Wings escrita por Virginia Salles


Capítulo 7
Capítulo 6 - Vôlei e ciúmes


Notas iniciais do capítulo

Gente, peço o perdão de vocês. Minha mãe me fez ir com ela para a casa da minha avó, e lá não tem sinal nenhum, nem internet, por isso não deu pra escrever e nem postar nada aqui. Mas voltei. Ê! o/ (barulho de grilos). OK! Aproveitem o capítulo.
E Insuke, você é perfeita. Obrigada pela recomendação *-*



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A gente tirou a segunda de folga. Eu e Gustavo, quero dizer. Ele me mimou o dia inteiro. Ele me levou pro quarto no domingo a noite e deu um beijo na minha testa de boa noite, dizendo que eu poderia chamá-lo se eu precisasse. Quando eu acordei na segunda ele estava na cozinha tentando cozinhar umas panquecas para a gente comer, que apesar de ter tentado não tinha dado muito certo.

Eu ri e disse que o que valia era a intenção. E dei um beijo na bochecha dele. Corando absurdamente em seguida, afinal apesar de a gente já ser mais próximo um do outro, ele não tinha me dado nenhuma liberdade. Relaxei logo após ele ter dado um sorriso enorme.

Ajudei ele a fazer o café da manhã, e depois deitamos no sofá para assistir alguns filmes. Como eu estava deitada com a cabeça nas pernas dele, ele ficou fazendo carinho na minha cabeça o tempo todo, me distraindo do filme.

Agora meu apelido deixou de ser Ruiva para ser Anjo. Não posso nem adivinhar o porquê. Ele me fez abrir as asas e deixá-las abertas o dia todo. Ele dizia que era porque eu já tinha ficado com elas fechadas por muito tempo. Mas vez ou outro pegava ele olhando fixamente as penas e passando as mãos em toda oportunidade que ele tinha.

Ele pediu para eu buscar alguns jogos do Xbox dele no quarto, se eu não estivesse muito cansada para jogar. Subi as escadas correndo e ao pegar o jogo, desci planando até a sala, o que o fez sorrir ainda mais.

Já falei que o sorriso dele é lindo? E toda vez que ele sorri, eu sinto um leve comichão no peito, sabendo que eu sou a causa disso.

Resumindo, ficamos nessa melosidade o dia todo.

De noite, Jonas ligou convidando a gente para ir na casa dele tomar um banho de piscina e comer um churrasco. Depois de falar que não tinha roupas de banho, Gustavo disse que Rebeca me emprestaria alguma coisa.

– Mas Gusta, e minhas asas?

Ele acariciou minha bochecha e disse:

– Você não tinha dito a Rebeca que foi um cara que tinha feito isso? Então tá tudo certo. Continua com isso. Ninguém vai te julgar Anjo.

Quando chegamos na casa, Rebeca me puxou pro quarto e me avaliou.

– Tenho a coisa perfeita para você.

Não via como. Rebeca tinha as curvas que toda mulher luta para ter, e eu não era tão abençoada, por assim dizer, como ela.

Ela puxou um biquíni verde do guarda roupa que por incrível que parece coube bem em mim, além de realçar meus olhos. Só que como sair assim?

Gustavo me carregando no colo me deixava envergonhada. Encarar três homens usando apenas um biquíni me apavorava. Até Gustavo bater na porta do quarto e Rebeca dizer "Entre!" sem me dar tempo de me esconder.

– Queria saber se uma das duas quer jogar vôlei na piscina. Tá faltan...

Ele me olhou com a boca aberta, me fazendo (como sempre) corar inteira.

– Uau!

Foi o que ele falou antes de entrar no quarto usando apenas uma bermuda e sair me puxando.

– Você joga vôlei Ju? Você vai ser minha parceira contra os garotões lá.

Caramba. Gustavo era muito lindo. E lá estava aquele comichão me incomodando novamente. Ele tinha um bom porte físico. Não que eu tivesse reparado nisso. Claro que não.

Chegamos na piscina e os meninos me encararam. Jonas levantando as sobrancelhas para Gustavo e assobiando. Lucas apenas ficou lá, me encarando.

Jogamos vôlei. Eu e Gustavo contra Lucas e Jonas. Rebeca ficou de fora assistindo. Devo dizer que eu e Gusta perdemos de lavada. Nunca tinha jogado dentro de uma piscina e isso atrasou meus movimentos.

Saímos e comemos churrasco preparado por Lucas e que estava muito bom, devo dizer. Rebeca disse que estava cansada e foi pra dentro. Os meninos chamaram para outra partida de vôlei, só que eu já estava esgotada.

Lucas percebeu isso e disse:

– Joguem vocês. 1 contra 1. Eu fico de fora com a Julieta.

A voz dele era bem grave. Gustavo olhou de olhos semicerrados de Lucas para mim e foi jogar.

Eu e Lucas sentamos num banco de fora da piscina e se instalou um silêncio constrangedor. Percebi que ele me encarava e para fazer isso passar soltei a primeira coisa que veio na mente. E que foi :

– Você faz um churrasco muito bom.

Ele me avaliou para ver se eu estava brincando, e depois riu.

– Meu pai me ensinou.

– Aposto que ele deve ser um bom cozinheiro.

– Era. Ele morreu.

– Ah. Sinto muito.

O silêncio voltou. Ele continuava a me sondar, e eu não tinha nada para dizer.

– Você é muito bonita Julieta.

– Você até que não é nada mal. - disse corada. Ele estava me cantando? Ou era apenas impressão minha? E ele não era nada mal mesmo. Os olhos eram escuros parecendo que quando ele te olhava, seus segredos vinham a tona. Os cabelos eram escuros também fazendo um contraste com a pele clara.

Ele foi se aproximando de mim até estar quase colado comigo. Eu estava petrificada. Não sabia o que fazer.

– Você é namorada do Gustavo, Julieta?

– N-não.

– Isso é bom. Que tal se a gente saísse qualquer dia desses?

Ele estava definitivamente me cantando.

– E-eu..

Fui interrompida por duas mãos molhadas sendo pousadas no meu ombro. Olhei para cima e Gustavo encarava Lucas com alguma coisa nos olhos parecida com raiva. Lucas se afastou com um sorrisinho de canto na cara.

– Anjo, vá pegar suas coisas. Estamos indo embora.

– Mas..

– Vá logo Julieta.

Levantei tropeçando do banco e corri para dentro da casa recolhendo minhas coisas e quando eu saí, Gustavo estava encostado no carro, parecendo que iria matar alguém.

Entramos no carro e ele dirigiu com duas mãos no volante. Os nós dos dedos dele estavam brancos. Chegamos em casa e ele não me dirigiu uma palavra antes de começar a subir a escada.

– Ei. EI!

Ele virou para mim e perguntou:

– O que foi?

– O que foi? Você acha que pode fazer aquela cena que você fez lá e agir como se nada tivesse acontecido?

– Eu estava te protegendo Julieta. - Ele disse vindo até mim - Eu não confio inteiramente em Lucas. E não acho que seria uma boa ideia.

– Me protegendo? Gustavo, eu entendo. Mas aquilo não foi proteger, foi tomar posse. Como se eu fosse um objeto ou algo assim.

– Não é nada disso. - ele disse se virando e passando a mão no cabelo frustrado.

– O QUE FOI AQUILO ENTÃO? - disse gritando perdendo a paciência.

– EU ESTAVA COM CIÚMES, BELEZA? - Ele disse pegando nos meus braços. - Eu estava com ciúmes de imaginar você com ele. - Ele soltou as mãos dos meus braços e passou a mão pelo meu rosto e meu cabelo. Eu estava sem fala. - Poxa Anjo. Tô a fim de você. E bom, eu achava que tu tava a fim de mim também, e ele fez o que eu queria ter feito, e.. Quer saber? Deixa pra lá.

Ele me soltou e foi andando em direção até a escada. Eu não conseguia dizer nada. Aquele comichão no meu peito estava de volta me impedindo de dizer alguma coisa. Ele parou no pé da escada com a mão no corrimão e depois se virou.

Havia uma coisa diferente nos olhos dele que eu não tinha nem começado a tentar decifrar quando ele disse "Foda-se" e em duas grandes passadas chegou até mim, segurando meu rosto.

Ele olhou nos meus olhos por um momento antes de se inclinar e me beijar.


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Notas finais do capítulo

AÊ!! Sei que esse capítulo foi meio enrola-enrola, mas ele foi completamente necessário. Para evoluir o relacionamento e mostrar um pouquinho do Lucas, que vai ser importante na história. Prestem atenção. ~risada maligna. Até mais.



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