Só mais um ano... ou não escrita por Alexandra Watson


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

NOW THE BITCH IS BACK AND THERE'S HELL TO PAY!!
É, eu voltei, envergonhada pela demora, mas antes tarde do que nunca né?
Bem gente, todos já devem saber que eu tô escrevendo outra fic e tals (atual amor da minha vida), mas eu me sinto mal por ter deixado essa fic um pouco que de lado. Tenho uns capítulos a mais, só que acho que dois ou três no máximo que eu escrever, ela é fica finalizada e eu só preciso postar (SINTO CHEIRO DE MARATONA, NÃO SEI). Então, deixo aqui um desafio a mim mesma: se eu acabar a fic até semana que vem (FINALIZAR TUDO MESMO) eu faço uma big maratona com todos os capítulos finais (BOATOS DE QUE PODE CHEGAR A 46, BOATOS). Combinado?
Titia tava com saudades e por isso (e peso na consciência), dois capítulos pra vocês SZ
*Divirtam-se*



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Acordei com um braço em minha cintura. Em circunstancias normais teria gritado e feito um escândalo mas, com a quantidade de sono acumulado dentro de mim estar muito elevada, simplesmente me virei de lado.

– Bom dia, Cabeça de Alga.

– Bom dia, Sabidinha.

Me deitei em seu peito e dormi ali de novo. Ele começou a cutucar meu nariz até que me acordou de novo. Olhei para o relógio e eram oito e meia ainda. Dei aquela olhada de “você está ferrado” e virei para o lado novamente. Ele desistiu? É claro que não.

– Se você acordar agora e vir passear comigo posso até não me gabar do fato de você estar dormindo abraçada com minha jaqueta.

Abri os olhos e virei-me para ele. Fazendo isso meu rosto e o dele ficaram a, literalmente, três ou quatro centímetros de distância.

– Faça isso e eu acabo com você.

Eu devia estar tão assustadora quanto um panda porque ele riu de mim e me beijou.

– Vai se trocar que eu te espero lá embaixo.

– Por que isso Cabeça de Alga? Ainda são oito e meia da manhã.

– Porque – ele disse se levantando – nosso feriado está acabando, Sabidinha. Nós nem nadamos no lago ainda.

– Nadar no lago? Tipo, agora?

– É.

– Mas a água deve estar fria. Não podemos nadar na piscina?

– Não, no lago é mais divertido. Te dou dez minutos.

Ele saiu, fechou a porta e eu virei e voltei a dormir.

– Se você não levantar agora – ele gritou lá de fora – eu vou buscar água pra te acordar.

Levantei. Sabia que ele podia fazer isso porque ele já via feito isso uma vez. Não, ele não tinha amor próprio. Fui até a cômoda, peguei meu biquíni, um shorts e uma blusa branca. Deixei-as em cima da cama e fui abrir a cortina e o sol já estava meio forte.

– É bom que você tenha esquentado a água direitinho, tio Apollo. É bom mesmo.

Fui para o banheiro e me troquei.

Sai do banheiro, coloquei meu chinelo e peguei uma bolsa que havia trazido por precaução. Dentro dela coloquei minha toalha, protetor solar e um livro. Coloquei o óculos de sol na cabeça e desci para tomar café. Lá embaixo encontrei Percy conversando com Lea, na mesa.

– Bom dia, Lea.

– Bom dia, Annie. Vocês vão pro lago?

– Parece que sim, né – olhei para Percy com raiva. – Quer ir conosco?

– Eu vou depois. Quando Roberta acordar, ok?

– Ok.

Terminamos nosso café, nos despedimos de Lea e saímos. Chegando perto do lago Percy tirou a camisa, me entregou para eu guardar e pulou na água. Um característico filho de Poseidon. Ele mergulhou e não voltou a superfície até o momento em que cheguei em um banco embaixo de uma das árvores. Não, ele não ficou dez minutos lá embaixo, mas ele havia feito natação por muito tempo e conseguia prender bem a respiração. Quando ele submergiu, nadou até a borda.

– Você não vem?

– Daqui a pouco, Percy.

– Vamos, Annie. A água está ótima.

– Depois, Percy.

– Annie ...

– Percy ... – imitei-o.

– Ok, se você insiste ...

Ele saiu da água e UAU. Não fossem meus óculos de sol, ele teria percebido que eu praticamente o devorei com os olhos. Ele veio até mim passando a mão no cabelo

– Você vai entrar sozinha ou precisa de ajuda?

Isso foi muito suspeito.

– Percy, eu não quero.

– 1 ...

– Percy ...

– 2 ...

– Perseu Grace, não se atreva a tentar fazer esse joguinho de poder comigo porque...

– 3!

Ele me pegou no colo e correu em direção ao lago.

– Percy, não! Minha roupa!

Ele parou por um instante e me pôs no chão. Antes de me soltar totalmente, ele cochichou em meu ouvido.

– Você vai lá, vai tirar essa roupa e vai voltar pra cá.

– Senão? – desafiei-o. Não que tenha adiantado muito ele deixar eu tirar a roupa, já que ele fez o favor de me pegar no colo e molha-la toda, mas eu poderia coloca-la

– Senão eu vou voltar e buscar você. Com ou sem roupa.

Olhei para cima e ele fazia uma expressão séria.

– Ok, você venceu. Desta vez.

Virei-me e senti seu sorriso vitorioso em minhas costas. Tirei a blusa, o shorts, meus chinelos e o óculos. Coloquei as roupas no sol e guardei minhas outras coisas. Ao fazer isso encontrei Percy olhando fixamente para mim.

– Percy! – tentei inutilmente me cobrir com as mãos. Como disse, inutilmente.

– Que foi? Você fez o mesmo comigo.

– Não, não fiz!

– Fez sim. Só que você tinha a vantagem de estar usando óculos de sol.

Ia retrucar, mas ambos de nós sabíamos que era verdade. Com raiva, empurrei-o na água.

Quando ele voltou, já estava sentada na beirada do lago. Entrei na água e a temperatura estava realmente boa. Não molhei meu cabelo, já que ele ainda estava preso, mas então o espalhafatoso-adora-água-Percy, teve que chegar jogando água pra todos os lados.

– Eu pretendia não molhar meu cabelo por enquanto, Cabeça de Alga – soltei meu cabelo e deixei que molhasse o restante mínimo que estava seco.

– Tá soltando ele por que, então? – ele se aproximou e brincou com meu cabelo que flutuava na água.

– Esquece, Perseu – ele se aproximou mais e ficou a uma pequena distância de mim. – Tenho que admitir, isso é bem mais divertido do que a piscina, a emoção é bem maior.

– Sem contar que toda a minha família está na piscina agora e eu não queria ter que ficar lá.

– Por que não?

– Porque eu não ia poder fazer isso – ele me beijou suavemente. – Ou isso – não tão suavemente. – Ou isso – esqueça a suavidade, ok? Agradeci pelos pais e parentes dele não estarem lá, eles poderiam ter uma imagem errada sobre nós dois (entendam como quiserem).

Ficamos ali por uma hora mais ou menos até que as meninas chegaram. Só tentei afogar Percy quatro vezes, juro. Antes delas chegarem ao lago precisamente, sai e me sequei. Quando Percy perguntou o porquê disse que precisa pegar uma cor e precisava mesmo.

Mais tarde, tia Zoe nos chamou para almoçar. Coloquei meu shorts, assim como as outras, e fomos para dentro. Lea pulou nas costas de Percy e o usou como meio de transporte até a casa. Almoçamos e como ainda era meio dia e meia, Percy e eu fomos namorar um pouco na sala enquanto as meninas tiravam um cochilo. Nos sentamos no chão, para não molhar o sofá, e começamos a conversar. Em determinado momento da conversa ele começou a olhar para meu pescoço e colocou meu cabelo atrás da orelha.

– Eu que fiz isso?

Olhei para ele como se dissesse “sério?”

– Que foi, você podia ter caído, sei lá.

– Percy, essa é a desculpa mais velha do mundo – ele não precisava saber que eu havia usado ela antes, com a prima dele.

– Me desculpe, senhorita criatividade, se eu não possuo seu dons para inventar desculpas para os roxos que possuo.

– Alguém tem que pensar nessa relação né?

– Se você não parar, vai ganhar outro desses – ele tentou usar um tom ameaçador, mas eu ri.

– Vai lutar comigo? Você sabe que num combate corpo a corpo eu sempre ganho de você, Percy.

– Pior, muito pior.

Ele me atacou com cócegas. Totalmente injusto. Quando acabamos, estávamos os dois deitados um do lado do outro no chão. Estava um silêncio tão grande que achei que ele tivesse dormido, mas ele se pronunciou logo depois.

– Lembra quando você nós tínhamos dez anos e você era traumatizada porque suas primas tinham peito e você não? – isso foi muito aleatório, mas era Percy, então era normal.

– Lembro. Era horrível isso – antes de começarmos mesmo a gostar um do outro, quando éramos só amigos mesmo, eu conversava sobre essas coisas com Percy e vice versa. Continuava tão natural quanto antes.

– Continua não fazendo sentido, já que elas eram mais velhas do que você.

– Pra mim não importava. Na minha mente eu tinha que ser igualzinha a elas, mas eu era magrela e desengonçada.

– Você era linda – ele me beijou. – Pelo menos eu e todos os outros garotos da sala achávamos isso.

– Mas eram só vocês, porque as meninas me odiavam.

– Mas e a Clary?

– Ela entrou só na metade do sexto ano, Percy. Eu até tinha amizade com as meninas, mas a maioria, tirando a Bia, acho, me odiavam e me olhavam torto. E isso continuou até o ano passado, se quer saber.

– Isso é porque elas tinham inveja de você. Fala sério Annabeth, mesmo magrela e desengonçada você era linda e depois que você ganhou tudo isso? – sabia ao que ele estava se referindo. – E as meninas de nossa sala que eram só um bando de palitos em pé? Por isso elas te olhavam torto.

– Uau, você não gostava delas mesmo, certo? – me virei de bruços e apoiei-me em meus cotovelos.

– As meninas de nossa sala sempre foram um bando de patricinhas. Você, a Clary, a Bia e a Vanessa eram as que salvavam.

– Lembra quando você tinha uma quedinha pela Vanessa? Na sétima série? – dei uma risada ao lembrar disso e ele me acompanhou.

– Na verdade – ele disse se virando de bruços também – eu não gostava dela.

– Mas você vivia me dizendo como ela tinha cabelos lindos e como gostava quando ela sorria o que eu, particularmente achava bem maduro da sua parte.

– Mas eu não gostava dela.

– Então por que mentiu pra mim?

– Porque eu gostava de você, óbvio.

– Óbvio pra quem, Cabeça de Alga?

– Óbvio pra mim.

– Ai meus deuses, Cabeça de Alga. Uma lógica que que só você entende não é muito boa, sabia?

– Me deixa, ok? Eu tinha treze anos!

Ri dele. Em determinado momento voltamos a nos sentar. Ficamos conversando sobre coisas passadas até chegarmos no mais presente: quando ele foi embora. Não me recordo exatamente o que eu disse, mas ele retrucou com “é, até que eu ...” e não terminou a frase. O sorriso que antes havia em seu rosto havia sumido, assim como o meu.

Ele estava com o braço em volta de meus ombros e eu estava encostada nele. Ele apertou o braço sobre meus ombros e eu o abracei. Coloquei a cabeça em seu ombro e ele deve ter sentido uma de minhas lágrimas porque me apertou ainda mais, fazendo com que eu sentasse em seu colo e começou a acariciar meu cabelo e beijar minha cabeça.

– Desculpe.

Funguei e olhei para ele. Passei a mão sobre seu rosto e coloquei minha testa na sua. Consegui dar um sorriso fraco.

– Nunca mais mostre uma oferta de emprego para sua mãe, ok?

Ele sorriu de volta.

– Juro pelo rio Estige.

Beijei-o. O lance com a mãe dele é que ele havia visto a notícia sobre a viagem pelo mundo e sabia que sua mãe estava à procura de algo como aquilo. Ele só não sabia que 1) era por seis meses e 2) ele estava incluído nisso.

As meninas apareceram e nós quatro subimos. Percy foi para seu quarto dormir e nós fomos para o meu começar a nos preparar.

Ás sete e meia Percy apareceu em meu quarto para que arrumássemos sua gravata. As três estavam de roupão, só faltando por os vestidos, mas como Roberta e Lea estavam se maquiando ainda, tive que arrumar a gravata dele.

– Você está muito bonito, Cabeça de Alga – disse, terminando de dar um nó em sua gravata.

– Eu sei. Você também está muito linda, Sabidinha.

– Mas eu ainda estou de roupão, Percy.

– Exatamente – ele deu um sorriso galanteador para mim.

Dei uma risada de escárnio e revirei os olhos

– Cai fora, Percy – apontei para a porta.

– Por que?

– Nós temos que nos trocar – empurrei-o até a porta e lhe dei um selinho. – Adeus.

Lea me olhava com um sorriso no rosto, enquanto Roberta só me encarava pelo espelho. Fui até o guarda-roupa e peguei meu vestido. Quando chegou a hora da festa, estávamos as três prontas. Lea estava com o cabelo preso e tinha colocado brincos, uma pulseira e sapatos dourados com seu vestido. Roberta havia deixado o cabelo totalmente solto e colocados brincos pequenos e um colar prata com seu vestido. Sapatos combinando. Eu estava com o cabelo solto, mas havia feito uma espécie de tiara em forma de trança, os brincos que havia comprado e os anéis e colar que Percy me dera. Minha sandália também era dourada. Tia Zoe havia dito que, diferentemente do que pensávamos, os amigos dos avós de Percy eram em sua maioria adultos com trinta anos. Ela nos disse que eles eram os mais velhos entre seus amigos mas que sempre os acompanhavam em festas. Ela também nos disse que haveria um DJ na festa e que ele só ia embora tarde e que era bom nós nos prepararmos. Para sua informação, mesmo que nós não tivéssemos ficado no quarto o dia todo, nós não poderíamos descer lá em baixo. Fomos meio que banidos de lá para o lugar ser organizado.

Quando estava terminando de abotoar minha sandália, tia Zoe veio nos chamar dizendo que já eram quase oito horas e que havia um monte de gente nos esperando. Percy veio atrás dela e dei a ele os anéis para colocar em mim (tradição, né). Depois ele me deu o braço e saímos do quarto.


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Notas finais do capítulo

Ai ai, amo esse capítulo com todo o meu coração, sério.
Beijinhos.
— A



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