Pov. Alaric

– ‘A década de 30 começou com dificuldades, a queda da Bolsa de Valores prejudicou muitas pessoas, principalmente os Gilberts e Salvatores que viviam em fazendas vizinhas. Com pessoas desempregas e sem dinheiro para nada os fazendeiros que ganhavam seu sustento vendendo o que plantavam acabaram entrando em um momento de crise.

Meu avô me contava que naquele tempo as famílias ainda não eram rivais, foi um acontecimento que marcou tudo.’

Flash Back (Afonso Gilbert)

1930

Mais um dia se iniciava naquela fazenda, atualmente as coisas estavam difíceis,não entendo muito destas coisas de adulto, mas papai disse que logo as coisas iriam melhorar.

–Bom dia mamãe.- Me sentei na mesa e comecei a comer um pão que estava ali.

–Bom dia meu querido.

–Onde está o papai?

–Ele já foi para o campo com seus irmãos, pediu que assim que você acordasse fosse ajudar.

Dei mais duas mordidas no pão e logo sai correndo pela fazenda.

–Acordou tarde hoje né bambino.

–Desculpe.- Abaixei a cabeça.

–Tudo bem, pegue esta cesta e vá colher os furtos maduros.

Comecei meu trabalho,logo me distrai com uma marca vermelha que corria pelo caminho do campo, resolvi seguir para ver aonde aquilo me levaria. Assim que cheguei no final da marca me arrependi.

O corpo do meu irmão Bruce estava tacado no chão como um boneco de pano igual os que minha irmã tinha. A marca vermelha era sangue que escorria pelo seu corpo. Minha única reação foi gritar.

– O que foi Afonso?-Perguntou meu pai e assim que viu seu filho ficou em choque assim como eu.

– Mas o que esta acontecendo aqui?- Mary apareceu ao nosso lado e quando viu Bruce caiu madura no chão.

–Afonso corra e vá chamar sua mãe.

Corri que nem um condenado por aquele campo, quando cheguei finalmente em casa não conseguia falar.

–Afonso o que ouve?-Perguntou mamãe preocupada.

–É que...

–Ande logo menino, estou ficando aflita.

–Bruce...

– O que tem ele?

– Ta morto lá no campo.

–Não brinque com uma coisa destas menino.- Se apoiou na cadeira para não cair igual minha irmã.

–Desculpe mãe, mas não é mentira.

–Onde esta seu pai?

–Lá no campo junto ao corpo de Bruce, deve estar trazendo ele para cá.

Mamãe saiu em disparado e eu a segui.

[...]

Agora estávamos todos na sala, o meu irmão foi enterrado a poucas horas, senhor Nicolas que trabalha de coveiro contou para meu pai que Bruce foi morto por uma bala.

– Os únicos que tem arma em casa nesta redondezas somos nós e os Salvatore que moram ao lado. Como ninguém daqui ia matar Bruce os únicos culpados são os Salvatores.- Disse meu pai se levantando.- Vou tirar satisfações com eles agora.

–Não faça isso querido.-Pediu minha mãe.-Nem temos como provar.

–Claro que temos. Afonso vista seu casaco, você ira comigo.-Me animei na hora, meu pai nunca me levava com ele aos lugares, dizia que eu era muito novo para isso.

–Não envolva o pequeno isso.

–Me deixe mulher.

A casa dos Salvatores era ao lado da nossa, não demoramos muito a chegar.

–O que faz aqui a esta hora Gilbert?-Perguntou Joshua ao sair fora de casa.

–Gostaria de falar com se pai urgentemente.

–Só um momento.- Voltou para casa e logo Albert apareceu para nos receber.

–Josh Gilbert o que te trás a minha casa a esta hora?-Perguntou abrindo a porteira da casa.

–Vim saber qual de vocês matou meu filho Bruce hoje mais cedo.- Meu pai perguntou totalmente seco.

–Como ousa vim na minha residência acusar eu e meus familiares de assassinar seu filho?- O Salvatore também parecia bravo.

–A morte foi de bala e sabemos muito bem que por aqui apenas eu e você possuímos tão objeto.

–E como pode garantir que não foi nenhum dos seus filhos que matou o próprio membro da família.

–Mary é uma dama e Afonso é apenas uma criança, como acha que eles poderiam ser tão frios a ponto de matar o próprio irmão?

Logo começaram a discutir, não consegui entender nem a metade das coisas que eles pronunciavam, mas sabia que se tratava de algo bem serio.

Depois de um longo bate boca os Gilberts e os Salvatores se declararam inimigos mortais e meu pai jurou vingança.

[...]

– O que aconteceu na casa dos Salvatores?-Perguntou Mary assim que cheguei em casa.

–Papai e Albert viraram inimigos.

–Ai meu Deus.- Minha irmã se desesperou.

–O que foi Mary?

–Nada, vai dormir.

Como já era tarde fiz o que ela mandou.

No outro dia acordei cedinho, mesmo com a morte de Bruce não podíamos ficar parados principalmente com a crise que estava acontecendo.

Tomei meu café da manha e fui para o campo, hoje seria apenas eu e Mary já que nosso pai foi no centro resolver algumas coisas.

Fiquei de um lado do campo e minha irmã de outro, assim que terminei minha parte resolvi ajuda-lá.

– E agora o que vamos fazer?-Ouvi minha Mary conversando com alguém, mas não consegui saber quem era. Me aproximei mais dela, mas sem ser visto e vi que ela estava falando com Joshua.

–O único jeito é fugir, nossos pais não vão aceitar nosso amor.

–Fugir como? Não temos nada.

–Podemos começar do zero, comprar um sitio e alguns gados e depois crescer na vida.

–Mas como iremos fazer isso?

–Ainda não sei minha amada, mas ainda vou pensar em algo.

–Tudo bem, agora vá alguém pode te ver aqui.

E então eles fizeram que nem a mamãe e o papai fazem, relaram a boca uma na outra. Para não ser visto sai correndo e fui direto para casa, precisava contar o que vi para o papai.

– Mãe o pai já chegou?-Perguntei assim que entrei em casa.

–Acabou de chegar meu filho, esta lá em cima.

Fui ate o quarto do meu pai e contei tudo que ouvi, ele ficou furioso e foi logo buscar Mary e chegou em casa chorando, meu pai falou que ia tratar de casar ela com o filho dos Forbes, ela bateu o pé dizendo que não iria casar com ninguém. Acabou ficando de castigo.

Se passou um mês e Mary ainda estava trancada no quarto, não comia nada e nem falava com ninguém, a menos de uma semana papai a avisou que o noivado já estava marcado para o próximo domingo e que era para ela se comportar.

No dia do noivado mamãe foi ajudar Mary a se arrumar porem ela não estava mais no quarto, fomos ate a casa dos Salvatores e mesmo a contra gosto Albert nos atendeu e disse que não sabia de Mary, então resolveu perguntar para Joshua, porem o garoto também não se encontrava na casa.

Então assim ficamos sabendo que os dois haviam fugido. Nunca mais ouvimos falar deles, pelo menos não meus pais.

Anos depois, quando eu tinha já meus vinte e cinco anos recebi uma carta, era de Mary contando que ela e Joshua tinham casado, construído uma fazenda e já tinham uma pequena menina e estavam a espera do segundo filho.

Mas ate hoje os Salvatores e os Gilberts são inimigos.

Pov. Elena

– Ai que historia linda.- Olhei para o lado e vi Caroline chorando que nem uma boba.

– Serio isso?-Perguntou Katherine.- Esta briga toda por causa de uma morte que ninguém sabe quem é o verdadeiro culpado?

–Não é bem assim.- O pai de Damon tentava explicar.

–É bem assim sim, alem de que fizeram a pobre da Mary sofrer por conta de um amor.- Falou Stefan.

–Vocês querem o mesmo final dela pra gente?-Perguntou Anna.- Que a gente fuja e se afaste de vocês por conta de uma briga sem fim?

Meu pai e pai de Damon se olharam e abaixaram a cabeça.

–Ok, vocês venceram.- Lamentou Giuseppe.

–Percebemos que é uma briga boba entre a gente, então vamos tentar melhorar.

–Ainda bem.- Dona Edna agradeceu.- Já não agüentava mais esta briga.

–Então vocês vão permitir nosso namoro?-Perguntei.

Os dois se olharam e logo nos encararam.

CONTINUA...