Not Just A Girl. escrita por Clary07pmore


Capítulo 14
Capítulo 14 - Under The Stars.


Notas iniciais do capítulo

SJFHSHPFIHEPÇHAÇNSONDRLRNFKDNSN fãs delícia de The Originals, I'M BACK!
Eu estava de luto por terminar minha outra fic. E to ficando maluca porque planejo começar mais duas :33 (A quem interessa, uma é de HP e a outra de Teen Wolf hehe). Enfim, o capítulo de hoje ficou um pouco grande, não me matem! Até as notas finais, XOXO



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Um corpo ensanguentado cai ao chão e são contados exatos 5 segundos até todos começarem a correr.

Perdida, Davina olha desesperada para Kol que se adianta em pegar sua mão e a puxa para correr. Quando param no carro, Kol a solta, porém Davina não entra.

– Nós não podemos ir embora! – Davina gritou por cima das vozes da multidão atordoada para que Kol a ouvisse.

– Como assim? – Kol gritou de volta, distraído com todo que corriam a sua volta.

Outro estampido ecoa. Outro corpo cai, mais um tiro. Como se numa coreografia de musical, todos se abaixam e levam as mãos à cabeça.

– Precisamos ver quem é! Vamos fazer alguma coisa! – Davina se encontrava do outro lado do carro, encarando-o com os olhos muito abertos. Kol desviou o olhar de Davina por uns instantes, e depois de bufar em silêncio correu para o lado dela.

– Tá bom. Eu vou voltar lá, mas você não vai sair. – Kol disse com seriedade. Quando Davina abriu a boca para contestar, Kol a interrompeu. – Davina, não. Você fica eu vou. –

Dessa vez, Kol se aproximou muito de Davina e implorava com o olhar para que ela não se movesse. Davina fechou a cara, mas concordou com a cabeça e se encolheu mais ao lado do carro, a tempo de perder Kol na multidão.

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Passou a meia hora mais demorada da vida de Davina. Depois da partida de Kol, mais três tiros foram ouvidos. O pânico de um deles ter atingido Kol tomava conta de Davina com uma força horrenda, mas ela sabia que saísse se saísse de lá as coisas piorariam.

Davina era ótima em piorar as coisas.

Quando se levantou para correr na direção onde Kol sumira, Davina sentiu uma mão em seu ombro.

– Princesa. – O homem tatuado do cabelo colorido se encontrava atrás de Davina. Ao olhar para os olhos do homem, Davina levou o maior susto: eles não estavam normais. Sua córnea se encontrava vermelha como a de um dependente químico em feira de drogas grátis, e cresceram olheiras profundas e negras logo abaixo.

– Eu não conheço você. E é melhor ir embora, estão atirando nas pessoas aqui – Davina comentou com firmeza, olhando do homem para as pessoas que se escondiam por não terem coragem de correr e as que corriam, pois não sabiam se esconder.

– Ah, eu notei. Por que você não vai embora comigo? – Ele se aproximou e levou sua mão a cintura de Davina.

Num movimento rápido, Davina cravou suas unhas lixadas e pintadas no braço do homem e o tirou de si.

– Saia daqui. Agora. – Ela falou com hostilidade, e o homem pareceu não ouvir.

– Seu galã de armadura reluzente não parece estar por perto. – Ele retrucou agora levando as duas mãos a Davina e a puxando com rapidez. – O que vai fazer hein princesa? Me arranhar mais? – Ao dizer isso, o homem abriu um sorriso que trouxe puro nojo a Davina. – Tenho certeza que um dos tiros já o acertou. –

Dito isso, Davina cansou de falar. Com um movimento ligeiro e treinado, Davina pegou o braço do homem e o girou, parando apenas quando ouviu o barulho de seus ossos torcendo. Sentiu a adrenalina subindo e o controle de seu corpo indo embora. Tendo posse do corpo do homem, Davina o fez ajoelhar e pôs o pé em seu ombro. Ela sentia a cor do seu olho modificando e seu humor escurecendo, mas não parou. Como se abre a tampa de um pote, Davina chutou o corpo do homem quebrando seu pescoço, que caiu no chão como um saco cheio de batatas.

– Wow. – Alguém atrás de Davina comentou, e ao se virar deparou com um Kol bagunçado e ofegante. Davina recobrou a consciência do que fez e sentiu uma onda de remorso enorme a abatendo.

– Eu não... –

– Davina, tudo bem. Você se defendeu, não tirou a vida de uma criança inocente, de um idoso bonzinho nem nada do tipo. Ele deve ter dado algum motivo para você ataca-lo, não devia valer nada. – Kol a abraçou e ela respirou fundo nos braços do rapaz. Rapidamente eles entraram no carro e Kol deu a partida, no intuito de tirá-los dali.

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Dentro do carro um silêncio mortal tomava conta.

– Ah, acho que eu devia te contar. Tem um adolescente no porta-malas. – Kol comentou encarando Davina, que riu até notar que era sério. – O atirador estava no topo de um prédio, não consegui ver quem era, apenas o derrubei de lá antes que atirasse em mais alguém. Mas tinha mais alguém com ele, que assim que me viu descer do prédio deu um ultimo tiro antes de fugir. O tiro acertou em cheio no ombro do menino. –

Ao terminar de explicar, Kol viu o olhar pesado no rosto de Davina e tentou aliviar.

– O menino desmaiou pelo susto, mas vai sobreviver, podia ter sido pior se... – Kol parou de repente e apertou o volante. Davina, que prestava muita atenção no que ele falava, virou-se para o volante e viu a mão direita de Kol ferida e empapada de sangue. Ela arregalou os olhos e se virou para Kol, que riu com desdém. – Eu podia ter evitado, talvez, não sei. Mas fiz o que pude. –

Davina respirou fundo e levou sua mão ao cabelo de Kol, acariciando-o com calma.

– É minha culpa. Nós podíamos ter ido embora. Eu sinto muito. – Kol virou-se para ela e abriu um sorriso de canto de boca.

– E perder toda a diversão? Não mesmo. – Davina sorriu diante o humor de Kol e virou-se para frente, reparando que o carro estava parando.

– Isso definitivamente não se parece com um hospital. – Davina comentou ao ver onde pararam, mas desceu do carro.

Estavam no que parecia um pântano. Tinha uma cabana no meio de uma mata pouco densa com muitos cipós, e ao lado da cabana um lago com aguas negras como pedras preciosas genuinamente pretas. A cabana era feita de madeira com janelas e teto de vidro, moderna, porém simples. Kol entregou uma chave a Davina.

– Aqui. – Apontou a cabana com a cabeça para Davina, que se adiantou com a chave e abriu a porta, enquanto Kol pegava o jovem.

A cabana tinha um ar solitário, mas confortável. Não tinha quartos nem outros andares. Depois da entrada, se via uma escadinha de três andares que levava para um enorme bloco. Dentro desse bloco havia um enorme tapete de veludo branco, com um conjunto de sofás marrons. No canto da sala, uma lareira acesa, sustentando uma enorme televisão. Mesas se estendiam pelas paredes com delicados arranjos de flores, porém nenhuma foto ou prova de que ali vivia uma família ou alguém. No canto da parede onde ficava a lareira, uma porta com uma placa de banheiro, e do outro lado do lugar, a entrada para uma cozinha que parecia ser bem grande, mas não como a sala. Enquanto reparava isso tudo da entrada, notou que Kol já havia colocado o menino no sofá, e possuía uma toalha, um pode d’agua e uma pinça.

– Pode pegar a gaze e o esparadrapo no armário? – Kol apontou um móvel que ficava ao lado da lareira. Consistia num enorme armário que de sua metade para baixo era como um depósito de higiene e primeiros socorros e para cima uma pequena biblioteca. Davina voltou com os utensílios e se ajoelhou ao lado de Kol.

Delicadamente, Kol usou a pinça para remover a bala do ombro do menino. De uma caixa preta que estava ao seu lado, tirou um pequeno frasco com um liquido cor de âmbar que derramou em gotas na ferida. Sua carne que antes estava escurecendo e estuchada foi se normalizando e fechando. A ferida em si estava sarada, mas ainda havia um rasgo na pele do menino, onde o tiro entrou.

– Sabe costurar? – Kol perguntou virando-se para Davina.

Ela fez que sim com a cabeça e recebeu uma agulha cirúrgica com uma linha preta. Kol chegou para o lado para dar espaço para Davina.

Como se pinta um quadro artístico, com calma, cuidado e precisão, Davina remendou o rasgo. Quando terminou, Kol pôs uma pílula branca na boca do menino, que pareceu a engolir.

– Isso garante que ele não vai acordar antes da gente, assim não vai ter tempo de se apavorar sozinho por estar em um lugar estranho com gente estranha e uma estranha sensação de ter quase perdido o ombro. – Kol comentou e Davina riu. Esperou no outro sofá enquanto Kol enfaixava o ombro do jovem baleado. Quando ele terminou, levantou-se e virou para Davina.

– Vamos dormir aqui? – Ela perguntou enquanto pegava algumas coisas na caixa preta.

– Sim, tudo bem por você? – Antes de receber uma resposta, Kol sentiu Davina o empurrando para o sofá. Após se sentar, à condução de Davina, ele lançou um olhar confuso a ela.

Num movimento inesperado, Davina sentou-se no colo de Kol e o encarou. Um calor não planejado subiu feroz e devastador pelo corpo dos dois, mas Davina manteve o foco.

– Sua vez. – Ela pegou a mão de Kol e começou a limpar a ferida que ficou devido o raspão da bala. Kol riu e deixou que Davina secasse e fizesse um curativo entre seu polegar e indicador, enquanto observava cada movimento dela.

Ao terminar, ela pôs os objetos de primeiros socorros de lado e virou-se para Kol. E assim eles ficaram por alguns longos segundos.

– Eu tive uma ideia. – Ele disse impulsionando seu corpo para fora do sofá, fazendo com que Davina se levantasse.

Foi até um pequeno baú em um dos cantos da sala e tirou algumas peças de roupa de cama. As apoiou no sofá e foi até Davina a entregando uma camisa.

– Pode tirar essa roupa e vestir isso, se preferir. É minha então você não terá nenhum problema de pele ou mau odor, nada parecido. – Kol comentou ironizando e Davina riu. – Vamos dormir lá em cima, mas tem aquecedor. –

– Lá em cima? A cabana não tem só um andar? – Davina perguntou erguendo a sobrancelha, com um sorriso desconfiado.

– Exatamente. Quando estiver tudo pronto eu te chamo. – Kol piscou para Davina sorrindo e se voltou para a roupa de cama.

Davina se permitiu ficar curiosa só um pouquinho e foi até o banheiro trocar de roupa.

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Depois de poucos minutos, Davina ouviu Kol a chamar e saiu da cabana. Em sua lateral, tinha uma escada que levava até o telhado da cabana, pela qual Davina subiu. Quando chegou ao ultimo degrau, abriu um largo sorriso.

O telhado era cercado por uma grade dourada. No seu lado direto, tinha um relevo maior, que em seu topo possuía a chaminé da lareira. Davina deu um passo para frente, e olhou para baixo. Como o teto era todo de vidro, pela sua transparência era possível ver todo o interior da cabana. Por um momento, ela pensou em voltar. Podia dormir no sofá ou até no tapete branco, era bem menos arriscado do que dormir ali em cima, do que dormir com Kol. Mas então ela levantou o rosto e o viu.

Na beirada do relevo, havia um enorme colchão de casal, com vários travesseiros e cobertas. Em volta, várias velas iluminando a noite, e um pouco mais atrás, um potente aquecedor elétrico. Em cima do colchão, estava Kol, usando uma camisa de mangas mais larga assim como a que Davina usava, porém ele estava com as calças de um pijama. Sorria de uma forma confiante e divertida, que fazia as pernas de Davina tremerem mais que o frio em si.

– Você não vem? – Kol gritou a chamando, e gargalhando, Davina correu até o colchão.

Chegando lá, ela se jogou e sentiu a maciez do colchão e de todas as cobertas que ali estavam. Ela e Kol começaram a rir, e Kol jogou um travesseiro nela.

A hora passava, e nada dos dois dormirem. Agora estavam deitados lado a lado, um de frente para o outro.

– Você salvou aquele menino. Ele podia ter ficado lá e morrido, mas você o salvou. – Davina comentou encarando-o.

– Podia ter salvado os outros, mas não dava mais tempo. – Kol respondendo baixando os olhos. Davina levou sua mão ao rosto de Kol.

– Mas você tentou. Talvez não seja tão mau assim. – Davina disse sorrindo, e Kol apertou os olhos.

Em questão de segundos, Kol estava em cima dela, quase que na rapidez da luz, e Davina gargalhou alto. Kol acariciou o rosto dela devagar, e desceu para seu cabelo.

– Talvez seja. – Ele disse a olhando fundo nos olhos.

– Talvez eu goste de você assim mesmo. – Davina rebateu, e Kol riu. Davina sorriu. – O que foi? –

– Eu sabia que você gostava de mim, realmente, eu consigo ser muito irresistível. – Davina riu jogando a cabeça para trás.

– Vai sonhando, eu disse talvez. – Ela concluiu, e levou seu rosto mais para frente beijando Kol.

Devagar, Kol despeja o peso de seu corpo em cima do de Davina, que quase nem sente. Toda a pressão está em seus pulmões e coração, que trabalham no dobro da velocidade por toda ansiedade que ela sentia naquele momento. Os dedos de Kol se entrelaçaram nos dedos das mãos de Davina e os levaram para cima, enquanto o beijo os deixava mais perdidos, mais leves. Kol interrompeu o beijo e se afastou um pouco para olhar Davina. Ela o encarava calma e serena, quase como um anjo. Ao ver uma fresta de sorriso nascer no rosto de Kol, Davina sorriu, o que foi o auge para acabar com o autocontrole de Kol, que tornou a beija-la, mas sem pensar em tomar cuidado, sem pensar em lutar contra isso, sem pensar em nada.

E assim eles passaram a maior parte da noite, que tinha as estrelas explodindo como fogos de artifício só para os dois.


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Notas finais do capítulo

Ah, eu sei que demorei muito a postar. Demorei, demorei. But, não vou demorar mais! Voltarei com a regularidade da fic aos poucos, I promisse. Ahhhhhh, queria compartilhar aqui cocês. Comecei a ver The 100 (fãs, se pronunciem plz) e estou amando muito. Até o próximo cap! XOXO



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