falou – Você sabe. Ninguém nunca me impediu de fazer o que eu gosto. E já que estou ficando louca, quero recordações de quando um dia fui sóbria.

– Você anda bebendo cervejas novamente? – Amelia perguntou.

– Eu não bebo desde aquela noite, em que estávamos bebendo juntas e tal. – Kim falou – Pois bem. Prefiro não falar sobre. Não é bebida que está me deixando louca.

– Você não está ficando louca, irmã. – Amelia a abraçou – Eu sei que é muita pressão em torno de tudo isso, mas está acabando. Eu te amo, Kim, por favor, fique conosco. Nós iremos destruir aqueles fantasmas miseráveis!

Weasley buzinou do lado de fora. Quando olhou no relógio, era nove e quarenta da manhã. O acampamento estava marcado para as treze, porém, eles tinham que chegar mais cedo, caso houvesse algum problema para entrar na floresta.

– Olá, Kim. – Ashley falou – Dormiu bem?

– Como nunca. – Kim falou – Bom dia.

– Nem um beijo? – Weasley perguntou.

– Não, Weasley. Temos muito com o que conversar. – Kimberly falou – Mas agora não é hora.

– Kim... – Ashley falou – Não fique assim, Kim, tudo vai ocorrer bem.

– Onde está a maldição? – Kimberly perguntou, mudando de assunto – É algo liquido, ou escrito?

– São versículos. Depois que eu os recitar, a coisa real acontece. – Weasley disse.

– E quais serão as consequências mesmo? – Kimberly perguntou abrindo o plástico em que o sal grosso “Griffiths” estava, e colocando uma pequena quantidade em sua boca. Ela pensava que o sal grosso que a empresa de seu pai produzia era bom. Acabou descobrindo que não.

Continua...