Oathkeeper II escrita por Denise Miranda


Capítulo 25
Tyrion


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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O Duende, junto com Merreca e Jorah, estavam viajando em uma espécie de caravela ao que parecia séculos. Em toda a viagem, os ventos pareciam inconstantes, e a embarcação tinha se revelado muito eficiente. Todas as noites, Tyrion bebia uma quantidade razoável de vinho para poder dormir bem. E, todas as noites, ele vomitava o líquido vermelho.

Quando conseguiram fugir dos senhores de escravos, Jorah arranjou toda a viagem para Westeros. O cavaleiro peludo não conseguia esconder a ansiedade para rever sua Rainha Dragão. Ele a ama, refletiu Tyrion. Patético e tolo. Eu sei bem o que o amor faz conosco. Imediatamente, o anão se lembrou das últimas palavras de seu pai. "Para onde quer que as putas vão". Ainda conseguia ouvir o som de sua besta atingindo o estômago do pai e imediatamente exalando um fedor indescritível. Para onde as putas vão?, se perguntou, pensando em Tysha.

Além de Tyrion, Merreca e Jorah, o pequeno navio continha mais 20 tripulantes. Era uma embarcação rápida e de fácil manobra, capaz de bolinar e, em caso de necessidade, também podia ser movida a remos. De todos do porto, era o mais econômico e os marinheiros não queriam saber de onde os três companheiros vieram e qual o interesse deles em irem para Porto Real. E o anão estava satisfeito com isso.

Certa noite, após Tyrion beber sua dose diária de vinho azedo, ele foi cambaleando em direção à Jorah. O cavaleiro se mostrava a cada dia mais sombrio e sempre de poucas palavras. Mas o Duende insistia em falar com ele mesmo assim.

Ficou ao lado do homem, cujo estava apoiado no parapeito do navio.

– Quanto tempo para chegar em Porto Real? Perco totalmente a noção dos dias em alto mar. - E o Lannister deu um sorriso simpático para o cavaleiro.

– Se não ocorrer nenhuma tempestade, creio que amanhã chegaremos. - Respondeu o cavaleiro, sempre sombrio.

Aquela resposta pegou Tyrion de surpresa. Não sabia que faltava tão pouco tempo. Suas mãos começaram a suar involuntariamente, e ele se pegou pensando se estava preparado para voltar ao ninho de ratazanas. Voltar para o lugar onde teve suas aventuras com Shae, onde viu seu sobrinho morrer, onde teve que aturar sua irmã e onde matou seu pai.

Tyrion cambaleou até uma das cabines do navio, a qual sabia pertencer à Merreca.

– Vamos jogar cyvasse? - Ela perguntou, timidamente.

A garota era anã, assim como o Lannister. Tinha bochechas rosadas, cabelo castanho "cor-de-rato", olhos da mesma cor, sobrancelhas grossas e um nariz achatado.

O pequeno leão havia ensinado a garota a jogar. Com o tempo, passou a apressiar muito a companhia dela.

– É claro. - Ele respondeu.

Ela sorriu com a resposta, e não pela primeira vez, Tyrion pôde perceber como ela era inocente e seu sorriso era doce.

Enquanto jogavam, Tyrion só conseguia pensar no quanto Jorah estava estranho. Preciso ficar de olho nesse homem, decidiu.

Deixou Merreca ganhar duas partidas, e ela sorria e gargalhada. Podia ouvir essa risada o tempo todo, se pegou pensando. Esse som vale todo o ouro do mundo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :3



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