Só mais um ano... ou não escrita por Alexandra Watson


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

POR FAVOR NÃO ME MATEM SZ
Eu sei, pedras, tijolos e espadas de bronze não são suficientes para acertar minha pessoa.
Eu tinha postado a outra história e acabe esquecendo dessa e só vi hoje, milhões de perdões.
*Divirtam-se*



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De dia, nós quatro (eu, Percy, Lea e Roberta) ficamos em casa o dia todo. Não tinha nada para fazermos, então ficamos jogando War. A noite as meninas foram tomar banho e ficamos eu e Percy guardando o jogo.

– Sabe, Annie. Ainda são sete horas. Tá afim de ver um filme?

– Claro. Mas deixa eu tomar um banho e me trocar, ok?

– Eu também vou. Quando você acabar, vai lá no meu quarto, ok? Vou avisar minha mãe já.

Ele se levantou e caminhou até a porta. Antes que ele pudesse sair, eu o chamei.

– Percy, você vai querer alguma coisa pra comer?

– Pipoca seria bom ...

– Ok. Te vejo mais tarde.

Ele saiu e eu fui para o banheiro. Tomei banho e coloquei um pijama de frio. Tia Zoe disse, à tarde, que a noite ia esfriar e ela estava certa. Coloquei uma calça de moletom cinza e uma blusa verde soltinha. Peguei minha manta e meu travesseiro e fui leva-los para o quarto de Percy antes de descer para fazer pipoca. Eu não devia ter feito isso.

Antes de começar a lhe dizer o que aconteceu naquele quarto, peço desde já que não me julgue, ok? Não tive culpa, pelo menos não totalmente. Vamos lá.

Entrei no quarto e escutei o barulho do chuveiro, indicando que Percy ainda estava lá. Coloquei minhas coisas no sofá e liguei a TV pra ver se estava passando alguma coisa. Fiquei ali pelo que me pareceram três minutos e eu acho que foram. Eu só não contava que, coincidentemente nesses três minutos Percy podia sair do banheiro. Não, ele não estava completamente nu (se estivesse eu nunca conseguiria olhar para ele de novo sem corar loucamente), mas ele também não estava completamente de roupa. Cueca? Roupão? Sunga, talvez? Não, gente. É isso mesmo que vocês estão pensando: T-O-A-L-H-A.

Quando ele abriu a porta, ela fez barulho e eu, inocentemente achando que meu namorado estaria vestido, me levantei e fui na direção da porta. Parei assim que dei a volta no sofá e vi Percy.

– Ai meus deuses, Percy! – gritei e cobri os olhos.

– O que foi? E quem ligou a TV?

– Fui eu, Cabeça de Alga. Por que não está vestido?

– Eu ia me vestir, mas escutei a TV ligar e fui ver o que era.

Bufei e esperei. Na minha mente, pelo menos se fosse comigo, eu teria voltado correndo para o banheiro, mas parece que para o poço de esperteza ao meu lado, conhecido como Percy, isso não era a coisa mais sensata a se fazer. Para ele o mais sensato era ficar ali me observando cobrir os olhos e corar. Em determinado momento achei que ele já havia entrado de novo no banheiro e eu estava ali, em pé, com os olhos tampados para nada. Descobri meus olhos. Mero erro. Ele ainda estava ali, parado, me olhando.

– Percy! – cobri os olhos de novo. – Você não vai se trocar, não?

– Ah, é. Não sei por que você está tão incomodada com isso, Sabidinha. Eu tô de toalha e cueca por baixo.

– Eu sei, Percy. É que ... – como eu ia explicar pra ele, sem elogia-lo, que ele tinha um corpo muito bem definido e que ele estava de toalha na minha frente e eu estava me segurando para não agarra-lo ali mesmo?

– É que o que? – ele devia estar sorrindo.

– Só vai se trocar, Percy. Por favor.

Ele deve ter visto que eu corei e riu de mim. Isso não é justo. Se fosse o contrário eu não teria rido dele, teria? Talvez um pouco. Mas primeiramente teria ido me trocar com vergonha.

Outra vez a minha inocência só acabou com minha vida porque, achei que ele tivesse ido para o banheiro, mas quando senti mãos geladas em minha cintura soube que estava errada.

– O que você está fazendo? – perguntei enquanto ele beijava meu pescoço.

– Beijando minha namorada, o que parece que estou fazendo?

– Mas Percy ... – fui interrompida durante minha frase por sua boca.

Sem mais detalhes, quando dei por mim, eu já estava toda encharcada. Percy não havia se secado e seu cabelo estava completamente molhado, conclusão: tive que trocar de roupa. Chegando em meu quarto e pegando um shorts velho (um pouco curto demais, mas era o que tinha sobrado fora a calça) e uma blusa de frio. Eu poderia bater nele por ter que passar um pouco de frio nas pernas, mas não podia reclamar do beijo que ganhara. Voltando ao quarto dele, ele já estava de calça de moletom e camisa.

– Ué, passou o seu frio? – ele preguntou lançando um sorriso malicioso para mim e olhando para minhas pernas.

– Não, Cabeça de Alga. Você molhou minha única calça de moletom e agora eu vou passar frio – disse mal humorada.

– Desculpe, Sabidinha – ele me abraçou e beijou minha cabeça. – Eu não sabia, mas não se preocupe, depois eu esquento você.

Olhei incredulamente para ele. Como ele podia ter dito isso sem corar? Depois de ver minha cara de pânico acho que ele se deu conta do que tinha dito.

– Eu quis dizer com a sua manta, sua mente poluída.

Franzi o cenho para ele, enquanto ele só deu de ombros.

Descemos para fazer pipoca. No meio da escada escutamos barulhos vindos do quarto onde a prima de Percy e sua amiga estavam hospedadas. A porta estava um pouco aberta, por isso, quando fomos para a cozinha, além do som da TV, pudemos escutar as vozes delas.

– Lea, você acha que seu primo gosta realmente da namoradinha dele?

– Acho sim, Ro. Por que?

– Porque eu achei ele bem interessante.

– Mas pode ir desistindo, ok? Percy já me falava dessa tal de Annie assim que aprendeu a conversar. Ele ia lá em casa e enquanto nós brincávamos, ele ficava falando sobre como ela era linda, inteligente e tudo mais – senti meu ego se inflando um pouquinho nessa parte e Percy corou.

– Mas ele era uma criança. Coisas mudam, sabia?

– Coisas, não pessoas. Ro, Percy foi lá pra casa no começo desse ano e mesmo assim continuava falando sobre Annabeth e em como sentia saudades e tudo. Ele gosta dela e você não vai tentar nada, ok?

– Ok, já entendi.

Ficou um silêncio no qual imaginei elas trocando olhares de tipo “eu estou te avisando” e “eu já entendi, que coisa”.

Como nenhum dos dois estava disposto a fazer pipoca de panela, pegamos uma de micro-ondas. Sentei no balcão e Percy se ajeitou entre minha pernas e eu dei um pequeno beijinho nele, depois só o abracei e ficamos assim. Não sei se pelo barulho da pipoca ou, menos provavelmente, Percy derrubando uma panela no chão e fazendo um enorme barulho enquanto ia me abraçar porque era um desastre natural (deu pra sentir a ironia?), as duas saíram do quarto e foram para a cozinha. Assim que tive consciência disso, beijei Percy repentinamente. Ele pareceu meio surpreso, afinal estava colocando a panela no armário e vindo calmamente até mim, mas retribuiu mesmo assim. Desculpem se eu pareço uma tarada do seu ponto de vista, mas eu estava com ciúmes, ok? Pronto, falei. Ciúmes.

– Ai meus deuses! – escutei a prima de Percy quase gritar.

Me separei de Percy rapidamente. Ele me olhou confuso e eu ignorei, lhe dando um olhar de eu te falo depois. Eu não ia, mas ele mudou de expressão.

Ficou um silêncio constrangedor na cozinha. A prima de Percy ficava olhando com uma cara divertida para nós, enquanto a amiga dela só nos olhava com nojo. Acho que Percy estava tão corado quanto eu.

Depois de um tempo a campainha do micro-ondas nos indicou que a pipoca estava pronta, mas ninguém se moveu até que Lea começou a falar.

– Então ... o que estão fazendo?

– Nada, só pegando pipoca pra gente ver um filme.

– Aham, sei. E vocês vão ver esse filme aonde?

– No meu quarto, por que?

Não, Percy não se deu conta do que acabara de falar. Suspirei e cobri meu rosto com uma das mãos.

– Hum, seus safadinhos.

– Não é nada disso que você está pensando, Lea – eu disse rapidamente. – Na boa, eu tenho um namorado tão legal, mas tão legal que não pode ver comida na frente que me esquece – ele me encarou, ofendido. – E não me olhe com essa cara que você sabe que é verdade.

Ele ia contestar, mas pensou um pouco e parou. Pegamos a pipoca, oferecemos e subimos.

– Ai que vergonha.

– Como assim vergonha? Você praticamente me atacou com aquele seu súbito desejo de me beijar, senhorita Annabeth. Ou será que aquilo foi ciúmes?

– Eu? Ciúmes? De quem?

– De mim, óbvio.

– Percy, eu não estava com ciúmes de você.

– Estava sim. Você não teria me agarrado daquele jeito se não estivesse.

– Então quer dizer que eu só agarro você quando tenho que provar alguma coisa pra alguém?

Quando acabei de dizer essa frase, já estávamos na frente de meu quarto. Dei uma última olhada para ele e entrei, fechando a porta logo que passei.

Escutei Percy bufando e logo em seguida batidas na porta.

– Annie ...

– Percy, me deixa um pouco sozinha, ok?

– Você vai brigar comigo por causa disso?

Fiquei em silêncio. A verdade é que eu realmente havia feito aquilo por causa de ciúmes, mas ele não podia jogar isso assim na minha cara, podia?

– Annie ...

– Só me deixa dormir que amanhã a gente conversa, tá? – encostei minhas costas na porta.

– Mas eu tô com toda essa pipoca aqui ...

Um sorriso involuntário saiu de meu rosto juntamente com uma risadinha. Ele pareceu notar, já que o escutei fazendo o mesmo.

– Eu sei que você riu, Annabeth, não tente negar – talvez isso só tenha feito meu sorriso aumentar. – Mas ok, boa noite.

E silêncio. Esperei um pouco e dei uma espiada para ver se ele já havia ido. Sim, ele havia.

Fechei a porta e fui para minha cama, pronta para dormir. Até que reparei em um detalhe mínimo: havia deixado meu travesseiro e minha manta no quarto de Percy. Ai meus deuses, eu não merecia isso. Abri a porta e fui até o quarto ao lado. Bati na porta e Percy disse para entrar. Entrando no quarto ele estava em pé com minhas coisas na mão.

– Eu estava indo te levar isso.

– Obrigada.

Fui até ele e peguei minhas coisas. O contato visual era tipo, permanente naquele pequeno espaço de tempo. O contato entre nós foi inevitável. Até tentei me afastar, mas parecia que meus pés estavam grudados no chão.

– Olha Annie ... – ele começou.

– Percy, você não precisa se explicar, ok? Amanhã a gente conversa, pode ser?

– Claro.

Mas ele estava cabisbaixo. Senti um enorme peso na consciência por vê-lo daquele jeito, então deixei minhas coisas caírem no chão, me aproximei e puxei seus lábios em direção aos meus. Suas mãos foram diretamente para minha cintura. Ele começou a me empurrar em direção ao sofá e eu acabei me sentando no encosto, sem separar meus lábios dos seus. Quando o ar nos faltou, ele começou a beijar meu pescoço ferozmente e eu arranhei suas costas. Ele fez menção de puxar minha blusa e eu iria deixar, mas me lembrei: ainda estava brava com ele, então empurrei-o antes que ele tirasse minha blusa completamente, não impedindo que ele visse um pouquinho do que estava por baixo. Ele pareceu um pouco indignado pelo que eu fiz, mas desceu as mãos para minha cintura quando eu tirei-as de minha blusa. Eu abracei-o e passei minhas pernas por sua cintura.

– Eu ainda estou brava com você, Perseu – disse em seu pescoço. – Leve-me para meu quarto, por favor.

Ele devia estar muito confuso porque não riu nem uma vez e fez o que pedi. Ele me colocou sentada na minha cama e ia saindo já, mas eu o chamei. Ele parou na porta, me encarando.

– Não vai me dar boa noite?

– Mas você não tava brava? – ele parecia realmente confuso.

– Isso não quer dizer que eu não aceite um beijo de boa noite.

Ele veio, hesitante, em minha direção e me deu um rápido beijo em minha testa e ia se virando para sair, mas eu o puxei e lhe dei um beijo de verdade. Depois que o larguei, disse boa noite e me virei para dormir. Escutei minha porta sendo fechada e finalmente adormeci.


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Notas finais do capítulo

Perdoem qualquer erro. Já tá tarde e eu tenho aula amanhã e tals.
Beijinhos.
— A



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