Prólogo
Cidade de Karakura -19/07/2007 -15:22 p.m.

Corria o máximo que as minhas pernas deixavam, mas não era o suficiente. Eles estavam me alcançando. Virando outra esquina, avistei Yuzu cercada por um grupo desses monstros.
-Yuzu!!
Berrei e saquei a faca de cozinha que havia pego em algum lugar pelo caminho. Levantei-a e abri caminho as cegas, até chegar nela. Pegando sua mão, a puxei e corri. Sempre me defendendo com a faca de cozinha.
~*~
Ofegante, eu olhava de um lado para o outro. Nada. A barra estava limpa. Peguei novamente na mão da Yuzu, porém ela soltou bruscamente. Olhei-a e ia abrir minha boca para falar quando ela disse:
-PARA! Você está me assustando com tudo isso. O que está acontecendo?! Onde está o papai e o Oni-chan?! Quem são aqueles que estão tentando nos matar e por quê?!
Lágrimas desciam por seus olhos e ela ofegava de desespero e pavor. Eu também estava apavadora e eu também queria que o papai estivesse aqui para nos abraçar e dizer que estava tudo bem, mas, a verdade é que eu nem posso dizer se ele está vivo quanto mais dizer que tudo ficará bem. Mas a verdade não dita, mas que todos nós sabemos, é que nada está bem.

Toushirou
Cidade de Los Angeles -02/02/2014 -04:07 a.m.

Medo. Pavor. Desespero. Lágrimas. Zumbis.
Tudo passou pelos meus olhos como um flash quando o vírus se espalhou. E a partir do momento que isso começou, todos os seres vivos desse planeta estavam acorrentados a morte.
A esperança morreu, junto com um quinto do planeta. Começou pela América, mais exatamente nos Estados Unidos. Depois pela África, Europa e, finalmente, Ásia. Algumas pessoas de diferentes continentes tentaram, em vão, curá-los. A única coisa que fizeram foi agravar mais a situação.
A eletricidade acabou. O transporte está escasso. E você não pode mais andar na rua sem encontrar um zumbi.
Não encontro outro sobrevivente a, pelo menos, cinco meses.
E mesmo com o mundo acabando aos poucos, essa porcaria de sol não deixou de nascer um dia.
-É melhor eu ir andando.
Levantei e joguei a latinha da cerveja que eu tomava ali mesmo, no chão da "Cidade dos Anjos". Virei-me e dei uma olhadinha nas letras mais conhecidas do mundo. HOLLYWOOD. Se bem que agora ficou "HOLOD", os zumbis a destruíram no começo da infestação.
Suspirando, sacudi a poeira e peguei minha bolsa.
-Agora, irei procurar sobreviventes. De novo.
E segui meu caminho em direção ao nada.
~*~
Comida. Eu precisava de mais comida, pois a que eu tenho está acabando. E, também, eu não deveria ter tomado aquela maldita cerveja. Droga, agora estou mijando a cada cinco minutos.
Virando uma esquina eu encontro um zumbi. Coitado, estava quase caindo de fome, mas ao me ver criou do nada uma energia louca e correu, ou melhor, cambaleou até mim.
Ia sacando minha pistola quando ouve-se um tiro e o zumbi cai morto no chão, seu sangue negro escorrendo por todo o asfalto.
Entro em posição de luta e pego o revolver. Olho para cima, num armazém antigo, e lá se encontrava uma garota de cabelos e olhos negros segurando um rifle na mão.
Hoje não é o meu dia de sorte.