Só mais um ano... ou não escrita por Alexandra Watson


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olha, só quero pedir desculpas se alguém aqui gosta/ama de paixão a personagem Bella ou dos livros Crepúsculo, ok? Eu só não consigo gostar dela ou dos livros e quando escrevia a fic foi o único nome que me veio a mente porque eu pensei "sim, pode haver alguma mãe ou pai do futuro que queira colocar o nome da filha de Bella". Concordem que é bem mais provável do que alguém por o nome de Dolores Umbridge (porque né). Mas por favor, não levem pro lado pessoal (porque eu fui uma babaca que levou isso pro lado pessoal e colocou numa fic, desculpem-me).
*Divirtam-se*



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O resto da noite foi tranquila. Jantei, vi um filme e fui dormir.

No segundo dia de aula a garota nova apareceu. Seu nome era Katherine. A que grupo ela pertencia? Bagunceiros, com certeza.

O dia foi normal até o fim, a não ser pelo fato de que, não sei se foi impressão minha ou Bella (Isabella - Crepúsculo) e Hazel ficaram me encarando o tempo todo.

Minhas suspeitas foram confirmadas na hora da saída. Só sei que, ao sair da sala, ela fez questão de esbarrar em mim e cochichar algo para Hazel. Estanho. Não fiz nada que desse motivos para ela me odiar.

Depois do almoço chamei Tris e Mione para irem lá em casa para ficarmos papeando. Então elas me contaram a história da Bella.

Ela estuda naquela escola desde pequena e desde sempre foi uma patricinha. Sempre mimada pelos pais, teve sempre uma vida perfeita. Ela sempre precisou desfazer dos outros e fazer com que se sentissem um lixo perto dela. Mas, no sexto ano Hazel entrou na escola e ela não conseguiu “derruba-la” para baixo. O motivo? Hazel era e sempre será mais bonita do que Bella. Na verdade, Bella não é bonita. Por exemplo, ela tem cabelos castanhos de uma cor bonita até. Mas o cabelo dela é cacheado e ela não aceita esse fato e, se não nele todo, alisa a franja, que fica toda sem graça em seu rosto. Ela não sabe cuidar do cabelo. É isso. Sua pele é cheia de espinhas (por causa de términos de namoros de três semanas) e ela passa quilos de maquiagem todos os dias em que vem a escola. E ela é baixinha. Não estou questionando os baixinhos, mas ela é baixinha e meio gordinha e não usa roupas que lhe favoreçam. Claro, ela dá um jeito de “parecer bonita” na escola, mas, Tris me contou, que ela usa uma daquelas cintas para parecer mais magra. Mas ela fica muito estranha. Resumindo: se ela fosse mais natural, seria linda. Se ela assumisse o jeito que ela é de verdade.

Já Hazel não. Vou admitir, ela é muito bonita. Ela tem cabelo preto liso com cachos nas pontas e tem uma pele clarinha, mas não muito pálida. Ela tem olhos verdes e um corpo do tipo “violão”, mas ela não é uma das garotas que usa decote pra mostrar os peitos ou shorts muito curtos para mostrar as pernas. Ela só gosta de ser má ás vezes. Por isso, quando Bella viu que não conseguiria rebaixar Hazel, elas viraram melhores amigas. Bizarro, né?

Tris e Mione jantaram lá em casa e depois de vermos um filme, foram embora e eu fui começar a ler um de meus livros novos. Quando estava na página quarenta, minha mãe mandou eu ir dormir que amanhã tinha aula.

Esqueci de mencionar que, na escola, fiz um pouco de amizade com o povo do fundão e com alguns dos garotos “metidos” da sala. Eles não eram difíceis de conviver, mas as vezes se colocavam acima dos outros. Disso eu não gostava.

***********************************

Eu poderia te contar todo o meu trajeto de acordar-escola, mas não vou fazer isso. Só vou contar uma pequena parte que achei interessante. No terceiro dia o carro dos pais de Mione quebrou e ela foi de carona comigo, minha mãe e meu irmão.

Às seis e meia nós passamos em frente à sua casa.

– Bom dia, gente.

– Bom dia, Mi.

Ela estava com uma camiseta personalizada, eu percebi pela letra. Era a mesma letra de Crepúsculo. Vou explicar: quando eu tinha uns dez anos, minha mãe me explicou que ela lia muitos livros e que eu havia puxado isso dela e eu perguntei se havia algum livro que ela não havia gostado de ler. Ela respondeu que não havia gostado de um e eu, por curiosidade, fui ler para poder formar minha própria opinião. Depois que li, cheguei a mesma conclusão que minha mãe sobre a saga Crepúsculo: os livros eram horríveis. Por isso estranhei quando Mione estava usando uma daquelas camisa “Team Edward or Team Jacob?”.

– Então, você gosta de Crepúsculo, Mi?

– Não, os livros são horríveis. Por que?

– Bom, você está com essa camisa de Crepúsculo, então...

– Ah, isso. É que, na parte de trás está escrito “bitch, please. I’m team Weasley”.

– Ah. Eu tenho uma dessas também. Só que a minha diz “Team Leo” ao invés de “Team Weasley”.

– Legal.

Fomos conversando sobre coisas à toa todo o caminho. Chegamos na escola faltando vinte minutos para começarem as aulas.

– Não, Mi. Você não deve prender seu cabelo, ele fica lindo solto.

– Tem certeza? Por que ás vezes acho que ele fica meio muito armado e ... – paramos na porta – e parece que alguém sentou no seu lugar, Annie querida.

– Ah, não. Deve ser o garoto novo.

– O que vamos fazer? Usar o método educadinha ou violenta e intimidadora? – a expressão em seu rosto não poderia ser descrita por uma mera pessoa como eu, porque, deuses, ela me deu medo. – Eu voto pela segunda.

Um pequeno fato sobre Hermione: ela é uma gracinha de se olhar. Conheça-a um pouco e saberá que é uma pessoa totalmente vingativa. Muito parecida com a pequena Hermione Granger e eu adorava e temia isso nela.

– Por que não usamos o método da educação, Mi?

– Mas o da intimidação é tão mais legal – ela fez bico. – Ok, vamos fazer do seu jeito.

Andamos até o outro lado da sala. Escutei alguns risinhos atrás de mim, provavelmente de Bella e Hazel. O por que? Não sei.

– Hã, com licença. Mas, você deve ser o aluno novo e por isso não estava aqui ontem então não deve saber, mas você está sentado no meu lugar. Então você poderia fazer a gentileza de se sentar em outro?

Silêncio. O garoto estava lendo um livro, que cobria completamente seu rosto. Sem mover nem sequer um músculo, escutei sua voz pronunciar uma resposta não tão educada.

– Não estou vendo seu nome em lugar algum nesta carteira.

– Isso é porque eu não sou uma vândala que escreve coisas na carteira da escola.

– Bom, se você não é uma vândala, o que você é?

– Eu ... eu sou uma garota esperta o bastante para não vandalizar as coisas da escola!

Isso já estava virando uma discussão.

– Bom, azar o seu.

– Você pode dar licença ou não?

Ele levantou de supetão. Sério, quase cai pra trás.

– Não, eu não vou sair deste lugar.

Então, finalmente, pude ver seu rosto.

– Cabeça de Alga? – sussurrei mais para mim mesma do que para qualquer outra pessoa.

– Sabidinha?

Ai meus deuses. Eu não posso acreditar. Sério, é muita coincidência. Só posso estar sonhando. Por favor, alguém me belisque (ainda bem que não falei isso em voz alta). Sem entender como o destino podia fazer aquilo, só pude abraça-lo. Depois de longos minutos só abraçando ele, ainda sem solta-lo, perguntei.

– Percy, o que você está fazendo aqui?

Ele me soltou.

– O que você acha? Eu vim morar aqui.

– Mas por que você não me falou nada?

– Por que eu não sabia. Minha mãe disse que íamos morar em um lugar frio, então eu achei que íamos nos mudar pro Canadá, Groelândia ou alguma coisa assim. E eu também não sabia que você estava morando aqui – ele estava sorrindo amplamente, assim como eu pensava estar.

– Bom, isso não é importante. Onde você vai morar?

– Num condomínio aqui por perto. Não sei exatamente. Ainda não fui pra lá.

– Bom, isso a gente pode ver depois. Mas, me conta, como foi?

– Com licença, você esqueceu de sua amiguinha fofa e meiga aqui do lado.

– Ah, desculpe Mi – sim, eu tinha esquecido dela mesmo, mas nunca diria isso. – Percy esta é Hermione, uma nova amiga. Hermione este é Percy, meu mais velho amigo.

– Muito prazer, Percy. Seu nome também não me é estranho.

– O prazer é meu, Hermione. E o seu eu tenho quase certeza de onde vem.

– Ok, lá vamos nós de novo. Percy, Hermione Granger. Hermione, Percy Jackson.

– Ah – eles disseram juntos.

– Bom – disse Mione – tenho ir pegar as minhas fichas pro lanche. Quer que eu pegue as suas também, Annie?

– Espera, eu vou lá com você.

– Não, de boa. Vocês tem muito o que conversar. Eu pego suas fichas.

– Obrigada, Mi.

Ela saiu e ficamos só eu e Percy. Começamos a conversar até que, do nada, Bella apareceu com seu decote gigantesco, mesmo não tendo peitos, em nossa frente. Sabe aquelas garotas que apertam os braços junto ao corpo para parecer que tem mais peitos, só que ai fica uma coisa completamente falsa? Bella estava desse jeito.

– Oi, você deve ser o aluno novo. Meu nome é Isabella, mas pode me chamar de Bella.

Vou situar você. Percy, embora eu odeie admitir, é um gato. Sério. Se você leu os livros de Percy Jackson e os Olimpianos pode imaginar o Percy verdadeiro, só que numa versão que gosta de se vestir de preto, na maioria das vezes, mas igualmente bonito e encantador. Ele tem o cabelo curto nas laterais e mais longo no meio, tipo um topete. Aos quatorze anos ele colocou um alargador e, eu reparei, ele estava com um pircing na cartilagem da orelha, em cima. Ele estava com sua jaqueta de spikes, como sempre.

Percy estava sentado na segunda carteira, logo atrás da minha. Bella, aparentemente, estava me ignorando. Seria ciúmes por eu estar conversando com o cara mais gato da sala?

– Hã, oi.

– Bom, não que eu queira ser rude com a minha “colega de sala”, Anabela, mas ...

– É Annabeth.

– Tanto faz. A questão é que, para não ser ignorado nesse colégio, você não pode se sentar com, digamos assim, pessoas nerds. Então, eu, Isabella, convido você para sentar-se com as pessoas certas – e ela mostrou o lugar onde sentavam seus amiguinhos metidos.

Olhei em volta. Alguns olhares curiosos e ansiosos por uma confusão nos observavam.

– Bom, em primeiro lugar Isabella, pare de fazer isso. Todos já percebemos que você não tem “volume” em suas partes altas. Em segundo lugar, você deveria esperar e conhecer as pessoas, porque, surpresa, eu também sou um nerd. E em terceiro lugar, eu estou bem aqui. Não preciso mostrar pros outros o que tenho ou deixo de ter pra ser feliz.

Eu quase ri. Não da resposta dele, mas da cara da Bella. Acho que nunca ninguém a havia dado um fora nela antes. Foi engraçado. Só que em menos de dois segundos ela se recompôs.

– Se você não fosse tão lindo, eu já teria desistido, mas fique sabendo que sempre terá um lugar disponível ao lado dos descolados.

– Nossa, não sei o que é mais brega, essa sua roupa de piriguete ou essa sua tentativa de cantada. Por que não vai brincar com seus amiguinhos e me deixa em paz?

Sim, Perseu Grace era um cara mau. Bom, pelo menos com quem era idiota com ele.

– Bom, se você mudar de ideia ...

– Eu não vou, pode deixar.

Status: segurando o riso. Sério gente, a cara dela de rejeição foi tão hilária que até um daqueles guardas russos teria rido.

– Passar bem, então. Mas não descarte totalmente minha oferta.

– Vaza garota!

E ela saiu como um cachorrinho com o rabo entre as pernas.

– Ai meus deuses, Percy. Como você é mau.

– Só com gente idiota assim. Mas você me ama de qualquer jeito, então ...

– Metido. Ei, já que você tocou no assunto, nós precisamos conversar sobre ... você sabe ... a gente.

– Ah tá. Ok, mas a gente pode conversar na minha ou na sua casa, porque, se você não reparou Sabidinha, atraímos uma pequena plateia.

– Não, você atraiu uma pequena plateia. Eu só fiquei aqui, observando.

– Ok, ok. Minha culpa, mas admita, você estava segurando o riso que eu sei.

– Claro que estava. Bella tem uma cara de que nunca levou um fora na vida e você foi o primeiro, porque ela estava, totalmente, dando em cima de você.

– Eu sei. Sou irresistível.

– Ai meus deuses.

– Voltei gente. Olha quem eu encontrei no meio do caminho – ela entrou com Tris ao seu lado. – Perdi alguma coisa?

– Sentem aqui porque a história é longa.

E contei toda a história, silenciosamente, á elas. No final elas também estavam segurando-se para não rir.

– Percy, mesmo te conhecendo a tipo, dois minutos, já sou sua fã – disse Tris. – Sério, isso foi demais cara – ela levantou a mão para um High Five e ele o fez.

– Pode me incluir já nesse fã clube, viu Tris. Percy, você é meu herói.

– Gente, para com isso. Ele já é metido e vocês ainda incentivam ele?

– Você está com ciúmes, isso sim.

Mostrei a língua para ele. Acho que eu ainda gostava um pouquinho dele.

– Bom dia, classe – o professor entrou na sala.

– Bom dia.

– Olá, eu sou seu professor de literatura e de teatro. Meu nome é Ricardo, mas podem me chamar de Rick. As aulas de teatro são todas á tarde. Raramente faremos alguma coisa de manhã. Então, a aula de literatura. Eu não sei como o antigo professor de vocês trabalhava, mas eu acho que meu método é diferente do dele. Se não gostarem, podem me avisar e nós mudamos. Tudo bem?

– Tudo bem – respondemos em coro.

– Bom, para começarmos, vou deixar vocês escolherem, para esse mês, um livro de sua preferência. Para eu poder conhecer seus gostos literários e afins. Alguém contra?

– Hã, professor – Hazel se pronunciou. – Nós temos que ler um livro muito longo ou pode ser qualquer um?

– Pode ser qualquer um, senhorita. Bem, antes de começarmos gostaria de saber seus nomes, por favor.

Dissemos nossos nomes e ele começou a aula. Eu gostei dele, muito simpático (sem contar que tinha só uns vinte e poucos e era o maior gato).


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Notas finais do capítulo

Só queria acrescentar que, deuses, eu amo a Vick e o Pinguu, sério, eles são ótimos.
Não querendo parecer (mas já parecendo, na verdade) que estou apelando por comentários, mas só queria expressar o quanto os comentários deles me deixam feliz, porque não são meros "gostei, continua", eles se dedicam de verdade pra dizerem o que gostaram ou deixaram de gostar do capítulo e, tipo, isso me motiva cada vez mais.
Beijinhos.
— A