Donos de min escrita por Raquel Viena


Capítulo 25
Culpados




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_Essa estrada não tem fim _ Resmunguei pela décima vez.

_Estamos chegando desesperada _ Pectro Disse.

_Se não chegarmos em uma hora me jogo pela janela.

_Histérica_ Insultou-me Pectro.

_Chato _blasfemei de volta.

_Maluca.

_Metido.

_Eles são sempre assim? _Perguntou Katrine.

_Não são pior_ Mini respondeu.

_Hey!_ Dissemos em coro, realmente erámos duas crianças, havia uma fila como a nossa entrando por uma estrada de terra cortada no meio de um bosque boreal com árvores enormes de cor azul marinho uma mistura de betuláceas e de resinosas de longe podia de se ver pedaços de montanhas e o sol batendo e iluminando todo o ambiente, dezenas e dezenas de carro passavam pelo mesmo caminho um pequeno grupo de motos também passou era possível ver feiticeiras elementares voando entre as árvores.

_Agora sim estamos chegando _ Brinquei era uma ansiedade que cobria o corpo inteiro queria logo descer e ver todas as pessoas estacionamos de frente a uma mansão antiga de tijolos cor marfim que reluzia luz, a parede era meio coberta por uma vegetação dando mais charme ao prédio era imenso tinha mais quartos que podia contar as janelas eram grandes tornando a casa clara havia duas torres e quatro chaminés a vegetação em volta da casa eram as belas árvores e um lago azul cristalino de fundo _ Haa! Aqui e o lugar mais lindo do mundo.

_Olá Pectro _ Uma ruiva de saia curta com pregas preta e blusa decotada da mesma cor o abraçou todo o meu encanto com o lindo lugar sumiu fiquei com vontade de arranhar o rosto daquela oferecida ela o abraçou sem permissão e lhe deu um selinho.

_Me apresenta sua amiga Pectro _ Sorri cínica na frente dos dois.

_Apresenta pra gente _ Falou Ben os outros três irmãos já estavam perto de min rindo da situação.

_Se esqueceu de min? _Ela falou parecendo ofendida revirei os olhos com vontade de lhe dar má resposta _ Stacy do dia do cinema _ Busquei me lembrando do cinema a culpa era minha a entregar para Pectro de bandeja mais naquela época não suspeitava que ele gostasse de min e que eu fosse nutrir algo por ele que se existia depois de hoje morreu.

_Tá tchau _ Dei de ombros indo ver Mini que estava com suas amigas ela me apresentou todas as quais esqueci todos os nomes devido a meu estado de nervos.

_Ficou com ciúme né? _Brincou comigo.

_Não fiquei não, isso e coisa da sua cabeça.

Interrompendo nossa conversa todos os alfas e mestras estavam na escada da grande mansão Fabian com certeza era o mais novo e mais belo eram cerca de umas trinta pessoas.

_Boa tarde meus caros, Todos os clãs do mundo estão aqui, creio que o motivo de reunião não e desconhecido para ninguém, mas vou chamar alguém para explicar melhor Katrine Vicenza do clã central italiano.

Foi uma surpresa saber que Katrine era italiana, ela subiu as escadas ficando ao lado de Tia Nice.

_Me chamo Katrine e acredito ser a única sobrevivente do meu clã nossa vila foi atacada e cada feiticeira e lobo acima de dez anos e menos de trinta foi capturado e treinado para lutar, todos os jovens raptados acreditam lutar para manter sua família viva, era noite e chovia eles me mandaram para atender as necessidades de um dos generais assim como muitas outras garotas então eu ouvi que todos os que não serviam morriam eles me viram e me especaram me deixando em uma mata para morrer esgotada mais a Raven me achou e me ajudou a viver obrigada, oque eu estou querendo dizer e que Belchior Petrocovisk está reunindo um exercito e fazendo bruxas e lobisomens.

Conversas e cochichos começaram a circular não encontrei nenhum dos garotos só queria perguntar por que aquele monstro tinha o sobrenome dos meus amigos.

_Agora que já sabem que a guerra e iminente e vão ter de treinar vou dizer o nome de seus parceiros de quarto peguem as coisas e vão para os números dos quartos seus uniformes estarão nós armários. _ Ela começou por uma lista que cobria o corpo inteiro tinha de ficar ali e ouvir a droga do meu parceiro, mas minha vontade era de sair correndo comecei a vasculhar no meio da multidão.

_Pectro Petrocovisk e Benjamin Petrocovisk quarto 43

As pessoas que estavam restaram ali começaram a conversar indignadas fiquei tão nervosa com aquilo respirei fundo e continuei os procurando.

_William Petrocovisk e Nico Valdez quarto 52.

Não conseguia ver os meninos subindo para os quartos então desisti de procurar fiquei aguardando meu nome já desalenta.

_Raven Dorigon e Katrine Vicenza quarto 640.

Peguei minha mala do lado do carro encontrei Katrine no saguão me esperando ela sorria de orelha a orelha se jogou no meu colo e deu pulinhos como uma louca adolescente.

_Que bom que vai ser minha colega de quarto, queria tanto ficar com uma amiga _ Sorri amarelo tentando me animar _ Que foi não ficou feliz?

_Fiquei claro, só que na verdade não consigo encontrar nenhum dos garotos estou preocupada _ Estava em ponto de chora ela me abraçou com cuidado me dando leve tapinhas nas costas como consolação.

_Não se preocupe tanto, façamos o seguinte vamos até o quarto guardar nossas coisas tomar um banho colocar o uniforme e achá-los que se acha? _ Concordei com a cabeça sorrindo por ter mais uma amiga nós subimos mais degraus que pude contar passamos por tantos corredores que parecia uma brincadeira estava exausta e ainda no quarto 230.

_Porque nos colocaram em um quarto tão longe _Resmunguei suada me desmontando.

_Nos odeiam _ Tentou falar sem ar quando encontramos o quarto ele com certeza era o último abrimos a porta surpresa era enorme havia uma sala com lareira lustre de cristal tapete persa decorado com tons cremes e detalhes em um verde claro duas portas uma levava para o quarto com duas camas de casal colchão de mola e travesseiros de pena de ganso roupa de cama branco com um tom de azul claro dois guarda roupas coberto de uniformes o banheiro era praticamente do tamanho do quarto com uma banheira de hidromassagem todo claro com partes douradas _ Esse quarto vale o caminho inteiro _ Brincou se jogando na cama.

_Com certeza _ Ri me jogando em cima dela rolamos um pouco no colchão macio.

_Minhas irmãs teriam adorado esse quarto _ Falou tristonha.

_Katrine minha irmã também se foi ela não morreu, mas me abandou eu não fico triste porque ainda a tenho dentro do meu coração, meus pais e James meu ex e irmão dos meninos também morreram não fico triste porque eles não queriam me ver sofrer eles sempre fizeram tudo para me fazer sorrir então eu os lembro assim eles se tornaram estrelas que iluminam minha vida _ Quando terminei vi que nós duas chorávamos e sorriamos.

_Sinto muito por todas as suas perdas Raven.

_O mesmo _ Nós nos abraçamos novamente antes de tomarmos banho ela foi primeiro depois eu deixei a agua quente encher a banheira sobe meu corpo terminei rápido querendo obter noticias deles a noite cai me apressando entrei no quarto de toalha.

_Que roupa é essa? _Perguntei olhando a blusa de mangas cumpridas branca o corset de couro preto combinando com a calça justa também de couro e boots feminina sem salto.

_É o uniforme _ Sorria o exibindo.

_Tá brincando né? _ A blusa e o corset foram mais fácil do que a calça _ Isso parece uma segunda pele _ Abotoei tentando respirar calcei os sapatos e prendi a franja para trás deixando o resto solto _Pronto terminei _ Suspirei aliviada.

_Ainda não _Ela tinha um tecido vermelho em mãos, olhei sem entender _ Sua capa pega.

_Minha oque? _ Katrine me olhou debochada desdobrou o tecido o prendendo em meu pescoço e colocando um capuz em minha cabeça o tirei imediatamente, porém permanecendo com a capa _ Só pode ser brincadeira.

_Toda história tem um fundo de verdade _ Sorriu _ Cada capa tem sua função vermelho para físicas, branco transmutais e preto elementares.

_Como sabe tanto? _ Questionei admirada.

_Livros de história você não lê muito não é?

_É complicado_ Os garotos sempre tinham medo do que eu descobriria então não me deixavam ficar muito em bibliotecas.

_Diversas lutas já aconteceram essa roupa sempre foi usada você vai ver que gracinhas ficam os garotos _ Ri dela não a imaginava que ela pensava em meninos descemos por todo longo caminho até encontrar quarto 43 _Vamos morrer antes da guerra com aquele quarto _ Bati três vezes na porta onde ninguém abriu ia continuar batendo.

_Acho que eles não estão todos estão indo jantar no grande salão _ Me respondeu um menino loiro de olhos azuis me lembrando de William.

_Obrigada _ Ia andando mais voltei _ Onde e mesmo o grande salão? _ Ri nervosa.

_Querem me acompanhar _ Ele deu o braço como um cavaleiro estava cheia de garotos então joguei Katrine para entrelaçar no braço dele fui deselegante, mas na pilha que estava não me importei com sutilezas.

_Moça... Moça _ Senti a cotovelada de Katrine.

_Oi _ Respondi sem parar de olhar para os lados tentando encontrar os meninos.

_Como e mesmo seu nome?

_Raven _ Respondi o olhando sorrindo_ Me desculpa a falta de educação só estou um pouco nervosa _ Falei abaixando o olhar.

_Se acalma eles estão bem nunca vi irmãos tão fortes _ Me consolou minha amiga.

_E qual é seu nome? _ Perguntei ao garoto, tentando me distrair.

_Pode me chamar de Luke _ Realmente aquele uniforme caia perfeitos as boots parecidas a calça de couro marrom e blusa marfim de mangas bufantes sem exagero meio aberta no peito típico galã século XVIII.

_Prazer Luke.

_Prazer meu Raven _ Ele sorria exibindo uma fileira de dentes perfeitos.

Entramos no grande salão iluminado por fileiras de lustres mesas redondas de madeira pintadas de branco bem distribuídas pelo salão procurei os garotos com olhos falhando me deixando ainda mais deprimida.

_Oi _ Me abraçou Mini.

_Oi _Sorri amarelo.

_Calma Mini você sabe essa ai sem os meninos tá quase morrendo _ Brincou Katrine.

_Obrigada _ Ironizei.

_Não querem se sentar garotas? _Perguntou Luke confirmamos com a cabeça achamos uma mesa perto da parede os três entraram na fila e colocaram a comida em bandejas de plástico cinzas.

_Também vai ficar sem comer? _Questionou Mini.

_Vou espera-los _ Fiquei olhando a noite pelo vidro preocupada.

_Você está procurando os irmãos Petrocovisk? _Indagou Luke por um momento me enchi de esperança.

_Sim, você sabe onde eles estão?

Ele balançou a cabeça negativamente_ Eles não podem aparecer além dos treinos, afinal estamos aqui por causa do pai deles _ Na minha cabeça tudo se esclareceu, mas meu coração se apertou imaginava o martírio dos garotos eles devem estar se sentindo culpados quando não são.

_Vou procura-los _ Me levantei, mas voltei à mesa cheia de ódio bati minha mão contra a madeira, chamando a atenção de todos tudo ficou em silencio então falei em claro e bom som _ Ninguém escolhe o pai que tem. Além de tudo eles lutaram mais do que todos juntos dessa sala eles sacrificaram o irmão para poder me salvar isso e uma coisa que você não teria coragem de fazer ninguém daqui se mataria para proteger um desconhecido parem de falar deles e tente pelo menos parecer com eles.

Abri as duas portas do imenso salão fazendo questão de que me olhassem bater a porta corri por toda mansão gritando por eles com lágrimas nós olhos como podiam se abaixar para esses idiotas.


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