Renascer escrita por Pime chan


Capítulo 5
As melhores amigas


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas valeu a pena... >.< Espero que gostem!



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Capítulo 5 – As melhores amigas

 

_Desse jeito, vou acabar ficando com ciúme... _Shizune fez bico à Uzumakizinha. _ ... de tanto que você fala na Srta. Inuzuka!

 

Naruto riu-se com gosto. Sabia do apego desmedido de Shizune para com Miya, mas sentir ciúme dela já era demais. Fazia uma semana que Miya estava indo à escola e não parava mais de falar na professora querida. Tudo ia muito bem, ao contrário do que Naruto esperava sobre a filha não se habituar à escola nos primeiros dias. Pelo menos não precisava esquentar a cabeça.

 

_Que bom que gosta tanto de sua professora, princesa. E o que ela te faz pra que você tenha esse carinho tão grande por ela?

 

_A Srta. Inuzuka Hanami é bonita e tem um cabelo bem grande assim. _Esticou os braços o máximo que pôde. _E ela sorri quando sorrimos pra ela. Ela gosta de contar histórias e pede pra fecharmos os olhos e imaginar que estamos viajando. Quando é a hora da saída, ela sempre dá um beijo na nossa bochecha.

 

_Então ela é muito amável mesmo. Estou ansioso pra conhecê-la qualquer dia desses que eu puder ir à escola._Naruto afirmou, já sentindo uma enorme afeição àquela moça que fazia tão bem à sua filha.

 

_E sabe o que mais ela me disse?

 

_O quê, princesa?

 

_Disse que, se eu realmente acreditar de todo coração, posso ser tudo o que quiser, até mesmo Mamãe Noel. É só crer nos nossos sonhos.

 

_Ora, ora. Mas ela está certíssima! _Deu graças pela imaginação e docilidade da professora. Na certa daria conta da filha e sua fase fantasiosa.

 

_Então vou acreditar numa coisa. _De repente seu olhar tornou-se sério. _Vou crer de todo coração que um dia ganharei uma mamãe. Porque todos os meus amigos têm uma, só eu que não.

 

Naruto sentiu o chão desaparecer. A vista ficou turva e o estômago foi tomado de fortes dores.

 

Não era a primeira vez que a filha falava ou perguntava pela mãe, Contudo, acreditar que um dia ‘uma mãe’ lhe seria dada assim como um presente almejado tirara até mesmo a respiração do Uzumaki. Cedo ou tarde Miya teria que saber de toda a verdade. Porém, enquanto era muito nova para entender certas coisas, o pai preferia desviar das explicações difíceis.

 

_ E então, quem quer ramen?

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Depois de um mês morando em Tóquio, as coisas pareciam mais estáveis para Naruto. Trabalhar na Tokyo Notices era quase um sonho, mas antes disso o esforço vinha em primeiro lugar. Reconhecimento ele tinha certeza de que teria futuramente por trabalhar ao lado de jornalistas famosos.

 

O trabalho e a rotina do dia-a-dia não deixavam que sua mente fosse tomada pelas lembranças que um dia jurou ser capaz de apagar. Até o presente momento tudo ia bem. Rezava para que pessoas inconvenientes nunca tivessem o desplante de cruzar seu caminho.

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Era intervalo e as crianças lanchavam conversando à sombra das árvores do pátio.

 

_Bolo de quê?

 

_De nozes. Você quer?

 

_Hum, só um pedacinho pra eu experimentar. _Disse a Uzumaki à colega de classe Mayumi. Tomou o pequeno pedaço nas mãos e levou-o à boca. Gostou do sabor apetitoso das nozes que recheavam o bolo.

 

_Gostou? Foi minha mãe quem fez. Ela sabe fazer uma porção de coisas gostosas. Sabe fazer tortas, pudins e até sorvete!

 

_Ah, é mesmo? _Miya se interessou.

 

_Sim. E a sua mãe, também faz?

 

_Minha mãe... _Pereceu confusa. _... er, não sei...

 

_Como não sabe?

 

_Quem cozinha é a Shizune.

 

_Hum, e Shizune é a sua mãe, certo?

 

_Não... exatamente.

 

_Então, o que a sua mãe faz? E quem é essa tal de Shizune?

 

_Eu... não sei o que minha mãe faz, e... nem sei quem ela é e onde está... _O rumo que a conversa tomava só servia para deixar Miya ainda mais confusa e aborrecida perante a amiga.

 

_Poxa, que estranho! Mas então quer dizer que você não tem mãe?

 

Antes que Miya abrisse a boca para responder ou se atrapalhar como estava fazendo, viu a professora Hanami aproximar-se dela e da amiga. Há algum tempo, parada na janela de frente ao pátio, ouvia a conversa das meninas.

 

_Sabe, não é que a Miya não tem mãe, ela só não teve a oportunidade de conhecer e conviver com ela como você teve. _Explicou à pequena Mayumi. _Mas garanto que você tem uma família bem legal, não tem, Miya?

 

_Tenho sim! Meu tio Iruka, a Shizune e meu pai, que viaja pra muitos lugares. Uma vez ele me levou pra Nova Iorque e eu vi de pertinho aquela estátua que tem uma coroa na cabeça.

 

_Sério? A Estátua da Liberdade? Que legal!!! _A coleguinha interessou-se.

 

_Sim, essa mesma. Foi uma viagem incrível.

 

As três conversaram por um tempo e, quando Hanami ficou sozinha com a menina, decidiu perguntar:

 

_Mayumi a estava aborrecendo, Miya?

 

_Não. Mas confesso que me chateei um pouco porque eu não sabia falar da minha mãe.

 

_Entendo. Mas por que exatamente chateou-se?

 

_É que eu não sei nada sobre ela. Na verdade, não tenho mãe. Às vezes eu invento que ela é uma mulher bonita e muito boa pra mim como nos filmes e novelas da TV.

 

Hanami sentiu o coração apertado diante do problema da aluna.

 

_E seu pai? O que ele fala pra você?

 

_Ele nunca me fala nada. Não adianta eu pedir uma mãe pra ele, porque sempre acaba mudando de assunto, achando que eu não percebo. No meu aniversário me mandaram fazer um pedido bem baixinho antes de assoprar as velas. No Natal fiz meu pedido ao Papai Noel, e um dia na praia meu pai me mostrou uma linda estrela cadente e disse que era pra eu fazer um pedido antes que ela desaparecesse. Srta Inuzuka, sabe o que eu pedi nessas três vezes?

 

Hanami já previa uma única resposta.

 

_Pedi uma mamãe... Mas meu desejo não se realizou. _O rostinho alegre de repente tornava-se tristonho.

 

A professorinha sentiu os braços esticarem-se involuntariamente e tomarem a menina contra o peito. Aconchegou-a de modo carinhoso enquanto as mãos alisavam os fios negros do cabelo que caía até a metade das costas.

 

Em tão pouco tempo, aquela criança havia construído um castelo em seu coração. Miya era o tipo de aluna que os professores gostavam mais que os próprios filhos. Dócil, risonha e um pouco carente.

 

_Olhe, querida, talvez essa mamãe que você tanto quer só esteja esperando a hora certa para aparecer. Quem sabe, um dia, seu pai encontre uma pessoa bem legal que possa ser sua mãe, o que acha? _Falou tentando consolá-la e imaginando que o Sr. Uzumaki fosse uma pessoa jovem capaz de um dia reconstruir a vida.

 

_Nunca! Meu pai não pode se casar!!! _Miya bufou irritada desfazendo o abraço. Com toda certeza seu ponto fraco era imaginar o pai junto de uma mulher, e conseqüentemente não lhe oferecendo mais atenção. Era complexo, mas a menina queria apenas uma mãe, e não uma mulher para o pai.

 

_Acalme-se, querida. Só falei assim pensando que talvez gostasse da idéia. _Hanami ficou sem graça. A menina já voltava ao seu estado sereno de antes.

 

_É, mas eu não gosto nenhum pouco. Imagine só o papai todo ocupado com uma bruxa-feia-metida e eu lá abandonada por ele. Isso nunca.

 

Hanami disfarçou o riso. Entendia perfeitamente a crise de ciúme da menina, muito natural para a idade e fase pela qual estava passando. Era normal que amasse o pai mais do que como filha, isso inconscientemente. Sentia enorme ciúme de qualquer mulher que se aproximasse dele.

 

_Mesmo assim, eu queria uma mãe pra me fazer um bolo de nozes. _Reclamou.

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No outro dia, mais especificamente no recreio, Hanami dirigiu-se a Miya com uma pequena tigela nas mãos.

 

_Aqui, querida, acho que não deve estar tão bom quanto o bolo que a mãe da sua coleguinha fez, até porque ela é confeiteira, mas eu tentei do meu jeito. _Riu tímida entregando dois pedaços de bolo de nozes à menina.

 

Miya provou o bolo e sorriu enternecida à querida professora.

 

_Srta. Inuzuka, esse é o melhor bolo de nozes do mundo! Está até melhor que o bolo que comi ontem, sabia?

 

_Ah, é mesmo? _Hanami retribuiu o sorriso evitando ficar corada.

 

_Sim, é verdade. _Tampou a tigela e abraçou a moça a sua frente. _Obrigada, Srta. Hanami.

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_Papai, papai, cheguei!

 

_Princesa! _Ele a pegou nos braços. _Como foi seu dia na escola? Deixa eu adivinhar, bom como sempre? 

 

_Isso mesmo! Mas hoje foi melhor ainda, porque a Srta. Hanami me deu isso de presente.

 

_Hum, o que ela te deu? _Observou a menina abrir apressada sua lancheira e tirar da tigela azul um pedaço de bolo que parecia bem apetitoso.

 

_Ela fez esse bolo de nozes pra mim. Papai, experimente porque tá uma delícia!

 

Naruto torceu o nariz achando um tanto estranha a atitude da professora, porém se importou em provar um pedaço do bolo.

 

_Hum, mas isso aqui está uma delícia... Essa Srta. Inuzuka cozinha muito bem mesmo.

 

Bem até demais. Fazia muito tempo desde a última vez em que havia provado um bolo tão bom como aquele. Fora numa ocasião especial, há tantos anos, na época em que Naruto era uma pessoa plenamente feliz.

 

CONTINUA...

Então depois de tanto tempo, estou de volta. Sem comentários sobre esse capítulo fofo  >___<’. Quem gostou capriche nas reviews, ok?

Beijão!

 

P.S: não sei quando vou me acostumar com esse novo editor de textos do Nyah ;____________; Cadê o meu texto todo espaçado em negrito e itálico buááááááá *semata*


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