–Então vocês vão permitir nosso namoro?-Perguntei.

Os dois se olharam e logo nos encararam.

Pov. Damon

–Permitimos.- Disse Alaric, logo todo mundo começou a comemorar, ia dar um beijo em Elena, mas fui atrapalhado pelo meu pai

–Só que terá regras.

– Lá vem.- Kath revirou os olhos.- Que tipo de regras?

–Nada de salivação na nossa frente.

–Nada de um ir dormir com o outro.

– Não queremos vocês fora ate de madrugada.

Falaram um de cada vez.

–Tudo bem, prometemos cumprir todas as regras.- Fiz figa.- Né pessoal?

–Aham.- Concordaram, mas pude ver que todos eles também me imitar.

Parece que os nossos pais terão uma grande dor de cabeça.

– Ai que maravilha.- Comemorou Caroline.- Agora vamos poder fazer programinhas de casais, imagina que lindo todos nós juntos.- Bateu palminha.

–Bem menos em loira.- Riu Kath.

–Mais fácil Damon e Klaus assumirem que se amam e fugirem para as colinas do que estes programinhas acontecerem.- Falou Stefan, ele e Katherine se merecem mesmo.

–Ta com ciuminhos Tefinho?-Perguntou Klaus.- Tem Mikaelson pra todo mundo querido.- Foi pra cima do meu irmão, mas o mesmo desvirou.

–Sai pra fora, sou macho!- Stefan bateu no meio.

– E como assim tem Mikaelson pra todo mundo Niklaus?- Perguntou Caroline brava.

–Meus irmãos né amor, porque este aqui já tem sua amada.- Falou a abraçando por trás.

–Acho bom viu.- Fez sinal que estava de olho nele.

Ficamos algum tempo na sala apenas conversando quando Elena se manifestou.

–Agora que esta tudo resolvido, alguém pode me levar lá pra cima, preciso descansar.

–Eu te levo filha.- Sugeriu Alaric.

–Pai será que o senhor se incomodaria se o Damon me levasse?- Elena perguntou.

–Não.- Falou contra gosto.-Pode levar.

Sorri pra minha morena e a peguei com todo cuidado no colo, subi as escadas lentamente.

–Me coloca ali na cama, não quero ficar mais na cadeira.

–Ok.

A coloquei na cama com total cuidado.

– Ta tudo bem? –Perguntei.

–Só pega aquele travesseiro e coloca na minha perna quebrada, o medico pediu para deixar no alto.

–Tudo bem. –Peguei o travesseiro que estava na cadeira e coloquei no seu pé para ficar levantado e depois sentei ao seu lado.

–Tirei um peso da minha consciência.- Confessou em quanto eu fazia carinho em seus cabelos.

–Eu também, eu jurava que eles iriam falar não naquela hora.

– Aham, fiquei morrendo de medo.

– Mas ainda bem que eles toparam, agora podemos fazer tudo que fazemos a um bom tempo sem enganar mais ninguém.

–Sim.- Me aproximei dela e selei nossos lábios.

O beijo era intenso e calmo ao mesmo tempo, mas logo Elena quebrou o beijo e começou a me encarar.

–O que foi?

–Em menos de um mês o verão acaba e teremos que voltar para nossas vidas.- Disse triste e abaixando a cabeça.

–Sim, mas pense pelo lado bom, moramos perto.- Levantei seu rosto.

–Mas iremos para faculdade.

–Alugamos um apê juntos.

–Pra você as coisas são tão simples.- Sorriu de lado.- Sempre acha as soluções num piscar de olhos.

–Porque as coisas são simples, as pessoas que tentam complicar tudo.- Lhe dei um selinho.

–Mas e ai, já escolheu o curso que quer fazer?- Perguntou me encarando.

–Sim, veterinária.- Sorri convicto.

–Awnt, meu namorado vai ser um Doutor.- Riu.- Dr. Salvatore.

–Deixa de graça.- Ri junto.- E você já escolheu?

–Estou em duvida entre arquitetura moderna e fotografia.

–Eu já vi uns desenhos seus e acho que você leva jeito para arquitetura, deixa fotografia com um hobbie.

–Pode ser.-Pensou.-Mas espera ai, como você já viu meus desenhos?

–Uma vez eu invadi seu quarto , queria me vingar do que você fez com meu cabelo, mas ai te vi dormindo tão bonitinha então desisti e fiquei vendo suas coisas, ai esbarrei na sua escrivaninha e vi os desenhos.

–Nunca imaginei isso.-Disse surpresa, mas logo começou a rir.

–Ta rindo do que?

–Você falou do assunto do cabelo ai acabei me lembrando, você ficou lindo naquela semana com o cabelo todo laranja.

–Eu quis te matar quando vi.

–Qualé, por minha causa você já pode dizer que foi ruivo dos olhos azuis- Disse rindo.

–Bandida.

–Sou sim, pois roubei uma coisa muito valiosa de você.-Sorriu.

– O que?

–Seu coração.- Falou pousando a mão sobre meu peito.

Me aproximei dela e voltamos a nos beijar, só que desta vez era algo mais quente e urgente.

Em quanto ela passava a mão em meus cabelos, minha mão passeava ate o meio das suas costas onde se encontrava a tala que envolvia suas costelas.

Quando as coisas começaram a esquentar de vez me desgrudei dela.

–Acho melhor não, você ainda esta muito frágil.

–Tudo bem.-Sorriu compreensiva.

–Vou para meu quarto tomar um banho gelado.

–Vai lá, vou aproveitar e dormir um pouco, todos aquelas remédios que me deram no hospital ainda estão no meu sistema.

Dei um selinho nela e sai de seu quarto, no meio do corredor encontrei Alaric.

–Damon será que poderíamos conversar, vai ser rápido.

–Claro, pode falar.

–Quero lhe pedir que cuide muito bem da minha filha.

–Pode deixar senhor.

–Deixa eu terminar, Elena pode parecer ser toda forte, mas por dentro ela é uma menina frágil e cheia de inseguranças. Não teve muitos relacionamentos sérios, o ultimo como você sabe foi o Enzo e mesmo sendo muito amigos agora, quando eles terminaram Elena ficou arrasada. Mesmo que esta conversa pareça ser clichê peço que você a faça feliz no tempo que tiverem juntos.

–E por mim Alaric este tempo vai durar ate a hora da nossa morte, eu encontrei a mulher da minha vida, com ela que quero casar, ter filhos e uma casa confortável, vou fazer de tudo para nunca perde-la.- Disse sincero.

–Espero que este seu sonho se realize.

–Não é um sonho, é uma verdade que daqui alguns anos vai acontecer.

–Gosto deste seu estilo confiante garoto.- Comentou rindo.-Continue assim.

Sorri para ele e fui para meu quarto, pelo menos eu e meu sogro não nos odiamos mais.

Parece que pela primeira vez em décadas os Gilberts e os Salvatores vão poder viver sem brigas.

CONTINUA...