Zombie Attack escrita por SaraGabi


Capítulo 2
Shirou


Notas iniciais do capítulo

Estes que estou postando, já tenho eles prontos.
Boa leitura.



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Capítulo I -Shirou
Karin
Cidade de Los Angeles -02/02/2014 -04:52 a.m.

Eu suava e arfava. Me sentia quente e preguenta, mas mesmo eu adorava isso, eu aprendi a adorar. Pulei para o próximo prédio e coloquei as munições no rifle. Esse zumbi iria se arrepender de ter cruzado o meu caminho.
Com cuidado, me aproximei da borda do prédio e mirei. Já havia feito isso muitas vezes, mas em todas eu temo, pois tenho consciência de que estou matando um ser que um dia já fora humano, que já teve uma família, que já foi alguém. Eu me odeio por isso, mas é necessário. Suspirando eu atirei, acertando em cheio a cabeça do zumbi. Seu corpo caiu com um baque surdo e seu sangue manchou o asfalto, tão escuro quanto a noite.
Apertei meus olhos e respirei fundo. Eu, apesar de ter passado sete anos após a infestação, ainda espero que isso seja um sonho. Quando os abri e mirei o corpo no qual atirei, noto a poucos metros dali um rapaz no ápice da sua vida adulta, possuidor de cabelos brancos e olhos turquesas que... me olhavam?
Em sua mão, ele tinha um revolver que apontava em minha direção. Arregalei os olhos e levantei o rifler. Ele é louco ou o que? Ele não sabe que eu sou humana?
–Karin-chaaaaaan!!
Oh, não! Que hora você foi aparecer Yuzu. Olhei para minha esquerda e percebi que ela corria em minha direção e trazia algo em mãos. Oh, Senhor, dai-me paciência.
–Yuzu, não venha aqui!!
Gritei, mas parece que não adiantou. Ela continuou correndo mesmo assim, mas parou bruscamente quando percebeu o homem com o revolver. Largou as coisas que trazia no chão e paralisou. Era sempre assim quando ela ficava com medo. Mas, impressionantemente, o homem do revolver a olhou espantado e inconscientemente ele abaixou o revolver lentamente. Seus lábios estavam levementes abertos e seus olhos arregalados. Eu não posso acreditar, paixão instantânea.
Ele guardou a sua arma, sem deixar de olhar um minuto para Yuzu. Mas, do nada, correu e a abraçou.
–Ai meu Deus!! -Gritava ele. -Outro sobrevivente.
Enquanto ele dizia isso afagava ao mesmo tempo a cabeça da Yuzu. Sinceramente essa situação está me irritando. Quem esse cara pensa que é para ir agarrando a uma estranha no meio da rua!? Se bem que essa frase faria mais sentido antigamente.
Com o rosto vermelho de raiva eu mirei a pouco centímetros dos seus pés e atirei. Ele pulou e largou Yuzu. Ótimo, melhor assim. Ele com os olhos arregalados me encarou como se ele fosse a presa e eu o caçador preste a pegá-lo.
–Tire suas patinha sujas de cima da irmã, estranho.
Gritei alto e claro para a Terra, ou o que restou dela, ouvir. Observei sua face corada, ele obviamente não tinha pensado naquilo antes de fazer. Continuei observando sua face enquanto ela mudava gradualmente de envergonhada para raivosa.
–VOCÊ PODIA TER ME MATADO, SABIA!?
Gritava ele que até mesmo daqui de cima meus ouvidos doeram. Não tive tempo de responder a essa pergunta pois zumbis, uma dúzia deles, apareceram da rua de que Yuzu veio. Desesperados, o homem Yuzu correram, e é claro, do jeito que Yuzu é, não deixou de pega do chão seja lá o que for que ela trouxe consigo.
Ai Deus, não há tempo de pedir piedade por cada uma dessas almas, irei matar cada uma e o Senhor que as julgue.
Sacando meu rifler eu mirei e atirei. Um a um ia caindo e sangrando o seu "sangue", ou seja lá o que for aquilo. Quando o último caiu, eu suspirei aliviada e nem percebi que atrás de mim havia um deles. Fui perceber tarde demais quando o garoto de cabelos brancos me avisou.
Virei-me e me assustei, soltando um gritinho e inconscientemente dei um passo para trás, caindo assim de cima da construção da qual me encontrava. Infelizmente, o zumbi caiu junto.
Então era assim que eu morreria depois de quase sete anos de resistência?

Toushirou
Cidade de Los Angeles -02/02/2014 -05:17 a.m.

Agarrei o braço daquela garota estranha e corri. Quando eu a olhei pela primeira vez fiquei imaginando como ela sobreviveu todos esses sem ser morta, mas quando aquela garota de cabelos negros lá em cima disse que ela era sua irmã eu percebi como. Mas, quando todos aqueles zumbis que apareceram foram mortos eu a olhei novamente e percebi o zumbi em suas costas, tive apenas tempo de gritar um aviso a ela, mas já era tarde demais.
Tudo foi lento e agoniante. Sua queda, o zumbi logo atrás dela, o seu grito de pavor, as lágrimas finas de escorriam e voavam dos seus olhos ônix. Eu não podia deixar isso acontecer, simplesmente não podia. Não como a última sobrevivente que eu deixei morrer.
Larguei tudo, minha bolsa, minha arma, o braço da loirinha, e corri em direção a ela. Não daria tempo, mas tinha que dar, tinha.
Estiquei meus braços e torci para eu a segurar. Só de imaginar seu corpo se estilhaçando no chão meu coração se aperta e a culpa me abate, por eu não poder ter salvo mais uma sobrevivente desse inferno.
Quando seu corpo caiu com tudo em meus braços meus músculos doeram e eu cai de joelhos. Misericórdia, que menina pesada! Respirei fundo e fechei os olhos, apenas para sentir o sangue negro banhar minha face. Quando abri os olhos encontrei o corpo estraçalhado do zumbi no chão completamente destruído, o armazém não era tão alto mas os corpos dos zumbis são frágeis.
Olhei a mulher em meus braços e notei sua face corada. Mas não era por vergonha. Coloquei a mão em sua testa e confirmei minhas suspeitas, ela estava realmente com febre.
–Loirinha. Vem cá.
Chamei e ela veio. Interessante, tenho que fazer isso mais vezes.
–Karin-chan. Ela está bem!?
–Ora, mas é claro que ela não está. Ela está com febre. Queimando na verdade.
Ela fez um som muito feminino pro meu gosto como resposta.
–Não fique aí lamentando, vai achar um abrigo.
Essa loirinha lerda estava me irritando. Isso não importava. Levantei, ainda com a morena nos meus braços e esperei a outra voltar.
Enquanto ela não voltava, eu observei a face da garota em meus braços. Sua pele pálida destacava o ribor em sua face, seu nariz era pequeno e delicado como o de uma boneca, e seus lábios são rosados e carnudos, mas tão eram tão chamativos e sim levementes avantajados. Eu podia...
–Achei um abrigo!
Disse a loirinha ofegante da corrida. Nada respondi, simplesmente levantei ainda com a morena em meus braços e andei, com a loirinha a frente guiando até o abrigo. E depois de alguns minutos de caminhada, chegamos em frente a uma construção de cimento alto. Deveria ter sido, em algum momento do passado, um prédio de habitação. Entrei com a loirinha a frente segurando uma lanterna e uma bolsa preta estava em suas costas. Quando foi que ela a pegou? Mas, isso não importava agora.
Estávamos no hall de entrada, deveria ter sido belíssimo um dia, com pisos de madeira nobre que iam até a sala de espera e lustres brilhantes que deviam ter ficar lindos a noite. Mas, agora era apenas pó e entulho para todos os lados. Com a loira na frente, subimos as escadas perigosamentes perigosas, e chegamos no primeiro andar. Portas, portas e mais portas passaram por nós até que chegamos na escada que ia dar acesso ao terceiro andar. Íamos subindo normalmente quando uma piso em um degrau que estava com a madeira podre e caio de joelhos, me esforçando para não deixar a moça em meus braços cair ou acordar.
–Está tudo bem !?
A loirinha correu até mim preocupada.
–Segure-a mais um pouco, estamos chegando.
E voltou a andar. Me recompus e terminei de subir os degraus, chegando assim no segundo andar. A loira esperou eu entrar e fechou a porta das escadas, travando-a com uma barra de ferro que só Deus sabe de onde ela tirou. E seguimos caminho até a última porta a esquerda, onde tinha um quartinho estranhamente preservado e empoeirado.
–Como você...
–Já estivemos aqui, em Los Angeles, depois da infestação. Na verdade, na época, estávamos procurando nosso pai e irmão. Isso já vai fazer uns cinco anos.
–E vocês o encontraram?
Ela sorriu tristemente e respondeu:
–Sim.

Karin
Cidade de Los Angeles -04/02/2014 -23:03 p.m.

"-Yuzu, caminhe mais rápido.
Reclamei para minha irmã, que estava a metros atrás de mim. E se um zumbi a atacar? Ela não pensa nisso, não?
Faz dois anos desde a infestação. O números de zumbis ainda ultrapassa os milhões em todo o mundo. Não encontro um sobrevivente a pelo menos duas semanas. A água está infectada com o esgoto e não podemos bebê-la. Ainda não os achamos.
Parei abruptamente, fazendo assim Yuzu bater em minhas costas. Esse som. Oh, não.
–CORRE YUZU!!
Mas quanto mais corríamos, mais perto eles ficavam. E todos, sem exceção nenhuma, tinham os rostos do Ichi-nii e do Pai. Lágrimas quentes de desespero começaram a escorrer pelos meus olhos. Parecia que estávamos numa esteira, e se caíssemos, éramos devoradas.
Até que Yuzu tem seu braço segurado por um deles. Oh, Deus, por que ela? Mas eu também tenho meu braço segurado por um deles. Olho para trás e arregalou os olhos.
–Papai.
Minha voz saiu falha e num sussurro. E ele me devorou."
Arregalei os olhos e minha respiração acelerou. Foi um sonho, um terrível e doloroso sonho. Passei minha mão pelo meu rosto. Suado e preguento. Levantei meu tronco e olhei ao redor. Yuzu estava no pé da cama e o homem de estranhos cabelos brancos estava em uma cadeira de metal comendo seja lá o que for, e havia também uma fogueira no canto do cômodo. Os dois me encaravam cheios de expectativa, Yuzu principalmente.
–Como se sente, Karin-chan?
–Bem. Por quê?
–Você dormiu por quase três dias. Pegou uma pneumonia.
Quem havia respondido agora era o homem de cabelos brancos. Ela agora colocava uma colherada cheia de comida na boca e com isso, suas bochechas inflaram com a comida. Semprei achei isso nojento, mas nele ficou fofo. Mas não darei meu braço a torcer apenas por isso.
–E quem seria você !?
Não sei dizer se ele esperava ou não essa pergunta, não com o olhar estranho que ele me lançou. Colocando a vasilha com comida de lado ele se levantou, limpou a mão na calça jeans (o que na minha opinião não resolveu muito, já que a calça estava da cor do chão) e a estendeu para mim.
–Toushirou. Hitsugaya Toushirou. Muito prazer.
Shirou significa branco. Combina.

"Não posso descrever com palavras a sensação de ter você a metros de mim. As dúvidas me enlouquece..."


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Notas finais do capítulo

Perdoem-me os erros de português.



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