Not Just A Girl. escrita por Clary07pmore


Capítulo 13
Capítulo 13 - Between Two Lips.


Notas iniciais do capítulo

Nossa, vou me matar!
Gente, está muito difícil manter a fic. Parece que nesse início de ano tudo deu errado KKK.
Meu carregador se quebrou no chile, então fiquei por dias sem meu note, perdão!!
Enfim, aqui está o cap novo. Espero que gostem!! *Quem puder, leia as notas finais, é importantee



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Pra quem apenas assiste, a realização de um feitiço é bem incrível. No centro da sala dos Mikaelson havia uma pequena roda feita de velas. Em seu torno, outra roda, composta por pessoas que se encontravam interessadas em um ponto em comum, e que precisavam daquela roda e do que estava dentro dela. O que estava dentro dela? Davina e Kol, de mãos dadas, canalizando alguns objetos, tentando localizar algo que desconheciam. O toque das mãos foi uma fonte de poder inusitadamente forte. A energia que emanava da conexão entre eles soltaria faíscas se pudesse. Mas ninguém parecia notar, a não ser pela rápida eficácia do feitiço localizador.

Com o feitiço terminado e a sala arrumada, todos pareciam conversar sobre modos de chegar até o procurado, seja lá quem fosse. Perdida entre as conversas que mais soavam como zumbidos, Davina foi recuando em direção à porta.

– Então – Kol se pronunciou, chamando a atenção de todos. – Eu vou levar Davina para casa, e quando eu voltar me avisem o que faremos. –

– Desde quando você foi designado a escoltar Davina para cima e para baixo? – Marcel se aproximou de Kol com hostilidade e foi cordialmente ignorado.

– Marcel, não precisa disso. – Davina meteu-se, incomodada.

– Deixe-a ir com Kol Marcel, - Elijah soou como a voz da razão. – Precisamos de você aqui para vermos como seus vampiros nos serão úteis. – Marcel bufou e se afastou, e Kol abriu um despercebido sorriso de vitória.

Kol fez sinal com a cabeça para Davina para que saíssem, e apenas acenando com meios sorrisos e todos, os dois saíram e se dirigiram para o carro.

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– Você não me falou sobre seus pais. Por que não moram aqui? – Davina perguntou, assim que Kol virou em uma esquina que dava na rua da praia novamente. Ao entrarem no carro, decidiram que fariam o caminho mais longo, mesmo sendo tarde.

– Já quer conhecer meus pais? Achei que a gente tinha que namorar antes de partir pros sogros. – Kol respondeu sorrindo e Davina gargalhou. Depois de alguns segundos ainda rindo, ela se virou para Kol o olhando como se pedisse para ele prosseguir. Ele respirou fundo meio distante e tornou a falar. – Minha mãe é louca. Acha que tem que tirar o vampirismo de Klaus, Elijah e Rebekah para que a família se livre do “satanismo” que ela mesma implantou. Nos mataria sem pestanejar para fazer isso, ainda dizendo que nos ama e que foi por um bem maior. Meu pai quer nos matar, simplesmente por que quer nos matar. Virou vampiro, ficou descontrolado, o de sempre. E eu ainda sou irmão do Klaus. Fazer o que, não se escolhe a família. – Kol concluiu tentando descontrair o assunto. Davina riu, logo se interrompendo para não soar rude. Kol virou-se para ela.

– Tá tudo bem. A propósito, gosto do seu sorriso. – Ele comentou sem querer, sorrindo. Davina virou-se para a janela corando ligeiramente, sem saber como sorrir sem parecer sem graça. Ao levantar os olhos para janela, notou que o lugar onde estava não saía em sua casa.

– Onde estamos? – Davina perguntou virando-se rapidamente para Kol e de volta para janela.

Estavam numa rua extremamente movimentada para a hora que era. Bares, restaurantes e casas noturnas eram vistas lotadas, e pessoas de todos os tipos de estranheza passam pelas ruas encontrando amigos e comemorando um monte de nada.

– Eu ainda estou te devendo um jantar. – Kol respondeu sem olhar para Davina, pois se concentrava no retrovisor para estacionar o carro. Davina sentiu seu coração com mais força, e sorriu distraída.

Quando Kol terminou de estacionar, Davina parou para estudar o local. Ele tinha estacionado perto de um restaurante de dois andares na esquina de uma praça. Mesmo cheia, era possível ver as luzes de um chafariz que jorrava agua e, graças à tecnologia, era colorida e suas cores mudavam constantemente. Era quase hipnotizante, era lindo. Davina só recobrou os sentidos quando Kol abriu a porta para que ela saísse. Com um sorriso galanteador no rosto, Kol estendeu a mão, e sem relutância, Davina a segurou e desceu do carro.

Andar por ali era complicado, o que era bom e ruim ao mesmo tempo. Esbarrar em pessoas desconhecidas constantemente não é muito agradável. Teve um homem no qual Davina, sem poder evitar, esbarrou e quase derrubou seu copo. O homem era um marmanjo velho da altura de um prédio. Sua pele era perturbadoramente pálida e toda tatuada, com desenhos e insígnias em preto, estilo Instrumentos Mortais. Ele tinha a cabeça raspada dos lados e o tufo de cabelo que prevaleceu no meio era colorido. Por um momento Davina até se assustou, mas ele apenas a encarou e se virou. Finalmente chegaram à porta do restaurante, e Davina, que vinha a frente de Kol, a abriu lentamente para não esbarrar em quem estava dentro.

– Boa noite! Sejam bem-vindos ao Gold Valley. – Uma jovem atendente vestida com roupa social preta com detalhes dourados apareceu. Seu cabelo era amarelo como o sol, ela tinha a pele bem clara e uma pinta perto de seus lábios delicadamente pintados de rosa. Ao olhar para Kol, um humor diferente foi detectado nela por Davina. – Meu nome é Jenny, e será um enorme prazer servi-los esta noite. – A ultima parte foi mais para Kol, o que deixou Davina levemente irritada.

– Boa noite, Jenny. – Kol a cumprimentou, trazendo um sorriso de orelha a orelha na jovem. Davina revirou os olhos. – Uma mesa para dois, perto da janela. – Mesmo sem querer, Kol transbordava charme, o que parecia encantar todas as mulheres presentes no estabelecimento.

– Perfeito. Acompanhem-me, por favor. – Jenny virou-se bem lentamente para poder passar o máximo de segundos possíveis sorrindo para Kol.

Davina, que se encontrava de braços cruzados, sentiu a mão de Kol em um de seus braços. Ela levantou o rosto e olhou para Kol, logo se arrependendo de fitar tão intensamente os olhos azuis do rapaz. Ele fez com que Davina soltasse os braços, e sem tirar a mão de seu braço direto, ele desceu até sua mão. Nenhum dos dois desviava, pareciam estar presos um nos olhos do outro. Kol sorriu e virou-se para seguir Jenny, sem soltar a mão de Davina.

– Aqui está. – Jenny apontou para uma mesinha no canto do restaurante. A janela dava direto na praça central com a fonte colorida. Davina, sem notar, abriu um sorriso. Ela e Kol se separaram para se sentarem, um de frente para o outro. Jenny entregou o cardápio e ambos começaram a lê-lo, trocando olhares a todo tempo. – Qualquer coisa, é só me chamarem. – Ao dizer isso, Jenny se debruçou em cima de Kol por alguns segundos e foi embora. Davina ergueu a sobrancelha a Kol, que piscava rápido, um pouco desnorteado. Ele olhou para Davina, e os dois começaram com uma simples risada, que logo se tornou uma gostosa e sincronizada gargalhada.

Durante o jantar, eles conversaram sobre tudo. Davina falou sobre a vida em Nova York, sobre o pai, sobre seus amigos. Kol falou sobre Nova Orleans, sobre seu tempo como vampiro, e sobre sua conturbada família. Alguma vez ou outra, riam das tentativas de Jenny de se jogar para Kol. Tudo parecia bem demais.

Davina se sentia bem demais. Nunca, com nenhum outro garoto perfeito e exemplar de NY Davina se sentiu assim. Cada palavra de Kol tinha um sentido para ela. Cada sorriso ou olhar dele era um frio na barriga descomunal. Cada toque acidental era uma pontada em Davina, uma forte prova do quanto ele já mexia com ela. Isso ao mesmo tempo em que a desesperava a fazia se sentir extremamente viva.

Kol se sentia bem demais. No meio de milhares e mais milhares de escolhas erradas, algo parecia certo. A vontade de estar com Davina aumentava a cada momento, e aquilo o consumia totalmente. A sensação de estar se encantando por alguém mais e mais era como descobrir uma terra desconhecida e misteriosa, mas era melhor do que tudo que ele já havia sentido.

Ao terminarem de jantar, Kol pagou a conta e se levantou rapidamente.

– Vem, tem uma coisa que quero te mostrar. – Davina franziu o cenho desconfiada, mas concordou.

Após saírem do restaurante, Kol a virou em direção à praça. Agora estava um pouco menos cheia, mas ainda havia bastante gente transitando por ali. Davina começou a andar em direção a fonte, e Kol seguia logo atrás dela. Quando o caminho começou a apertar, à medida que chegavam mais perto da rodeada fonte, Kol levou suas mãos à cintura de Davina, passando confiança e guiando seu caminho. A mão de Kol parecia encaixar perfeitamente ali, e a sensação de ter sua mão a um pano de distância da pele de Davina a arrepiou. Depois de andarem mais um pouco, chegaram à beirada da fonte.

– Nossa! – Exclamou Davina, com um largo sorriso. De perto, a fonte era como um místico arco íris de cores interligadas pela agua. Desde o topo até abaixo, numa sincronia perfeita, os pingos d’agua se projetavam formando desenhos que ganhavam vida com a dança de cores produzidas no fundo da fonte, que exibia uma piscina de aguas coloridas.

– Faça um desejo. – Kol sorria ao ver a expressão maravilhada de Davina.

– Você acredita mesmo nessa coisa de desejos? – Davina perguntou rindo. Kol foi para seu lado, os dois estavam bem próximos. Ele fitou a fonte como se buscasse uma memória.

– Não muito. – Ele concluiu. – Mas não custa nada tentar. – Ele piscou e Davina sorriu, virando-se de frente para fonte e fechando os olhos.

Nesse momento, Kol pegou em sua mão. Ainda de olhos fechados, Davina levou um pequeno susto, mas sabia que era ele. Abriu os olhos lentamente, a mesma velocidade em que ia se virando para ele. Ele também se virou para ela, e agora o espaço entre os dois era mínimo. Ela olhava para cima, para poder encontrar o rosto de Kol. Ele olhava para baixo, e era possível sentir que sua respiração ficava ansiosa e ofegante, assim como a de Davina.

– O que você desejou? – Kol perguntou, com um leve sorriso.

– Se eu contar não se realiza. – Davina riu. – E você, pediu algo? –

– Na verdade, pedi sim. – E dito isso, Kol levou uma de suas mãos ao rosto de Davina, o acariciando com o polegar. Ela respirou fundo e fechou os olhos, esperando que nada atrapalhasse o que estava por vir. Kol gentilmente trouxe seu rosto para mais perto, e sem nenhuma pressa encostou seus lábios nos de Davina.

Aos poucos, tudo foi se encaixando. Davina soltou todo o ar que prendia e levou suas mãos ao pescoço de Kol, brincando com seu cabelo. Kol rodeou Davina com seus braços fazendo com que seus corpos se ligassem e perdessem qualquer e todo espaço que antes existia ali. Os lábios de Davina logo se acostumaram com os de Kol, e um beijo que seria confuso e desordenado se encontrava harmonioso e intenso. Era como se aquilo tivesse que acontecer, como se fosse ensaiado e calculado com calma. O beijo se tornou mais intenso e profundo, mas mesmo sendo bruxos, ambos tiveram que parar para tomar ar. Davina sorriu para Kol, que sorria igualmente para ela. Para os dois, naquele momento, não tinha nada melhor do que apenas olharem nos olhos um do outro, tais olhos que bagunçavam a cabeça e o coração tanto de Davina quanto de Kol. Quando se preparavam para mais um beijo calmo, carinhoso e cheio de vontade, um barulho alto é ouvido.

Um estampido. Um estalo. Uma troca de olhares entre todos os presentes naquela praça, e o que veio depois? Caos.


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Notas finais do capítulo

Pra quem não sabe, eu tenho uma outra fic, sobre Percy Jackson, que também posto aqui. Eu ultimamente tenho andado muito enrolada, estudando muito, resolvendo coisas de família e escola, por que deu uma enrolada e eu talvez mude de colégio com meus testes para começar na segunda, então ta tudo muito confuso.
Está muito difícil pra administrar as duas fics, mas eu não quero parar nenhuma. A de PJO está em fase de transição pelo retorno de alguns personagens, então estou com complicações para postar, logo essa sobre TO provavelmente será atualizada com mais frequência. Muito obrigada a todos que leram essa nota até o final!! Comentários sobre o cap sempre muito bem vindos!!



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