Só mais um ano... ou não escrita por Alexandra Watson


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi amores.
Bom, esse capítulo tá bem paradinho e foi só pra, digamos assim, reencontros, por isso, como boa autora que sou, vou postar esse e o próximo logo em seguida.
*Divirtam-se*



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Fim das aulas. A mãe de Percy já estava esperando-o na saída.

– Percy, espera. Quero falar com sua mãe.

– Claro, vamos lá.

– Tchau Mi. Tchau Tris.

– Tchau Annie. Tchau Percy.

– Vamos logo, Percy. Temos que voltar antes de meu irmão sair das aulas.

Mencionei que saímos dez minutos antes do sinal bater? Desculpe. Saímos dez minutos antes de bater o sinal.

– Quem vê pensa que você está com tantas saudades de minha mãe.

– Mas eu estou. Você sabe que adoro sua mãe.

Um pequeno fato: durante o recreio mandei uma mensagem para minha mãe perguntando se Percy poderia almoçar lá em casa. É claro que ela concordou. Um detalhe: Percy não sabia.

Chegamos do lado de fora e logo avistamos tia Zoe.

– Annie! Que saudades!

– Também senti saudades tia Zoe.

Abracei- a. Eu realmente sentia saudades dela.

– Como vai sua mãe? Seu pai? Seus irmãos?

– Vão todos bem. Tia Zoe, o Percy pode ir almoçar lá em casa hoje?

Eu estava me sentindo uma criança falando isso.

– Claro que pode, querida. Mas vá almoçar lá em casa um dia desses. Eric e Dany estão com saudades suas também.

– Eu irei sim, também estou com saudades deles. Bom, obrigada, tia Zoe. Temos que ir, meu irmão já deve estar saindo.

– Claro. Foi um prazer revê-la Annabeth – ela deu um beijo em minha bochecha. – Percy, comporte-se e obedeça sua tia, viu? – ela beijou a bochecha de Percy também.

Ele corou e eu sorri. Não se vê Perseu Grace corar com facilidade.

– Tudo bem, mãe. A gente já vai indo.

– Ok, adeus crianças.

– Adeus.

Voltamos pra dentro da escola. O sinal estava tocando. Bem a tempo.

– Ron, aqui – acenei para ele.

– Hey, Annie. Esse não é o ...

– Sim, Ron. É o Percy. Lembra-se?

– Claro. E ai cara?

– Bem, e você?

E foi só isso. Nenhum "como foi o tempo fora?" ou "nossa, você só ia na minha casa todos os dias e ficou fora por meio ano".

– Nossa, que pessoas mais estranhas vocês dois. Bem, vamos. Mamãe já deve estar esperando por nós.

– O Percy vai junto?

– Sim, por que?

– Por nada, só queria saber. Suas amigas não iam lá pra casa hoje à tarde?

– Iam, só que a Tris tem dentista hoje.

– E a Hermione?

Sorri secretamente

– Ela vai com a Tris no dentista. Eu ia também, mas ... tenho outras coisas a fazer.

Não, meu irmão não sabia que eu e Percy havíamos namorado. As únicas pessoas que sabiam eram minha mãe, Clary, minha irmã e Dany, irmã de Percy.

Eu havia contado para Clary, óbvio, minha mãe uma vez nos ouviu conversando e eu acabei contando a ela também, contanto que ela não contasse para meu pai. Minha irmã e Dany descobriram porque uma vez viram eu e Percy andando de mãos dadas por ai e tivemos que contar. Elas, milagrosamente, não contaram nada a ninguém, nem mesmo a suas mães. Fofas, né? Mas também não faria diferença. Eles se mudaram pouco tempo depois.

– Legal – foi só o que ele disse. Graças aos deuses.

Olhei para Percy. Seu rosto também estava aliviado. Tinha que agradecer aos deuses pela falta de percepção de meu irmão.

– Olá crianças. Percy! Que saudades de você, querido! Onde está sua mãe?

– Ela já foi embora, tia Sophie. Desculpe.

– Tudo bem, querido. Não é sua culpa. Mais tarde eu passo lá. Vamos, entrem no carro.

Entramos no carro e alguns minutos depois chegamos em casa. Preciso dizer que a viajem foi constrangedora? Sim, foi. Por que? Minha mãe ficou olhando para mim e Percy no banco traseiro pelo retrovisor. Por que ela estava fazendo isso?

***********************************

– Chegamos – Ron disse passando pela porta.

– Oi gente. Percy, que bom rever você rapaz.

– Igualmente, sr. Levesque – eles apertaram as mãos. Meu pai era educado na medida do possível com Percy. Ele não aprovava totalmente o visual dele.

– Vamos almoçar? – minha mãe perguntou. – Onde estão Arya e Finn?

– Aqui, mamãe – gritou Arya descendo as escadas. – Percy!

– Ei, e ai baixinha?

Eles se abraçaram. Minha irmã adorava Percy. Não sei porque nem como mas, de um dia para o outro, os dois viraram melhores amiguinhos. Legal? Quando ela não está tentando “roubar” ele de mim. Não estou brincando. Antigamente, quando nós estávamos fazendo qualquer coisa, tipo tarefa ou namorar, ela vinha e eles começavam a brincar juntos. E me ignoravam. Muito legais eles dois. Mas eu não ligo mais. É até fofo ver eles juntos.

– Arya, cadê seu irmão?

– Na sala, mamãe.

– Chama ele pra vir almoçar, filha?

– Claro mamãe.

– Bom, o que vocês preferem: sentar na mesa grande ou que o Finn e a Arya se sentem lá na sala.

– Finn, Arya, vocês se incomodam de sentar na sala?

– Não, mamãe.

– Bom, caso resolvido.

Almoçamos normalmente. Claro, se normalmente significa sua mãe e seu pai fazendo milhões de perguntas a seu amigo, então está valendo. Depois do almoço, minha mãe disse para eu apresentar a casa a Percy. Meu pai saiu para trabalhar, Finn e Arya foram brincar em seus quartos e Ron havia marcado de sair com seus amigos novos.

– É bom ele já se acostumar. Já sei que não vai mais sair daqui mesmo.

– Mãe!

– O que foi? Ele está morando aqui em frente, o que você espera?

– Como assim aqui em frente? – perguntamos.

– Percy, você não sabia?

– Não, não fui até a casa nova ainda. Minha mãe disse que acabaria de descarregar hoje.

– Olhem pela janela, crianças.

E era verdade. Havia um caminhão estacionado ali em frente com dois homens conversando. Um deles reconheci: Eric, pai de Percy.

– Mãe, podemos conversar rapidinho? Percy, porque você não espera na sala, por favor.

– Tá, mas onde é a sala?

– Do outro lado da escada.

– Tô indo – e ele saiu. Virei-me para minha mãe.

– Você sabia de tudo o tempo todo. Por que não me contou, mãe?

– Filha, e perder essa sua carinha de revolta? – ela riu, mas logo parou porque viu minha expressão de não estou para piadinhas. – Ok, eu não te contei porque achei melhor você descobrir sozinha. Imagine se eu te conto isso e você, misteriosamente, fica toda animadinha para ir para a escola e fica esperando olhando para a janela por algum caminhão de mudanças? Filha, seu pai pode até não ter descoberto nada da primeira vez, mas você não pode arriscar.

– Você até faz parecer que eu sou culpada quando na verdade só estava esperando pra ver minha reação – respirei fundo. – Ok, vou deixar essa passar.

– Você é um amor, Annie. Agora vai, mas nada de safadezas, mocinha. Estou de olho.

– Mãe! Nós não estamos mais namorando. Na verdade, ele veio aqui justo para discutirmos isso.

– Oh. Nesse caso, caso vocês se resolvam e voltem, nada de safadezas, mocinha. Vou ter que sair agora, mas volto daqui a pouco.

– Relaxa, mãe. Não vai acontecer nada. Juro.

– Uhum, sei. Bom, já vou indo. Avise seu irmão que tive que sair e que os meninos estão no quarto brincando.

– Tá bom. Tchau, mãe.

E ela saiu.

– Percy, vamos. Tem a parte de cima ainda.

– Ok, mas o que tem naquela porta ali?

– Ah, é o escritório de meus pais. Regra número um: nunca entre lá.

– Entendido. Agora podemos subir.

Subimos as escadas. Começamos pelo quarto dos meninos, onde Finn estava brincando.

– Bom, este é o quarto de meus irmãos.

– Por que eles dividem quarto? Quer dizer, olha o tamanho dessa casa.

– Bom, é que ano que vem, Ron vai para a faculdade e, como ele foi gentil e simpático em dizer, poderia aguentar mais um ano dividido quarto com meu irmão.

– Que adorável.

– Muito – continuamos andando. – Este é o quarto de meus pais. E este é o banheiro, seguido do quarto de minha irmã.

– Peraê, por que seu irmão divide quarto e você não? E ainda tem um quarto maior que o dele com seu outro irmão?

– Por que eu ainda vou morar aqui por mais três anos, Percy. Ou talvez mais. Eu estava pesquisando sobre o lugar e descobri que tem ótimas faculdades aqui por perto. Já meu irmão quer ir estudar fora. Entendeu agora?

– Acho que sim. Obrigada professora.

– De nada. E aqui temos meu humilde quarto. Pode deixar sua bolsa ai se quiser, porque mais tarde nós vamos fazer tarefa.

– Sério? Mas eu achei que a gente só fosse conversar, ver um filme e tchau. Você não falou nada de tarefas.

– Digamos que eu te enganei.

– Você é muito irritante ás vezes. Sabia disso, Sabidinha?

– Uhum. Agora para de reclamar que eu preciso falar com meu irmão.

– E minha bolsa?

– Afe, traz ela. São só alguns passos, Percy. Isso não vai te matar.

– Ok

Knoc. Knoc. Knoc.

– Quem é?

– Eu.

– Entra.

– Ron, a mamãe saiu e pediu pra avisar que daqui a pouco volta, ok? Eu e Percy vamos estar fazendo tarefa se precisar de nós.

– Ok. Juízo.

Ai deuses.

– Claro.

E sai. Por um momento, pensei que ele sabia o tempo todo e estava guardando para si. Depois pensei melhor e vi que, se ele tivesse descoberto, meu pai também já saberia.

– Pronto. Já podemos ir.

– Ir pra onde?

– Pro meu quarto fazer tarefas, né Percy? Nossa, ás vezes acho que seu cérebro é mesmo cheio de algas.

– Ei!

– Vamos logo.

Chegamos em meu quarto.


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Notas finais do capítulo

Calma, já tô postando, não se desesperem, ok?
Beijinhos.
— A