Só mais um ano... ou não escrita por Alexandra Watson


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Maratona "a tia tava com saudades e resolveu postar bastante: 2/3"
*Divirtam-se*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/571170/chapter/25

Na manhã seguinte acordei e não vi nenhuma Tris ao meu lado. Olhei o relógio e já era meio dia. Desci as escadas e encontrei Percy e Tris. – Bom dia, gente. Onde estão os outros dois?

– Bom dia, Annie – disse Tris. – Tobias ainda está dormindo na sala e seu irmão saiu com sua mãe. Ela disse que vai fazer almoço quando voltar.

– Ah. Ok.

Me sentei ao lado de Percy e lhe dei um selinho. Sua boca estava com gosto de café.

– Café?

– Não, obrigada. Então, o que faremos hoje?

– Vocês dois eu não sei, mas eu e meu namorado vamos dar um passeio mais tarde – disse Tris.

– Você vai me abandonar? – perguntei.

– Eu ainda vou estar aqui, sabia? – Percy quase gritou, indignado.

– Você vai me abandonar com ele?!

– Há, há. Muito engraçado, Annie. Até parece que não ia querer ficar sozinha aqui comigo.

– É, sozinha com você e meu irmão. Que delícia.

– A gente dá um jeito de despachar ele pra casa da Mione.

Olhei para ele com uma cara de “você-está-dizendo-que-quer-ficar-à-sós-comigo-em-casa-na-frente-da-minha-amiga-ai-que-vergonha”.

Ele pareceu não entender a mensagem.

– O que foi?

– Nada, Percy. Nada.

Abaixei a cabeça na mesa. Uma vez lerdo, sempre lerdo.

– Bom, darei privacidade ao casalzinho e vou acordar o preguiçoso do meu namorado. Com licença.

Ela se levantou, passou por mim, bagunçado mais o meu cabelo, que já estava todo desarrumado, e foi para a sala. Me virei para Percy.

– Meu pai já acordou?

– Acho que ele saiu com seus irmãos.

– Ok.

Ficamos em silêncio. Segundos depois escutamos Tris dar um gritinho e rimos. Pouco tempo depois ela voltou trazendo um Tobias sonolento junto de si.

– Bom dia, Tobias.

– Bom dia.

Ele se sentou e juro que quase voltou a dormir na mesa, não fosse a Tris gritando com ele.

– Tobias, nós vamos sair hoje?

– Vamos?

– Você disse que sim! – ela quase gritou. Estaria ela querendo me deixar sozinha com Percy de propósito?

– Não precisa gritar, Tris. Eu prometi e vou cumprir minha promessa, ok amor?

Ela parecia meio paralisada por um instante. Acho que foi porque ele a chamou de amor.

Tobias era um fofo mesmo com sono.

– Obrigada, Tobias.

Ela beijou sua bochecha. Ele deu um sorriso pra ela e saiu, indo ao banheiro.

– Vocês vão depois do almoço? – perguntei tomando meu chá.

– Pode ser. Eu ligo pra Mi falando pra ela chamar o Ron pra sair hoje. Pode ser?

– Pode. Mas eu acho que minha mãe vai querer começar a ver as coisas do meu aniversário ainda hoje.

– Você ainda não fez nada?

– Na verdade, sim. Mas é que, quando planejamos o lugar e a decoração, estávamos na outra cidade. Os vestidos só faltam mandar fazer.

– Por que não faz onde foi o da Mi?

– É o que eu vou sugerir pra minha mãe.

– Vai ter dança no seu também?

– Sim, só que eu tava pensando o seguinte: nós começamos a dançar a valsa, mas depois dançamos uma ou algumas músicas animadas, pra mudar um pouco. O que acha?

– Adorei – ela sorriu. – E quem vai ser seu par?

Ela olhou para Percy e depois de volta para mim, maliciosamente.

– Eu não sei ainda, mas estava pensando seriamente e chamar meu amigo aqui.

– Sério? – ele pareceu não acreditar.

– É, Percy. Antes de tudo, você é meu melhor amigo. E sempre foi como um irmão pra mim, lembra?

– Lembro. Nesse caso, seria uma honra dançar com você, senhorita Levesque.

– Vou pensar no seu caso, Cabeça de Alga.

Ele revirou os olhos. Tobias voltou e fez companhia a Percy enquanto Tris e eu trocávamos de roupa. Descemos e encontramos os dois na sala conversando com meu irmão. Fomos para a cozinha.

– Bom dia, mãe.

– Bom dia, meninas. O que vão querer de almoço?

– Tanto faz, mãe. Escuta, você vai querer decidir hoje o que fazer no meu aniversário?

– Eu ia, mas já que você vai passar o dia com a Tris a gente pode ver outro dia.

– Não, tia Sophie. Eu vou sair com o Tobias hoje, depois do almoço.

– Vocês estão namorando? Que gracinha.

Minha mãe abraçou Tris que riu envergonhada.

– Então nesse caso, nós podemos arrumar sim, Annie. Mas e o Percy?

– Ele disse que não se importa de só ficar observando.

– Ok. Daqui a pouco vocês podem vir almoçar.

Fomos para a sala com os meninos. Sentei entre meu irmão e Percy e Tris se sentou com Tobias na poltrona. Eles eram tão fofos juntos, mesmo gritando um com o outro.

Olhei para Percy.

– Depois do almoço, minha mãe e eu vamos ver as coisas do meu aniversário. Vai querer ficar aqui ou volta depois?

– Não tenho nada pra fazer em casa. Fico aqui, observando.

– Peraê, você e a mamãe já não tinham terminado isso? – meu irmão perguntou.

– Não, Ron.

– Afe.

Ele pegou seu celular.

– Alô, Mi? É, sou eu. Quer sair hoje? Pra onde você quiser, só me tira daqui. Por que minha mãe e minha irmã vão começar com coisas de menininha. Ok, passo ai depois do almoço, beijo.

Ele desligou.

– Problema resolvido.

– Gracinha – bati em seu ombro.

Almoçamos e os três praticamente fugiram pra não ter que ficar lá. Chamei minha mãe até a cozinha e ela disse que já ia descer.

– Vamos? – chamei Percy.

– Claro, mas antes deixa eu ir pegar meu tênis no quarto do seu irmão, ok?

– Ok, vai lá.

Fui para a cozinha, onde minha mãe já estava sentada na mesa, com a “caixa dos quinze”, como ela gosta de chamar.

– Bom, mãe. O que falta resolver? – perguntei me sentando.

– Olha, Annie, eu tava dando uma olhada e falta o lugar, a dança, os vestidos e quem vai dançar. Qual você quer ver primeiro?

Ficamos um tempão decidindo lugar, músicas e danças. Chegamos então no assunto pares de dança.

– Eu vou poder dançar com Percy?

– Claro, filha. Mas deixa eu te perguntar, vocês dois estão juntos de novo?

– Por que a pergunta?

Eu tentei disfarçar. Para meu azar, a expressão dela dizia que ela havia entendido muito bem.

– Porque eu não quero que você se arrependa depois, Annie.

– Mãe, ok, eu admito: Percy e eu estamos namorando, mas é segredo. E eu não quero dançar com ele porque ele é meu namorado, quero dançar com ele porque ele é meu melhor amigo e sempre foi como um irmão pra mim.

– OK, então. Pode sim, Annie. E os vestidos?

– Já achou algum lugar pra mandar fazer?

– Então, uma amiga da Zoe disse pra ela que tem uma ótima costureira morando aqui mesmo no condomínio. Depois só preciso pegar o endereço dela e podemos ir lá. Mas eu me referia aos modelos, Annabeth.

– Peraê que eu vou buscar.

Me levantei e comecei a subir as escadas. No meio delas encontrei Percy e disse que só ia pegar umas coisas no meu quarto e que já voltava. Ele continuou descendo as escadas a caminho da cozinha. Deveria ter avisado que minha mãe agora sabe? Tarde demais.

Entrei em meu quarto e procurei loucamente meu caderno de desenhos para roupas. Já mencionei que eu gosto muito de desenhar? Eu tinha alguns cadernos, cada um pra um tipo de desenho. Me diziam que eu era boa nisso (na verdade só Clary e Percy, porque eu não deixava ninguém mais ver meus desenhos).

Desci correndo as escadas e, antes de entrar na cozinha, ouvi uma pequena conversa entre minha mãe e Percy.

– Então, vocês estão namorando mesmo?

– Sim, tia Sophie. Tá brava comigo?

– Claro que não, querido. Até gosto de vocês dois juntos, mas o pai dela pode não achar.

– Eu sei, tia Sophie. Ainda temos que dar um jeito nisso.

Entrei na cozinha. Se deixasse os dois conversando, conhecendo bem minha mãe, era capaz de, daqui uns dez minutos, estarem falando de filhos e netos.

– Achei, mãe.

– Uau. Finalmente, depois de anos eu irei ver um dos desenhos de minha filha.

– Mãe, meu mural está cheio de desenhos meus.

– É, mas aqueles desenhos de Harry Potter, Percy Jackson e as outras sagas que você gosta não contam.

– Contam sim, mãe. São uns dos meus melhores desenhos, segundo Percy e Clary.

– Ok, ok. Agora me mostre seus desenhos, Annie.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capítulo sem revisão (me perdoem amores).
Ele é meio paradinho também, mas achei necessário.
Beijinhos.
— A



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Só mais um ano... ou não" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.