Com Os Braços Bem Abertos escrita por FreudDepre


Capítulo 6
O Mistério da Morte Na Sauna Automatizada


Notas iniciais do capítulo

Rino e Takeshi vão à casa de Seo e conhecem os outros membros da Triple B. Em meio a conversas e jogos, Rino descobrirá diversas informações sobre as pessoas ao seu redor.



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– Rino? Rino!!!

Levanto no susto, após Takeshi me cutucar.

– Minha mãe falou que você pediu que te acordasse quando eu chegasse. O que houve?

Ao ouvir as palavras de Takeshi, corro e olho o relógio. Marcava 18h!

Corro então cara o banheiro, quando me lembro que preciso avisar o meu novo irmão.

– É o seguinte: Seo nos convidou para uma festinha na casa dele daqui a pouco, sete horas.

– Mas nem por todos os autógrafos dele!

– Ué, por que, Takeshi? Você parecia adorar a banda dele...

– Eu curto o Triple B. Não me entenda mal, Rino. Mas eu estou exausto. Não tenho condições de sair para socializar. Não hoje.

– Mas Takeshi...

Eu estava convicto de que ele iria, então fiquei um pouco surpreso. Naquele momento, a empolgação de sair com um amigo deu lugar ao desconforto. Com ele ao meu lado eu me sentiria seguro no novo ambiente que seria o círculo de amizades do Seo.

Eu já estava pegando o telefone para cancelar, quando o indisposto põe a mão em cima do aparelho em nossa no quarto e diz:

– Ok. Você com essa carinha de tristeza me parte o coração.

Não nego, fiquei feliz com a mudança de ideia dele. Tão feliz que mesmo só com a roupa íntima - já que estava quase pronto para entrar pro meu banho - avancei sobre ele e o derrubei na cama.

– Hahaha. Ok. Agora tire esse corpo suado de cima do meu corpo igualmente suado e vá já pro chuveiro, Rino.

Não demorei mais que dez minutos, para me certificar que Takeshi teria tempo o suficiente para tomar o dele, para 19h em ponto estaríamos prontos.

Quando entro no quarto novamente, está ele cochilando sob a cama. Fiquei pensando se não seria muito egoísmo meu exigir mais do pobre coitado que passou o dia todo fora.

– Calma... eu to acordado... - diz em tom de transe profundo, me fazendo pensar se estava dormindo mesmo, ou ainda quase a ponto disso.

– Então vamos logo, preguiçoso - digo enquanto jogo uma toalha limpa nele, como incentivo.

Ele demora pouco mais que 20 minutos no chuveiro, por algum milagre. Talvez também estivesse pensando que Seo seria pontual.

– Ok, como nós vamos?

– Não se preocupe, o Seo virá nos buscar.

– O Seo dirige???

– Acredito que não. Ficou plantado no curso hoje esperando a mãe ir buscá-lo.

– Ah, então ele virá com um dos pais?

– Takeshi, eu não tenho bola de cristal, mas acredito que sim.

Descemos para a sala. Meu pai ainda não havia chegado, e Nakamura estava regando algumas plantas, do lado de fora da casa. Uns bons minutos depois de ficarmos jogados no sofá recuperando um pouco das energias perdidas, ela entra.

– Rapazes, tem um menino procurando vocês aqui fora. - fala Nakamura

– Vocês vão sair? Não me avisaram? Quem é esse menino? - nos interroga ela

– Mãezinha, ele é Seo, o vocalista daquela banda que vocês conseguiram ingressos para nós no final de ano, lembra?

– E quando foi que vocês viraram amigos assim?

– Ele estuda conosco, lá no curso. Percebeu que estávamos de bobeira, e nos chamou para a casa dele - explica Takeshi

– Ele nos levará e nos trará de volta até as 22h, senhora - completo.

– Rino.

– O que foi, dona Nakamura?

– A próxima vez que me chamar de senhora ou dona, poderá ser o papa na porta, você não irá - fala em tom de riso.

– Divirtam-se. Irei avisar ao Kapa sobre a saída de vocês.

Do lado de fora, nos aguardava Seo, e atrás dele, um carro do ano com uma senhora, que presumi ser sua mãe.

– Tá adiantado, ein? - digo para ele.

– Gosto de me prevenir. - brinca.

– E aí cara, como vai? - vem Takeshi, se inteirar, mas somos interrompidos pela mulher que se encontrava no carro.

Ela sai, fecha a porta, tira seu óculos escuro e vem em nossa direção.

– Olá, meninos. É um prazer conhecê-los. Sou a mãe de Seo, Mei Lin. Como vocês vão?

Quando ela estava mais distante não deu para perceber, mas agora, próxima, observava o quão jovem e bonita era a mãe de Seo, e o quão ele se parecia com ela.

– V-vamos bem, e a senhora? - diz Takeshi, corado.

– Vou muito bem... Takeshi?

– S-sim.

– Seo fala bastante dos amigos. Não se assuste por eu já saber seus nomes. - brinca.

– Então, vamos indo? Nesse horário não deveremos levar mais que 20 minutos para chegar. - completa.

Caminhamos até o carro, e então Seo resolve sentar em um banco traseiro.

– Seo? Não vai na frente com a sua mãe?

– Você sabe como odeio ir na frente, mãe.

Eu, sem jeito, também fui no banco de trás, e sobrou para Takeshi a cortesia de ir na frente.

– Não fique envergonhado, cara. - fala nosso novo amigo enquanto sacode as bochechas do constrangido passando suas mãos pelos lados do banco.

Takeshi estava vermelho, quase roxo. Se antes de entrar já estava um pouco envergonhado, naquele momento deveria estar querendo me degolar por botá-lo nessa.

– Então vocês se conheceram tentando invadir o camarim do meu filho no Ano Novo? - diz Mei, para Takeshi surtar de vez.

Eu tento ajudar.

– Foi ideia minha. Me desculpe.

Ela dá uma leve risada, e completa.

– Vocês estão muito tímidos. Não precisam ser sérios assim o tempo todo, ok? Principalmente lá em casa.

Poucos minutos após a breve conversa, chegamos.

A casa de Seo é um pouco maior que a nossa, e tem um jardim maravilhosamente grande.

Ao entrarmos, damos de cara com a sala, e já haviam três amigos de Seo lá.

– Bebidas na geladeira, besteiras na mesa da cozinha. Se precisarem de algo, estarei lá em cima. - avisa Mei.

O cômodo dispõe de três sofás, que juntos formam uma espécie de "u". Dois deles tem dois lugares, enquanto o terceiro, três.

– Takeshi e Rino, essa é Mako, e esses dois outros pivetes são Taishi e Hisoba.

– Fala aí, caras. - nos cumprimenta Hisoba, sentado acenando a mão esquerda.

– Sintam-se em casa - nos diz Taishi, todo estirado em um dos sofás de dois lugares.

Mako não falou nada, mas deu um breve aceno.

– Vocês podem sentar se quiserem, sabe - brinca Seo.

Eu e Takeshi sentamos então no sofá de três, ao lado dele.

Estranhamente eu não estava tão nervoso. Não sei se era por ter meu irmão ao meu lado, por Seo e sua mãe serem muito receptivos, ou pelas outras pessoas no cômodo aparentemente terem uma personalidade próxima da de Seo.

– Vocês estavam ensaiando? - pergunta Takeshi.

– Não. É que é bem comum a gente se reunir aqui para fazer absolutamente nada. - responde Taishi.

– Como a mãe do Seo cozinha bem, a gente decidiu que é na casa dele que a gente se reuniria- brinca Mako.

– Já que estão elogiando, provarei. - fala Takeshi enquanto levanta e vai até a cozinha pegar algo, já se sentindo o dono do lugar, aparentemente.

Na sala estavam todos olhando para o além enquanto ao fundo tocava jazz. Enquanto começava a me perguntar que sentido aquela pequena reunião de amigos fazia, Seo dá um pulo e sugere um jogo para nós:

– Vocês precisam descobrir como a pessoa do conto a seguir morreu, entenderam? Eu contarei a história, e o mais importante é que descubram como ela se foi.

– Mais uma das suas brincadeiras de detetive? - reclama Hisoba.

– Não! Dessa vez a história é interativa, vocês precisarão descobrir as pistas. Depois do conto, vocês poderão fazer perguntas de "sim" ou "não".

Takeshi então se junta a nós novamente. O explico brevemente a brincadeira enquanto Seo aparentemente bola uma história.

– Ok! A história é a seguinte: um homem. Uma sauna. Ele entra com uma garrafa térmica e um telefone celular. O lugar é moderno e não necessita de atendimento humano. Poucos minutos depois, está morto. O que se sabe é que após o telefone tocar, ele se arrependeu de algo. A arma do crime nunca foi descoberta.

– Ah, ok. Você espera que com isso a gente descubra tudo que aconteceu? Acha que fomos escalados pro CSI Casa do Seo? - reclama Mako.

– Minha lady, sossegue. Lembrem que vocês podem fazer perguntas.

– Ele foi assassinado ou assassinaram ele? - inicia o jogo Takeshi.

– Perguntas de "sim" ou "não", Takeshi.

– Ele foi assassinado?

– Não.

– Ele era depressivo? - pergunta Mako.

– Não.

– Ele era casado? - arrisca Hisoba.

– Não.

– Tinha namorada? - Mako.

– Não.

– Poxa, assim não iremos a lugar algum, Seo. - reclama Taishi.

Aparentemente irritado, Seo diz:

– Vocês que estão fazendo as perguntas erradas. Parem, pensem, articulem uma linha de raciocínio a partir do que vocês tem, e então formulem novas perguntas para embasá-la.

Confesso que de início não estava empolgado com o jogo, porém ele parecia um beco tão sem saída que resolvi me esforçar.

– O conteúdo da garrafa términa era liquido? - pergunto.

Seo dá um sorriso e responde:

– Não.

– Ué, estava dentro de uma garrafa términa e não era uma bebida? - questiona Mako.

– Sim, querida - responde ele em tom de sarcasmo.

– Ele não era depressivo, não tinha nenhum tipo de relacionamento, logo pode-se concluir que era uma pessoa solitária, ao menos? - pergunto novamente.

– Sim!

– Quando ele entrou na sauna, não precisou passar por ninguém, correto? - Eu, novamente.

– Sim!!

– Ele possuía algum distúrbio neurológico?

– Isso, Rino!

– O que estava dentro da garrafa, era na verdade, gelo?

– Correto!

– Pois bem. Eu acho que sei o que aconteceu.

– Está blefando. - diz Mako, com uma cara de assustada.

– Posso contar a minha história, Seo? - pergunto.

– Deve.

– Pois bem: ele era um homem solitário com distúrbio neurológico. Foi para a sauna, quando pensou que levava uma vida tão triste que seria capaz de se matar. Ao abrir a garrafa para beber água, percebeu que a forma que o gelo possuía era pontiaguda o suficiente para perfurar seu corpo se fosse rápido o suficiente para que ele não derretesse. Resolveu fazê-lo, e enquanto morria, o celular tocou, e ele se arrependeu pois percebeu que, no final, alguém poderia se importar com ele.

– Rino...

– O quê?

– Brilhante. Incrível. Magnífico! É isso!

– Sério?

– Só pode estar tirando uma com a nossa cara - fala Hisoba, surpreso.

– Mas tem um pequeno detalhe...

– Qual? - pergunto

– Ele não era depressivo, eu respondi isso durante o jogo. Ele tinha esquizofrenia, e achava que era o último sobrevivente de um apocalipse zumbi. Antes de ser devorado, resolveu tirar a própria vida, mas quando ouviu o telefone tocar, percebeu que poderia existir outro ser humano inteiro, ainda.

– Você é doente - diz Mako.

– Eu sou um gênio, isso sim.

Quando Seo contou esse último detalhe, eu comecei a rir. Não imaginava que ele poderia ser tão inventivo!

Mako então começou a contar outras peripécias dele, me fazendo rir mais ainda. Takeshi, a essa altura da noite, estava jogado no canto do sofá dormindo.

– Está ficando tarde, galera. Eu vou partir - anuncia Taishi.

– Eu vou puxar meu burro também - Hisoba.

– Vocês vão sozinhos? - pergunto, curioso.

– Sim. Moramos a algumas quadras daqui. É bem perto, Rino.

– Prazer conhecê-lo. Uma pena que sua mente pareça trabalhar de acordo com a de Seo - brinca Hisoba.

– Prazer, igualmente - falo me despedindo deles.

Taishi e ele então saem, e sobramos eu, Seo, Mako e a versão inativa de Takeshi.

– Como eu já sou íntima dessa casa, vou tomar um banho antes de ir, ok? - anuncia Mako.

– Claro, minha lady. Ficarei no aguardo do seu retorno.

Ela então sobe as escadas para o segundo andar da casa.

Estamos, então, acordados, eu e Seo.

– Rino, acho que precisarei mais da sua ajuda com o curso - brinca.

– No que eu puder ajudar, ajudarei, Seo.

– Aliás, obrigado pela noite. Pode soar estranho, mas foi uma experiência nova para mim. Acho que nunca me reuni assim com pessoas para me divertir.

Ele dá um leve sorriso, levanta e caminha até a varanda.

– Vem cá.

Então caminho até onde ele está, notando como dava para ver o céu com uma incrível nitidez, mesmo em solo japonês.

Ele então me olha enquanto estamos ali apoiados no pequeno cercado da varanda, quando ele olha para o céu e desabafa.

– Me chateio quando penso que você não tem muitos amigos, Rino.

Um pouco constrangido, respondo.

– Como assim? E por quê?

– Ué. Não gosto de pensar que meus amigos são pessoas reclusas.

– Ah, mas isso eu acredito que tende a melhorar a longo prazo. A chegada de Takeshi vem me ajudando a lidar com isso.

– Chegada?

– Sim, somos irmãos há pouco tempo. Meu pai e a mãe dele estão juntos, e com isso nos tornamos irmãos.

– Agora eu entendi.

– Ah, acho que nunca comentamos, né? - falo, rindo.

– Não. Nunca.

– Pouco mais de um mês desde que tive que sair da minha zona de conforto e dividir minha casa e minha rotina com Takeshi, mas para a nossa sorte, tudo fluiu muito bem entre nós.

– Que sorte. Eu tenho um irmão de sangue, mas minha relação com ele é a pior possível.

– Por quê?

– Sabe o revoltado que nunca pude ser? Ele foi, e parece que deseja ser para sempre.

– Ele está aqui?

– Não, ele não mora aqui. Mora em outra cidade, mas uma vez a cada 15 dias vem perturbar o meu juízo.

– Ele é mais velho, então?

– Sim. Tem 22, mora com a minha avó. Disse não aguentar mais meus pais e eu, e então foi se esconder nas saias dela.

– Essa sim é uma história triste, Seo.

Ele então me olha fixamente, e repentinamente pega minhas mãos e diz:

– De hoje em diante meus amigos são seus amigos também, combinado?

– Você pode vir aqui quando quiser, minha casa é sua casa. - completa.

Um pouco tímido novamente, respondo:

– O-obrigado, Seo... você também pode ir na nossa quando desejar. Só avisa antes para eu tirar o pó...

Ele então ri.

– Rino.

– Diga.

– Se você mal teve amigos até hoje, isso também significa que nunca namorou?

– Pois é. Eu nunca namorei.

– Coitado... - fala com um tom de sarcasmo

Eu rio, e então pergunto para ele.

– E você?

– Eu? Já perdi a conta, Rino.

– Sério?

– Sim. De quantas vezes não namorei.

– Como é bobo - brinco.

– Nunca rolou nada entre você e a Mako? Nesse universo de bandas, ouço dizer tanto que os membros se pegam nos bastidores... - sigo.

– A Mako, não. Mas já saí com o Hisoba.

– Ah - solto enquanto fico novamente encabulado e com coração disparado.

– O que foi?

– Nada. Só fiquei um pouco surpreso.

– Meu irmão também. Acho que por isso passou a me odiar - fala dando uma risada para quebrar o clima ruim.

– Estou pronta. Já pode me levar para casa, Seo. - diz Mako, ao descer de banho tomado.

– Ok, minha lady. Chamei dona Mei Lin para levar todos.

Entramos, e então resolvo interromper o sono de Takeshi.

– Takeshi...

– Hã? O que foi? - pergunta ele, completamente perdido.

– Estamos indo embora - o aviso, rindo.

– Mas já?

– Como assim "já", meu filho? Você só dormiu, que direito tem de querer mais... - brinca Mako.

– Todos prontos para a partida? - pergunta a senhora Mei.

– Estamos, capitã! - brinca o filho.

Já no carro, Mako cochila no banco da frente, enquanto os frouxos estão todos atrás, fugindo do temido assento.

– Acabou que nem conheceram meu pai. Ele deve chegar tarde hoje. - fala Seo.

– Oportunidades não faltarão. Voltem sempre que quiserem, ok, rapazes? - nos avisa Mei.

– Vou deixá-los primeiro, e depois levo Mako. - completa.

Já em nosso portão, nos despedimos de Mei e Seo. Preferimos não interromper o sono de Mako. Ele aperta nossas mãos, e sua mãe dá um aceno de dentro do carro.

Entramos em casa. Já passa um pouco das 22h, e todas as luzes estão apagadas. Enquanto Takeshi sobe as escadas como um zumbi, para chegar ao quarto, dou uma olhada nos outros cômodos para ver se alguém ainda está acordado.

Aparentemente, Nakamura e meu pai já estão dormindo.

– Rino! - me grita Takeshi do quarto.

Subo rápido para que ele pare de me berrar.

– O que foi, Takeshi?

– Quero dormir durante uns três dias seguidos.

– Estúpido. Me gritou para isso? - pergunto, aliviado.

Nem Takeshi nem eu nos demos ao trabalho de tomar outro banho para dormir. Deitamos como chegamos, apaguei a luz do meu abajur, e o desejei boa noite.

– Rino.

– O que foi, Takeshi?

– Posso te contar um segredo?

– Vai com calma. Já passei por altas emoções hoje, Takeshi - brinco.

– Como assim?

Lembrei então que Seo não me disse se sua condição era pública ou se naquele momento estava me contanto algo que poucos sabiam.

– Nada, deixa para lá. - desconverso.

– Ok...

– O que você queria me contar, Takeshi?

– Acho que estou afim do Seo.


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