Só mais um ano... ou não escrita por Alexandra Watson


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, amores. Mas tá bem complicado postar e escrever também. Eu comecei uma outra história e tenho que ler uns livros pra escola e tá difícil escrever (pra tudo).
*Divirtam-se*



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Na manhã do dia seguinte acordei sozinha. Olhei o relógio e vi que eram nove horas. Sai de meu quarto e fui em direção ao de Percy, notando que os quartos de vovó e vovô e de tia Zoe estavam vazios. Não bati na porta, porque ele poderia estar dormindo. E ele estava.

Fui até sua cama e me sentei na beirada em que ele estava virado. Passei a mão por seu cabelo. Ele se mexeu e virou de lado e, não pude deixar de notar, ele havia babado no travesseiro. Sorri e me deitei ao seu lado, com ele ainda de costas para mim. Passei as mãos por suas costas e cheguei perto de seu ouvido.

– Bom dia, Cabeça de Alga.

Ele pareceu sentir cócegas no ouvido e se virou para mim, ainda dormindo. Fiz cócegas em seu pescoço, o qual ele reagiu rindo e acordando. Quando olhou para mim pareceu bastante surpreso e nem disfarçou isso.

– Bom dia.

– Bom dia.

– Eu achei que você fosse terminar comigo.

– Eu não faria isso. Não por um motivo bobo como ciúmes ou a suposição disso.

– Ainda bem – ele passou a mão em meu rosto. – Desculpa por achar que você estava com ciúmes.

– Desculpa por ficar com ciúmes e te usar como objeto de ciúmes.

– Então você admite que ...

– Não abusa da sorte, Percy.

Ele sorriu e eu retribui. Ficamos ali até escutarmos tia Zoe gritar para que Dany fosse nos acordar. Então eu tive que ir embora porque para uma mente de uma criança isso poderia ser confuso. Entrei em meu quarto e logo depois de pular em minha cama e me cobrir, Dany entrou e me acordou. Ela parecia com medo de encostar em mim, não sei porque.

Me levantei e pedi para ela mandar Percy ir no meu quarto quando terminasse de se arrumar. Ela saiu e eu fui me trocar no banheiro. Ao sair, Percy estava em frente ao espelho de meu quarto, arrumando o cabelo.

– Percy, se você não parar, seu cabelo vai cair de tanto que você passa a mão nele, sabia?

– Sério? – ele me olhou preocupado.

Ri da cara dele. Retribuindo isso ele me pegou e me colocou em seu ombro como se eu fosse um saco de batatas.

– Percy, me põe no chão agora.

– Me obrigue, Sabidinha.

– Percy!

Ele desceu as escadas comigo daquele jeito e foi e foi meio constrangedor chegar na sala com os avós, os pais, tia Mari e as meninas nos observando. Percy me pôs no chão e arrumou o cabelo, envergonhado eu supunha. Como na maioria das vezes, em relação a meu namorado, eu estava errada.

– Bom dia, gente. O que teremos de almoço?

Alguns riram, mas os outros só encaravam pensando “o que esse garoto tem?”.

Fomos todos para a sala de jantar e tomamos café da manhã (confuso?). Então, enquanto eu e Percy ajudávamos tia Zoe a tirar a mesa, ela nos contou que seus pais iam dar uma festa para alguns amigos que estavam voltando de sei lá onde e que tinham tido grande mérito com alguma coisa (desculpe, não prestei atenção nos mínimos detalhes porque estava mais preocupada com Percy tentando equilibrar vários copos em seu braço). Então, eles e mais uns amigos iam dar uma festa e ela ia ser na casa deles, no nosso sexto dia de feriado. Ela disse que não precisávamos comparecer, devido a ser uma festa de adultos e de nós não termos roupas adequadas para a ocasião. Quando ela disse isso Lea e Roberta entraram na cozinha dizendo que queriam ir à festa e poderíamos ir no shopping da cidade no dia seguinte.

– Então parece que vamos as compras, meninas – tia Zoe disse. – Você vai querer ir, Percy?

– Não, mas eu preciso. Não tenho nenhuma roupa pra isso.

– Ok, então amanhã vamos acordar e ir direito pra cidade e só vamos voltar à noite, ok?

– Sim senhora.

O resto do dia passou tranquilamente, porque Lea e, principal e unicamente, Roberta foram tomar sol e eu e Percy ficamos em casa.

***********************************

Tia Zoe nos acordou ás oito e meia da manhã para tomarmos café. Depois nós fomos para o shopping, eu, ela, Percy, Lea e Roberta.

Chegando lá fomos para uma loja de aluguel de ternos para já ver a roupa de Percy. Meia hora depois saímos de lá deixando um terno simples para buscar e uma promessa de voltar para ver a cor da gravata. Motivo: tia Zoe sugerira que alugasse uma gravata da cor de meu vestido. Concordamos e fomos almoçar.

Depois fomos olhando todas as lojas com vestidos do shopping. Tia Zoe sugerira que comprássemos vestidos longos porque, além de estar um pouco frio, era uma festa mais chique e tals. As meninas até que não demoraram para achar seus vestidos, mas a senhorita-não-gosta-de-nenhum-vestido aqui não estava achando nada.

O de Lea era um vestido preto sem mangas e com um decote generoso na região do busto. O de Roberta era um rosa tomara-que-caia cheio de pedras no busto. Os dois eram lindos.

Já três horas e eu ainda não havia achado “o” vestido. Havia visto uns bonitinhos, mas não tanto assim. Estávamos na última loja com vestidos longos do shopping (que era enorme, só pra constar) e já estávamos indo para a loja de sapatos e acessórios, quando uma garota de uns dezesseis anos entrou correndo na loja com uma sacola. Ela passou por nós e correu até o balcão. Não paramos pra prestar atenção nela, mas quando virei a cabeça pra dar uma última olhada eu vi o vestido que ela tirava de dentro da sacola. Parei imediatamente, parando Percy junto e o restante só virou-se para trás para ver o porquê de termos parado. Andei com Percy até o balcão e toquei o ombro da menina.

– Ah, com licença, mas você vai devolver esse vestido?

– Vou sim. Ele ficou meio largo quando fui experimentar em casa.

– Será que eu posso ver ele?

– Claro, fique à vontade.

Ela conversou com a vendedora e elas foram pra outro canto da loja.

Descrição: adivinha porque ele me chamou a atenção? Exatamente, azul. Ele era azul marinho e tomara que caia, com uma faixa logo abaixo do busto e solto em seu restante.

Nas costas, ele tinha uma espécie de fenda, porque ia até a metade das minhas costas a região aberta.

Fui para o provador e deixei meu celular com Percy para ele ligar para minha mãe (finalmente sinal) e contar a ela toda a história. Enquanto isso eu provava o vestido e, devo admitir, ele ficou bom em mim, embora achasse que estava parecendo um palito nele. Antes que pudesse sair do provador, Percy bateu na porta.

– Annie, sua mãe quer uma foto do vestido.

– Me dá meu celular, então.

Ele passou meu celular por baixo da porta e eu o peguei e mandei duas fotos pra ela. Ela imediatamente me mandou uma mensagem dizendo que amou o vestido e que tia Zoe poderia comprar pra mim que depois ela pagava. E os sapatos e os acessórios, se eu precisasse, também.

– Annie, está pronta?

– Já vou sair.

Sai do provador e encontrei Percy e Lea sentados nos bancos em frente ao meu provador. Quando eles me olharam suas expressões eram de espanto. Devo admitir que fiquei preocupada.

– Não? – perguntei.

– Annie, esse vestido é lindo! – Lea disse ainda fascinada mas com um sorriso no rosto. Já Percy ainda me encarava. – Bom, eu vou avisa tia Zoe que você achou o vestido. Já volto.

Ela nos deixou sozinhos: uma Annabeth envergonhada e um Perseu mudo.

– E então? Gostou?

Ele balançou a cabeça, concordando, com a boca aberta. Ri da cena.

– Percy, se você não fechar a boca vai acabar babando no chão.

Ele pareceu acordar e limpou a boca. Nesse momento tia Zoe e as meninas voltaram e tia Zoe sorriu pra mim.

– Ai que lindo, Annie. Vai ser esse?

– Sim, tia Zoe. Já falei com minha mãe e ela disse que depois paga a senhora pelo vestidos e os sapatos.

Entrei no provador e tirei o vestido. Depois sai e fomos para o caixa, pagamos e fomos para a loja de sapatos. Chegando lá, tia Zoe me ajudou a escolher uma sandália dourada que ela jurava ficar boa com o vestido. Depois fomos para uma joalheria e eu comprei um par de brincos, que Percy disse ter gostado. Deixei eles com tia Zoe e Percy e fui olhar alguns anéis e relógios na vitrine. As meninas escolheram suas coisas, pagamos e fomos embora. Tia Zoe entregou para cada uma de nós sua sacolinha com as joias e voltamos para a loja de ternos para pegar o terno de Percy e escolher a gravata. Por sorte, achamos uma combinando com o azul do vestido.

Chegamos na fazenda e havia uma Dany com uma cara não muito boa nos esperando.

– Onde vocês estavam?

– Nós fomos ao shopping, Dany.

– E por que ninguém me chamou?

– Porque não cabia no carro, meu amor – tia Zoe lhe deu um beijo na bochecha, o que não diminuiu seu bico.

Entramos a vimos vovó na cozinha. Ela veio até nós e nos mandou subir e tomar banho, que o jantar seria servido logo. Obedecemos, é claro.

Depois do jantar as meninas ficaram de ir lá no meu quarto pra planejar o que fazer amanhã. Percy, para não se sentir excluído, ia ficar ali observado. Enquanto ela não chegavam, peguei meu vestido e sapato e os guardei no guarda-roupa. Fui me sentar no sofá com Percy.

– Hey, o que você comprou pra usar com o vestido?

– Eu comprei aqueles brincos, Percy. Você viu. E vou usar o meu colar também.

– Mas eu nem me lembro como o brinco é. Me mostre.

Olhei bem para ele, mas ele só deu de ombros. Peguei dentro da sacola a embalagem dos brincos e os mostrei a Percy. Ele assentiu. Quando fui guardar a embalagem de volta senti dentro da sacola uma coisa dura. Intrigada, retirei de dentro de lá de dentro uma caixinha branca.

Olhei para ele que me olhava esperando alguma coisa.

– Percy, o que é isso?

– Um presente.

– Mas por que você está me dando um presente?

– Porque hoje é nosso aniversário de namoro, Sabidinha.

– Não, Percy. Nosso aniversário de namoro é daqui a duas semanas.

– Mas você disse que ...

– Faltavam duas semanas para nosso aniversário, Cabeça de Alga.

– Hum. Considere um presente adiantado então.

Suspirei. Sabia que não ia ter como discutir com ele. Abri a caixinha e dentro dela haviam dois anéis. Um deles era uma aliança dourada normal e o outro era dourado também, mas com uma pedra azul no centro.

– Percy, você havia dito que ...

– Não iria lhe comprar um novo pingente e se você não percebeu senhorita sabe-tudo, isso não é um pingente.

– Cabeça de Alga, você sabe que eu não gosto de presentes assim do nada nem da ideia de você gastar tanto comigo ...

– Ok, ok. Se te deixa melhor, você pode pagar o cinema da próxima vez que nós formos.

– O cinema e o jantar.

– Tá bom.

– Obrigada assim mesmo, Cabeça de Alga.

Começamos a nos beijar. Antes que perdesse a consciência, coloquei a sacola em cima da mesa de centro, pra não quebrar nada. Ele começou a me empurrar para baixo, deitando-me nos sofá e ficando por cima de mim. Eu puxei sua camisa e nós nos separamos segundos pra eu conseguir tira-la. Passei a mão por sua barriga definida e sorri, fazendo ele sorrir também. Ele subiu a mão por dentro de minha blusa e, quando começou a puxa-la, escutamos alguém bater na porta.

– Annie, somos nós.

Resmunguei e Percy riu e começou a beijar meu pescoço.

– Só um minuto. Tenho que me trocar – gritei de volta.

– Ok. Não demora.

Olhei para Percy que havia parado de me beijar e simplesmente se deitou sobre mim, com a cabeça em meu ombro.

– Você tem que ir ... – cochichei para ele.

– Por que não posso ficar aqui?

– Você pode ficar depois que eu for te buscar no seu quarto.

– E por que isso?

– Porque – eu cochichei abaixando minha blusa e me sentando – eu já disse que estava me trocando. Com você aqui, parece que acabamos de ...

– Já entendi. E como pretende me tirar daqui?

– Pela janela, óbvio. Eu vou te buscar daqui a pouco, ok?

– Ok, mas e minha blusa?

Olhei em volta. Ela estava num canto da parede. Percy a pegou, me deu um selinho e saiu pela janela. Abri a porta para as meninas entrarem.

– Demorou, hein – Roberta disse secamente.

– Desculpe por isso. Não estava encontrando minha – olhei para o lado – jaqueta!

– Jaqueta? – Lea me olhou como se eu tivesse acabado de pedir para comer terra. – Annie, não estou te vendo com nenhuma jaqueta.

– Mas eu estava procurando.

Elas olharam em volta.

– É aquela ali? – perguntou Roberta apontando para um canto.

– É.

– Mas aquela não é a jaqueta do Percy? – Lea perguntou estreitando os olhos.

– Nossa, é mesmo. Perece que não achei minha jaqueta então. Vou chamar Percy que está sozinho em seu quarto – dei uma pequena ênfase em “seu quarto”.

Antes que eu pudesse sair, Lea segurou meu braço e empurrou meu cabelo. Não teria percebido se não fosse por ela, que havia um roxo enorme no meu pescoço.

– Então você estava aqui sozinha. Tem certeza disso?

– Claro que sim. Acabei de cair no banheiro e bati o pescoço na pia, só isso.

Lea me olhou como se pensasse “eu sei o que vocês fizeram, seus safados”. Ignorei isso e fui até o quarto de Percy, o qual estava sentado no muro, de costas para a janela e para mim.

Abri a janela e fui até ele. Chegando perto, abracei-o por trás. Ele simplesmente segurou minhas mãos e apoiou a cabeça na minha, a qual eu havia encostado em suas costas. Logo ele se soltou e virou-se de frente para mim.

– Você esqueceu sua jaqueta no meu quarto.

– Depois eu pego. Vamos?

– Vamos.

Ele saltou do muro, pegou minha mão e fomos andando.

– O que vocês vão fazer exatamente?

– Planejar o que fazer amanhã, óbvio.

– Que coisa de garotinha.

– Eu sei. Não me orgulho disso.

Chegando em meu quarto, as meninas estavam sentadas em minha cama, conversando. Deixei Percy com elas e fui pegar caneta e um caderno. Sentei-me do lado de Percy e abri o caderno.

– Muito bem, garotas. Nossa missão é escrever o que vamos precisar fazer amanhã.

Começamos a discutir e, no final, a lista era mais ou menos assim:

*Dia de Festa*

_Início do processo: 13:30hr até 19:30hr

– Cabelo;

– Maquiagem;

– Unhas;

– Produção e ajustes finais;

P.S.: arrumar a gravata de Percy.

A verdade é que em dez minutos nós fizemos isso, mas ficamos conversando sobre coisas alheias por um bom tempo

– Acho que é só isso, meninas.

– Então amanhã depois do almoço, Roberta e eu já vamos vir com vestidos e tudo.

– Isso. Vejo vocês amanhã, meninas.

Fechei a porta depois que elas saíram. Achei que ia poder namorar um pouquinho antes de ir dormir, mas, inacreditavelmente Percy estava dormindo em minha cama. No começo achei que ele estivesse brincando, mas não.

– Percy, meu amor, você tem que ir pro seu quarto.

– Eu tô bem aqui.

– Mas eu quero dormir.

– Isso não é problema – ele chegou um pouco para o lado. Eu só não o julgaria porque ele estava dormindo, meio inconsciente, eu espero.

– Gracinha. Vem que eu te levo pro seu quarto

Foi difícil faze-lo cooperar, mas no final ele cedeu e foi. Eu tinha praticamente um bebe em mãos porque, além de leva-lo para seu quarto, tive que colocá-lo na cama e cobri-lo. Quando estava saindo ele me chamou pedindo um beijinho de boa noite. Voltei e dei um beijo em sua bochecha.

– Agora me conta uma história.

– Não abusa da sorte, Cabeça de Alga.

Fechei sua porta e fui para meu quarto. Chegando lá tirei a blusa de frio e fiquei só com a do pijama e, quando fui me deitar, vi que a luz do banheiro havia ficado acesa. Apaguei-a e, de vislumbre, vi que Percy havia esquecido de novo sua jaqueta. Peguei-a para levar de volta para ele mas, ao fazer isso, o perfume que ele usava estava impregnado na jaqueta.

O perfume dele era muito bom, por isso dormi com sua jaqueta ao meu lado. Garotice? Talvez, mas o perfume dele era realmente muito bom.


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Notas finais do capítulo

Bem, desculpinha qualquer coisa.
Só quero registrar que INSURGENTE FOI MUITO LACRADOR, BJS MUNDO.
Beijinhos.
— A



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