Só mais um ano... ou não escrita por Alexandra Watson


Capítulo 40
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

Gente, essa semana foi tão corrida que eu acabei esquecendo de postar, peço milhões de desculpas.
Estamos já na reta final da fic (~choro~) mas eu fico mais aliviada por isso. Eu ficaria bastante chateada se não terminasse e quero que acabe o quanto antes porque 1) vocês podem se dar por satisfeitos e 2) novos projetos podem ser escritos.
*Divirtam-se*



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Acordei com a luz do sol entrando pela janela porque deixara a cortina aberta. Me levantei, olhei o relógio e eram onze horas da manhã. Peguei meu celular e havia uma mensagem de Percy.

“Hey, bom dia Sabidinha. Tenho uma surpresa pra você. Uma dica: seu musical antigo favorito. P.S.: você dormiu no meu colo ontem à noite, então te levei para seu quarto. A cara de seu irmão quando sai de lá arrumando a jaqueta não foi muito boa. Até de tarde.

– Cabeça de Alga”

Sorri. Gostaria de ter visto a cara de Percy naquele momento. Estranhamente, senti uma vontade de recompensa-lo por ter pagado aquele mico (isso não acontecia com frequência). Desci as escadas e fui para a cozinha. Ia tomar uma xícara de chá, mas senti uma estranha vontade de comer chocolate. Não aquela sensação diária de tipo meus-deuses-preciso-de-chocolate e depois passa. Essa não. Essa era meio permanente.

Até que me lembrei de uma coisa. Subi correndo as escadas e abri meu guarda-roupa. Na parte que ficava em cima das prateleiras, dentro de um caderno. Olhei minha “tabelinha” (se é que vocês me entendem).

– Droga. Droga. Droga.

Nesse momento minha mãe entrou no quarto.

– Annie? Escutei um barulho na cozinha. Foi você?

– Sim, mãe.

– E por que você tá com essa cara?

– Nada mãe.

– Fala filha.

– É que hoje começa minha TPM e eu vou precisar de chocolate, filmes, um cobertor e Percy.

– Percy? – ela me deu um sorriso muito suspeito.

– Eu fico carente na TPM, mãe. E você sabe disso.

Ela riu de mim. Isso não era justo, ela também era assim na TPM. Ela parou de rir por uns instantes.

– Bom. Do chocolate, do cobertor e dos filmes em posso cuidar, agora do outro fator ...

– Mãe!

Ela riu de novo.

– Tá bom, parei. Você vai querer almoçar?

–Vou. Tem como você fazer uma lasanha para sua filhinha de TPM? – olhei com a carinha mais fofa que consegui pra ela. Pareceu funcionar.

– Anw.

Ela veio até mim e me abraçou. Fiquei parada esperando ela acabar. Ela parou de me abraçar e segurou meus ombros.

– Não quer chamar Percy pra comer aqui?

– Pode ser, mas não vejo necessidade pra ...

– É pra você não ficar aqui sozinha ...

– Por que sozinha?

– Porque eu e seu pai vamos sair pra almoçar daqui a pouco com Finn e Arya. Seu irmão vai comer na casa de um amigo e eu ia chamar você pra ir.

– Não, eu não quero ir. Então nós vamos poder ficar aqui?

– Podem. Eu deixo a lasanha no forno com o despertador.

– Obrigada, mãe. Temos chocolate ai em casa?

– Acho que sim.

– Ótimo, porque eu vou precisar.

Ela sorriu e saiu de meu quarto.

Me troquei. Peguei um shorts e uma blusa xadrez de mangas e as dobrei. Prendi meu cabelo em um coque. Desci as escadas e encontrei meu irmão.

– Hey.

– Hey. Onde você vai? – ele perguntou. Acho que ter passado batom vermelho não ajudou muito, mas eu queria me maquiar.

– Lugar nenhum. E você?

– Hoje é o aniversário do Ethan e ele chamou o pessoal pra ir almoçar a casa dele.

– Hum, legal. Mande meus parabéns.

– Tá bom. Vamos, pai?

– Tá bom. Sophie, daqui a pouco eu passo pra buscar você e as crianças.

– Tudo bem, amor. Te vejo depois – minha mãe gritou da cozinha.

E eles saíram. Fui para a cozinha, onde minha mãe estava preparando uma pequena lasanha.

– O papai sabe que eu não vou?

– Sabe.

–Ele sabe quem vai vir aqui?

– Não.

– Ok.

Me sentei na mesa, esperando ela acabar de fazer a lasanha. Minha mãe parecia muito confortável com as perguntas que eu acabara de fazer. Quando ela terminou, colocou no fogo e ligou o despertador. Ela sentou-se na mesa a minha frente e ficou me olhando. Ela pareceu ler minha expressão.

– Você deve estar se perguntando: mãe, como não está preocupada com a possibilidade de meu namorado e eu fazermos sexo porque vocês dois vão nos deixar aqui sozinhos o dia inteiro?

– Era exatamente isso que eu estava pensando.

– Eu sei que vocês não vão fazer nada, Annie.

– Como você pode saber, mãe?

– Annabeth, em primeiro lugar, você tem medo ou nojo em ver cenas pornográficas, lembra? Você já me disse isso. E em segundo lugar, eu confio em você e no seu julgamento e também confio que vá cumprir sua promessa comigo.

Ergui as sobrancelhas pra ela.

– Obrigada, mãe.

– De nada. Se assegure de que ele chegue depois que sairmos e saia antes de voltarmos.

– A que horas vocês chegam?

– Provavelmente só a tarde, nós vamos no parque com seus irmãos. Eu te ligo. Fique perto de seu celular.

– Tá bom, mãe.

Ouvi a buzina do carro e meus irmão vieram correndo descendo as escadas.

– Arya! Finnick! Quantas vezes já falei pra não correrem na escada? Vocês vão acabar se machucando! – ela disse seguindo eles. – Tchau, tchau, Annie. Juízo.

– Pode deixar, mãe. Até mais.

– Tchau, Annie. Tranque a porta quando eu sair.

Ela se foi, levando meus irmãos. Fui até a porta e acenei para meu pai.

Peguei meu celular e subi para meu quarto.

“Já acordou Cabeça de Alga?”

“Já. O que foi?”

“Quer vir almoçar aqui em casa?”

“Claro. O que vamos almoçar?”

“Minha mãe deixou uma lasanha no forno pra gente.”

“Deixou?”

“Meus pais saíram pra almoçar.”

“Tá bom. Vou me trocar e daqui a pouco eu vou pra ai.”

“Ok. Só não repare na minha rápida mudança de humor.”

“Tá bom. Por que?”

“TPM.”

“Ok. Dez minutos eu tô ai.”

“Tá.”

Desci e fui para a cozinha. Enquanto esperava o despertador tocar, arrumei a mesa. O despertador soou e eu tirei a lasanha do forno e coloquei um cima da mesa. Alguém bateu na porta.

– Entra, Percy.

Escutei a porta se abrir e Percy apareceu na cozinha com uma caixa de bombons sortidos.

– Isso aqui dá?

Sorri para ele e puxei-o para um beijo.

– Dá sim, Cabeça de Alga, obrigada.

Nos sentamos e comemos lasanha. Percy, por incrível que pareça, só queimou duas vezes a própria língua. Quando terminamos, guardamos o restante da lasanha na geladeira e colocamos a louça na máquina. Pegamos meus chocolates e fomos para a sala ver ficar vendo filmes.

O problema é que, o primeiro filme que o maldito filho de Hera escolheu foi aquele meu musical favorito, o qual eu sempre choro. Acho que o safado se aproveitou disso pra poder me consolar e se sentir o herói. Na metade do filme, havia cansado de comer chocolate (depois de comer quase que uma caixa inteira) e me deitei em Percy. Eu estava coberta, mas me deu calor então me descobri e voltei a me deitar em Percy. Minutos depois fui ao banheiro. Quando voltei, ele estava deitado por “extenso” no sofá.

Percebi suas intenções e, por estar carente involuntariamente, me deitei sobre ele. Ele pareceu muito feliz com isso. Não prestei atenção no final do filme (mesmo sabendo de cor e salteado as falas) pois só me concentrava em “ai meus deuses, como eu gosto do meu namorado e do cheiro dele e do rosto dele e de tudo nele e eu quero me matar por estar sendo tão ridícula. Maldita TPM.” Em algum momento, adormeci. TPM cansa a gente.

No meu inconsciente, escutava uma voz.

– Annie? Acorda, amor. O filme já acabou.

Olhei para ele e depois para a TV.

– Cadê o filme, Percy?

Ele riu.

– Já acabou, Annie.

– Tá bom.

E voltei a me deitar em seu peito e dormir.

– Annabeth Levesque, acorda.

– Por que?

– Pra gente namorar um pouco? Você mesma disse que estava carente e não sei mais o que?

– Não. Eu tô com sono. Me deixa.

– Annie!

– Percy!

– Vamos. Daqui a pouco eu vou embora!

– Por que você vai embora?

– Porque eu estou aqui meio que clandestinamente?

– Ah, verdade. Nesse caso, você podia me mimar um pouquinho mais, né? Tô precisando ser mimada, Percy!

– Ok, Sabidinha. O que você quer?

Quando fui responder ele, alguém bateu na porta.

– Annie, sou eu, Ron. Abre aqui.

Olhei para Percy com os olhos arregalados. Ele me olhava do mesmo jeito.

– E agora? – ele cochichou.

– Vai pro meu quarto, rápido – disse no mesmo tom. – Já vou, Ron – disse mais alto.

Sai de cima de Percy e fui até a porta. Quando tive certeza de que ele já estava dentro de meu quarto, abri a porta para Ron.

– Oi. Você não tava num aniversário?

– Bom ver você também, irmãzinha. É que foi só um almoço, tá?

– Ok, então. Ron, eu vou pro meu quarto ler. Tranca a porta.

– Tá bom.

Subi para meu quarto e, quando entrei, Percy estava vendo meus livros.

– Qual é seu plano agora, hein Sabidinha?

Liguei a TV bem alto para Ron não escutar.

– Percy, você vai ter que sair pela janela.

– Mas e se ele me ver saindo pela janela?

– Ele tá vendo TV. Com sorte, ele não vai ver você.

– Com sorte?

– Tem alguma ideia melhor?

– A porta da frente é totalmente inviável, né?

– É. Agora vai.

Abri a janela e saímos lá fora. Meu quarto não ficava no mesmo rumo que a sala, mas nunca se sabe, né? Ele me agarrou antes de começar a descer e me prensou na porta aberta da sacada.

Então nós nos separamos e Percy se sentou na mureta, virou e começou a descer. Antes que descesse muito, me inclinei e beijei-o.

– Até amanhã, Sabidinha.

– Até amanhã.

Entrei em meu quarto e fui ler.


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Notas finais do capítulo

Nem revisei o capítulo direito porque tô meio com pressa.
Até o próximo, amores.
Beijinhos.
— A



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