Só mais um ano... ou não escrita por Alexandra Watson


Capítulo 44
Capítulo 44


Notas iniciais do capítulo

#MFDF: 3/4
Meu coração tá ficando apertado, gente, socorro.
*Divirtam-se*



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As voltas as aula foram normais. Foi bom reencontrar o pessoal, mesmo que para isso o preço fosse ter de acordar cedo. A boa notícia, a ótima notícia na verdade, foi que, logo no segundo final de semana de volta as aulas, surpresa, festa! Na verdade não era bem uma festa, Hazel havia nos convidado, todas as meninas da sala na verdade, para dormir em sua casa na sexta, pra colocar os assuntos em dia.

As meninas foram lá em casa, já com suas coisas e estavam esperando eu me trocar para nos despedirmos dos meninos, que estavam no quarto de Ron, para irmos pra casa dela.

Soltei os cabelos e peguei minha mochila, indo até o quarto de meu irmão e batendo na porta.

– Percy, Ron, abram a porta, nós estamos indo – gritei e escutei um baque vindo lá de dentro.

– Espera um pouco, Annie – Percy disse e escutei Ron e Tobias gargalhando ao fundo.

– Tá tudo bem, Percy? – estreitei os olhos e as meninas me encararam.

– Tá tudo ótimo – ele disse e eu escutei a risada dos meninos aumentarem.

– Pois não parece.

– Parem vocês dois – ele tentou sussurrar, mas foi bastante audível. Escutamos a porta ser destrancada e uma maravilhosa visão de meu namorado seminu. Ele deu espaço para as meninas passarem e elas largaram as bolsas, entrando no quarto. Depois de encostar a porta, ele puxou minha cintura em direção a si e eu passei a mão por seu pescoço.

– O que estava acontecendo lá dentro?

– Nada não – ele me beijou e eu esqueci momentaneamente da pergunta.

– Perseu – me separei dele e passei a mão por seus braços. – Me conta agora.

– Tudo bem – ele se virou de lado, mas eu não entendi, até que vi um não tão pequeno roxo em seu braço.

– Deuses, Percy, o que é isso? – coloquei os dedos por cima, sem apertar, sabendo que iria doer.

– Eu estava andando pelo quarto de seu irmão, até que tropecei num livro e cai no chão. Os dois idiotas nem pararam pra me ajudar, estavam rindo até agora.

– Coitadinho – passei as unhas por suas costas levemente e rocei nossos lábios. – Tem certeza de que consegue aguentar até amanhã sem mim?

– Irei me esforçar, Sabidinha – ele mordeu meu lábio e eu me inclinei em direção a ele, dando-lhe um último beijo.

– Ok, pombinhos, tá na hora da gente ir – senti uma mão me separar de Percy e a risada de Hermione do outro lado. Nós seis descemos as escadas e Ron chamou meu pai. Tobias e Ron abraçaram Tris e Mione e eu fiz o mesmo com Percy, beijando-lhe o pescoço e depois dando um rápido selinho antes de entrar no carro.

*****************************************************************************

Fomos as primeiras a chegar. Hazel e a mãe levavam algumas bandejas nas mãos. Elas nos receberam, sorrindo, e nos levaram por um corredor até o quarto de Hazel. Ele era lindo, com as paredes brancas e flores vermelhas pintadas por elas. O guarda-roupa e a penteadeira estavam na parede da porta do banheiro. Não havia cama, nem nenhum outro móvel por lá e, quando perguntamos a Hazel, ela disse que estava tudo em outro quarto, que haviam desmontado a cama, tirado o sofá e a cômoda dali.

– Podem deixar suas coisas aqui no canto, meninas – ela colocou a bandeja em cima de uma mesa ao lado do único espaço livre de colchões, onde ficariam as mochilas. – Jean e Lena já devem estar chegando, podem ir colocando os pijamas.

Ela saiu e nós nos despimos, colocando os pijamas e escolhendo colchões numa das paredes e ajeitando nossos travesseiros e cobertores. As outras meninas chegaram e, surpreendendo a todos, Bella também apareceu. Hazel sorriu ao vê-la, abraçando-a e dizendo para ela se sentir à vontade. Entramos todas em um acordo silencioso, em que faríamos o possível para que isso acontecesse.

– Não se preocupem com o barulho, meninas – Hazel disse, fechando a porta e sorrindo maliciosamente para nós. – As paredes daqui são a prova de som.

Ela veio para o nosso meio e estendeu uma garrafa vazia.

– Podemos começar? – algumas meninas, primas de Hazel, estenderam uma toalha entre os colchões. Nos sentamos em roda e, depois de distribuir salgadinhos a todas, começamos o jogo. – Pra facilitar as coisas, vamos fazer desafios que não exijam muito esforço físico ou locomoção. Se algo precisar disso, a participante terá o direito de trocar de desafio.

Todas concordamos e Hazel girou a garrafa. Para minha sorte – ou não – sai com Beatrice, que não sabia como, havia migrado para o outro lado da roda. Ela deu um sorriso muito suspeito e juntou os dedos.

– Verdade ou desafio, Sabidinha? – sabia que, independentemente do que dissesse, sairia perdendo, apenas por ter me chamado pelo apelido.

– Desafio – disse e ela colocou o cabelo atrás da orelha, virando para trás e mexendo em minha bolsa.

– Você vai ligar para o Percy agora e dizer que está grávida – ela me jogou o celular e eu o peguei.

– Você sabe que ele não vai acreditar nisso, Tris. Pense em algo melhor.

– Hum, ok – depois de alguns segundos, ela sorriu de novo. – Você vai ligar para o Percy e dizer que vocês terminaram.

– Tris, isso é mancada, tadinho.

– Pode ser só por uma hora, ok? Depois eu ligo pra ele e retiro tudo.

– Ok, mas se ele ficar bravo comigo, sinta-se totalmente culpada.

Disquei o número de Percy e coloquei no viva voz, escutando sua voz sonolenta. Depois de convence-lo de que não era uma pegadinha, de que estava conversando com as meninas e vi que aquilo não era o que eu queria, ele disse que estava tudo bem e perguntou se eu estava certa daquilo. Respondi que sim e ele desligou, deixando-me de boca aberta.

– Tris, olha o que você fez! – atirei meu celular nela, mas ela o pegou.

– Relaxa, Annie, eu me resolvo com ele depois.

– Chata – mostrei-lhe a língua e girei a garrafa. Continuamos o jogo; algumas confissões mais foram feitas, alguns pedidos de danças constrangedoras também. Fazia mais ou menos vinte minutos desde a ligação, quando escutamos um barulho na janela. Apenas ignoramos aquilo, seguindo o jogo, porém o barulho continuou e eu escutei meu celular tocando. Uma das garotas me entregou – Tris havia voltado para meu lado, filha da mãe – e eu atendi. – Alô?

– Annie, por favor, sai aqui fora – escutei a voz de Percy, tão triste que quebrou meu coração em dois.

– Percy? – fiquei de pé e todas me olharam. – O que tá fazendo aqui?

– Só sai aqui fora, Annie, preciso falar com você – ele desligou e eu fui até a janela, abrindo apenas uma fresta da gigante cortina que a cobria. Vi Percy de costas, com a mão nos cabelos, totalmente despenteados, a bermuda e camisa amassadas indicando que nem havia se trocado. Encostada na calçada, tinha uma bicicleta azul quase caindo. Olhei para as meninas, indo até a porta e correndo até o lado de fora. Assim que fechei a cerca, ele olhou pra trás, mostrando que tinha um buque de flores azuis nas mãos e o rosto tão amassado quanto as roupas.

– Percy – ele não deixou que eu terminasse a frase, correu até mim e abraçou minha cintura, enterrando a cabeça em meu pescoço e pedindo desculpas o tempo todo. Consegui ver que as meninas haviam abrido as cortinas e janelas, observando tudo o que estava acontecendo. Ignorei-as, vendo que aquilo era bem mais importante, com ou sem plateia. Apertei-o pelo pescoço e sussurrei em seu ouvido. – Pare com isso.

– Annie, só me explique de onde veio isso, não pode terminar comigo de uma hora pra outra – ele falava correndo e sem me dar tempo de explicar, então fiz a única coisa que o faria calar a boca no momento; puxei seu rosto em direção e não tive vergonha alguma em beija-lo. Senti-o relaxar e colocar as mãos em minha cintura, já sem o buque nelas.

– Vou te ensinar uma regra de sobrevivência, ok? – eu falava pausadamente, já que estava sem fôlego. – Sempre que sua namorada for a uma festa do pijama, ignore qualquer coisa que ela diga, não será verdade. Eu amo você, idiota, não se esqueça disso.

– Merda, Annabeth – ele ficou me encarando, ainda com as mãos em minha cintura. – Até imagino de quem tenha sido essa ideia – vi-o olhar para onde as meninas estavam e mostrar o dedo do meio. – Vai se foder, Beatrice – apenas comecei a rir, enquanto ela mandava um beijinho para Percy e entrava de volta para o quarto.

– Andem logo, vocês dois, iremos continuar a jogar, com ou sem você, Annabeth – era a voz de Hazel essa. Ela e as meninas entraram no quarto, seguindo Tris, e fecharam a janela.

– Desculpe fazer isso com você, Percy – fiz carinho em seus cabelos e ele beijou minha testa. – Desligue seu celular, Cabeça de Alga.

– Com certeza – ele olhou para a bicicleta. – Não acredito que Tris fez eu andar de bicicleta até aqui, correndo e quase me matando.

– Isso é culpa dela, me deixe fora disso.

– Mas foi você quem – puxei novamente seu rosto e ele começou a rir. – Ok, ok, culpa dela, toda dela. Boa noite, Annie.

Ele encostou nossos lábios e depois eu o abracei, inspirando seu maravilhoso cheiro de perfume. Ele mordeu meu pescoço e eu dei risada, passando as unhas por suas costas e sendo puxada para frente.

– Preciso voltar pra festa, Percy – ele segurou minha mão e atravessou a rua, entrando embaixo de uma árvore. Comecei a rir, beijando Percy e, depois de alguns minutos, fiz com que ele fosse embora dormir. Ele pegou o buque que ainda estava caído no meio da rua, me entregou e pegou a bicicleta, me dando um beijo de despedida antes de voltar pra casa. Entrei na casa de Hazel, trancando a porta e indo até o quarto. Abri a porta e todas as meninas estavam me olhando, fazendo-me corar. Sentei novamente na roda e perguntei onde elas estavam. Continuamos o jogo, onde outras duas meninas tiveram de ligar e inventar algo para os namorados. Depois de um tempo, havíamos parado de girar a garrafa e começáramos a só dizer algumas coisas sobre nós mesmas.

– Lembra aquela vez que nós fomos num restaurante pra comemorar o aniversário da vovó? – uma garota morena de olhos verdes, Alaska, prima de Hazel, começou a falar. Ela tinha uns vinte e dois anos, se não me engano. – Sabe aquela hora em que eu disse que estava passando mal e Miles precisou me “levar ao banheiro”? – ela fez aspas com os dedos, fazendo com que Hazel e mais duas meninas abriram a boca. – É, minha pressão não estava realmente caindo.

– Al, como pode fazer isso? – ela jogou um dos travesseiros na prima, que estava rindo.

– A culpa não foi minha, ok? Miles ficava me mandando mensagens e passando a mão em minha perna por debaixo da mesa. Se eu não saísse dali, ia dar alguma merda.

Começamos a rir e outras pessoas começaram a falar até que cansamos daquilo e, sendo três da manhã, decidimos ir dormir.

*****************************************************************************

Acordei com Mione me chamando. Vi que as outras meninas já estavam começando a acordar. Mexi no ombro de Tris e ela resmungou, virando de costas pra mim.

– Vamos, Beatrice, vai ficar pra trás.

Ela levantou a cabeça, pondo os cabelos pra trás da coçando os olhos.

– Eu tô com fome, gente.

– Não se preocupem – Hazel bocejou enquanto se trocava. – Minha mãe preparou um café pra gente, então rápido, também estou morta de fome.

Aquilo pareceu acordar Tris, fazendo-a se levantar e pegar nossas escovas de dentes. Recebemos uma pequena ameaça matinal para seguirmos ela, coisa que obedecemos e, depois de trocadas, estávamos na gigantesca sala de jantar de Hazel, cabendo todas as dezesseis garotas ali.

Eram quase duas horas quando terminamos de comer e decidimos ir embora. Várias meninas já haviam ido embora, permanecendo apenas nós três e as primas de Hazel.

– Hazel, foi ótimo – abraçamos ela. – Quando quiser fazer isso de novo, nos avise, a gente ajuda a bancar tudo.

– Isso é o de menos, meninas, me diverti muito – ela sorriu e nós entramos no carro do pai de Hermione. Ele levou Tris até sua casa, onde Tobias a esperava sentado nas escadas da varanda. Nos despedimos deles, indo até nossa casa. Agradeci a carona e atravessei a rua, entrando em casa e chamando meus pais. Meu irmão apareceu, me abraçando e saindo logo em seguida. Perguntei por Percy, mas ele disse que não o via desde ontem.

Peguei meu celular, cumprimentei meus pais e subi para o quarto, ligando para Percy. Tive de ligar três vezes antes de ele atender.

– Percy? Oi, acabei de chegar em casa, por que não atendeu?

– Annie, oi, desculpe por isso. Pode vir aqui em casa?

– Claro, Cabeça de Alga. Me dê dois minutos – desliguei e desci as escadas, dizendo a minha mãe onde ia.

Atravessei a rua e bati na porta. Dany apareceu, dizendo que Percy estava no quarto. Agradeci ela, cumprimentando tia Zoe e tio Eric no caminho e correndo escadas acima. Bati na porta, não escutando nada enquanto a abria vagarosamente.

– Percy? O que foi? – vi que ele estava deitado na cama, completamente coberto e encolhido.

– Oi, Sabidinha.

– O que aconteceu com você? – sentei-me a sua frente e passei a mão em seu cabelo.

– Devido a acontecimentos recentes que envolveram um Perseu de bicicleta e um vento muito gelado, eu estou com febre no momento – coloquei a mão em sua testa e, deuses, ele estava queimando.

– Sério? A culpa é toda minha, perdão, Cabeça de Alga – desci a mão até seu rosto e fiz carinho em sua bochecha, sentindo sua mão sobre a minha logo depois.

– Não se culpe, Annie. Culpe a Tris, a culpa é dela – dei uma risadinha e indiquei para que ele fosse para o lado.

– Mesmo assim – me encostei na cabeceira, tirando os sapatos, e mandei ele se deitar encostando em mim. – Tenho que cuidar do bebê, querendo ou não – ele apoiou a cabeça na minha clavícula e abraçou minha cintura. Puxei sua coberta até seus ombros e comecei a fazer carinho em sua cabeça. Não demorou muito para ele voltar a dormir, mas eu estava confortável demais pra sair dali. Devo ter adormecido em algum momento, mas despertei assim que a porta se abriu, revelando tia Zoe.

– Annie, querida, sua mãe está ao telefone, disse que você não atende o celular.

– Eu coloquei no silencioso, pra não acordar Percy – peguei meu celular, vendo algumas ligações perdidas.

– Vá falar com ela então, ela estava preocupada. Aproveite e peça pra vir comer aqui, farei sopa pro Percy e eu sei que você adora.

– Tem razão, eu já vou, tia Zoe. Obrigada.

Ela sorriu, saindo do quarto e eu olhei pra baixo, vendo Percy dormir tranquilamente. Ele parara de tremer, porém continuava quente. Tentei da forma mais delicada possível sair de debaixo dele, mas ele despertou levemente.

– Não, Annie, fica aqui – ele resmungou e eu sorri.

– Não se preocupe, Percy – beijei sua testa e ajeitei seu cobertor. – Vou ligar pra minha mãe e ver se posso comer aqui. Ai eu vou tomar banho e voltar aqui, ok?

– Tá bom – ele se sentou. – Eu vou tomar banho também.

– Vista moletons quentes, Cabeça de Alga – ele ficou de pé, tremendo ainda. – Se eu ver você com os pés no chão, vai ter algo pior do que só a febre.

– Sim, senhora – abracei seu pescoço e beijei sua bochecha. – Até mais tarde.

Sai de seu quarto e desci as escadas, despedindo-me de tia Zoe e indo pra casa.

– Você vai voltar, Annie?

– Ligo em cinco minutos pra avisar, tia Zoe. Percy já está indo tomar banho.

Fechei a porta e olhei para os lados, atravessando a rua. Conversei com minha mãe, explicando o que havia acontecido e pedindo para comer lá. Ela deixou e eu corri para o banho, prendendo os cabelos e não demorando muito para me trocar. Vesti uma calça legging, uma blusa cavada dos lados e tênis. Peguei uma blusa só por precaução e sai de casa, dando um beijo em meus irmãos e levando chaves reservas. Meu irmãos provavelmente estaria acordado a hora que fosse, mas era bom prevenir. Corri até o outro lado da rua e entrei chamando por tia Zoe.

– Aqui na cozinha, Annie – fui até lá, deixando minhas coisas no sofá, e a vi em frente ao armário, pegando alguns pratos. Tio Eric estava em frente ao fogão, mexendo dentro de uma enorme panela, da qual um maravilhoso cheiro saia dela. – Leve esses pratos pra sala de jantar pra mim, por favor? Depois pode ir chamar Percy que nós vamos comer.

– Sim, senhora – peguei os pratos e os talheres em cima destes, indo até a sala de jantar. Organizei-os nos lugares e, depois de pronto, subi as escadas, indo até o quarto de Percy. – Cabeça de Alga? Vamos, a sopa tá pronta – abri a porta e o encontrei sentado na cama, mexendo no celular, vestindo calças de moletom e meias, mas apenas isso. – O que pensa que está fazendo?

– Mandando uma mensagem? – ele olhou pra mim e sorriu, fazendo com que eu me derretesse por dentro, embora soubesse que ele só iria piorar daquele jeito.

– Ponha uma blusa agora, Perseu, você só vai piorar assim – fui até seu guarda-roupa e tirei de lá uma camiseta e um moletom fechado. – Vista isso agora – fiquei a sua frente e lhe estendi as roupas, as quais ele pegou e colocou a seu lado, largando o celular e puxando minha cintura.

– É a primeira vez que você reclama por eu estar sem camisa, sabia? – embora eu estivesse de braços cruzados, ele conseguiu fazer com que eu me sentasse em seu colo.

– Você está doente, idiota – coloquei a mão em seus ombros. – A situação pede isso – me aproximei, beijando-lhe e pegando a blusa ao seu lado. – Vamos, vista isso – passei a blusa por sua cabeça e ele bufou. Ele terminou de vestir a camisa e depois o moletom.

– Feliz?

– Muito – beijei-o de novo e ele apertou minha cintura por debaixo da blusa, fazendo-me arrepiar. Ele começou a subir minha blusa e eu arranhei sua barriga por debaixo de suas blusas. – Droga, na verdade, não estou nada feliz – ele riu e soltou minha blusa, me beijando rapidamente, e se levantando, me levando junto.

– Viu? Isso que dá ficar cuidando de mim o tempo todo – ele continuou segurando minhas pernas e eu mordi seu lábio inferior, sentindo-o apertar mais minhas coxas.

– Vamos, Cabeça de Alga. Me ponha no chão, estou com fome.

– Verdade, minha mãe fez sopa – ele soltou minhas pernas e puxou minha mão para fora do quarto. Descemos as escadas, encontrando Dany e tio Eric já na sala de jantar, comendo e tia Zoe no caminho, carregando um prato cheio.

– Podem ir tirar comida, crianças – pegamos nossos pratos e o fizemos.

Depois de duas pratadas – e duas pílulas de remédio, no caso de Percy – nós decidimos ver um filme. Percy foi escolhendo o filme enquanto eu buscava um cobertor e travesseiros. Ajeitei o sofá cama e ele se deitou a meu lado, tentando me cobrir junto a ele.

– Ah, nem pensar, Cabeça de Alga, tô morrendo de calor. Espera um pouco – ajeitei seu travesseiro, colocando-o virado de lado e o cobrindo. Coloquei meu travesseiro em cima dele, na vertical, e o abracei – o travesseiro, não Percy.

Ele – Percy, não o travesseiro – tirou um dos braços e deixou em cima de meu ombro. Dei play no filme e começamos a assistir. Estávamos na metade do filme quando comecei a sentir frio e deixei que Percy jogasse a coberta sobre mim. Não demorou muito para eu sentir uma mão boba em minha cintura, por baixo de minha blusa, não me deixando ver o restante do filme. Eram quase onze horas quando o filme acabou e eu disse que iria embora.

– Tem mesmo que ir?

– Tenho, Percy, já está tarde – ele me beijou e eu ri. – Desculpe, Cabeça de Alga.

– Tudo bem – ele tentou novamente levantar minha blusa, mas eu bati em sua mão e me levantei.

– Sabe que se eu deixar você fazer isso, não saio daqui tão cedo, não sabe?

– Sei sim, Sabidinha – ele ficou de pé e estendeu os braços. – Um beijo de despedida?

– Você não me engana, Perseu – peguei uma de suas mãos e fui até o lado de fora, pegando minha blusa e chave no caminho. Somente quando estávamos do lado de fora foi que eu o beijei de novo.

– Eu amo você, Annie – ele passou a mão por meu rosto e eu sabia que parte daquilo não era só uma tentativa de chantagem emocional.

– Eu também amo você, Percy – juntei nossas testas e ficamos assim alguns segundos, antes de eu beija-lo rapidamente e me despedir, começando a andar até minha casa. Quando estava na porta de casa, olhei para trás e acenei para Percy.


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Notas finais do capítulo

AI MEUS DEUSES, EU AMO ESSA CAPÍTULO COM TODO O MEU CORAÇÃO, MAS FALTA SÓ MAIS UM. DEIXAREI MEU TEXTO PARA O PRÓXIMO.
Beijinhos.
— A



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